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A busca desesperada por ingressos para Brasil x Chile, no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, fez o preço disparar no câmbio negro, levando cambistas a tentar de tudo para lucrar com a venda ilegal, mesmo com o reforço da segurança em locais de troca e nos arredores do estádio. Desde o primeiro jogo em Belo Horizonte, no dia 14, o Estado de Minas mostra o comércio ilegal de bilhetes, uma prática considerada criminosa e que está gerando outros tipos de delito, como roubo.
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Ao percorrer pontos de venda irregular, a reportagem encontrou cambistas sendo expulsos e até roubados. Nas ruas, há quem pague R$ 3 mil por uma entrada. Na internet, o tíquete mais simples, que normalmente custaria R$ 200, passa para R$ 4,5 mil (22,5 vezes mais caro), mas ingressos VIP chegam a ser negociados a R$ 8,6 mil. Enquanto isso, outros interessados abordam quem procura ingressos para juntar um grande número de pretendentes e conseguir redução dos preços com vendedores ilegais. A Polícia Militar diz estar atenta, inclusive fazendo abordagens, mas ninguém foi preso ontem por nenhum tipo de crime envolvendo ingressos.
Com o aumento da segurança e a ampliação da abordagem, os cambistas mudaram de tática. Não oferecem mais ingressos nem os carregam. O plano agora é enviar intermediários para pontos de troca e o entorno do Mineirão, onde passam o número de telefone para os compradores combinarem o local da transação. Ontem, por exemplo, seguranças do Boulevard Shopping, área oficial da Fifa para retirada de ingressos comprados pela internet, abordaram vários suspeitos e expulsaram dois homens que vendiam ingressos. Chegaram a ligar para a polícia para denunciar, mas não houve tempo para prisões. “Um era o entreposto, um cara de camisa de basquete e bermuda que abordava as pessoas, oferecia e depois fazia contato com o outro cara, um senhor mais velho, que tinha os ingressos”, contou um dos seguranças.
Dentro do shopping, a reportagem encontrou um desses entrepostos, um casal insuspeito que fica sentado em um dos bancos do local, próximo às mesas de totó, e que prometeu vender dois ingressos por R$ 1,2 mil. Mas era preciso ir buscar no Mineirão. Ao chegar ao local marcado, a porta de um salão de beleza na Avenida Abrahão Caram, o homem não estava mais lá. A mulher do casal de entrepostos fez contato por telefone para saber o que havia ocorrido.
No transcorrer da conversa, ela ficou pálida e trêmula e contou então que o rapaz estava na avenida e foi abordado por um carro com quatro homens. Eles roubaram os ingressos e queriam até colocar o vendedor irregular dentro do veículo, mas, diante da sua relutância, desistiram e fugiram com as entradas. “Isso vai dar muito rolo ainda. Muitos desses ingressos já estavam vendidos e o dinheiro já tinha sido passado do rapaz (cambista) para a pessoa de quem ele compra. A gente não sabe se eram bandidos”, disse a mulher.
Para não perder a freguesia, a mulher indicou outros três cambistas que agem na mesma avenida, disfarçados de lavadores de carros e de seguranças de postos de gasolina. Um deles, chamado Fao, trabalha perto do salão e disse ter poucos ingressos a R$ 1,8 mil, mas que só poderia entregá-los às 16h, na entrada da Favela do Sumaré, em frente ao Shopping Del Rey, no Bairro Caiçara, na Região Noroeste. Diante do problema com o horário, Fao telefonou para outro lavador, que pediu R$ 2 mil e tinha quatro ingressos.
Mais adiante, nas proximidades de um posto de abastecimento, outro cambista pedia R$ 1,8 mil e também disse só ter mais duas entradas. “Não posso fazer por menos, porque já peguei os ingressos a R$ 1,5 mil”, disse. A procura pelas entradas para o jogo era tão grande que a todo momento clientes costumeiros desses cambistas passavam devagar de carro ao lado deles e perguntavam quanto custava o ingresso.
