Bairros de BH e de três cidades da região metropolitana ficam sem água
Previsão é de que o abastecimento seja normalizado, de forma gradativa, no decorrer da tarde do mesmo dia, 02

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informa que o abastecimento de água em bairros de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Vespasiano, será interrompido na madrugada deste domingo (02), em função de manutenção em registro, localizado no encontro entre a rua dos Menezes com a avenida Denise Cristina Rocha, no bairro Letícia, e em registro localizado na avenida Padre Pedro Pinto, esquina com a rua Antônio Rodrigues Froes, no bairro Candelária, em Belo Horizonte.
A previsão é que o abastecimento seja normalizado, de forma gradativa, no decorrer da tarde do mesmo dia (02/04).
Belo Horizonte
Aeroporto, Braúnas, Campo Alegre, Canaã, Céu Azul, Copacabana, Esplendor, Etelvina Carneiro, Europa, Floramar, Frei Leopoldo, Garças, Granja Werneck, Heliópolis, Itapoã, Jaqueline, Jardim, Atlântico, Jardim das Rosas, Jardim dos Comerciários, Jardim Felicidade, Jardim Guanabara, Jardim Leblon, Juliana, Lagoa, Lagoinha, Leblon, Leticia, Mantiqueira, Maria Helena, Minas Caixa, Nova América, Nova Pampulha, Planalto, Ribeiro de Abreu, Rio Branco, Santa Amélia, Santa Branca, Santa Monica, São Bernardo, São Gabriel, São João Batista, São Tomaz, Serra Verde, Solimões, Trevo, Tupi A, Venda Nova e Vila Cloris.
Ribeirão das Neves
Adriana, Atalaia, Belo Vale, Botafogo, Canoas, Cerejeira, Céu Anil, Cruzeiro, Delma, Eliane, Elizabeth, Esperança, Evereste, Fazenda Misongue, Felixlândia, Flamengo, Fortaleza, Girassol, Guadalajara, Havaí, Iolanda, Itapoã, Jardim Florença, Jardim Primavera, Jardim São Judas Tadeu, Katia, Labanca, Lagoa, Laredo, Lidici, Maracanã, Maria Helena, Menezes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade, Núcleo Tradicional, Paraiso das Piabas, Penha, Santa Branca, Santa Fé, São Januário, São João de Deus, São José, São Miguel Arcanjo, Sonia, Toni, Tropical, Urca, Vera Lucia, Viena, Vila Braúna e Vila Papine.
Santa Luzia
Asteca, Baronesa, Barreiro do Amaral, Bela Vista, Belo Vale, Castanheira, Chácaras Santa Inês, Cristina, Duquesa I e II, Liberdade, Londrina, Luxemburgo, Maria Antonieta, Monte Carlo, Nova Conquista, Nova Esperança, Novo Centro, Parque Nova Esperança, Perola Negra, Pousada Del Rey, São Benedito, São Cosme, São Cosme de Cima, Vale das Acácias e Vila Santa Rita de Cássia.
Vespasiano
Angicos, Bernardo de Souza, Condomínio são José, Gávea, Gávea II, Imperial, Jardim Daliana, Maria José, Morro Alto, Morro do Cruzeiro, Nova Pampulha, Parque Norte, Santa Clara, Serra Dourada e Vila Esportiva.
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FONTE: O Tempo.
ATUALIZAÇÃO: 17 Jan 2017 – termina a rebelião
Rebelião na penitenciária Dutra Ladeira termina sem mortes
Motim foi controlado na madrugada desta terça-feira (17); cerca de 1.200 detentos participaram do ato
A rebelião que tomou conta de três pavilhões da penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi encerrada na madrugada desta terça-feira (17), sem registro de mortos ou feridos. Segundo o comandante do 40º Batalhão da Polícia Militar (PM), tenente-coronel Evandro Borges, a situação, que começou no fim da tarde dessa segunda-feira (16), foi controlada por volta de 1h30 da manhã.
O motim envolveu cerca de 1.200 detentos. Eles não conseguiram sair das celas, mas atearam fogo em colchões para protestar contra as mudanças na direção do presídio. A retomada dos três pavilhões que se rebelaram foi feita pelo Corpo de Bombeiros, que apagou o fogo, e pelos agente do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e do Comando de Operações Especiais (COPE). Segundo o tenente-coronel Borges, não foi necessária a atuação da PM, que deslocou cerca de 200 policiais para o local.
Para o comandante, o fato dos presos não conseguirem fugir evitou um cenário mais trágico. “Eles permaneceram detidos, sem tomar os prédios. Então botaram fogo nos colchões e jogaram nos pátios. Depredaram algumas celas, mas nada significativo”, detalhou. Ambulâncias do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu) foram chamadas, mas ficaram apenas de sobreaviso e estavam preparadas para atender eventuais intoxicações provocadas pela fumaça.
Do lado de fora do presídio, era possível ver nuvens de fumaça subindo e ouvir bombas de efeito moral enquanto os pavilhões eram retomados. Na portaria, familiares dos presos passaram momentos de angústia enquanto esperavam notícias sobre o andamento da operação.
Regalias
A troca de comando no presídio, apontada como estopim para a revolta, foi defendida pelo secretário adjunto de Estado de Administração Prisional, Robson Lucas da Silva. Segundo ele, a antiga gestão permitia “regalias” para os detentos.
“A partir de levantamentos do serviço interno da secretaria, onde constatamos irregularidades, foi necessária a substituição da direção como um todo. E com isso, os procedimentos de rotina voltaram a ser aplicados, como a entrada do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) nos pavilhões quando necessário”, afirmou.
“Os que perderam algumas mordomias, se organizaram internamente e iniciaram esse motim”, afirmou. A tentativa de derrubar a nova direção, no entanto, saiu pela culatra, segundo o subsecretário. “Apoiamos incondicionalmente o novo diretor Rodrigo Machado, que é uma pessoa séria. Estamos satisfeitos com o fim das regalias ilegais que favoreciam os presos”, afirmou.
A expectativa agora é que os líderes da rebelião sejam transferidos para outros presídios nos próximos dias.
Presos colocam fogo em colchões na Penitenciária Dutra Ladeira
Em vídeo postado nas redes sociais, presos ameaçam ‘colocar fogo em tudo” e “matar muita gente”

Detentos da Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fazem um motim na noite desta segunda-feira. De acordo com informações da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os presos colocaram fogo em colchões. Viaturas da Polícia Militar (PM) ajudam a conter a confusão.
O advogado Fábio Piló, presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da OAB/MG, está no local para ajudar a conter o tumulto. “Está acontecendo um motim. Os presos chegaram a colocar fogo em colchões e a PM já está aqui. Ainda não tenho muitas informações sobre a confusão”, explicou. De acordo com a PM, cinco viaturas estão no local.
Os policiais foram chamados, inicialmente, para conter uma manifestação de familiares dos detentos. Os parentes informaram à PM que a direção do presídio tirou algumas regalias dos presos, o que estaria provocando revolta.
Segundo a OAB, integrantes da Comissão de Direitos Humanos estiveram no presídio na tarde desta segunda-feira, depois que mulheres e mães de preso denunciaram maus-tratos contra os detentos.
O em.com.br entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) e ainda aguarda um posicionamento do órgão
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FONTE: Estado de Minas.
Presídio em regime de PPP em Minas divide opiniões de especialistas
Especialistas acreditam que, como atividade envolve o lucro, pode ser ‘perigoso’ o formato. Diretor de presídio destaca a segurança.
MG tem primeiro presídio construído e administrado por empresa. Veja o vídeo:
Minas Gerais abriga o primeiro presídio construído e administrado por uma empresa privada, em formato de Parceria Publico Privada (PPP). A fortaleza de R$ 330 milhões fica em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa que construiu os três pavilhões tem o direito de administrar o complexo por 27 anos. Mas a participação do setor privado ainda divide especialistas no sistema carcerário.
O professor de direito constitucional da Universidade Federal de Minas (UFMG), José Luiz Quadros de Magalhães, é contra a adoção de PPPs para presídios. Para ele, o mais importante é diminuir a criminalidade e, em consequência, o encarceramento.
“Eu acho muito perigoso, porque você está mexendo com uma atividade privada, que envolve lucro. Ou seja, o objetivo de uma empresa privada é o lucro. Ela vive do lucro. Se não tiver lucro, ela fecha. E esse lucro depende do encarceramento. E encarceramento depende da criminalidade. Nós temos que esvaziar essas penitenciárias de outra maneira. Temos que ter políticas inteligentes de combate à criminalidade, de combate às drogas e outra forma de ressocializar essas pessoas porque presídio não ressocializa ninguém”, explicou Magalhães.
Em quatro anos de funcionamento, um único preso conseguiu fugir do complexo. A tecnologia no local é um diferencial. Tudo é automatizado. São quase 800 câmeras para acompanhar o que os detentos fazem 24 horas por dia.
O comando para os presos saírem da cela vem da central. A monitora, por rádio, comunica o agente, que chama o preso, que vem até uma grade e, de costas, é algemado. Só depois de algemado é que o preso fica frente a frente com o agente e é conduzido.
“É mais seguro, tanto para os funcionários da concessionária, como para os agentes”, defende o diretor presídio Gauberte Diniz Rocha.
São dois mil e dezesseis presos condenados nos regimes fechado e semi-aberto. Não são aceitos estupradores e nem integrantes de facções. Nas celas ficam, no máximo quatro detentos.
Cada preso custa, em média, R$ 3,5 mil por mês. Metade do valor é o custo real do preso. A outra metade é referente à construção do complexo. Quando a construção for paga, o valor passa a ser o lucro da concessionária.
Nos presídios administrados pelo Governo de Minas, cada detento custa, em média, R$ 2,7 mil por mês.
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FONTE: G1.
Preso mata a esposa durante visita íntima na Penitenciária José Maria Alkimin
A Secretaria de Estado de Defesa Social apura detalhes da ocorrência
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Segundo informações preliminares da PM, o preso teria agredido a mulher até a morte. Washington está detido na penitenciária desde fevereiro. Ele cumpre pena por roubo, homicídio e tráfico, segundo a assessoria de imprensa da secretaria.
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A Polícia Civil investiga a motivação do crime. Uma equipe técnica foi até o local para fazer perícia da cela. A direção da penitenciária instaurou procedimento para apurar o ocorrido. Mesmo com o assassinato, as visitas foram mantidas.
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FONTE: Estado de Minas.
Dentro do televisor de Led, foram encontrados onze celulares, onze carregadores, um quilo de droga, um fone de ouvido, dois cartões de memória e dois Pen Drives
O caso é parecido com o acontecido em Caicó (Rio Grande do Norte), em fevereiro desse ano
A TV apreendida em Caicó/RN
A Polícia Militar (PM) está à procura de uma mulher que deixou na tarde desta quinta-feira (26/03/2015) no presídio José Martin Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, para o marido, que está preso, uma televisão recheada com um quilo de maconha, onze celulares e onze carregadores. Com medo, a suspeita deixou o objeto na portaria e fugiu.
Na tarde desta quinta, no horário de visita desta quinta, a mulher de um dos detentos, levou uma TV de Led para o marido e foi embora. “O televisor ‘fininho’ chegou a passar pelo raio-x, mas nada foi constado”, contou um agente penitenciário, sob anonimato.
A maconha, os celulares, os carregadores, um fone de ouvido, dois cartões de memória e dois Pen Drives, não foram detectados porque estavam enrolados em um papel alumínio e em um recorte de lã. Conforme o agente penitenciário, a camuflagem foi tão bem feita, que ao ligar a TV ela funcionou normalmente.
“Como a suspeita não ficou para entregar o objeto para o marido, nós desconfiamos. A partir daí, um técnico do presídio abriu o televisor e encontrou o material no tubo”, contou o funcionário do presídio.
O agente penitenciário alegou que no momento em que a mulher deixou a televisão na portaria o local estava cheio e não foi possível identificá-la. O detento foi interrogado e confessou ter pedido para sua mulher levar o material. Ele foi encaminhado para a 10ª Delegacia da Polícia Civil de Neves, onde a ocorrência está sendo encerrada.
Foi presa neste domingo (15/02/2015) em Caicó a parelhense Andreza de Paula,28 anos, residente na cidade de Parelhas. Andreza foi flagrada em posse de um aparelho de TV com 11 celulares escondidos no interior dela.
