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Avenida Silviano Brandão terá trecho de ‘mão inglesa’

Mudança será entre Rua Capuraque e Avenida Cristiano Machado
Linhas 62 e 66 vão ter pontos alterados.

O trânsito na Avenida Silviano Brandão, na Região Leste de Belo Horizonte, será alterado a partir desta quinta-feira (9). Segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), o trecho entre a Rua Capuraque e a Avenida Cristiano Machado passa a ter circulação de mão inglesa.

Ainda de acordo com a empresa, a mudança visa melhorar a futura circulação do BRT. As linhas de ônibus 62 e 66 vão ter pontos alterados. Haverá informação no local.

Por causa da mudança, os motoristas devem ficar atentos com os trajetos. Veja no mapa como vão ficar as circulações pelas vias. Outras informações no site da BHTrans.

Mapa Avenida Silviano Brandão (Foto: Divulgação / BHTrans)

FONTE: G1.


Muro de contenção de prédio desmorona e destrói três moradias no Bairro Floresta, em BH. Seis são interditadas pela Defesa Civil, que já havia constatado rachaduras e liberado obra

Engenheiro Eduardo Pedersoli, da Defesa Civil, acredita que chuvas de domingo contribuíram para que a terra cedesse nos fundos
Desabamento

Quatro dias depois de a Defesa Civil constatar, em vistoria, rachaduras em casas e, mesmo assim, descartar riscos de desabamento, um barranco desmoronou ontem e provocou a destruição parcial de três casas na Rua Itaúna, entre as ruas Ponte Nova e Guanhães, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte.

Seis residências sofreram danos estruturais e foram interditadas pela Coordenadora Municipal de Defesa Civil (Comdec). A terra cedeu de madrugada, depois da queda de parte do muro de contenção de uma obra situada nos fundos dos imóveis atingidos, no número 559 da Rua Jacuí. Ninguém se feriu, mas pelo menos 11 pessoas estão desalojadas.

A vistoria foi feita na quinta-feira. “Encontramos algumas trincas, mas vimos que não representavam risco imediato de desabamento”, afirmou o gerente de Operações da Defesa Civil, Waldir Figueiredo. Segundo ele, o órgão planejava nova vistoria ontem, dessa vez na estrutura de contenção da obra. Suspeita-se que as chuvas da noite de domingo tenham contribuído para o desabamento, cujas causas estão sendo investigadas. “As chuvas podem ter ajudado. Temos de ver se o projeto do muro de contenção do barranco foi feito adequadamente”, diz Eduardo Pedersoli, engenheiro da Defesa Civil. “Vamos manter um monitoramente da área até o problema ser resolvido”, acrescenta.

O que restou do barranco na Rua Jacuí apresenta “risco muito alto” de novos desabamentos, segundo notificação entregue pela Defesa Civil ao consórcio responsável pelas obras, a Associação Pró-Construção 3, da construtora Resende Tavares. O órgão municipal deu prazo de 10 dias para a empresa apresentar um plano de ação emergencial com as intervenções necessárias para recuperar e estabilizar o local. A construtora precisa também fixar um prazo para a execução das medidas e procurar os moradores prejudicados para discutir formas de reparar os danos. Síndico da associação, Jorge Luiz Dutra garante que o consórcio cumprirá as determinações da Defesa Civil, mas ressalta que alguns imóveis atingidos pelo desabamento já apresentavam problemas estruturais. “Vimos que são construções antigas. Aí, quando você mexe na terra, está sujeito a aparecer esse tipo de situação”, diz Dutra.

RACHADURAS

A empresa responsável pela construção sabia que casas atingidas pelo desabamento apresentavam rachaduras antes mesmo de as obras começarem. Em junho, um engenheiro contratado pela construtora fez uma vistoria cautelar em imóveis vizinhos. Algumas das 74 fotografias do laudo mostram detalhes de trincas em paredes e pisos. Mesmo assim, as obras se foram iniciados um mês depois, em julho.

Desde então, novas rachaduras surgiram, admite o responsável técnico pela obra, o engenheiro civil Glaucenes da Silva. “O surgimento de rachaduras e o aumento de outras são normais em uma obra desse porte. Estávamos acompanhando tudo”, afirma. Ele acredita que não houve erros no projeto de contenção do barranco. “É melhor esperar a perícia para ver se houve falhas. O problema foi a chuva intensa”, analisa.

A obra, que dará origem a um edifício comercial, ocupa um terreno de 1.185 mil metros quadrados e está em situação regular, de acordo com a Administração Regional Leste da prefeitura.