No posto oficial de troca da Fifa, um homem que aparentava ter mais de 65 anos abordava as pessoas que saíam com pacotes de ingresso perguntando se havia sobrado algum para vender. “Dou até R$ 1,5 mil em um ingresso. Na internet está impossível conseguir”, justificou, sem querer se identificar.
ESPERANÇA O empresário Alan Rossel, de 59 anos, da cidade Puerto Aysen, na patagônia chilena, conseguiu comprar um ingresso para ele e outro para o filho Júnior, de 18, há sete meses. A luta deles, agora, era conseguir mais uma entrada para o outro filho, Alex, de 28. “Só conseguimos comprar dois ingressos para as oitavas. Está muito difícil, porque quem comprou para vender está inflacionando muito os preços. Vamos tentar até o último minuto, pois será nosso último jogo aqui. Depois deste, vamos voltar para o Chile”, disse.
A cabeleireira Lilian e o marido, Geovane, levaram o casal de filhos para o posto da Fifa para tentar uma proposta diferente. “Temos um cambista que topou vender quatro ingressos de R$ 2 mil por R$ 1,2 mil. Estamos precisando agora arranjar mais duas pessoas dispostas a rachar com a gente as entradas para o jogo. Nessa hora, vale tudo para ver o Brasil”, afirmou Lilian.
FONTE: Estado de Minas.
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 29/06/2014, 09:00.
Confira o que abre e fecha em BH neste sábado dia de jogo do Brasil
Neste sábado (28), a Seleção Brasileira disputa as oitavas de final da Copa do Mundo em Belo Horizonte. O jogo é contra o Chile e começa às 13 horas. Por isso, alguns órgãos da Prefeitura e outros estabelecimentos da capital funcionam em horário especial. Confira:
Abastecimento
• Mercado do Cruzeiro (Rua Ouro Fino, 452, Cruzeiro) – das 7h às 12h;
• Central de Abastecimento Municipal (Rua Maria Pietra Machado, 125, São Paulo) – das 7h às 12h;
• Feira Coberta do Padre Eustáquio (Rua Pará de Minas, 821, Padre Eustáquio) – das 7h às 12h;
• Sacolões Abastecer – das 7h às 12h;
• Feiras Livres – das 7h às 12h;
• Feiras Modelo – Não funcionam aos sábados;
• Feira de Orgânicos – 7h às 12h;
• Banco de Alimentos (Rua Tuiutí, 888, Padre Eustáquio) – Não abre aos sábados;
• Armazéns da Roça (Rodoviária, 2º Piso, Centro, e Rua Maria Pietra Machado, 125, São Paulo) – Não funciona aos sábados
• Direto da Roça – das 7h às 12h;
• Mercado da Lagoinha (Avenida Antônio Carlos, 821, São Cristóvão) – Não abre aos sábados;
• Restaurantes Populares I, III e IV – Não abrem aos sábado;
• Refeitório Popular da Câmara Municipal (Avenida dos Andradas, 3.100, Santa Efigênia) – Não abre aos sábados.
Parques e Zoológico
• O Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro, abre das 6h às 11h. Os demais parques funcionam das 8h às 11h;
• O Jardim Zoológico, o Jardim Botânico, o Aquário da Bacia do Rio São Francisco (Av. Otacílio Negrão de Lima, 8.000, Pampulha) e o Parque Ecológico da Pampulha (Av. Otacílio Negrão de Lima, 6.061, Pampulha) não abrem.
Equipamentos culturais
• Museu Histórico Abílio Barreto (Avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim) – das 10h às 17h;
• Museu de Arte da Pampulha (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 16.596, Pampulha) – das 9h às 12h30, retornando as atividades às 14h30 até às18h30.