Conduzida para a DP ela disse que apenas fez um favor para uma outra mulher que estava em frente ao presídio, que estava com uma criança nos braços. A acusada foi conduzida para a DP local.
FONTE: O Tempo e Cardoso Silva.
O objetivo da “aula” foi mostrar aos jovens outras possibilidades de vida, longe da criminalidade

A convite da juíza Livia Borba, da 2ª Vara Criminal, da Infância e Juventude de Ribeirão das Neves, o professor José Inácio da Silva Pereira, o Pachecão, esteve hoje, 23 de março, no Centro Socioeducativo de Justinópolis. No local, o professor, conhecido em todo o Brasil pelas aulas divertidas e pela irreverência, fez uma palestra motivacional para os adolescentes autores de ato infracional internados no local. O objetivo da “aula” foi mostrar aos jovens outras possibilidades de vida, longe da criminalidade.
No Centro Socioeducativo de Justinópolis estão internados 82 jovens, entre 15 e 19 anos, autores de atos infracionais graves. Metade deles assistiu à palestra. “Fiz o convite ao professor, que o aceitou prontamente. Acredito que as palavras podem tocar os adolescentes, contribuindo para que eles saiam do Centro e não voltem a praticar crimes. Nosso objetivo foi promover um momento de reflexão”, explicou a magistrada.
Durante cerca de uma hora, Pachecão mostrou imagens da sua infância e juventude, e contou de sua trajetória, do interior de Minas, em Laranjal, até obter o reconhecimento de seu trabalho. “É preciso querer e ter um objetivo na vida. Não importa a sua condição, o que importa é a sua decisão”, disse aos jovens.
Inércia
Em sua fala, o professor relatou as dificuldades e até impossibilidades enfrentadas na infância. Condições que, contudo, nunca o impediram de acreditar que era possível chegar mais longe. “Todo ambiente é adverso. Em qualquer profissão enfrentamos problemas. É preciso acreditar”, aconselhou. O professor incentivou os adolescentes a refletirem sobre os próprios gostos e sonhos. “Aonde você quer chegar? Saia da inércia e tome uma atitude”, disse.
Pachecão relatou a descrença que enfrentou com a escolha da profissão, que parecia não trazer muitas perspectivas.
“Não é preciso fazer coisa errada para ganhar dinheiro. É preciso fazer o bem. Vocês têm outras opções de vida”, lembrou. Durante sua palestra, o professor mostrou fotos, recortes de jornal e trechos de programas televisivos dos quais participou. No final da “aula”, os adolescentes aprenderam trechos de uma canção do repertório do professor e foram convidados a cantar.
Para o professor, a palestra foi uma oportunidade de apresentar outros caminhos para os jovens. “Contei a história da minha vida. Quero mostrar que todo mundo pode escolher algo diferente – se quiser. Uma conversa muda uma vida. Então, sei que eles sairão diferentes”, disse o professor.
Ressocialização
O promotor de Justiça, também da comarca de Ribeirão das Neves, Leonardo Morroni Araújo de Mello, explicou que a palestra serviu para mostrar possibilidades, mesmo diante de adversidades e da falta de recursos. “Essa interação com uma pessoa que está fora do sistema socioeducativo é muito importante e auxilia na ressocialização. O professor trouxe outra visão, com uma linguagem que não é técnica ou jurídica, mas que está mais próxima da realidade deles”, pontuou.
Welbert, 18 anos, internado há oito meses, gostou das palavras do professor. O jovem disse que acredita que existem outras possibilidades fora do mundo do crime. “Estou tentando mudar. Quero ser um MC”, afirmou. Kaíque, 17 anos, também internado há oito meses, aprovou a palestra. “A realidade muitas vezes é de falta de apoio. As pessoas não acreditam. Eu tenho o apoio da minha família. Quero sair da vida do crime e ter uma padaria. Quero trabalhar com meu pai. Vou correr atrás desse objetivo até conseguir”, disse.
FONTE: TJMG.
Manutenção deixa mais de 80 bairros da Grande BH sem água
Fornecimento precisou ser interrompido para manutenção emergencial e deve ser normalizado ao longo da tarde e da noite desta quarta-feira. Confira a lista dos bairros afetados
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Segundo a companhia, técnicos trabalham no sistema Vargem das Flores, em Contagem, para a troca de um dos equipamentos de bombeamento da água desde a represa até a estação de tratamento. A previsão é de que o fornecimento seja normalizado, de forma gradativa, durante a tarde e a noite desta quarta-feira.
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Veja a lista dos bairros afetados:
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Betim: Alterosas, Alto das Atenas, Capelinha, Chácaras São José, Conjunto Jalita Conceição Pedrosa, Cruzeiro de Sul, Duque de Caxias, Espírito Santo, Icaivera, Independência, Industrial São Luiz, Industrial São Pedro, Itacolomi, Jardim das Alterosas 2ª Seção, Niterói, Nossa Senhora de Fátima, São Caetano, São Luiz, São Miguel, Sitio Amoras, Sítios da Baviera, Sítios Poções, Várzea das Flores, Vila Amapá, Vila Andorinha, Vila Cristina e Vila Universal.
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Contagem: Camilo Alves, Chácaras Solar do Madeira, Chácaras Campo Alegre, Chácara Contagem, Colonial, Canadá, Beija Flor, Condomínio Vila do Lago, Condomínio Nosso Rancho, Conjunto Habitacional Campo Alto, Darci Ribeiro, Estância do Hibisco, Estâncias Imperiais, Fonte Grande, Granja Ouro Branco, Icaivera, Industrial São Luiz, Lúcio de Abreu, Nascentes Imperiais, Nova Contagem, Novo Retiro, Petrolândia, Quintas do Jacuba, Olhos D’água, Recreio dos Caiçaras, Retiro, Santa Helena, Sítios Rurais Jardim Recreio, Sapucaias, Sapucaias II, Sapucaias III, São Caetano, São Miguel, Solar da Madeira, Tropical, Vila Belém, Vila Cristina, Vila Estaleiro, Vila Panamá, Vila Renascer e Tupã.
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Esmeraldas: Novo Retiro, Recanto Verde, Recreio do Retiro, Santa Cecília, São Francisco, São Pedro e Serra Verde.
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Ribeirão das Neves: Cruzeiro, Fazenda Castro, Florença, Metropolitano, São Francisco, San Genaro, Santa Cecília e Veneza.
FONTE: Estado de Minas.
Nos dias de visita, uma longa fila se forma em frente ao Presídio Dutra Ladeira, em Neves. Antes de ver o preso, parentes passam pela revista que é condenada por entidades de defesa dos direitos humanos
Elas chegam bem cedo. Algumas passam a noite na fila para garantir as cobiçadas primeiras senhas de entrada que dão direito a mais tempo ao lado do detento e também privacidade. Pouco antes do horário do início da visita nos presídios de Ribeirão da Neves, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte que abriga seis unidades de privação de liberdade, começam os preparativos. Muitas se perfumam, passam batom, maquiagem e escovam o cabelo. Outras ajeitam a meninada, sempre presente nos dias de visita.
O Congresso Nacional também trabalha para abolir essa prática. Um projeto de lei nesse sentido foi aprovado no Senado e está sendo analisado agora pela Câmara dos Deputados, onde recebeu parecer favorável da Comissão de Direitos Humanos. Em alguns estados, esse procedimento já foi proibido, mas as normas nunca saíram do papel. Parecer do Instituto dos Advogados do Brasil (IAB) sobre os projetos de lei do Congresso que defendem o fim da revista vexatória afirma que, apesar de esse procedimento já ter sido proibido por meio de leis e resoluções em pelo menos 10 estados, ele continua em vigor.
É o caso de Minas Gerais, terceira maior população carcerária do Brasil, onde uma lei determina a preservação da dignidade do visitante na hora da revista. “A Lei Estadual 12.492, criada em 1997 em nosso estado para acabar com a revista íntima abusiva realizada nos visitantes de pessoas reclusas, nunca foi cumprida. Ao contrário, a prática dessa revista íntima conhecida como revista vexatória foi e é amplamente aplicada nos estabelecimentos prisionais de Minas, expondo pessoas, principalmente mulheres idosas e, muitas vezes, jovens e crianças a situações degradantes e humilhantes”, afirma Massimiliano Russo, advogado da Pastoral Carcerária. No Rio de Janeiro a revista vexatória também foi proibida, mas, de acordo com a Organização Rede Justiça Criminal, continua sendo praticada insdiscriminadamente.
Regra O defensor público Guilherme Rocha de Freitas, da Defensoria das Execuções Penais em Ribeirão das Neves, afirma que mesmo nos estados em que já há legislação desestimulando a realização de revistas íntimas, sempre vexatórias, ainda perdura a regra de exigir que os visitantes submetam-se a esses procedimentos. “Essa é a realidade em Minas Gerais, que ainda mantém as revistas íntimas como regra, ante a falta de condições materiais para aparelhar todas as unidades prisionais com os instrumentos adequados”. Segundo ele, não é raro receber na Defensoria Pública notícias de familiares que revelam ter deixado de visitar seus parentes porque não suportam a humilhação e o desconforto que envolve todo o processo de revista.
O defensor afirma que esse tipo de procedimento não é eficaz no combate à entrada de objetos ilegais e drogas nos presídios. Estudo realizado pelo Núcleo Especializado em Situação Carcerária e da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública de São Paulo, estado com o maior número de pessoas privadas de liberdade, revelam que durante revistas íntimas realizadas no ano de 2012 em apenas 0,013% foram encontrados celulares e em 0,01% foram localizadas drogas. Em Minas Gerais os números também não são muitos diferentes de São Paulo. Ano passado, a média mensal de visitas nas maiores unidades prisionais do estado foi de 73.685 pessoas, sendo que ao longo de todo ano foram registradas 35 apreensões de celular e 68 de drogas.
Revistas sem sentido
» Em Minas , durante o ano de 2013, a média mensal de visitas nas maiores unidades prisionais do estado foi de 73.685 pessoas, sendo que ao longo do ano foram registradas 35 apreensões de celular e 68 de drogas.
» Em São Paulo, em 2012, em apenas 0,013% das visitas em unidades prisionais do estado, que tem o maior número de pessoas privadas de liberdade, foram encontrados celulares e em 0,01% foram localizadas drogas
FONTE: Estado de Minas.
De saída do Senado e sem a pretensão de se candidatar novamente, o gaúcho prestes a completar 85 anos espera mobilizar jovens para pressionar por mudanças na política
“O mensalão é brincadeira perto do que vai aparecer”, diz ele. “E vai envolver Deus e o mundo.”
Considerado um “independente” dentro do partido que ajudou a criar, o PMDB, o senador gaúcho Pedro Simon despede-se dos 32 anos de Senado e dos 60 anos de vida pública com a sensação de tudo na política está ficando cada vez pior. Para Simon, o grande problema do país é a corrupção. Ele também aponta a falta de afinidade dos partidos políticos com os mais jovens. Segundo ele, os partidos brasileiros são “de mentirinha”.
“As coisas estão piorando. Estão ficando mais graves e mais horrorosas”, diz Simon, ao falar da corrupção. “Os partidos políticos não têm uma intimidade com os jovens, uma preocupação com os jovens. Isso porque os partidos políticos hoje são de mentirinha”, analisa o senador, que esteve na base dos principais movimentos políticos do país nos últimos 30 anos, como o processo de redemocratização e a campanha das Diretas Já, por exemplo.
No próximo dia 31 de janeiro, último dia de mandato de Simon, completará 85 anos. Considerando suas atuações como vereador em Caxias do Sul, sua cidade natal, deputado estadual e governador do Estado, 60 anos de vida pública.Humor
Ao falar da morte de seu amigo e colega de luta, Tancredo Neves, Simon apela para o bom humor. “Tancredo morrer foi má-fé dele. Ele tinha o compromisso conosco de viver. Não poderia ter morrido. E ainda deixou Sarney, podia ter levado junto”, brinca o senador, que aproveita para alfinetar seu outro colega de partido, o senador José Sarney (PMDB-MA), vice de Tancredo, que assumiu o governo.
Simon, no entanto, elogia o cumprimento, por parte de Sarney, dos princípios definidos pelo partido. “Os compromissos nossos, ele cumpriu. Eu tenho a obrigação de dizer isso.”
