Justiça arquiva inquérito de casal que reagiu a assalto em SP: ‘Alívio imenso’
Crime aconteceu em 2015. Mulher foi presa após marido matar criminoso.
Juiz entendeu que o casal de comerciantes agiu em legítima defesa.
A Justiça determinou o arquivamento do inquérito policial envolvendo um casal de comerciantes que reagiu a um assalto e matou um criminoso em Cubatão (SP), em fevereiro do ano passado.
O crime aconteceu na noite de 21 de fevereiro de 2015, na Rua José Teixeira, no bairro Parque São Luis. O comerciante, de 36 anos, chegava na casa da mulher, de 34 anos, quando foi abordado por um gruo de cerca de cinco homens, que anunciaram o assalto.
A vítima voltava do estande de tiros e estava armada. Ele reagiu a abordagem, e iniciou uma troca de tiros com os assaltantes, matando um deles e baleando outro. Os outros integrantes do grupo fugiram em seguida.
O comerciante também foi baleado e encaminhado para o Pronto Socorro de Cubatão. Sua mulher foi presa e encaminhada à cadeia feminina anexa ao 2º Distrito Policial de São Vicente.
“Teve momentos que eu achei que o certo era eu não ter me defendido, ter deixado eles fazerem o que queriam, pelo menos seria só mais um caso, só mais um pai de familia morto por vagabundo, e minha esposa não teria passado o que passou. Mas a população mandava tantas mensagens, tanto incentivo, dizendo que eu estava certo e isso me deu muita força para continuar”, disse o comerciante.
O caso foi registrado na Delegacia Sede de Cubatão. Menos de 12 horas depois, a Justiça também determinou a liberdade provisória do casal.
Recentemente, o juiz da 1ª Vara Criminal de Cubatão, Rodrigo de Moura Jacob, arquivou o inquérito policial, encerrando o caso.
De acordo com a decisão, o juiz entendeu que o casal de comerciantes agiu em legítima defesa.
“A atitude do delegado [da prisão em flagrante], foi uma coisa inexplicável. Minha documentação estava toda em dia. Logo após o arquivamento, me deu um alívio imenso. O promotor e o juiz analisaram o caso e viram que eu e minha esposa éramos inocentes, não cometemos crime algum. Foi comprovado, como eu falei desde o início”, completa o comerciante.
FONTE: G1.