• Casa do Baile (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha) – das 9h às 18h;
• Centro de Referência da Moda (Rua da Bahia, 1.149, Centro) – Não funciona aos sábados;
• Arquivo Público da Cidade (Rua Itambé, 227, Floresta) – Não funciona aos sábados.
Comércio
• Funciona das 8h30 às 11h45
Shoppings
• Minas Shopping (Avenida Cristiano Machado, 4000, União) – Lojas funcionam das 10h às 13h, retomando as atividades uma hora após o térmido do jogo até às 22h. A praça de alimentação fica aberta normalmente, das 10h às 23h e os cinemas abrem suas sessões uma hora após o fim do jogo;
• Diamond Mall (Avenida Olegário Maciel, 1600, Lourdes) – Lojas, praça de alimentação, praça de restaurantes e cinemas funcionam das 10h às 12h, com reabertura uma hora após o término do jogo;
• Via Shopping (Avenida Afonso Vaz de Melo, 640, Barreiro) – Lojas e praça de alimentação abrem das 10h às 12h e reabrem uma hora após a disputa até às 22h. Após as 19h30, no entanto, o funcionamento da praça de alimentação, drogarias e cafeteriais será facultativo;
• Shopping Estação BH (Avenida Cristiano Machado, 11833, Venda Nova) e Shopping Del Rey (Avenida Presidente Carlos Luz, 3001, Caiçaras) – Lojas, praça de alimentação e espaços de lazer funcionam das 10h às 12h e reabrem após às 16h até às 22h.
• Shopping Cidade (Rua dos Tupis, 337 – Centro) – Lojas e praça de alimentação abrem das 9h às 12h de forma facultativa, reabrindo uma hora após o encerramento da partida até às 22h.
Transporte
As linhas de ônibus gerenciadas pela BHTrans funcionam normalmente durante o sábado, com reforço das 13h às 15h – horário do jogo entre Brasil e Chile. Torcedores que se dirigirem ao Mineirão podem identificar s linhas que vão ao estádio através de um adesivo na parte frontal do ônibus. Excepcionalmente no sábado, a linha 50 (Estação Pampulha/Centro – Direta) realiza paradas na Estação Mineirão.
Agora é a vez de Belo Horizonte se tornar a capital de todos os torcedores brasileiros. As camisas amarelas serão maioria no Mineirão no sábado, quando a Seleção enfrenta o Chile pelas oitavas de final da Copa. Bandeiras, caras pintadas, lenços na cabeça, cartazes nas mãos e energia verde e amarela farão a festa no Gigante da Pampulha. Segundo o Ministério do Esporte, 35% dos torcedores no estádio serão mineiros e 31% de outros estados, além de 34% de estrangeiros, com estimativa de quase 60 mil pessoas que compraram ingressos para ir ao Mineirão. Em meio à euforia e à grande circulação de pessoas, pesam dois desafios para BH: segurança e mobilidade.
A Polícia Militar informou que manterá o efetivo de cerca de 13 mil agentes, formados pelo Batalhão Copa (3 mil), Comando de Policiamento Especializado (quase 3 mil) e Comando de Policiamento da Capital (6 mil). Além desse efetivo, trabalharão outros 500 militares de áreas administrativas. “No sábado, como haverá o evento mais esperado da Copa em BH, a Seleção Brasileira jogando no Mineirão, o comando terá todo esse contingente à sua disposição e já tem mapeados os pontos da capital que serão atendidos”, afirmou major Gilmar Luciano, chefe do setor de imprensa da PM.
Pontos estratégicos terão atenção especial do policiamento devido à possibilidade de manifestações e infiltração de vândalos como ocorreu no dia 12, dia de abertura da Copa, que saíram da Praça Sete e atacaram a polícia e depredaram o patrimônio público e particular no entorno da Praça da Liberdade. E ainda no dia 14, quando Colômbia e Grécia jogaram no Mineirão e a polícia formou um cordão de isolamento para conter os manifestantes na Praça Sete. Desde então, não houve mais conflitos em BH.