Futuro
Simon revelou decepção com a atual capacidade dos poderes constituídos em fazer mudanças necessárias para o país. “Se nos esperarmos pelo Congresso, pelo Executivo ou pelo Judiciário, não sai nada”, disse Simon, referindo-se à reforma política.
A intenção do senador é provocar a mobilização nas ruas, principalmente de jovens, pedindo mudanças. Ele diz que quer “percorrer o Brasil”. “Você pode me perguntar o que é o futuro de um cidadão de 85 anos?”, contesta. “Vou iniciar minha atividade singela e modesta. Vou percorrer o Brasil com ideias que eu defendo que são os jovens na rua. Não só jovens, mas toda a sociedade”, disse Simon ao iG.

Para o senador, o principal problema do país é a corrupção, que ele considera institucionalizada devido à ausência de punição. “O Brasil é o país do jeitinho. Vale tudo, pode tudo”, reclama o senador, que citou como dois momentos importantes da recente democracia a punição dos envolvidos no esquema do mensalão e a aprovação pelo Congresso da Lei da Ficha Limpa. “São dois momentos que me fazem sair feliz da vida pública”, ressalta. “Mostrou, desmascarou o escândalo, a imoralidade e a indecência e as pessoas foram punidas”, diz a respeito do julgamento do mensalão.
A presidente Dilma Rousseff, na avaliação do senador, até tentou não se sucumbir ao “toma lá, dá cá” da política, no entanto, ao perceber que não tinha mais como governar diante das resistências, se entregou. “Quando ela assumiu, foi firme. Demitiu seis ministros. Eu fui para a tribuna, fiz discurso, fiz até um livro: ‘Resistir é Preciso’. Aí começou a aparecer o ‘fora Dilma’, o ‘volta Lula’. Os projetos dela começaram a parar aqui nesta Casa. O que aconteceu? Ela se entregou e entrou no rol do troca-troca, do é dando que se recebe”.
Apesar de ter participado da fundação do MDB, que deu origem ao PMDB, Simon é um senador sem vivência partidária atualmente o que lhe rendeu o apelido de “independente” dentro do partido. Ele não poupa críticas aos candidatos de seu partido para presidir a Câmara e o Senado na próxima legislatura e às relações entre a montagem do novo governo de Dilma e a briga por espaço no parlamento.
“Tem o líder do PMDB, na Câmara, que está rompido com a presidente da República. Eles não se dão. Por sua vez, ele não tem nenhuma intimidade com o vice-presidente Michel Temer. A bancada se reúne e o lança candidato a presidente da Câmara”, disse Simon se referindo ao deputado Eduardo Cunha. “Vão querer derrubá-lo com o ‘é dando que se recebe’, com o troca-troca.”
Já em relação a Renan Calheiros, seu colega de partido e candidato a permanecer no comando do Senado, Simon destina críticas sobre seu possível envolvimento com o esquema de propina investigado na Petrobras. “O mensalão é brincadeira perto do que vai aparecer”, diz ele. “E vai envolver Deus e o mundo.”
“Coincidir isso com a pobre da Dilma tendo que montar o governo dela é um instante de profunda dramaticidade”, considera o senador.
Diretas Já
Pedro Simon esteve no centro da mobilização por eleições diretas no início da década de 1980. Secretário-geral do MDB, partido então presidido por Ulysses Guimarães, Simon deu início às movimentações no Rio Grande do Sul, único estado brasileiro que manteve a Assembleia Legislativa em funcionamento após o AI-5, que fechou o Congresso e consequentemente as demais instituições legislativas nos estados.
Com seus colegas de partido, Simon formalizou uma proposta com cinco pontos. O primeiro era pela defesa da emenda Dante de Oliveira, que previa eleições diretas para a Presidência da República. O segundo ponto de defesa era pela liberdade de imprensa, caçada pelos atos institucionais do Regime. O terceiro ponto era o fim da tortura. O quarto era a defesa da anistia aos presos e exilados políticos e o quinto ponto era a instalação da Assembleia Nacional Constituinte.
“Um grupo queria a guerrilha, outro queria sequestros, outro grupo lutava por voto em branco, outro grupo pregava o fim dos partidos políticos. Era um pandemônio”, relata.
Para pertencer ao MDB e estar na nossa luta tinha que defender isso, os cinco pontos. “Nos fomos muito criticados”, lembra. “Disseram que não tínhamos coragem de lutar contra a revolução”. No entanto, Simon argumentava na época que as forças que apoiavam a ditadura estavam coesas e era preciso, do lado oposto, também uma coesão em torno das ideias.
“Começou lá em Porto Alegre, um ‘movimentozinho’. Depois Santa Catarina. Aí, aumentou tanto que no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, havia um mar de gente”, conta Simon, sem esconder a relutância da imprensa em retratar o movimento.
“Neste dia, o Jornal Nacional foi todo dedicado à beleza da cidade de São Paulo. As crianças cantando no jardim, a orquestra sinfônica. Só essas coisas. Não tocou no assunto. A coisa foi tão irritante que a gurizada foi para rua e começou a apedrejar o carro da Globo”, relata, lembrando que os fatos antecederam a mudança de comportamento da mídia, que passou a retratar o movimento.
“Isso facilitou muito. Na hora de votar a emenda das Diretas Já, fecharam o Congresso. Levamos Tancredo para o colégio eleitoral e ele foi eleito”, relatou Simon, ao falar dos bastidores da eleição do mineiro, que morreu antes de tomar posse como presidente da República.
FONTE: iG.
Copasa garante que moradores da Grande BH terão água até o fim da tarde de domingo
Corte atinge 115 bairros de Belo Horizonte e 11 cidades da região. Se houver casos em que a falta d’água permaneça até amanhã, o consumidor pode acionar a concessionária pelo telefone 115
Adutoras da estatal: meta é fornecer 400 litros por segundo a mais
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) promete que até o fim da tarde, o abastecimento na rede de água será retomado nos 115 bairros de Belo Horizonte e em 11 cidades da região metropolitana que tiveram o fornecimento suspenso ontem. Ao todo, cerca de 1,6 milhões de consumidores foram afetados. O corte ocorreu, segundo a empresa, para permitir a ampliação do sistema de produção de água Rio Manso. As obras foram adiantadas em seis meses, por causa da estiagem que atingiu toda o Sudeste brasileiro. A normalização será feita de forma gradual. Se houver casos em que a falta d’água permaneça até amanhã, o consumidor pode acionar a concessionária pelo telefone 115.
Além de comunidades das regiões Noroeste, Norte, Oeste, Barreiro e Sul de BH, foram afetados 24 bairros de Betim, 24 de Contagem, 20 de Vespasiano e 16 de Ibirité. Os municípios de Igarapé, Mário Campos, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa e Sarzedo tiveram o fornecimento completamente cortado para a operação. Segundo a Copasa, a suspensão ocorreu apenas devido às obras e, apesar da estiagem, não há risco de desabastecimento ou de racionamento de água. Em caso de imprevistos, a estatal admite usar caminhões-pipa para abastecimento de emergência em serviços de educação e saúde.
Por meio da duplicação de 4,5 quilômetros da adutora do Sistema de Produção Rio Manso, a Copasa ampliará de imediato em cerca 400 litros por segundo a oferta de água tratada em BH e região metropolitana. Essa é a primeira etapa do projeto, que pretende aumentar a produção total do sistema de 4 metros cúbicos por segundo (m3/s) para 5,8m3/s e duplicar 16 quilômetros da adutora.
FONTE: Estado de Minas.
Dezenas de funcionários do Hospital Risoleta Neves estão com intoxicação alimentar

FONTE: Hoje Em Dia.
Renata Campos agradece força de Pernambuco e reforça apoio a Aécio Neves
Viúva do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se pronunciou por meio de uma carta, lida pelo filho João durante encontro com lideranças políticas
Aécio Neves e a filha, Gabriela, participaram de almoço com a família Campos
Pela manhã, durante um encontro com representantes e liderenças de movientos sociais, Aécio Neves afirmou mais uma vez que defende o legado político deixado pelo Eduardo Campos. Ele classificou a visita à capital pernambucana neste fim de semana como um dos atos “mais importantes para vencer as eleições no próximo dia 26”. No evento, que ocorreu no Recife Praia Hotel, no Pina, Aécio apresentou e defendeu parte do seu programa de governo, agora sujeito ao apoio de outras alianças para tentar evitar mais quatro anos de gestão petista, caso Dilma Rousseff vença a disputa no fim deste mês.
O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, que abriu a solenidade, reafirmou que a aliança com o tucano segue o projeto político do ex-governador Eduardo Campos. Segundo Geraldo Júlio, a união entre socialistas e tucanos “tem o compromisso com os que mais precisam, conforme desejo do ex-governador Eduardo Campos”. O discurso foi reafirmado pelo governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara.
Aécio, que estava acompanhado por uma das filhas, Gabriela, também leu e distribuiu uma síntese de um documento no qual reafirma compromissos de campanha e um novo projeto de gestão. De acordo com ele, o documento incorpora propostas de partidos da base de apoio do tucano, como o compromisso com o projeto de extinguir a reeleição presidencial, o fortalecimento das políticas de meio ambiente e sustentabilidade (defendidas por Marina Silva, derrotada no primeiro turno e que ainda não declarou oficialmente o apoio ao tucano), reforma agrária, violência e o Programa Dez Mais, relativo à classe médica (proposta de Eduardo Campos).
Durante o discurso, Aécio Neves acusou o governo federal de ser “negligente com a reforma agrária, já que não houve nenhum avanço na questão da demarcação das terras indígenas”. O senador mineiro contou, ainda, com o apoio de três filhos de Eduardo Campos, João, Pedro e Maria Eduarda, além de muitos correligionários, como os deputados federais eleitos Bruno Araújo, Mendonça Filho e Daniel Coelho. Aécio Neves também estava acompanhado de Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva, do governador de Pernambuco, João Lyra Neto, de Sileno Guedes, presidente estadual do PSB, entre outros representantes de partidos que compõem a coligação de apoio ao PSDB.
Após o fim do encontro no Internacional, a comitiva do candidato tucano seguiu para um almoço na casa de Renata Campos, em Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. Será um encontro reservado para, no máximo, 15 pessoas. Depois, o senador segue para Sirinhaém, onde participará de uma caminhada e um comício. O município foi escolhido pelo tucano por que foi o local onde Marina Silva teve no primeiro turno sua maior votação (74,19%).
O presidente do PSDB pernambucano, deputado federal Bruno Araújo, e o atual coordenador da campanha tucana no estado, prefeito Elias Gomes, fecharam os detalhes da agenda com o governador eleito Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB). Bruno Araújo considerou que, dada a importância do apoio do PSB a Aécio Neves, o governador eleito Paulo Câmara terá papel significativo na agenda e, principalmente, na campanha. O governador eleito assumiria a coordenação da campanha de Aécio Neves no estado, mas preferiu permanecer na articulação política de coligações para tentar a vitória de Aécio nas urnas no fim deste mês.
FONTE: Estado de Minas.
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Levando-se em conta a pesquisa anterior, divulgada na sexta-feira, Dilma teve uma oscilação negativa de um ponto percentual, enquanto Marina teve um recuo de 27% para 24% e Aécio, uma oscilação positiva de 24% para 26%. Para calcular os votos válidos, são excluídos os brancos, os nulos e os eleitores que se declararam indecisos – mesmo critério usado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial de uma eleição.
Na pesquisa do Ibope, Dilma aparece com 46% dos votos válidos, seguida de Aécio (27%) e Marina (24%). Com a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, o tucano e a socialista estão tecnicamente empatados. Considerando os votos totais, Dilma tem 40%, Aécio fica com 24% e Marina com 21%. Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (Psol) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada um. Brancos e nulos somam 7% e 5% dos entrevistados não sabem ou não responderam. O Ibope ouviu 3.010 eleitores entre quinta-feira e ontem e a pesquisa recebeu o registro BR-1.021/2014 no TSE.
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O levantamento CNT/MDA também divulgado ontem apresentou Dilma Rousseff com 45,6% dos votos válidos, seguida por Aécio, com 27%, e Marina, com 24,1%. Foram entrevistadas 2.002 pessoas de 137 cidades na quinta e sexta-feira. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o número de registro no TSE é BR-01032/2014.
