Rota turística é criada para visitação de cervejarias mineiras
No lugar de fazer a chamada “via sacra” nos bares, os mais apaixonados pela loira gelada poderão percorrer, a partir do dia 19, um caminho menos informal e improvisado, com a criação de rotas turísticas para as principais cervejarias artesanais de Minas.
Além de ir “direto à fonte” de algumas marcas hoje consideradas top de linha no mercado, o projeto é o primeiro a abrir os olhos para um tipo de turismo ainda pouco explorado no Estado, apesar de já ser bastante comum em outras localidades, principalmente no exterior.
Em parceria com os promotores da Experimente – Feira de Cervejas Artesanais e Gastronomia, a agência de turismo Rui Lages fará, no próximo sábado, a degustação de mais de 13 rótulos e visita a cinco espaços cervejeiros.
VÁRIOS RUMOS
De acordo com Carolina Vilela, operadora da rota, a ideia é criar rotas diferentes a cada sábado – com exceção do dia em que acontecer a Experimente, realizada todo segundo sábado do mês, no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, onde estão concentradas várias fábricas.
“Há uma cervejaria em Itabirito que é a única do país localizada numa fazenda centenária. Vale a pena criar uma rota para conhecer o local, que já é próximo de uma região turística”, salienta Carolina, destacando a vocação de Ouro Preto para atrair visitantes de todo o país.
A beer sommelier Fabiana Arreguy ajudou a estabelecer os pontos da primeira rota e registra que hoje há 23 cervejarias com capacidade para receber visitantes. “Além da fábrica, a pessoa pode ir, em algumas delas, ao pub e à lojinha de produtos”.
Ela lamenta que esse tipo de turismo não seja estimulado pelas esferas públicas. “Não entendo como não institucionalizaram isso. Estão marcando toca”, analisa Fabiana, que destaca o crescimento dos rótulos mineiros. “É interessante perceber que até as pequenas já sinalizam que entraram para competir”.
No mês da mulher, feira em Nova Lima homenageia as mestres cervejeiras
O Dia da Mulher já passou, mas ainda dá tempo de fazer um brinde a elas. E com uma cerveja artesanal mineira, protagonista de um mercado que, nos últimos anos, está “subindo redondo”, se podemos dizer assim.
A dificuldade será escolher dentre as 27 marcas que estarão presentes na Experimente – Feira de Cervejas Artesanais e Gastronomia, que será realizada neste sábado (12) em Nova Lima.
Como acontece todo segundo sábado de cada mês, a Praça dos Quatro Elementos, no bairro Jardim Canadá, será tomada por centenas de apreciadores das loiras geladas. Promovida desde novembro de 2014, a Experimente terá uma edição completamente dedicada às mulheres, não só por ser o mês delas, mas também porque o sexo feminino também faz parte desse universo cervejeiro.
“Temos desde mestres cervejeiras a participantes de confrarias”, registra Bruno Lins, idealizador da Experimente. Entre as convidadas especiais estão Gabriela Harue (Sushi Naka) e a chef de cozinha Célia Braga. Outra homenageada é Ivana Cocadas, que produz cocadas de vários sabores. O evento é o único do gênero em Minas Gerais que tem um caráter periódico. A escolha do bairro Jardim Canadá não é à toa: a região se transformou num polo cervejeiro, abrigando várias cervejarias artesanais. A relação é de mão dupla. “É notório que a Experimente conseguiu ajudar muitas dessas fábricas pequenas a crescerem. Agora estão mais robustas no mercado, lançando produtos com uma força muito grande”, destaca.
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FONTE: Hoje Em Dia.
Faturamento da cerveja artesanal fabricada em MG cresce 21% ao ano
Patrus, da Inconfidentes
Microcervejeiros apostam na inovação para atender quem valoriza bebidas especiais, com cores, aromas e sabores distintos da cerveja industrial. Muitos aprenderam a produzir cerveja em casa. O faturamento do setor tem crescido, em média, 21% ao ano.
Uma das caçulas é a Cervejaria Inconfidentes, “uma espécie de cooperativa que reúne amantes da bebida”, define o mestre cervejeiro Paulo Patrus, de 30 anos. Os sete sócios fizeram do hobby um bom negócio, investindo R$ 700 mil em equipamentos.
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Aberta em 2013, fabrica sete tipos (ou estilos, no jargão cervejeiro) sob as marcas Grimor, Jambreiro e Vinil, num total de 12 mil litros por mês. Os próprios cervejeiros põem a mão no malte. “A casa tem um funcionário, por enquanto”. A Inconfidentes fica no Jardim Canadá, em Nova Lima, onde estão pelo menos oito cervejarias artesanais.