Os pontos que terão a segurança reforçada são o Mineirão e o entorno, Mercado Central, praças (da estação, da Liberdade, da Savassi e Sete) e turísticos, como Lagoa da Pampulha, hotéis e centros de treinamentos, onde delegações estrangeiras estão hospedadas. O major garante que, mesmo se ocorrerem manifestações, o efetivo policial específico será suficiente para cada região, mas não pode revelar o número por questões estratégicas.
BHTrans recomenda transporte público
PM garante que haverá muita segurança
PRIORIDADE AOTRANSPORTE PÚBLICO
Outro desafio será a mobilidade dos torcedores. A BHTrans recomenda aos torcedores, principalmente aos moradores de BH que têm carro, embarcar no transporte público para chegar ao Mineirão, mesmo sendo sábado e época de férias e com menos riscos de lentidão e congestionamento. A estimativa é de que, se o motorista insistir, terá que deixar o veículo estacionado a cinco quilômetros do estádio e, se for no chamado Expresso da Copa ou BRT/Móvel, a caminhada será de no máximo dois quilômetros. A mesma recomendação vai para a Fan Fest, evento oficial da Fifa, no Expominas, no Bairro Gameleira, na Região Oeste.
Eventuais mudanças no trânsito no sábado poderão ocorrer em caso de manifestação, segundo a BHTrans, que manterá por enquanto o mesmo esquema definido para toda a Copa. A empresa não divulga o número de passageiros transportados rumo ao Mineirão em três dias de jogos, mas foram mais de 1 mil viagens partindo e chegando dos terminais da Copa (Centro, Savassi, Minas Shopping e Expominas) ou no BTR/Move, que tem estações de desembarque na Avenida Pedro I (Mineirão e UFMG), dando acesso ao estádio pela Avenida Abrahão Caram.
Para facilitar a mobilidade dos torcedores, os ônibus dos terminais Copa, que levarão os passageiros diretamente ao Mineirão, não farão paradas ao longo do trajeto. O retorno começará logo após a partida e durará duas horas, com paradas para desembarque ao longo do itinerário, nos pontos de ônibus convencionais.
A fim de garantir maior agilidade e conforto no deslocamento dos torcedores que vão usar o BRT/Move, será oferecida como alternativa uma operação especial da linha troncal 50, com embarque diferenciado e livre utilização por meio da pulseirinha Mineirão. Para o serviço especial ela custa R$ 5,70, mesmo sendo usada em um só trecho, enquanto, para a volta, pode ser adquirida em quiosques próximos às estações de transferência UFMG e Mineirão.
COMÉRCIO Nos próximos dias, será definido o horário de funcionamento das lojas e demais estabelecimentos no sábado, já que o acordo de fechamentos das lojas, firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e empresários, foi estipulado apenas para a primeira fase do torneio. A expectativa é de que vigore o mesmo esquema, com portas cerradas até duas horas antes das partidas da Seleção Brasileira. ACOMPANHE AS ATUALIZAÇÕES DO NOSSO BLOG, POIS TÃO LOGO A PREFEITURA E O CDL DEFINAM O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO NÓS INFORMAREMOS AQUI!
Del Rey e Estação BH funcionarão em horário especial, abrindo às 10h e parando uma hora antes do jogo, que acontece às 13h, no Mineirão.
O diretor da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) Conselho da Savassi, Alessandro Runcini, informou que, na quinta-feira, será divulgado o resultado de uma pesquisa ouvindo os lojistas sobre o nível de satisfação durante a Copa. “Os setores de gastronomia (bares e restaurantes), de material esportivo e produtos licenciados pela Fifa e de artesanato estão duplicando as vendas em relação a outros meses. Os estrangeiros só não compram roupas, óculos e outros artigos devido à alta carga tributária no país, que encarece os produtos”, disse Runcini.