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Segundo turno Para a disputa terminar hoje, o primeiro colocado precisa ter 50% dos votos válidos mais um. Como nenhum candidato atingiu esse índice, o DataFolha, Ibope e MDA fizeram simulações de segundo turno. No primeiro, o levantamento indica a vitória de Dilma nos dois cenários propostos, e os números divulgados são os completos, incluindo brancos, nulos e eleitores indecisos .
Em uma disputa contra Marina Silva, a petista aparece na pesquisa DataFolha com 49% das intenções de votos e a socialista com 39%. Nos dados anteriores, o placar era 48% a 41% para a petista. No cenário entre Dilma e Aécio, ela vence por 48% a 42%, diferença pouco menor, mas dentro da margem de erro, em relação à pesquisa divulgada na sexta, quanto ela vencia por 48% a 41%.
Já o Ibope simulou três cenários de um segundo turno e também divulgou os números totais. Na primeira hipótese, Dilma vence Aécio por 45% a 37%, enquanto brancos, nulos e indecisos somaram 18%. Contra Marina, a petista atingiu os mesmos 45%, à frente dos 37% da socialista. Brancos, nulos e indecisos somam 19%.
O terceiro cenário traz a disputa entre Aécio Neves e Marina Silva. O tucano aparece na frente de Marina por 39% a 36%, mas levando-se em conta a margem de erro de três pontos percentuais, eles estão tecnicamente empatados. Brancos, nulos e indecisos somaram 26%.
A pesquisa CNT/MDA também simulou três cenários de segundo turno entre os presidenciáveis. Com Dilma e Aécio, a petista aparece com 46% dos votos, enquanto o tucano tem 40,8%. Brancos e nulos totalizam 9,7% e outros 3,5% dos entrevistados não sabem ou não responderam.
Na segunda disputa, Dilma tem 47,6%, enquanto Marina Silva aparece com 37,9%. Brancos e nulos são 11,1%, e 3,4% não sabem ou não responderam. A terceira simulação, entre Aécio e Marina, mostra o tucano com 43% e a socialista com 37,1%. Votariam branco ou nulo 15,7%, e 4,2% não sabem ou não responderam.
FONTE: Estado de Minas.
Aluno e instrutor são presos ao subornar examinador durante teste de CNH em Belo Horizonte
Eles ofereceram R$ 1,6 mil para que o assunto “fosse resolvido”. O próprio aluno confessou o crime depois que foi reprovado
Um instrutor de Centro de Formação de Motoristas e um candidato à carteira de habilitação foram presos em flagrante pela Polícia Civil ao tentar subornar um examinador durante o exame de direção, realizado no último sábado no Bairro Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte.
A polícia informou que o instrutor Cléber Elói Mendes pediu ao examinador do Detran para “resolver para o candidato” Itamar Temóteo das Neves durante a prova. Porém, como foi reprovado, o próprio aluno revelou ter entregado ao examinador a quantia de R$ 1,6 mil, sob a promessa de que ele faria sua aprovação.
De acordo com a delegada Andréia Abood, se condenados, a dupla pode cumprir de 2 a 12 anos de prisão. “Eles foram presos por corrupção ativa, mas o professor também será indiciado administrativamente. Encontramos o dinheiro dentro do carro e vamos encaminhá-lo para a justiça”, disse.
Os dois foram encaminhados ao presidente ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira, onde permanecem à disposição da justiça. A assessora da Polícia Civil informou também que os delegados Leandro Matos Macedo e Andréia Abood vão investigar o envolvimento do Centro de Formação de Condutores ao qual o instrutor está vinculado, para tomar as providências cabíveis.
FONTE: Estado de Minas.
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 09/09/2014, 06:00.
Brasília – A 26 dias do primeiro turno, o vazamento de informações dos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa – preso pela Polícia Federal na Operação Lava a Jato – em delação premiada à Justiça sacudiu as campanhas à Presidência. A lista de políticos citados por Costa como beneficiários de um esquema de propina na estatal causou apreensão e desconforto nos comandos das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e da ex-ministra Marina Silva (PSB) e o tema ocupa agora o horário nobre das eleições. Em meio à crise, Dilma admitiu que há indícios de corrupção na estatal e, enquanto ministros deixavam o comando das pastas para reforçar sua campanha, rifou o ministro Guido Mantega, alvo de repetidas críticas do mercado por sua atuação à frente da Fazenda.
“Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve… Se houve uma sangria, está estancada” – Dilma Rousseff (PT), presidente e candidata à reeleição
Quando perguntada sobre os negócios suspeitos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, a presidente afirmou que ele era um funcionário de carreira. “Veja bem. Em nenhum momento houve (desconfiança). É importante que a gente lembre que esse diretor era funcionário de carreira da Petrobras”, afirmou. Ela defendeu a condução da presidente da estatal Graça Foster, disse que ela é extremamente competente e capaz e que acredita que a executiva estancaria atos ilegais se tivesse conhecimento.
Fora do furacão que atingiu suas adversárias, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, enxerga as denúncias como chance de atacar ao mesmo tempo Dilma e Marina, que tentam desviar o suposto vínculo com o escândalo. Aécio vai usar seus pouco mais de quatro minutos de televisão para explorar o caso. Em sintonia com a linha que vem adotando nos programas gratuitos, ele vai simular uma conversa com o telespectador. O discurso será o mesmo usado nos últimos dias. Além de cobrar investigação sobre o caso, vai atribuir o suposto esquema de pagamento de propina de empresas a políticos por contratos com a Petrobras à gestão petista.
De acordo com a revista Veja, Costa apontou a participação de políticos do PT, PP, PSB e PMDB no esquema. O ex-diretor da Petrobras foi preso na Operação Lava Jato, deflagrada em março pela PF, e tenta acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Entre os nomes supostamente citados por Costa, está o do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em 13 de agosto e substituído na disputa por Marina Silva. A ex-senadora tenta se desvincular da relação com Campos e foca os ataques também na gestão petista. No programa de TV hoje, ela fará curta menção à Petrobras, sem falar diretamente sobre as acusações de Costa.
CPI pede acesso a depoimentos
As denúncias acordaram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista da Petrobras, adormecida pelo recesso branco no Congresso Nacional. O presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e a própria estatal enviaram à Justiça Federal do Paraná ofícios pedindo acesso aos documentos da Operação Lava a Jato, incluindo o depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. A CPI Mista fez requisição semelhante ainda ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os pedidos foram entregues às duas instâncias do Judiciário porque parte do tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba e outra na Suprema Corte, devido à presença de deputados e senadores entre os citados nas denúncias envolvendo a estatal.
Como o processo de delação de Costa ainda está em andamento, é possível que a Justiça do Paraná espere o fim dos depoimentos para decidir sobre o pedido da CPI. Além de pedir ao juiz responsável pela Operação Lava a Jato acesso às informações relativas à empresa que seu ex-diretor já forneceu no âmbito da delação premiada, a Petrobras informou que enviou cartas às companhias citadas nos veículos de comunicação, solicitando informações sobre a existência de seus contratos com empresas ligadas a Youssef e envolvimento com as atividades objeto da investigação.
A exatos 30 dias de os brasileiros irem às urnas, uma parcela do eleitorado, considerada menos ligada a ideologias partidárias e até distante do debate político, ganha peso e tem nas mãos a chance de definir as eleições. Numa disputa nacional travada ponto a ponto, o voto dos indecisos, também chamados de “eleitores-sabonete”, é que vai determinar se a briga pelo poder se encerrará no primeiro turno ou será prorrogada para o segundo turno, na avaliação de cientistas políticos. E não vai ser fácil convencer essa turma, descrente na política e sem confiança no discurso dos candidatos.
Aqueles que não sabem em quem votarão para presidente somam hoje de 5% a 7% do eleitorado, de acordo, respectivamente, com as pesquisas Ibope e Datafolha, ambas divulgadas anteontem. Se considerados os 7% que votarão em branco ou anularão o voto, segundo os dois levantamentos, o eleitorado sem candidato flutua entre 12% e 14% do total. Os números se assemelham aos das pesquisas feitas no mesmo período das eleições passadas, mas com uma diferença expressiva.
Diferentemente de 2010, a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, não conta com distância considerável dos demais postulantes. “Quanto mais próximos os candidatos estão em termos percentuais, mais importante é a luta pelos indecisos. Pelo que está acontecendo, a eleição será definida por uma margem pequena de votos”, afirma o professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Manoel Leonardo Santos.
Para o professor, dependendo de para onde for esse grupo, as eleições podem ser decididas no primeiro turno. A análise da cientista política da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Maria do Socorro Braga segue a mesma direção. Segundo ela, “para atrair a atenção desse público, é preciso apostar em fatores de curto impacto. Seria, por exemplo, uma mudança mais drástica em um ponto do programa, como o anúncio de medidas para política econômica”, reforça.
Mas quem faz parte desse grupo que tem o poder de definir as eleições? O coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas, Robson Sávio, afirma que o indeciso é aquele eleitor sem fidelização partidária nem adesão à ideologia partidária e tende a formar a sua opinião sempre às vésperas do dia de comparecer às urnas. “Normalmente, ele vota para ganhar, e não para escolher o melhor candidato, por isso, ele tende a votar em quem está na frente”, afirma, definindo esse perfil como “eleitor-sabonete”.
“Esse segmento também reúne pessoas que foram às ruas por causa das manifestações (de junho de 2013) e se intitulam como anarquistas ou não se identificam com partidos políticos”, afirma Maria do Socorro. Por causa do peso dos indecisos na disputa política, os partidos estão focados em conquistar esses votos e, para isso, focam em duas estratégias principais. “Uma é apresentar o programa e se apresentar. A outra, desconstruir a imagem dos adversários”, explica Sávio.
PROBLEMAS SÃO A ÚNICA CERTEZA
Nas ruas da capital mineira, a dúvida está presente tanto em relação às eleições presidenciais quanto para o governo do estado. A única certeza dos eleitores é sobre os problemas que precisam ser combatidos, com destaque para saúde, educação, transporte e o combate à corrupção. Segundo os indecisos ouvidos pelo Estado de Minas, são as propostas nessas áreas que os levarão a tomar uma decisão.
Na Praça Sete, Centro de Belo Horizonte, os cavaletes dos candidatos em exibição tentam conquistar mais votos. Apesar do assédio dos postulantes, Régia Márcia Amora, de 48 anos, se mantém em cima do muro. “Estou sem candidato. Tem a Dilma, que está no poder, o Aécio e, agora, a Marina, que a gente não conhece”, diz a técnica em segurança do trabalho. Para governador, ela nem pensou ainda. “Vou votar no candidato da mudança, espero um candidato do povo de fato, um ficha-limpa”, diz Régia Márcia, que participou das manifestações de junho do ano passado.
O analista de informática Marcus Neves, de 45, acredita que um “sexto sentido” o levará a escolher o candidato certo, embora tenha votado bastante nulo nas últimas eleições. “Não entendo nada de política, não gosto nem pesquiso. Preciso me informar melhor e vou decidir com o tempo”, diz. A estudante de direito Andréia de Oliveira, de 25, também não se definiu. “Em outros anos, acho que foi mais fácil votar. Os planos de governo são os mesmos”, reclama a estudante, para quem saúde pública é prioridade.
As namoradas Luisa e Izabela, ambas de 19, estão à procura de candidatos a presidente e governador. Elas contam que iriam votar em Marina Silva (PSB), mas o recuo da socialista em propostas à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais) as fez desistir. “Essa é uma questão que vai determinar meu voto. A sociedade ainda é muito homofóbica”, afirma Luisa.
Descrente da política, o comerciante Eduardo Mohallem, de 61, não tem candidato e faz questão de levar na sua cadeira de rodas sua mensagem. Num cartaz, ele escreveu: “Com essa burocracia, carga tributária, altos encargos trabalhistas e impunidade, você ainda acredita que alguém, se eleito, vai mudar alguma coisa?”. “O pessoal está desacreditado. Dá até desânimo”, afirma Eduardo.
O técnico de áudio e vídeo Eduardo Endlich, de 30, faz parte desse time. “É muito político safado. Vou votar em quem mostrar que não vai ter impunidade e corrupção”, afirma. Numa eleição de incertezas e em que indecisos vão ditar os rumos, ninguém arrisca um palpite sobre o resultado. “Nada está dado”, define o cientista político Robson Sávio.