Acordados pelos cães, Dalila e André conseguiram sair ilesos antes do desabamento

Cães latem e salvam casal
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O barranco desabou por volta das 5h30, segundo relatam moradores da Rua Itaúna. A terra deslizou depois da queda de alguns blocos retangulares de concreto armado que compunham o muro de contenção da obra, situada na Rua Jacuí. A casa de número 96B foi a mais atingida. Só restou de pé a cozinha e parte de um corredor. O casal André Nogueira Milagres e Dalila Milagres, que morava no imóvel, salvou-se por pouco, após ser alertado pelo latido de seus três cães.

O estudante de engenharia elétrica André, de 30 anos, e sua mulher, a analista de suprimentos Dalila, de 31, grávida de sete meses, moravam de aluguel na casa desde setembro. Na madrugada de ontem, acordaram por causa do barulho dos três cachorros – um casal de raça boxer e um buldogue francês –, que latiam com insistência. “Achei que era por causa da chuva. Quando vi que eles não paravam, me levantei da cama. Quando saí, vi que a casa estava toda rachada”, lembra Dalila. Ela e o marido correram para levar os animais para fora da casa. “Fomos salvos pelos cachorros”, diz a mulher.

André ainda voltou para o imóvel na esperança de salvar algo do desabamento. Foi quando Dalila começou a gritar: “Sai, que vai cair”. O marido só conseguiu pegar uma caixa com roupas do bebê. Na tarde de ontem, o casal voltou para ver o que havia restado. Retirou da cozinha alguns pertences, como geladeira, fogão e máquina de lavar, e levou para a casa de uma tia de Dalila.

Os cães foram separados em três endereços diferentes. Um deles está no apartamento do pai da mulher, onde o casal deve ficar. “Estamos olhando o que vamos fazer. Temos que descobrir primeiro de quem foi a culpa”, diz ela.

Quando se mudaram para a casa da Rua Itaúna, Dalila e André perceberam apenas uma rachadura em uma parede. “Era bem pequena, nada alarmante. Não aumentou, nem vi outras surgirem”, conta a mulher. A casa onde o casal morava foi construída nos fundos de um lote, conjugada a outro imóvel, o de número 96A, onde o relações-públicas Bruno Soares Lopes, de 27 anos, morava com a mãe.

Toda a construção foi interditada. “Há cerca de uma semana, começaram a aparecer rachaduras”, relata Bruno. Na madrugada de ontem, o rapaz notou quando a casa dos fundos começou a se desfazer. “Ouvi uns estalos fortes e logo depois caiu”, lembra.

CULPA

Alguns moradores cogitam a possibilidade de acionar na Justiça a construtora responsável pela obra. “Vamos fazer uma reunião e tentar constituir um advogado. Vamos tentar parar a as obras e ver como que eles vão se responsabilizar”, informa o gerente de vendasDavid Rodrigues Tanure, de 53, proprietário da casa de número 112, também interditada. Ele acredita que a empresa é culpada.

“Na minha casa, surgiram rachaduras desde o início da obra, e elas só aumentaram desde então. Há uma semana, mandei e-mails para a construtora, com fotos das trincas. Eles não mandaram nenhum técnico para fazer uma vistoria”, afirma.

MEMÓRIA – Edifícios desabam e matam em BH

Em 2009, durante obras de expansão do Shopping Plaza Anchieta, no Bairro Anchieta, Centro-Sul De BH, surgiram trincas em prédios vizinhos. Em julho, o Edifício Ágata foi esvaziado às pressas após problemas estruturais.

Um muro de contenção chegou a ser construído, mas a estrutura desabou em abril de 2010, pondo em risco os prédios Lenise, Mônica, Érika e Ouro Preto 2. Cerca de 30 famílias deixaram suas casas e brigam pela reparação de danos na Justiça. Em janeiro de 2012, dois prédios desabaram na Rua Passa Quatro, Bairro Caiçara, Noroeste de BH, soterrando um casal. O homem morreu e a mulher ficou ferida. Uma semana depois, outro edifício veio abaixo: o Vale dos Buritis, de três andares, no Bairro Buritis, na Região Oeste.

O edifício caiu um dia após a Justiça exigir que a empresa que fez a obra demolisse o prédio. A prefeitura acabou demolindo um dos blocos do Edifício Art de Vivre. Hoje, o outro bloco do Art de Vivre ainda está de pé.

Muro desmorona no Gutierrez
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O temporal da noite de domingo provocou a queda de parte do muro de arrimo do escritório da Copasa na Rua Turfa, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste da capital. No momento do desabamento ninguém passava pela via. De acordo com assessoria de imprensa da empresa, o muro estava em boas condições e não havia sinais que indicassem perigo de desmoronamento. Até o fim da tarde de ontem, a Copasa fazia a retirada da terra da rua e providenciava os reparos.

FONTE: Estado de Minas.