Com o jogo entre Brasil e Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, em Belo Horizonte, às 13h deste sábado (28), os shoppings Del Rey, na região da Pampulha, e Estação BH, em Venda Nova, funcionarão em horário especial.
Nos dois shoppings, as lojas abrem às 10h, funcionam até uma hora antes do início do jogo, e reabrem uma hora após. Sendo assim, as lojas, as praças de alimentação e lazer funcionam de 10h às 12h e de 16h às 22h
Sindicatos entraram em acordo e, após liberados, funcionários só retornarão ao trabalho no dia seguinte.
O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas) e o Sindicato dos Empregados do Comércio (SEC) divulgaram na manhã desta quinta-feira os horários de funcionamento dos estabelecimentos na capital em dias de jogos da seleção brasileira durante a primeira fase da Copa do Mundo. A definição é válida apenas para Belo Horizonte e se trata de uma determinação a ser cumprida pelos lojistas.
FONTE: Estado de Minas e O Tempo.
O espanhol, pelo menos se depender das seleções que estarão concentradas na Grande BH e em Sete Lagoas – Argentina, Chile e Uruguai -, será a língua oficial da Copa do Mundo na capital. Ou será o portunhol? Só a embaixada dos hermanos portenhos prevê que 20 mil argentinos desembarcarão em Belo Horizonte este ano. Gustavo Román, que nasceu na Patagônia argentina e mora em BH desde 2003, prevê dificuldades. “Aqui falam mais rápido, cortam as palavras. Falam pela metade, tudo mais curto, reduzido. Em vez de você dizem cê”. Também terão jogos em Belo Horizonte a Colômbia e Costa Rica. Tudo isso sem contar que Atlético e Cruzeiro, pela primeira vez, disputarão juntos a Copa Libertadores. Haja portunhol.
Para testar o portunhol
BH terá desafio de receber milhares de torcedores de seleções latino-americanas que passarão pela capital e cidades próximas na Copa e de times adversários de Galo e Cruzeiro na Libertadores. Estrangeiros que vivem em Minas elogiam hospitalidade, mas preveem problemas de comunicação
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Argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos… Em 2014, o futebol fará Belo Horizonte ser invadida por torcedores de vários países latino-americanos. Eles começam a chegar no próximo mês, quando Atlético e Cruzeiro iniciam a disputa da Copa Libertadores. E o número de estrangeiros aumentará em junho e julho, durante a Copa do Mundo: BH e cidades próximas foram escolhidas para ser locais de concentração das seleções de Argentina, Chile e Uruguai, e o Mineirão será palco de três partidas com equipes de língua espanhola. Com tantas pessoas falando castelhano, autoridades admitem que será um desafio para a cidade fazer do espanhol uma espécie de segunda língua. Sul-americanos que vivem em BH concordam. Para eles, compatriotas vão apreciar a hospitalidade mineira, mas podem estranhar hábitos e ter dificuldade para se comunicar – mesmo em pontos turísticos, não é fácil achar atendentes fluentes no idioma e nem sempre o portunhol resolve.
Na primeira fase da Libertadores, o Atlético enfrentará Nacional (Paraguai) e Zamora (Venezuela). O terceiro adversário, ainda indefinido, será mexicano ou colombiano. Já o Cruzeiro jogará contra Defensor (Uruguai), Real Garcilaso (Peru) e um concorrente chileno ou paraguaio. Mais adiante, no Mundial, a seleção comandada pelo atacante Lionel Messi se concentrará na Cidade do Galo, em Vespasiano, Região Metropolitana de BH. O Uruguai ficará em Sete Lagoas, também na Grande BH, e o Chile treinará na Toca da Raposa II, na Pampulha. Na fase de grupos do torneio, em junho, o Mineirão terá três partidas com times latino-americanos: Colômbia x Grécia, no dia 14; Argentina x Irã (21); e Costa Rica contra Inglaterra (24).