No segundo debate entre os sete candidatos a presidente da República – transmitido ontem pelo SBT/Alterosa –, a representante do PSB, Marina Silva, se tornou o alvo preferencial dos adversários, que a questionaram sobre a fonte de recursos para colocar em prática suas promessas, o menosprezo ao pré-sal como fonte de energia e de recursos para educação, a falta de transparência em relação a R$ 1,6 milhão que ela recebeu de empresas para proferir palestras e o que seria a “nova política” propagandeada pela ex-ministra do Meio Ambiente. Já a presidente Dilma Rousseff (PT) foi cobrada várias vezes a explicar os indicadores que apontam que o país está em recessão técnica. Segundo o IBGE, a atividade econômica do país registrou queda de 0,6% no segundo trimestre e de 0,2% no primeiro.
O confronto direto entre Marina e Dilma abriu o debate. A petista e candidata à reeleição perguntou à adversária de onde ela tiraria os recursos para bancar suas promessas, estimadas por ela em R$ 140 bilhões. Marina devolveu, dizendo que são compromissos assumidos, e acusou a petista de desperdiçar recursos públicos com “projetos desencontrados” e “escolhas erradas”. “O que vamos fazer são escolhas corretas”, disse. Dilma usou a réplica para focar a inexperiência de Marina em cargos executivos. “A senhora falou e não respondeu de onde vem o dinheiro. Quem governa tem que dizer como vai fazer.”
Na segunda oportunidade de perguntar, Dilma focou novamente em Marina, acusando-a de “desprezar” a importância do pré-sal. “O que estou dizendo é que não podemos ter visão de ficar apenas onde a bola está. O mundo inteiro está em busca de novas fontes de energia”, argumentou Marina, completando que Dilma se valeu do discurso do pré-sal para desviar as atenções do escândalo de corrupção na Petrobras, que segundo ela “está pagando caro pelas escolhas erradas que (Dilma) fez”. Marina também mirou em Dilma ao perguntá-la sobre o por que de seu governo ter dado errado. Ouviu da petista que o pessimismo é uma “péssima forma de avançar” e lembrou que sem apoio político no Congresso Nacional não é possível assegurar um governo estável.
A petista e o tucano também trocaram críticas em relação aos investimentos na área de infraestrutura. Segundo Aécio, Dilma “tem as mesmas propostas e promessas de quatro anos atrás”. “Em Belo Horizonte, ganha um prêmio quem andar em um palmo de metrô construído pelo PT”, criticou Aécio. “Na área de mobilidade, o governo da presidente fracassou, como fracassou em todas as outras áreas”, disse ele. Dilma rebateu citando iniciativas de mobilidade em Minas que receberam recursos federais, como os R$ 143 bilhões liberados pelo seu governo para obras de mobilidade.
O senador Aécio Neves (PSDB) atacou Marina e Dilma nas considerações finais. Disse reconhecer na ambientalista uma candidata de “boas intenções”, que no entanto, não explicou como vai “superar contradições de seu projeto de governo que traz teses que combatia até há pouco tempo”. Sobre Dilma, afirmou que representa “apenas o governismo que fracassou”.
TRANSPARÊNCIA No bloco de perguntas de jornalistas, sobrou para todos. Dilma foi questionada sobre sua queda nas pesquisas de intenção de voto, enquanto Aécio teve de falar sobre casos de corrupção envolvendo o PSDB, e Marina sobre as palestras que deu sem informar quem a pagou. Perguntada sobre o fato de estar virtualmente perdendo a eleição para Marina no segundo turno, como apontam pesquisas, Dilma preferiu se defender. Atribuiu a redução da atividade econômica “momentânea” à crise internacional e citou crescimentos negativos de Japão e Alemanha. Marina devolveu dizendo que Dilma não consegue fazer o que é essencial para ter sucesso em um eventual segundo mandato: reconhecer erros.
Perguntado sobre a compra de votos no Congresso Nacional para aprovar emenda que possibilitou a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e sobre o caso do cartel do metrô de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin, Aécio Neves aproveitou para citar o mensalão do PT, dizendo que seu partido jamais transformará eventuais culpados em heróis nacionais. “Vamos investigar qualquer homem público. E cabe à Justiça em última instância condenar aqueles que forem considerados culpados. Queremos tirar nossas empresas das páginas policiais”, afirmou em referência ao caso de corrupção na Petrobras.
Já Marina Silva teve de responder se ocultar quem lhe pagou por palestras que renderam R$ 1,6 milhão é compatível com a nova política que prega. A candidata ressaltou a separação de sua vida privada da pública e disse que, se as empresas que a contrataram quiserem se revelar, não se oporá. Foi a deixa para Dilma rebater, dizendo que transparência é uma exigência fundamental para a democracia. “A questão da governabilidade implica transparência”, afirmou. E Marina devolveu: “A Receita Federal é testemunha de que pago meus impostos. Uma coisa boa seria fazer um comparativo entre outras lideranças políticas que, como eu, também fazem palestras”, afirmou, citando os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e FHC.
“O maior risco que uma pessoa pode correr é não se comprometer com nada. Só ter frases de efeito, frases genéricas. Você tem que explicar o que vai fazer, dizer de onde vai vir o dinheiro”
Dilma Rousseff (PT)
“Acredito nas boas intenções da candidata Marina, mas ela não consegue superar as enormes contradições vindas do seu projeto, que defende hoje teses que combatia há muito pouco tempo”
Aécio Neves (PSDB)
“Uma coisa importante é verificar que, desde o debate anterior, a candidata Dilma não consegue fazer uma coisa essencial: reconhecer os erros. Se não reconhecer os erros, não tem como repará-los”
Marina Silva (PSB)
VEJA TAMBÉM: NINGUÉM EXPLICA O AVIÃO…
Datafolha mostra Dilma e Marina empatadas com 34%; Aécio tem 15%
Na pesquisa anterior, divulgada dia 18, Dilma tinha 36% e Marina, 21%.
Na simulação de segundo turno, Marina atinge 50% e Dilma, 40%.

Pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial, divulgada nesta sexta-feira (29/08/2014), indica uma situação de empate entre a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e a ex-senadora Marina Silva, candidata do PSB. Cada uma aparece com 34% das intenções de voto. A seguir, vem o senador Aécio Neves (PSDB), com 15%. Na pesquisa anterior do Datafolha, divulgada no último dia 18, Dilma tinha 36%, Marina, 21% e Aécio, 20%.
Na simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora alcançou 50% contra 40% da presidente. Na pesquisa anterior, Marina tinha 47% e Dilma, 43%.
No levantamento desta sexta, Pastor Everaldo (PSC) obteve 2%. Os outros sete candidatos somados têm 1%. Segundo o levantamento, os que disseram votar branco ou nulo são 7%, mesmo percentual dos que não sabem em quem votar.
Veja os números do Datafolha para a pesquisa estimulada (em que uma cartela com a relação dos candidatos é apresentada ao entrevistado):
– Dilma Rousseff (PT): 34%
– Marina Silva (PSB): 34%
– Aécio Neves (PSDB): 15%
– Pastor Everaldo (PSC): 2%
– José Maria (PSTU): 0% *
– Eduardo Jorge (PV): 0% *
– Luciana Genro (PSOL): 0% *
– Rui Costa Pimenta (PCO): 0% *
– Eymael (PSDC): 0% *
– Levy Fidelix (PRTB): 0% *
– Mauro Iasi (PCB): 0% *
– Brancos/nulos/nenhum: 7%
– Não sabe: 7%
(*) Os candidatos indicados com 0% são os que não atingiram 1% das intenções de voto; somados, os sete têm 1%.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”. O Datafolha fez 2.874 entrevistas em 178 municípios nestas quinta (28) e sexta (29). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00438/2014.
Espontânea
Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao entrevistado em quem ele pretende votar, sem apresentar a lista de candidatos), os resultados são os seguintes:
– Dilma Rousseff: 27%
– Marina Silva: 22%
– Aécio Neves: 10%
– Outras respostas: 3%
– Em branco/nulo/nenhum: 3%
– Não sabe: 32%
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, o Datafolha avaliou os seguintes cenários:
– Marina Silva: 50%
– Dilma Rousseff: 40%
– Brancos/nulos/nenhum: 7%
– Não sabe: 3%
– Dilma Roussef: 48%
– Aécio Neves: 40%
– Brancos/nulos/nenhum: 9%
– Não sabe: 4%
O Datafolha não realizou simulação de segundo turno entre Marina e Aécio.
Rejeição
A presidente Dilma tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Nesse item da pesquisa, os entrevistados puderam escolher mais de um nome.
– Dilma Roussef: 35%
– Pastor Everaldo: 23%
– Aécio Neves: 22%
– Zé Maria: 18%
– Eymael: 17%
– Levy Fidelix: 17%
– Rui Costa Pimenta: 16%
– Luciana Genro: 15%
– Marina Silva: 15%
– Eduardo Jorge: 14%
– Mauro Iasi: 14%
Avaliação da presidente
A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma Rousseff tem a aprovação de 35% dos entrevistados – no levantamento anterior, eram 38%. O índice se refere aos entrevistados que classificaram o governo como “ótimo” ou “bom”.
Os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo” eram eram 23% e agora são 26%, segundo o Datafolha. Para 39%, o governo é “regular” – 38% no levantamento anterior.
– Ótimo/bom: 35%
– Regular: 39%
– Ruim/péssimo: 26%
– Não sabe: 1%
A nota média atribuída pelos entrevistados ao governo foi 5,9 – na pesquisa anterior, foi 6,0.

Candidatos à Presidência têm duro embate no primeiro encontro na TV

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Dilma tem 34%, Marina, 29%, e Aécio, 19%, aponta pesquisa Ibope
Em simulação de segundo turno, Marina tem 45% e Dilma, 36%.
Instituto ouviu 2.506 eleitores entre os últimos sábado e segunda-feira.

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (26) aponta Dilma Rousseff (PT) com 34% das intenções de voto para presidente da República e Marina Silva (PSB), com 29%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 19%, seguido de Pastor Everaldo (PSC) e Luciana Genro (PSOL), com 1% cada um. Os outros seis candidatos somados acumulam 1%.
O levantamento indica que, em um eventual segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a ex-senadora teria 45% e a atual presidente, que tenta a reeleição, 36%.
Encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a pesquisa é a primeira do Ibope com Marina Silva como candidata do PSB.
No levantamento anterior do instituto, divulgado no último dia 7, o candidato do partido ainda era Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo no último 13. Naquela pesquisa, Dilma tinha 38%, Aécio, 23%, e Campos, 9%. Entre uma pesquisa e outra, a taxa de indecisos passou de 11% para 8%, e a de quem pretende votar em branco ou nulo, de 13% para 7%.
Confira abaixo os números na modalidade estimulada da pesquisa (em que o pesquisador apresenta ao entrevistado um cartão com os nomes de todos os candidatos):
– Dilma Rousseff (PT): 34%
– Marina Silva (PSB): 29%
– Aécio Neves (PSDB): 19%
– Luciana Genro (PSOL): 1%
– Pastor Everaldo (PSC): 1%
– José Maria (PSTU): 0%*
– Eduardo Jorge (PV): 0%*
– Rui Costa Pimenta (PCO): 0%*
– Eymael (PSDC): 0%*
– Levy Fidelix (PRTB): 0%*
– Mauro Iasi (PCB): 0%*
– Brancos/nulos/nenhum: 7%
– Não sabe: 8%
* Cada um dos seis indicados com 0% não atingiu 1% das intenções de voto; somados, eles têm 1%
O Ibope ouviu 2.506 eleitores em 175 municípios entre os últimos sábado (23) e segunda-feira (25). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00428/2014.
Espontânea
Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao eleitor em quem ele pretende votar, sem apresentar a relação de candidatos), o resultado foi o seguinte:
– Dilma Rousseff (PT): 27%
– Marina Silva (PSB): 18%
– Aécio Neves (PSDB): 12%
– Outros: 2%
– Brancos/nulos/nenhum: 12%
– Não sabe: 28%
Segundo turno
O Ibope simulou os seguintes cenários de segundo turno:
– Marina Silva: 45%
– Dilma Rousseff: 36%
– Brancos/nulos/nenhum: 9%
– Não sabe: 11%
– Dilma Rousseff: 41%
– Aécio Neves: 35%
– Brancos/nulos/nenhum: 12%
– Não sabe: 12%
O Ibope não simulou segundo turno entre Marina Silva e Aécio Neves.