Para o setor, a Copa do Mundo sinaliza bons lucros, mas “de julho em diante, com certeza, só vão aumentando as vendas até o verão”, afirma o mestre cervejeiro Bruno Parreiras, de 34 anos, um dos cinco sócios da Cervejaria Küd.
A Küd produz seis estilos. Lançou o último na Páscoa e se prepara para lançar o sétimo rótulo em outubro. Abriu em 2010 com dois tanques e já tem capacidade instalada para produzir 9 mil litros por mês em 14 tanques.
A Backer investiu R$ 5 milhões na nova fábrica e inaugura em agosto o novo “templo cervejeiro”, com restaurante para 240 pessoas. A produção de 320 mil litros por mês é quase toda vendida em Minas, afirma a diretora de marketing, Paula Lebbos.
Exportação
As premiadas cervejas de Belo Horizonte e entorno estão ganhando também o mercado externo. As pioneiras Backer, Falke, Krug Bier e Wälls estão aptas a exportar, mas a maioria das microcervejarias opera no limite da capacidade.“O mercado está em expansão porque aumentou a renda da população. Os fabricantes não estão dando conta de atender à demanda interna”, diz o superintendente do Sindicato de Cervejas e Bebidas, Cristiano Lamêgo.
“Teríamos como vender hoje trinta vezes mais o que produzimos”, diz o mestre cervejeiro da Wälls, José Felipe Carneiro, de 28 anos. Instalada na Pampulha, produz 30 mil litros por mês e se prepara para dobrar a exportação para Estados Unidos e Canadá dos atuais cinco mil para 10 mil litros por mês até o fim do ano.
Pesquisa para criar bebida com sabores regionais
A diversidade de estilos reina nas microcervejarias. Minas Gerais já produz 55 dos 120 existentes no mundo. O estímulo da Prefeitura de Nova Lima para produzir cerveja em casa e as pesquisas impulsionam o setor. A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), por exemplo, desenvolve estudo para seleção de leveduras de fermentação da cachaça para produzir cervejas com características regionais.
Artesãos
As microcervejarias nascem, normalmente, da iniciativa de apaixonados pela bebida que começam a produzir em casa, sem escala comercial. Apenas a Associação dos Cervejeiros Artesanais reúne 110 desses fabricantes, que produzem 5 mil litros por mês, calcula o presidente da entidade, Humberto Ribeiro. “São produções pequenas, para experimentação”.
O estilo livre permite o uso de ingredientes relacionados à nossa cultura gastronômica, como paçoca de amendoim, doce de leite, polvilho azedo e frutas do Cerrado. “As pessoas estão apreciando as cervejas especiais. Nisso é importante o conhecimento, a degustação”, afirma Lícia Vieira, que preside a Associação Brasileira de Sommeliers em Minas.
FONTE: Hoje Em Dia.
”Libertadores da Cerveja” »
Evento em BH premiou as melhores cervejas do continente
Marcas de Minas Gerais voltam a ter destaque internacional na South Beer Cup
Belo Horizonte foi o palco do que pode ser chamado de a “Libertadores da Cerveja”, no último
fim de semana. A South Beer Cup é um concurso que premia anualmente as melhores cervejas artesanais da América do Sul. Realizada alternadamente em Blumenau e na Argentina, o evento teve a capital mineira como sede em 2014 e as cervejarias locais novamente tiveram destaque internacional.
Foram 85 cervejarias de oito países concorrendo nas 40 categorias. Entre as mineiras, a Wals
foi a que conquistou o maior número de medalhas. Foram quatro, sendo uma de ouro, com a Petroleum, na categoria Imperial Stout, duas de bronze, com a Niobium e a Wals Wit, nos
estilos Imperial Ale e Belgian Witbier, respectivamente, além da medalha de prata com a
Dubbel, na categoria Belgian Ale. Lembrando que a Dubbel da Wals levou o ouro na
World Beer Cup, que premiava as melhores cervejas do mundo, em abril, nos
Estados Unidos.
- Cervejas produzidas em Belo Horizonte e região conquistam prêmios importantes
A Kud, de Nova Lima, também foi premiada
com a prata na categoria Poter & Brown Ale,
pela Run Rabbit Run, lançada especialmente
para a Páscoa. “Ficamos muito felizes com
esse reconhecimento, foi uma cerveja que fizemos com nosso conceito, especialmente para
a Páscoa e deu muito certo”, disse Bruno Parreiras, responsável pela cervejaria. Na mesma categoria, a Taberna do Vale, também de Nova Lima, levou o bronze com sua Brown Ale.