Durante a Copa, a embaixada argentina no Brasil acredita que BH receba 20 mil visitantes do país, quase cinco vezes mais que o total de argentinos que pousaram em 2012, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins: 4.158. Segundo a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), durante todo aquele ano desembarcaram em BH 10.119 turistas de vizinhos latino-americanos. A nação de Maradona lidera o ranking, seguida por Venezuela (987), Colômbia (925), México (904), Uruguai (879), Equador (552), Peru (494) e Chile (483). “No Mundial, uruguaios e chilenos virão em menor número que argentinos, mas também haverá muitos. BH será a cidade-sede latino-americana”, prevê o secretário municipal extraordinário para a Copa, Camillo Fraga.
Sul-americanos que vivem em BH estão animados com a perspectiva de ver de perto as seleções de seus países e encontrar vários compatriotas, mas alertam: há problemas por aqui. O EM convidou três deles para falar sobre a capital mineira e testar o castelhano dos belo-horizontinos. Gustavo Román, de 45 anos, nasceu na cidade de Neuquen, na Patagônia argentina. Mudou-se para o Brasil em 2000 e, depois de morar no litoral baiano e em São Paulo, fixou-se em BH em 2003. Ele é dono da Pizza Sur e do Restaurante Parrilla Los Hermanitos. O uruguaio Jesus Orlando Ribero Lopez, de 58, nasceu em Rivera, na fronteira com o Rio Grande do Sul, e chegou a Minas em 2006. Hoje, é gerente do restaurante Parrilla Del Patio. Já o professor de Karatê e defesa pessoal Antinio Fan Bastias, de 61, é natural de Santiago, capital chilena, e veio para Belo Horizonte em 1986.
Problemas Em um passeio na tarde de quinta-feira, a primeira parada foi o Museu das Minas e do Metal, na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul. Jesus se aproximou da atendente e questionou: “Qué ofrece el museo para el turista?”. (O que o museu oferece ao turista?). A moça não entendeu: “O quê?”. O outro repetiu a pergunta. Insegura, sem querer prolongar a conversa, a moça se limitou a dizer, em português: “São várias salas sobre Minas Gerais. Está tudo neste livreto”. E entregou um panfleto com textos em espanhol. O uruguaio saiu frustrado: “Ela deveria ter tentado um diálogo em vez de se liberar dando o livreto”.
O endereço seguinte foi o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), instalado ao lado do Parque Municipal Américo Renê Giannetti, no Centro. Assim que se apresentaram, os estrangeiros foram informados da ausência do atendente que fala espanhol. Antinio não se desanimou e perguntou a um rapaz: “Si hablo rápido, no me entiendes. Pero si hablo despacio, me entiendes?”. (Se eu falar rapidamente você não me entende. Mas se eu falar devagar, me entende?). O outro disse que sim. Enquanto isso, Jesus recebeu informações de uma moça que tampouco sabia o idioma estrangeiro, mas conseguiu se virar diante da complacência do uruguaio, que falou pausadamente. A jovem teve o esforço elogiado por seu interlocutor: “Ela foi muito legal. Falou com calma”.
Depois da caminhada, os companheiros sentiram fome e foram a uma pastelaria ali perto, na Avenida Afonso Pena. O chileno pediu à atendente de caixa: “Quiero un juguito de piña y una cosa que tenga pollo”. (Quero um suquinho de abacaxi e algo que tenha frango). A mulher contestou, franca: “Ih, não entendi nada”. Foi a vez de o uruguaio tentar, usando outra palavra para abacaxi mais comum em seu país: “Yo quiero un jugo de ananá”. (Quero um suco de abacaxi). A outra perguntou: “Guaraná?”. Jesus repetiu o pedido e ela desistiu, contradizendo o cardápio: “Não tem”. Para a salvação dos estrangeiros, eles foram acudidos pela empresária Sandra Vogel, de 40, que estava no balcão comendo pastel, percebeu o aperto e serviu de intérprete. “Já tive aulas de espanhol”, explicou. “Se não fosse ela, passaríamos fome”, constatou Antinio.