Rejeição
Dentre os 11 candidatos a presidente, Dilma Rousseff tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Nesse quesito, o entrevistado pode indicar mais de um candidato. Veja os números:
– Dilma Roussef: 36%
– Aécio Neves: 18%
– Pastor Everaldo: 14%
– Zé Maria: 11%
– Marina Silva: 10%
– Eymael: 9%
– Levy Fidelix: 9%
– Luciana Genro: 8%
– Rui Costa: 7%
– Eduardo Jorge: 7%
– Mauro Iasi: 6%
Avaliação do governo
A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 34% dos eleitores – no levantamento anterior, divulgado no último dia 7, o índice era de 32%. O percentual de aprovação reúne os entrevistados que avaliaram o governo como “bom” ou “ótimo”.
A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideram o governo “ruim” ou “péssimo”, é de 27% (31% no levantamento anterior). Consideram o governo “regular” 36% (na pesquisa anterior, 35%).
O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
– Ótimo/bom: 34%
– Regular: 36%
– Ruim/péssimo: 27%
– Não sabe: 2%

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FONTE: Hoje Em Dia, Youtube, Estado de Minas, Band, SBT e G1.
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Mudanças na legislação penal, fim da impunidade e resgate da autoridade policial. Essas foram algumas das reivindicações de cerca de 500 policiais militares que protestaram na tarde desta sexta-feira em frente à Assembleia Legislativa de Minas. Segundo eles, as leis estão extremamente favoráveis ao crime e precisam ser mudadas. O ato também serviu para pedir punição para os responsáveis pela morte soldado André Luiz Lucas Neves, baleado por assaltantes na Pampulha, no dia 16. Os agentes lembraram que 176 policiais civis e militares foram assassinados desde 2003 em Minas, trabalhando ou de folga. Na quinta-feira, os dois suspeitos presos foram reconhecidos por um homem de 50 anos que foi vítima deles em um sequestro-relâmpago e torturado por quatro horas, em 30 de abril.
Um dos organizadores do protesto, o cabo Daniel Silva Pereira, do 49º Batalhão da PM, disse que o ato foi um grito contra a impunidade e a legislação que considera “frouxa” e reflete na vida das pessoas que estão perdendo seus parentes, vítimas da violência. “Queremos que o legislativo federal, os senadores, deputados e juizes nos ouçam e endureçam as leis. Hoje, o criminoso é preso três, quatro, cinco vezes. Eles têm certeza da impunidade. Estamos exigindo o retorno da autoridade policial”, disse Daniel. Segundo ele, a PM vai continuar atuando de forma enérgica ao cumprir seu dever constitucional, que é prender os criminosos e manter a ordem.
O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), da Comissão de Segurança Pública da Assembleia de Minas, disse que tem audiência no dia 27 em Brasília. “Vamos levar ao Congresso Nacional não somente as reclamações dos policiais, como também das famílias que tiveram parentes vítimas de latrocínio”, disse Rodrigues. “Queremos o agravamento de penas de crimes contra a pessoa. O maior bem jurídico é a vida. Não podemos ter punições brandas da forma que está hoje. Queremos alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente para que aqueles que cometem crimes contra pessoa também tenham uma punição exemplar perante a sociedade”, disse o deputado. Outra reivindicação da comissão é o agravamento de penas para aqueles que matam agentes públicos no exercício da sua função, como policial, promotor e juiz.
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FONTE: Estado de Minas.
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‘O Risoleta Neves complementa o que é feito no HC. Na prática, pleiteamos ao governo do estado que ele seja doado para a UFMG’ – Clélio Campolina, reitor da UFMG |
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) terá mais um hospital de referência. O Pronto-Socorro Risoleta Neves, localizado na Região Norte de Belo Horizonte, deverá ser repassado para a instituição. Um acordo foi firmado entre o governador Antonio Anastasia e o reitor Clélio Campolina, mas, para oficializar a transferência, o Executivo estadual deverá enviar projeto de lei para a Assembleia Legislativa. O Risoleta já é integralmente administrado pela universidade, que usa a unidade de saúde como hospital de ensino, a exemplo do que ocorre no Hospital das Clínicas (HC), no Bairro Santa Efigênia, na Região Leste de BH. Eles servem para a formação de alunos dos cursos como medicina, enfermagem, farmácia, odontologia e fisioterapia.
“Temos a maior escola de medicina do Brasil, com 320 vagas por ano. Só no HC, são 505 leitos, mas ele é uma unidade de alta complexidade e um hospital de ensino precisa de um de média complexidade também. O Risoleta Neves complementa o que é feito nas Clínicas”, afirma Clélio Campolina. Ele explica que pouco mudará com o repasse. “Na prática, o que pleiteamos ao governo do estado é que o Risoleta seja doado para a universidade”, diz. Segundo Campolina, já há a concordância do Ministério da Educação (MEC) para que o Risoleta Neves seja também incorporado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a exemplo do que ocorrerá com o HC e os outros 45 hospitais universitários do país.
A Ebserh, vinculada ao MEC, foi criada pelo governo federal para contratar funcionários nos hospitais universitários. Por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), instituído por decreto em 2010, foram empreendidas ações para garantir a reestruturação física e tecnológica, além de solucionar questões relacionadas a recursos humanos. Depois de assinado o contrato entre as federais e a Ebserh, uma seleção pública é feita para a contratação sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O superintendente do hospital é indicado pelo reitor da instituição de ensino.
Em dezembro, a UFMG assinou contrato com a empresa repassando para ela a gestão do Hospital das Clínicas, hoje sob responsabilidade da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep). De acordo com o reitor, a decisão, uma das mais controversas da gestão de Campolina, que deixa o cargo em 17 de março, vai “equacionar um problema financeiro e de pessoal”. Os 1,4 mil funcionários do HC, contratados pela Fundep, estão sob vínculo empregatício irregular no entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), para o qual se exige a abertura de concurso público. Por causa disso, a UFMG foi multada no fim de 2013 em mais de R$ 4 milhões.
Para resolver o problema e se livrar da autuação, a UFMG assinou com o Ministério Público Federal um termo de ajustamento de conduta (TAC), se comprometendo a tirar a gestão das mãos da Fundep, com um tempo de transição de, no máximo, um ano, o que implica troca do quadro de funcionários. Ainda este mês, serão abertas as inscrições para o concurso de servidores e profissionais de saúde para o HC. “A tendência no mundo todo é separar a gestão dos hospitais. Na Europa, todos os hospitais universitários passaram para a rede pública”, compara o reitor da federal.
Expansão também no interior do estado
Em Minas Gerais, além da UFMG, a Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, também é administrada pela Ebserh. O contrato foi firmado em 17 de janeiro de 2013, para recuperar a infraestrutura física e tecnológica do Hospital das Clínicas da instituição, além de permitir a recomposição do quadro de pessoal. Nesse HC, o concurso público já está em andamento. A escolha da banca que organizará a segunda etapa da seleção, o Instituto AOCP, foi publicada na segunda-feira no Diário Oficial da União (DOU). A Ebserh informou que vai definir, em conjunto com as superintendências do hospital, os perfis dos cargos e o número de vagas que serão oferecidas. A previsão é publicar o edital com as regras do concurso ainda este mês. O instituto também vai organizar o concurso público dos HCs das universidades de Brasília (UnB), do Maranhão (UFMA), Piauí (UFPI) e de Santa Maria (UFSM).
De acordo com a nota publicada pela Ebserh, com o ingresso dos aprovados, será possível criar novos leitos e reativar aqueles atualmente sem uso, por causa da falta de profissionais. A recomposição do quadro de pessoal é uma das medidas dos planos de reestruturação dos hospitais propostos pela empresa às universidades durante a adesão ao novo modelo de gestão. No caso da UFTM, a capacidade de atendimento, que poderia ser maior, está comprometida por deficiência de pessoal.
ELAS NA CADEIA
Série especial do Estado de Minas mostra a realidade das detentas por trás das grades. Presas à família e ao passado deixado fora da cela, elas são cada vez mais numerosas e revelam medos, dramas, culpas e solidão que não aparecem nas sentenças ou estatísticas oficiais
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Detenta em unidade da Grande BH: desintegração familiar é uma parte pouco conhecida das penas |
Elas não acordam cedo para pegar o ônibus nem dão um beijo nos filhos ou no marido antes de seguir para o trabalho. Não telefonam para a escola nem vão às reuniões de pais de alunos. Um muro alto, portões pesados e uma sentença as separam do cotidiano de mulheres comuns. Amores bandidos, a ilusão de dinheiro fácil ou a presença no lugar e hora errados as separaram de suas famílias. E elas são cada vez mais numerosas, presas ao passado recente que as levou à penitenciária. Em Minas, são quase 3 mil, 20% a mais que há cinco anos. Todas presas ao que ficou do lado de fora.
Para retratar o cotidiano delas por trás das grades, visitas a três endereços: Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, em Vespasiano, Presídio Feminino José Abranches Gonçalves, em Ribeirão das Neves, ambos na Grande BH, além do Presídio Alvorada, em Montes Claros, Norte de Minas. Deles emergem histórias que o Estado de Minas retrata a partir de hoje, em uma série de reportagens sobre o cotidiano feminino nas cadeias. Lá estão mães que se envolveram em crimes e tiveram que deixar seus filhos com parentes e mulheres que foram levadas pela polícia no momento em que também perdiam seus maridos. Todas com um sentimento em comum: a família se dissolveu no instante em que entravam na viatura, sem direito a despedida. Nas prisões de Minas, são 2.965 que dividem esse perfil.
Entre elas estão Patrícia e Sara, que mesmo detidas mantêm laços com os maridos, uma raridade entre as colegas. Bem mais comum é a situação de Fernanda e Juliana, abandonadas na prisão. Com ou sem apoio externo, todas acalentam o mesmo sonho de Sirlene e Maria de Fátima, que acordam todos os dias esperando a notícia da liberdade, que está próxima. Uma espera que se torna ainda mais angustiante para detentas como Gleicilene, Cíntia e Denismara, que convivem com a saudade sufocante dos filhos.
As histórias, com discretas mudanças de enredo, parecem se repetir com frequência inquietante entre a população carcerária feminina. A maior parte delas, 1.728, ainda nem foi julgada. Apesar de numerosas, são minoria em relação aos homens: 5,51% de um total de 51.785 presos nas 142 unidades do estado, segundo a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). Os dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) mostram que a maior parte, 43,94%, está presa por tráfico de drogas. O crime de roubo vem na sequência: 12,93%, seguido de furto (10,79%) e homicídio (6,69%).
Entidades como a Pastoral Carcerária defendem que a mulher, quando condenada, cumpra penas alternativas em liberdade, para que mantenha laços com a família. “A maior parte dessas mulheres está presa por crimes ligados a entorpecentes. A prisão é o momento em que elas sofrem o abandono do companheiro. Muitas vezes, só recebem visita da mãe. Notamos que o perfil é de mulheres que têm mais de dois filhos menores, baixa escolaridade e cometeram crimes de menor gravidade”, detalha Maria de Lourdes de Oliveira, coordenadora da pastoral. Quase metade delas tem entre 18 e 29 anos, cor parda e ensino fundamental completo. Apenas 0,72% tem superior completo.
Recentemente, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República publicou diretrizes negociadas com os estados para melhorar o atendimento às detentas no país. O resultado, segundo a secretária-adjunta de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Rosângela Rigo, deve aparecer a longo prazo, mas é uma forma de orientar os governos estaduais sobre o que é preciso fazer. “Ainda precisamos garantir atendimento adequado, como humanização e assistência jurídica, e também melhorar as ofertas de oportunidades na saída, para que elas sejam reinseridas na sociedade em melhores condições”, afirmou.
Enquanto o resultado das políticas públicas ainda é uma perspectiva, elas pagam por seus crimes com sofrimentos e particularidades que não aparecem nas sentenças que as condenaram. Nem nas estatísticas. Nas próximas páginas, do depoimento de cada uma emerge essa experiência, contada por elas mesmas, sem filtros. Sem advogados, diretores, agentes penitenciários por perto. Só elas e seus olhares, suas penas, culpas, medos, angústias e solidão.