Foi o primeira vez que a marca participou do concurso.
Também sediada na Região Metropolitana de BH, a Falke Bier levou o prêmio máximo com a Ouro Preto, na categoria European Dark Lager, além do bronze com a Vivre pour Vivre, do estilo Hybrid Beer. A Backer completou o time das mineiras vencedoras na South Beer Cup, levando a medalha de ouro na categoria Wood & Barrel Aged, com a cerveja Bravo. A marca ainda aproveitou o evento para lançar a Brazuca, uma pilsen feita especialmente para a Copa do Mundo.
A South Beer Cup aconteceu no último sábado, 24, no Expominas, paralelamente à Brasil Bier e à Expocachaça. O evento reuniu diversos produtores de todo o Brasil. Além da exposição e degustação das bebidas, também foram realizados workshops e palestras voltados para o mercado cervejeiro.
Os irmãos Tiago Carneiro, à esquerda, e José Felipe Carneiro durante a premiação no campeonato internacional ‘World Beer Cup’ |
O Brasil levou medalha de ouro na ‘World Beer Cup’, a Copa do Mundo da Cerveja, campeonato que reúne quase 4,8 mil cervejas de 1403 cervejarias em 58 países. O evento bianaual é realizado em Denver, Colorado, nos Estados Unidos. A conquista é da cervejaria mineira Wäls, que marcou ponto em duas categorias. “Tivemos um feito histórico. Fomos premiados com o ouro da Dubbel e a Quadrubbel levou medalha de prata”, conta o empresário Miguel Carneiro, fundador da empresa. Para ele, a premiação traz muita responsabilidade, mais também reconhecimento. “Uma premiação dessas significa mais exportação para a gente. As cervejas que foram premiadas chegam a outros países já com divulgação”, diz.
A Dubbel e a Quadruppel são duas das 12 cervejas feitas pela Wäls. A fábrica produz 30 mil litros de cerveja por mês para todo o Brasil – principalmente Sul, Sudeste e Distrito Federal – além de atender pedidos de cervejas mais personalizadas e sazonais. Os produtos podem ser encontrados em supermercados Premium e bares especializados de Belo Horizonte. No site da empresa (www.wals.com.br) você encontra a lista de locais de venda em todo o país. Para quem quiser experimentar, uma garrafa tem preço médio de R$ 15,00. Combina com carnes vermelhas e também com sobremesas achocolatadas, segundo o expert.
A empresa começou a exportar alguns de seus produtos para os Estados Unidos e em julho exportará 30 mil garrafas para o Canadá. O primeiro container foi para Denver, no Colorado (EUA), com 20 mil garrafas de cerveja. Segundo a empresa, nesta primeira etapa, a cerveja que entrou no mercado americano foi a Petroleum e com marca própria: a Belô São Francisco e a Belô Ipê. A primeira é uma homenagem à capital mineira, ao bairro onde está situada a fábrica e à Igrejinha da Pampulha. A Belô Ipê brinda os famosos ipês da capital que florescem na primavera.
Sabor e aroma
À esquerda a vencedora, a cerveja Dubbel. Ao lado, a Quadruppel. |
A Dubbel, cerveja ganhadora da medalha de ouro, pertence ao estilo Belgian Strong Ale, de aparência castanha escura, espuma densa e duradoura. Tem aroma de frutas secas com notas de especiarias e maltes especiais. Paladar com persistência do torrado, levemente picante e bastante seca. É refermentada na garrafa com 7,5 % de álcool e 26 IBU’s (índice de unidade de amargor).
Já a medalha de prata, a Quadruppel, é uma Belgian Strong Ale Quadruppel, elaborada com quatro tipos de malte, nobre cepa de levedura, lúpulos especiais e várias especiarias. A bebida tem coloração marrom rubi, equilibrado amargor, espuma aveludada e intenso aroma e sabor de malte, chocolate toffee, mel e frutas secas. A cerveja é maturada em carvalho francês marinado com cachaça genuinamente mineira, refermentada na garrafa com 11% de álcool e 35 IBU’s.
Paladar mineiro
Petroleum com marca própria em homenagem a BH |
VEJA AQUI MAIS UMA PREMIAÇÃO PARA AS CERVEJAS MINEIRAS!
FONTE: Estado de Minas.