FONTE: Estado de Minas.
Com isso, os passageiros terão que caminhar por cerca de um quilômetro até o estádio. A BHTrans ainda está detalhando como será o transporte de portadores de necessidades especiais desses locais até o Mineirão. Os coletivos vão operar das 12h até as 20h, começando quatro horas antes das partidas e terminando duas horas depois. A previsão é de 900 a 1,2 mil viagens em cada um dos jogos, marcados para 17, 22 e 26 de junho.
A oferta de transporte gratuito a espectadores é uma das exigências da Fifa. O custo dessa operação ficará em R$ 120 mil e o município busca patrocinadores para ajudar a cobrir os gastos. De acordo com o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos da BHTrans, Daniel Marx Couto, uma consultoria foi contratada para elaborar o plano operacional de mobilidade para a Copa das Confederções e a Copa do Mundo. “O serviço especial terá capacidade de transportar cerca de 35% da lotação do estádio”, afirma.
Inicialmente, o plano da prefeitura era concluir as obras do BRT – sistema de transporte inspirado no metrô, em implantação nos corredores da Avenida Antônio Carlos/Pedro I, Cristiano Machado e na área central – a tempo da Copa das Confederações. Com os atrasos nas obras, que ficarão prontas somente em dezembro, apenas a pista exclusiva para ônibus será usada no serviço especial para o campeonato. “O grande diferencial desse serviço será que não vai ter paradas ao longo do caminho”, afirma Couto.
O mesmo sistema foi usado no jogo entre Brasil e Chile e houve viagens que duraram até uma hora e 40 minutos. “Levei 30 minutos da Savassi até o Mineirão de ônibus. Mas cada operação está sendo aprimorada, e essa será a primeira experiência com essa quantidade de pessoas usando o transporte coletivo”, ressalta o diretor da BHTrans.
PROVA DE FOGO E há quem preveja problemas para o primeiro teste real de mobilidade na capital. “Teremos um angu de caroço nas Copa das Confederações, porque os principais corredores de acesso ao Mineirão estarão em obra e teremos apenas o Bulevar Arrudas pronto”, afirma o consultor em transporte e trânsito Osias Baptista Neto. Para ele, o serviço especial de transporte criado pela BHTrans tem chances de funcionar bem, diante da previsão de que a procura do público pelo campeonato não seja tão grande. “Por outro lado, a Copa das Confederações é uma vitrine da cidade, um retrato da organização para a o Mundial de 2014 e, nesse momento, vamos passar a imagem de algo meio improvisado”, afirma. Além do serviço especial, a BHTrans promete reforçar as linhas convencionais de ônibus. Nesse caso, o usuário terá que pagar a passagem normalmente.
A portaria publicada ontem também regulamenta a criação de cartão especial voltado para os 2.242 voluntários que trabalharão nos jogos do campeonato. Eles poderão usar o sistema de transporte coletivo gratuitamente para o serviço da Copa de amanhã até 4 de julho.
Motoristas precisaram de paciência para vencer congestionamento na capital
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Protesto de professores estaduais fechou a Avenida Antônio Carlos às 18h |
Os torcedores que prestigiaram o amistoso entre Brasil e Chile nesta quarta-feira e os trabalhadores que apenas precisavam passar pela Região da Pampulha na volta para a casa sofreram com trânsito de Belo Horizonte. No primeiro grande teste do novo Mineirão durante um dia útil, a capital mineira viu as duas avenidas que ligam o Centro ao estádio travarem com o protesto de professores da rede estadual de educação e com o grande fluxo de veículos.
Por volta de 18h, manifestantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) fecharam as quatro faixas da Avenida Antônio Carlos. A BHTrans fez um desvio por uma rua lateral para diminuir a retenção do trânsito, o que não evitou o congestionamento. Os motoristas também foram orientados a dar preferência para a Avenida Presidente Carlos Luz, a Catalão, que também travou com o excesso de carros.