A MULHER E O CÁRCERE
Dados da Secretaria de Estado de Defesa Social mostram que o número de presas em Minas cresceu quase 20% em cinco anos
Evolução
2010
2.472 detentas
2011
2.511 detentas
2012
2.501 detentas
2013
2.860 detentas
2014
2.965 detentas
Os crimes delas *
Tráfico de entorpecentes…….. 43,94%
Roubo…………………………….. 12,93%
Furto………………………………. 10,79%
Homicídio………………………… 6,69%
As idades *
18 a 24 anos…………………….14,16%
25 a 29 anos…………………… 22,58%
30 a 34 anos…………………… 20,68%
35 a 45 anos……………………. 27,78%
46 a 60 anos……………………. 13,41%
Mais de 60 anos……………….. 1,32%
* Dados de 2014
Fonte: Suapi/Seds
NA LIBERDADE E NA PRISÃO
Para mulheres, momento da detenção costuma significar o fim do relacionamento amoroso. Minoria, as que conseguem manter laços com os companheiros se consideram privilegiadas
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Enquanto dura a pena, Israel faz companhia a Patrícia na foto, que lembra: lá fora há uma vida esperando |
Todos os domingos, o despertador do vigilante Israel Nogueira, de 44 anos, chama às 4h40. Ele se levanta, toma um banho, passa seu perfume, se arruma, ajunta presentes e lanches preparados na noite anterior e pega o ônibus de Ibirité até o Centro de Belo Horizonte. Lá, toma outra condução para chegar ao destino: o Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, em Vespasiano, também na Grande BH. Entre um trajeto e outro lá se vão 46 quilômetros. Quando vence a distância são quase 9h. Israel é o primeiro da fila. O único homem. Ele vai visitar Patrícia Santos Moraes Cordeiro, de 33, e a filha Rebeca, de 2 meses.
Patrícia está detida desde o início do ano passado, quando descobriu que havia um mandado de prisão contra ela por envolvimento em um assassinato em 2003. Então grávida de quatro meses, foi direto para o centro de referência. “Quando ela sair, vamos nos casar”, planeja Israel, esperançoso. Ela segue para o regime semiaberto em um ano.
É uma contagem regressiva para o casal. “Quero trabalhar, ter minha vida ao lado dele. Vejo que sou quase a única a receber visita do marido aqui. É um conforto, né?”, comenta Patrícia, também mãe de um menino, de 17 anos, que vive com o ex-marido. Quando soube da condenação da mulher, Israel, muito sereno, só disse que estaria ao lado dela, sempre. “Sinto muito falta dela”, disse ele, por telefone depois de um dia de trabalho. “Encontramos forças juntos; tudo isso vai passar”, disse ela, agarrada a Rebeca, enquanto enxugava as lágrimas.
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Sara se rendeu à insistência do pretendente depois de presa. Hoje, é uma das poucas que recebem visita do companheiro |
QUANDO O AMOR QUEBRA AS GRADES
Uma jovem bonita e simpática, que ainda conta com tranquilidade, sem muito pesar, como chegou ao Presídio Feminino José Abranches Gonçalves. Sara Maria Souza Pereira, de 21 anos, guardava drogas, fazia a entrega e ajudava a recolher o dinheiro, em troca de cerca de R$ 1.500 por semana. Era de manhã, sempre às 8h. Foi nesse horário que foi alvo de uma operação no Bairro Céu Azul, na Região da Pampulha, em BH. Já estava sendo monitorada. Correu junto a outras seis pessoas, mas não mais que os policiais. Todas foram presas.
Sara ainda não foi condenada. Em fevereiro, participou da segunda audiência. No fórum, foi a última vez que viu a filha, de 5 anos. A pequena é portadora de uma doença congênita, que a obriga a conviver com uma traqueostomia (abertura cirúrgica na tranqueia). Mesmo com uma vida tão turbulenta, Sara ficou noiva há seis meses, assim que chegou ao presídio. Lá fora está um rapaz de 27 anos, que gritou “eu te amo”, repetidamente, na porta do Ceresp Centro-Sul quando ela foi detida.
Ela não queria saber de visitas. Ele insistiu. Ela acabou cedendo. É um dos poucos homens que estão lá todos os dias de visitas, sábado ou domingo, quando larga seu restaurante, no Bairro Santa Mônica, na Pampulha, e segue para a José Abranches. “Ele sempre reclamou que eu fazia hora, mas resolvi dar uma chance. Ele está sempre comigo, sempre quer me ajudar. Já o coloquei em cada roubada… Uma vez, liguei pra ele de madrugada, pedindo para ir me buscar em um lugar. Eu estava com uma mala cheia de drogas e armas. Ele ficou tenso, mas me ajudou. É difícil achar alguém assim”, ela considera.
Nas sacolas, o pequeno empresário leva salpicão, macarrão e não deixa faltar o doce de leite, que ela tanto gosta. “Ele diz que de segunda a quarta-feira fica péssimo de saudades, de quinta a sábado fica ansioso. Não tem envolvimento nenhum com coisa errada e se preocupa muito comigo. Quando vem, pede para eu dividir tudo com as colegas, não ser egoísta, lavar as mãos antes de comer, escovar bem os dentes. É um carinho, não é qualquer um que ia fazer isso por mim. Ele tem esperança de que eu vá ficar aqui pouco tempo e que possamos nos casar.”
A filha de Sara fica com a avó e demanda muitos cuidados. Para a menina, a mãe diz que está “de castigo, porque fez uma coisa errada”. Mas ouve como resposta que o castigo está demorando demais a acabar. “Depois que meu pai morreu, a situação em casa ficou difícil e eu precisava de dinheiro para cuidar da minha filha. Trabalhava no salão, fazia unha, cabelo, tudo, mas não tinha o que precisava para ela. Entrei nessa vida do tráfico e todo o dinheiro eu gastava com ela. Agora, estou pagando.”
CONDENADA PELA FAMÍLIA
Conheça o drama da detenta que, mesmo jurando inocência, perdeu contato com parentes desde que foi presa, de carona em carro roubado. Laços rompidos são uma rotina na prisão
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“Não esperava que minha mãe fosse me abandonar. perguntei se ela me amava. o telefone ficou mudo”, Fernanda Tatiana da Silva, de 29 anos |
Três crianças – um menino de 5 anos e duas meninas, de 3 anos e 1 ano e seis meses – não veem a mãe desde 25 de novembro do ano passado. Antes da separação, não se abraçaram, nem se beijaram ou se despediram. Fernanda Tatiana da Silva, de 29, tomava conta de carros na Região de Venda Nova. No dia em que foi presa, precisava ir ao Centro e pegou carona com um colega. O carro era roubado e o rapaz, o principal suspeito de ter cometido um assalto. Ela jura que não tem nada a ver com o crime, mas acabou na cadeia. Grávida de quatro meses, aguarda julgamento da Justiça. Pela família, já foi condenada.
Fernanda nunca mais viu seus filhos, a mãe, o pai ou irmãos. Morre de saudades. Aos domingos, costumava reunir a família e cozinhar. Agora, na fila da penitenciária para a visitas nesse mesmo dia da semana, nenhum parente aparece. Os pais, conta, são muito rigorosos e nunca esperavam ver um dos quatro filhos na cadeia. Viraram as costas. Ela liga, manda cartas, chora, implora. Nada. “Não esperava que minha mãe fosse me abandonar neste momento. Preciso dela, sinto saudades dela. Perguntei a ela se me amava. O telefone ficou mudo.”
Não é fácil para Fernanda contar sua história, seu isolamento. As lágrimas não deixam. Para o tempo passar, ela estuda e trabalha de cuidadora (função de uma detenta que fica com o filho de outra para que a mãe da criança estude ou trabalhe). Com o dinheiro que recebe, compra seus cremes, biscoitos, xampus. Coisas que ela não tem alguém que possa levar.
“Esperava que eles sentissem minha falta”, disse, referindo-se de novo à família e contando que seu processo está nas mãos de um defensor público. “Meu pai tem condição de me ajudar, tenho uma prima que é advogada. Mas fui abandonada.” Hoje, só pensa em sair, abraçar os filhos e pedir perdão à mãe. “Nunca consegui explicar o que aconteceu, nunca consegui dizer que sou inocente. Nunca deveria ter pegado aquela carona. Mas foi um aprendizado. Vi que só Deus não me abandona.”
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“Na rua experimentei maconha, cocaína, cola, tíner, crack. Olhava uns carros e gastava tudo em droga. mas sinto falta de ter alguém que goste de mim”, Juliana Gomes de Barros, de 28 anos |
O VÍCIO COMO SEGUNDA PRISÃO
“Nunca tive casa, nunca tive ninguém.” É a sexta vez que Juliana Gomes de Barros, de 28 anos, está presa. A cadeia é o lar que ela nunca teve. Lá tem cama, comida, roupa, um travesseiro, um teto. Não se queixa. Queria mudar de vida, mas não consegue. Está presa há um ano e três meses por tráfico. Foi pega com um monte de gente em uma operação no Centro de BH, atrás do terminal rodoviário, onde costumava ficar. A rua era o seu lugar.
Usuária de crack, Juliana diz que pensa na droga todos os dias. Trabalha e estuda na prisão, mas ainda se sente presa ao vício. “Aqui me sinto em uma casa de recuperação.” Mas tem que se recuperar sozinha. Não tem mãe, que morreu há 10 anos, nem conhece o pai. As duas irmãs estão presas na Penitenciária Feminina Estevão Pinto – uma por roubo, outra por tráfico. O ex-marido está no Presídio Inspetor José Martinho Drumond. Duas filhas, de 8 e 10 anos, entregues à avó paterna, moram no Bairro Alto Vera Cruz. Outra, de 2, está com uma tia por parte de pai, no Bairro São Gabriel. “O juiz disse que sou má influência para elas e transferiu a guarda”, resume.
Juliana tem semblante pesado. Não sorri, parece não conseguir ficar à vontade para uma conversa. Pouco expressa os sentimentos, mas só até falar das filhas. Queria ter a oportunidade de reconquistá-las, dar às três uma vida normal. “Não tenho ninguém, nunca tive uma família. Na rua experimentei maconha, cocaína, cola, tíner, crack. Olhava uns carros e gastava em droga tudo o que ganhava. Comia o que os donos de restaurante no Centro davam para a gente. Mas sinto falta de ter alguém que goste de mim.”
No presídio, os dias de visita são longos, sofridos. Juliana vê as colegas receberem parentes e presentes. Ela fica sozinha na cela. Sua companhia é a Bíblia. Todos os dias abre o evangelho e lê os salmos 91 e 23. “Eles me dão força.” Os salmos 40 e 41 lhe dão esperança. “Sei que Deus vai me tirar desta vida. Esperarei com paciência, meu dia vai chegar, tenho fé.” As meninas sabem que têm mãe, mas assim chamam também a avó. “Sei que elas estão bem, mas dói muito. Só queria poder vê-las.”
VEJA AQUI A SEGUNDA PARTE DA MATÉRIA!
VEJA AQUI A TERCEIRA PARTE DA MATÉRIA!
VEJA AQUI A ÚLTIMA PARTE DA MATÉRIA!
FONTE: Estado de Minas.
Consumidores de 61 bairros de BH, Contagem, Neves e Vespasiano ficam sem água neste domingo

Milhares de consumidores de Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves e Vespasiano terão o fornecimento de água interrompido na manhã deste domingo (16). No total, moradores de 61 bairros serão afetados. Confira a lista abaixo.
FONTE: Hoje Em Dia.
Mais de 70 bairros na Capital e três cidades da Grande BH ficarão sem água no domingo
O trabalho de interligação de adutora e a substituição de registros localizados na esquina entre as ruas Benjamim Constant e Felipe dos Santos e avenida Nacional, na divisa de BH e Contagem, deixará sem água mais de 70 bairros no próximo domingo (26).
Serão afetadas as duas cidades, além de Ribeirão das Neves e Vespasiano, na região Metropolitana. O corte irá ocorrer a partir das quatro horas da manhã.
FONTE: Hoje Em Dia.
