Antequam noveris, a laudando et vituperando abstine. Tutum silentium praemium.

Repeteco, Pindaíba e Prefeitos

Repeteco – Água mole em pedra dura tanto bate até que fura, reza o ditado. Não posso ver denúncias de corrupção que não me lembre do inventor do dinheiro, um grandessíssimo filho da puta chamado Giges (?-644 a.C.), rei da Lídia, o primeiro da Dinastia Mermnada, reinado que durou do ano 680 até 644 a.C. Filho de Dascylus, Giges assassinou Canduales, o rei anterior, e se casou com a viúva. Seu filho e sucessor foi Ardis II.
Daí este repeteco na esperança de que funcione como água mole em pedra dura. Não posso jurar, porque ainda não era nascido, mas a historiografia diz que Giges foi o primeiro rei a cunhar moedas e que o reino da Lídia existiu onde hoje fica a Turquia.

Convertendo metal em moedas, Giges foi uma espécie de inventor do dinheiro, que tem sido larapiado desde então e alcançou a maximização mundial nos governos Lula e Dilma mercê da informatização relativamente recente na história da humanidade.

A “explosão” computacional data dos anos 90 e do início do século atual. Ainda me lembro de que, no início dos anos 60, temendo a administração Goulart, muitos brasileiros endinheirados contratavam jovens patrícios para depositar 100 mil dólares na Suíça ou nos Estados Unidos.

O enviado recebia a passagem de avião, dinheiro para pequenas despesas de viagem e mil dólares quando voltava ao Brasil trazendo o recibo do depósito no banco estrangeiro. Se embolsasse os 100 mil ficava sujo no mercado e corria o risco de tomar uma coça.

De uns tempos para cá, doleiros e grandes empresas transferem milhões de dólares num átimo, regionalismo brasileiro para “momento, instante, abrir e fechar de olhos”.

Pindaíba – No auge do desgoverno da Búlgara, quando o Itamaraty deixou muitas de nossas embaixadas sem dinheiro para pagar as contas de luz, o Brasil andou perto da atual pindaíba grega demonstrada nas férias do embaixador Kyriakos em Nova Iguaçu. A Baixada Fluminense é incompatível com a diplomacia.

Prefeitos – As tevês encheram os sacos dos telespectadores com as cerimônias de posse de um sem conto de prefeitos e vereadores. Ora, são mais de 5.500 municípios e a esmagadora maioria não tem a menor expressão.

O chorrilho transmitido só fez confirmar uma coisa que descobri há muitos anos: que povo feio! Existirá povo mais feio que o brasileiro? Claro que existe, mas figuramos com distinção e louvor nos primeiros lugares do ranking.

Basta ver a trinca que comandou a cantoria no réveillon de Copacabana, trio só comparável ao cavalheiro denominado Emicida, sucesso no réveillon paulistano.

Salva-se o Brasil, no meu entendimento de philosopho, através do periquitar, não no sentido de “andar com os pés voltados para dentro”, mas na louvação da periquita.

Inda outro dia, a senhora Preta Maria Gadelha Gil Moreira, nascida no Rio de Janeiro do dia 8 de agosto de 1974, por sinal dia do meu aniversário, dirigindo-se ao auditório do “Circo Voador” pela apresentação da cantora juiz-forana Ana Carolina, perguntou: “As periquitas de vocês tão daquele jeito, né?”.

Notícia publicada no Globo, edição de 2.1.2017, informa que o periquitar delirou. Na mesma página, foto colorida de Bianca Jahara com a mão esquerda coçando sua periquita. Ex-BBB, Bianca Jahara é apresentadora do programa Penetra (?), do canal Sexy Hot, e publicou um vídeo em que utiliza o vibrador enquanto lê. Parece que a série se chama “Gozando um bom livro”. Só não dá para entender o nome do programa de Bianca, considerando que a penetração implica algo mais que uma periquita daquele jeito, né?

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FONTE: philosopho.com.br