Somados, os congestionamentos nas duas avenidas chegaram a formar uma fila de aproximadamente dez quilômetros dentro da cidade. Para conseguir chegar ao estádio, o ônibus da Seleção Brasileira precisou ser guiado por viaturas pela contramão da Carlos Luz.
Para chegar ao Mineirão, o público terá à disposição 13 ônibus especiais e executivos, saindo do centro e da Savassi, além de mais 60 ônibus das linhas convencionais que circulam pelas vias de acesso ao Gigante da Pampulha. Todo o trajeto será acompanhado pela Polícia Militar, que colocará em serviço 1.100 oficiais.
Serão criadas quatro linhas especiais de ônibus, duas com saídas da Savassi e duas partindo do centro da cidade. Das duas que saem da região Centro-Sul, uma delas será feita com ônibus executivos. Os bilhetes dessa categoria só poderão ser adquiridos de forma antecipada em um local determinado (Posto Transfácil), a partir desta sexta-feira (19). O torcedor só poderá embarcar no horário determinado e o pagamento, de R$ 15, só poderá ser feito em dinheiro. As linhas convencionais, com saídas da área central, vão custar R$ 2,80, por trecho. Na volta do jogo, o torcedor poderá embarcar no mesmo local onde desembarcou para a ida ao jogo.
Para garantir a segurança dos torcedores em direção às entradas do estádio, foram implantadas rotas especiais para pedestres, conhecidas como Fan Walks, protegidas por grades. Dessa maneira, o torcedor que preferir se deslocar de carro poderá caminhar pela vizinhança do estádio de forma segura, familiarizando-se assim com o modelo de eventos da FIFA.
Com a proibição do trânsito de carros em volta do Gigante da Pampulha, as pessoas serão conduzidas a um trajeto delimitado por grades, chamado de “Fan Walk”. Serão três rotas, sendo uma com saída na avenida Carlos Luz, outra em frente ao Parque Guanabara e a terceira saindo da esquina da avenida Abrahão Caram com avenida Antônio Carlos.
FONTE: O Tempo.
Medidas para segurança
Para garantir a segurança dos torcedores em direção às entradas do estádio, foram implantadas rotas especiais para pedestres, conhecidas como Fan Walks, protegidas por grades. Dessa maneira, o torcedor que preferir se deslocar de carro poderá caminhar pela vizinhança do estádio de forma segura, familiarizando-se assim com o modelo de eventos da FIFA.
Alterações no trânsito
– No Bairro São José só será permitido o trânsito local para acesso dos moradores às garagens. A partir de 0h do dia 24 de abril, os moradores do bairro não poderão estacionar os veículos nas ruas do bairro. Eles devem usar as garagens.
– Na Orla da Lagoa da Pampulha, o estacionamento de veículos estará proibido no trecho entre a igreja São Francisco de Assis e Av. Santa Rosa.
– A Av. Santa Rosa entre Av.Otacílio Negrão de Lima e Av.Antônio Carlos terá estacionamento proibido no lado direito, neste sentido;
– O estacionamento será proibido ao longo das avenidas Alfredo Camarate e Abrahão Caram.
INGRESSOS AINDA À VENDA
Ainda restam 10 mil bilhetes nos setores Inferior Norte e Sul (R$ 100) e Especial Leste e Oeste (R$ 150) do Mineirão. Cerca de 50 mil ingressos haviam sido vendidos até o início da noite de ontem. Para facilitar a entrega das entradas adquiridas via internet, a CBF decidiu estender a troca, até então feita apenas na bilheteria do estádio, para as bilheterias do Ginásio do Cruzeiro, no Barro Preto, e na sede campestre do clube, no Santa Amélia. As vendas nesses locais serão encerradas às 17h de hoje, duas horas antes do previsto anteriormente.
FONTE: O Tempo e Estado de Minas.