Fábrica de semicondutores em construção em Ribeirão das Neves tem de encontrar sócio para lugar de empresário que vive derrocada. Na cidade, clima é de esperança entre moradores
Maior expectativa no entorno da fábrica em construção é por empregos
A busca de um novo sócio para substituir a EBX, de Eike Batista, na fábrica de circuitos integrados da SIX Semicondutores, que está sendo erguida em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, poderá ter resultados já no mês que vem, conforme a expectativa dos acionistas que permanecem conduzindo as obras da planta industrial. Fonte próxima dos empreendedores informou ao Estado de Minas que há pelo menos duas empresas com firme interesse na compra da participação da EBX, de 33,02% do negócio, uma delas de origem estrangeira. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não vai se pronunciar sobre as negociações, de acordo com sua assesoria de imprensa.
O EM apurou que o cronograma de construção da fábrica, por enquanto, não sofreu alteração relevante e que o BNDES não analisa, no momento, a possibilidade de aumentar a sua participação societária. Os demais sócios são o governo mineiro, que detém 6,5% das ações da SIX, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); a IBM, com 18,08%; Matec Investimentos (6,07%) e WS IN-TECS (2,59%).
Recentemente, o presidente do BDMG, Matheus Cotta de Carvalho, informou ao EM que o governo de Minas acompanha atento o processo, coordenado pelo BNDES, de busca de um sócio substituto da EBX. A expectativa é de que a situação seja resolvida até o mês que vem. Com base no cronograma original, as obras civis e a infraestrutura da fábrica, que será a primeira unidade fabril de semicondutores da América Latina, ficariam prontas no fim de dezembro. Os investimentos são de US$ 500 milhões (R$ 1,159 bilhão pelo câmbio de sexta-feira).
Sem contrapartida No Bairro de Neviana, na periferia de Ribeirão das Neves, Júlio César Teodoro observa as obras da SIX com a esperança de conseguir emprego a menos de cinco minutos de casa. Ele tem 24 anos, concluiu o ensino médio e gosta de informática. Trabalha, hoje, numa empresa de distribuição de frios, no turno da 0h às 8h. “Sei que ali embaixo vai funcionar uma fábrica, mas não sei direito do que se trata. Acho que não contrataram ninguém por aqui”, diz. Em nota, a Prefeitura de Neves informou que a expectativa do município é grande, mas a SIX não assumiu a contrapartida para realizar o investimento.
“Ficou acertado que a fábrica teria 80% do seu quadro de mão de obra na área operacional ocupados por pessoas que residissem no município”, de acordo com a nota. No projeto, original, está prevista a geração de 288 vagas em sistema de três turnos. Entre os moradores, a maior esperança é pela geração de emprego.
A monitora de transporte escolar Janaína de Fátima Josefina, por exemplo, acredita que a instalação da fábrica em Neves vai contribuir para quebrar o estigma do município de dormitório e cidade de cadeias. Vai valorizar Ribeirão das Neves”, diz. “Esperamos que essa fábrica gere emprego para os jovens e movimento para o comércio. Acredito que quando o empreendimento começar a funcionar vai haver também uma valorização dos imóveis”, diz Micherlande Antônio Rocha, dono da Padaria São Miguel.
Leia mais aqui!
FONTE: Estado de Minas.
COLAPSO X »
Eike é o homem que fala javanês?
Como personagem de Lima Barreto, ele convenceu investidores e presidentes de que teria sucesso. Foi da promessa ao fracasso
Derrocada do império X afetou confiança na bolsa brasileira, num momento em que o Brasil precisa financiar o crescimento econômico. Recuperação levará tempo, para analistas de mercado
O homem que convenceu o país de que falava javanês sem nunca ter pisado na ilha de Java ou ter frequentado nem sequer uma aula do idioma malaio se tornou uma celebridade no conto do escritor Lima Barreto, graças à invenção que permitiria a ele concorrer à almejada oferta de emprego para um professor de javanês, anunciada nos classificados de jornal. Quanto mais difícil parecia aos outros o idioma da Indonésia, mais confiança e admiração a personagem Castelo ganhava dos seus pares. Até onde vai a história, ele se deu bem. Tornou-se professor, viajou para Paris, fez-se cônsul, almoçou com o presidente da República. Cem anos depois, a trajetória do empresário e ex-bilionário Eike Batista faz uma espécie de releitura irônica do conto, publicado pela primeira vez em 1911.
Como Castelo, o mineiro Eike Batista abusou da arte do convencimento. Foi além da personagem e se esmerou na capacidade de alimentar a vaidade humana e a sede de ganhos contínuos e cada vez mais altos dos investidores no mercado financeiro. Vendendo um império construído a partir de ativos pouco palpáveis, especialmente papéis de petróleo, ele se tornou o sétimo homem mais rico do mundo, com fortuna calculada pela revista norte-americana Forbes. Na aproximação com o poder, fez inveja embarcando nos elogios dados a ele pela presidente Dilma Roussef. Antes de ver seus bilhões derreterem, tão rápido como foram acumulados, foi comparado a empreendedores de ativos sólidos, como Antônio Ermírio de Morais (Grupo Votorantim) e o americano Bill Gates, criador da Microsoft.
Depois do tombo que forçou a menina dos olhos do grupo, a petroleira OGX, a pedir recuperação judicial, na sexta-feira chegou a vez de a empresa construtora naval OSX tomar a mesma decisão. O braço minerador, a MMX, já havia anunciado estar revendo o seu modelo de negócios na Serra Azul de Minas Gerais, na Região Central do estado, em seguida à venda de 65% do ativo estratégico Porto Sudeste, no litoral do Rio de Janeiro, à trading holandesa Trafigura e ao fundo árabe Mubadala.
O qualificado mercado financeiro que apostou nos planos de negócio do grupo X se deu mal, deixando a ganância imperar, observa o consultor e analista de investimentos Miguel Daoud. “O dinheiro investido virou pó e a queda das empresas terá consequências para todos os projetos, inclusive em Minas. Dificilmente eles vão atrair novos investidores, que podem ver neles outros fiascos”, afirma. Líder de um grupo de 70 acionistas minoritários da OGX que se organizam para acionar o ex-bilionário na Justiça, o economista Aurélio Valporto diz que documentos já reunidos reconstituem o blefe que Eike Batista teria dado. E se recusa a fazer mea-culpa. “Ele convenceu não só nós, investidores, mas o mundo, que a campanha exploratória da OGX era bem-sucedida e que a fase do risco havia sido vencida”, rebate.
MUITA AMBIÇÃO E POUCA CAUTELA
O poder de convencimento do empresário Eike Batista se materializou na compra de ações num movimento frenético, independentemente da consistência das empresas que, de fato, eram pré-operacionais ou produziam a um ritmo muito aquém dos planos de negócios alardeados por ele, mas a conta acabaria sendo apresentada ao próprio mercado, destaca o economista e consultor de finanças Paulo Vieira. A confiança foi quebrada pelos comunicados ao próprio mercado desconhecendo as promissoras informações de que a OGX detinha US$ 1 trilhão em petróleo nas águas rasas, somente da Bacia de Campos, e as ações começaram a despencar.
No mercado financeiro, vale o que diz a conhecida canção de Lulu Santos Como uma onda: Nada do que foi será/ de novo do jeito que já foi um dia. “Sobrou ambição e faltou cautela”, resume Paulo Vieira. Ele concorda com o consultor e analista de investimentos Miguel Daoud e o economista Aurélio Valporto na tese de que a cicatriz aberta por Eike Batista levará bom tempo para ser curada. Mal feito para o Brasil, que tanto precisa do mecanismo da compra e venda de ações como impulso ao financiamento do setor produtivo e ao crescimento econômico. O The New York Times noticiou que a dívida total de R$ 11,2 bilhões faz com que a petroleira catapulte o maior calote da história da América Latina.
De vendedor de seguro na Alemanha a investidor na corrida do ouro no Mato Grosso, Eike Batista teve negócios na Amazônia e foi sócio de grandes corporações, como o conglomerado anglo-australiano, Rio Tinto. Na história de Lima Barreto, o sucesso também cresce para o homem que sabia javanês: “Os informados apontavam-me, dizendo aos outros: ‘Lá vai o sujeito que sabe javanês.’ Nas livrarias, os gramáticos consultavam-me sobre a colocação dos pronomes. Recebia cartas dos eruditos do interior, os jornais citavam o meu saber”.
Mas na última década, Eike Batista, que trazia em sua marca o símbolo da multiplicação, e o brilho do sol, se especializou em vender projetos bilionários no Brasil que não se realizavam. A fortuna nada palpável de Eike Batista em pouco mais de um ano encolheu na ordem de US$ 29 bilhões, com a perda de valor de mercado de suas ações, o que o tirou da lista de bilionários da revista norte-americana Forbes. Em setembro último, ainda era de US$ 900 milhões.
Rastro de prejuízo em Minas Gerais
Projetos bilionários eram promessa de desenvolvimento, mas agora geram perdas para investidores e cidades da Grande BH
Antes lotado, restaurante de Maria Silva só funciona no fim de semana
Os impactos do voo de galinha do grupo de Eike Batista foram sentidos não só por grandes e pequenos investidores nas bolsas de valores, mas abalaram pequenas cidades em Minas Gerais, que investiram parcos recursos para receber projetos de milhões de reais, verdadeiras promessas de crescimento econômico, como São Joaquim de Bicas, na Grande Belo Horizonte. Está, também, na expectativa o município de Ribeirão das Neves, que abriga a fábrica SIX Semicondutores, em construção, da qual a EBX detém um terço das ações. O Museu das Minas e do Metal, em BH, teve repasses suspensos pelo Instituto EBX, braço sociocultural do grupo.
No grupo de acionistas minoritários da OGX, entre os 70 investidores que trabalham em processos judiciais contra Eike Batista, liderados pelo economista Aurélio Valporto, há acionistas de Minas Gerais, entre eles o engenheiro Henrique Nunes. O prejuízo está estimado em mais R$ 50 milhões.
Em Bicas, na Grande BH, a MMX Mineração anunciou que a produção na Serra Azul, porção rica em minério de ferro da Região Central de Minas, passaria dos 6 milhões de toneladas de minério extraídas no ano passado para 25 milhões de toneladas anuais até o fim de 2014. Uma meta tão alta que fez a cidade ampliar o horizonte na construção civil.
A contrapartida da mineradora para a cidade de 27 mil habitantes também ficou para trás. Com o recuo do grupo EBX, o orçamento municipal previsto para R$ 65 milhões neste ano minguou em R$ 20 milhões. “Demitimos 100 pessoas, 10% do efetivo da prefeitura. Cancelamos 60% da operação tapa-buracos e suspendemos serviços de drenagem. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), primeira do município, que seria inaugurada neste ano, também terá que esperar pelo orçamento de 2014”, diz o secretário municipal de Obras, Marcos Vinícius Amaral.
Amaral diz que o termo de ajustamento de conduta firmado com a mineradora também não foi adiante com a perda de ritmo do empreendimento: “Ainda faltam R$ 500 mil para a saúde, R$ 3 milhões para obras de pavimentação e uma pista de couper de 1,8 quilômetro”. A MMX informou, por meio de nota, estar revendo seu modelo de negócios.
Lição amarga Marta Silva, de 42 anos, trabalhou com o irmão no restaurante aberto especialmente para atender as obras da MMX. “Meu irmão reformou o restaurante, comprou equipamentos para a cozinha, construiu churrasqueira e contratou pessoal.” Nos primeiros seis meses de funcionamento a casa servia café da manhã, 150 refeições e 160 marmitex. Hoje, só funciona aos sábados e domingos.
O produtor de hortaliças Adair Ângelo da Silva, de 52, apressou seu projeto de construir um prédio para hospedar os trabalhadores da MMX. A princípio, o retorno foi bom e as seis unidades do imóvel foram alugadas. Agora, há um único apartamento alugado pela metade do preço anterior. Na boca dos moradores de Bicas, Eike Batista deixou uma lição. “Não adianta avançar na lua, pensando que é queijo”, resume o comerciante, Manoel Moreira Maia, 67 anos.
FONTE: Estado de Minas.
Quatro são punidos por publicar “Ribeirão das Trevas” em diário oficial
Quatro servidores foram punidos pelo Governo de Minas pela falha no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais (DOEMG) em que o município de Ribeirão das Neves foi grafado como “Ribeirão das Trevas”. Um dos supostos responsáveis será suspenso do serviço por 15 dias e terá o pagamento interrompido neste período. O erro foi cometido no dia 7 de setembro e pode ter sido intencional, conforme a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola.