PM reage a assalto e três carros são atingidos em tiroteio no Bairro Floresta
Três criminosos roubaram o celular da namorada do policial e trocaram tiros com ele
Comerciantes, pedestres e motoristas passaram por um susto no fim da tarde desta sexta-feira no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte. Um policial militar reagiu a um assalto contra a namorada na Rua Tabaiares e trocou tiros com três criminosos armados. Os ladrões fugiram e três veículos acabaram atingidos pelos disparos. Ninguém ficou ferido e nem preso.
Segundo informações de testemunhas, o casal estava próximo a um posto de gasolina na Rua Tabaiares, quando três homens, ao menos um deles armado, se aproximaram e roubaram o celular da jovem. Diante da situação, o militar reagiu e houve troca de tiros.
Os criminosos fugiram correndo para a Rua Sapucaí. Mesmo em movimento, a troca de tiros continuou. As munições acabaram atingindo uma Hilux que estava parada na Rua Tabaiares. A motorista de 71 anos aguardava a filha, quando a confusão começou. Ela não ficou ferida.
Em seguida, mais tiros foram disparados e uma van, de Pedro Leopoldo, além de um Honda Civic, receberam tiros. Os criminosos conseguiram fugir e não foram encontrados até a publicação desta reportagem. Segundo o Sargento Michel, do 1º Batalhão da PM, o boletim de ocorrência será registrado na Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan) como roubo e tentativa de homicídios contra o militar.
FONTE: Estado de Minas.
Com borda alta e muito recheio, receita é inspirada em pizza clássica de Chicago, nos EUA. Entre os seis sabores, dois são vegetarianos
O engenheiro Emerson Luiz Ribeiro viajou com frequência para Chicago, nos Estados Unidos, durante 10 anos. Nesse período, se acostumou a comer a pizza típica da cidade, a deep dish pizza: uma versão “barra pesada” da redonda, com borda mais alta que o habitual, fartamente recheada com muito queijo, molho de tomate “pedaçudo” e outros ingredientes. Pois ele se tornou dono de uma pizzaria em Belo Horizonte, a Calábria, na Floresta, e resolveu repetir a receita aqui. E ela tem nada menos que 2 kg.
Para isso, chamou o chef Kiki Ferrari, que iniciou pesquisa mais trabalhosa que o esperado. “Há vários tipos de massa da deep dish pizza. O pessoal dos Estados Unidos guarda segredo sobre isso, pois várias casas que trabalham com esse produto são franquias. Conversei com chefs gringos, participei de grupos de discussão sobre o assunto e descobri que há produtos próprios para essa massa por lá”, conta Ferrari.
Para se ter ideia, ele testou 30 receitas de massa até chegar a que agradou. Ela fica entre a da pizza e a de um empadão, em termos de consistência e sabor. E são duas camadas de massa, separando dois “andares” de recheio. Cada pizza tem 8cm de altura e peso em torno de 2kg, embora alguns sabores possam chegar a 2,2kg. O molho, feito com tomates pelados italianos cortados em pedaços grandes (“chunky”, como dizem os norte-americanos), é levemente temperado com pimenta calabresa, o que o diferencia do estilo italiano.
Como a quantidade de recheio é grande e a pizza é praticamente uma torta alta e pesada, o tempo de forno é bem maior que o de uma pizza tradicional. A casa pede uma hora de espera a partir do momento em que o pedido é feito, de maneira que é possível encomendar previamente por telefone (deixando um horário combinado) para que a espera não seja tão longa. Depois de assada, ela ainda precisa “descansar” fora do forno por alguns minutos para que fique minimamente firme ao ser partida.
Atualmente, a casa oferece seis sabores dessa mega pizza, entre eles o Super Butcher, que consiste na combinação de muçarela, molho de tomate, parmesão, pepperoni, hambúrguer de picanha moído, linguiça toscana, cebola roxa e pimante jalapeño. Há duas opções vegetarianas, uma delas com recheio farto, à base de muçarela, molho de tomate, parmesão, cebola, cogumelos em conserva, espinafre, abobrinha italiana, gorgonzola, alho frito e azeite.
Qualquer sabor custa 74,90 e, em geral, cada pizza é dividida por quatro a seis pessoas. A casa promove rodízio deste tipo de pizza, com os seis sabores, por R$ 49,90 toda última quinta-feira do mês.
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FONTE: Estado de Minas.
Acidente entre dois ônibus deixa dois mortos e 14 feridos no Centro de BH
Colisão ocorreu na saída do Viaduto da Floresta e duas vítimas sofreram ferimentos graves
Acidente entre dois ônibus deixou dois idosos mortos e ao menos 14 pessoas feridas; duas em estado grave, na manhã desta quinta-feira em Belo Horizonte. Segundo a BHTrans, um coletivo do Move metropolitano da linha 512H (Terminal Vilarinho/Hospitais/via Cristiano Machado) e um da rota 8107 (Concórdia/São Pedro) colidiram na Avenida dos Andradas, próximo à Avenida do Contorno, no Centro da capital.
Jorge Luiz Vetoraz, de 64 anos, passageiro do coletivo 8107, morreu no local. Izza Atalla Azizi, 65 anos, foi socorrido, mas morreu no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Aristides Soares, Francisco de Assis Filho, Edivaldo Oliveira, Euler da Fonseca e Reginaldo Lopes também foram encaminhados ao HPS.
O motorista do 8107, Reginaldo Lopes Martins, de 37, fraturou três costelas e teve escoriações no braço. A mulher dele, Márcia Gabriela Mendes, soube do acidente pela TV. Segundo ela, ele não se lembra de como foi o acidente. “Ele disse que o Move veio do nada. Ele tentou reagir, tirar, mas não deu tempo”, afirma.
A colisão ocorreu na saída do Viaduto da Floresta, quando o ônibus convencional atingiu a lateral do Move, que colidiu em um poste de sinalização. Devido ao impacto, a estrutura ficou inclinada e corre o risco de cair.
O trânsito na Andradas, no sentido Complexo da Lagoinha, ficou interditado e teve que ser desviado para a ruas Guaicurus e Espírito Santo. Na direção contrária, o tráfego flui com lentidão.
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FONTE: Estado de Minas.
Polícia prende oito funcionários de revendedora de veículos suspeita de aplicar golpes
Delegado responsável pelo caso ouve vendedores da Via Motors nesta sexta-feira. O número de vítimas pode chegar a 200
Oito funcionários da revendedora Via Motors foram detidos e levados à Delegacia do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), no fim da tarde desta sexta-feira. De acordo com o coordenador de Operações Policiais do Detran, Anderson Alcântara, os vendedores da loja, localizada na Avenida Cristiano Machado, no Bairro Floresta, Região Leste de BH prestam depoimentos sobre esquema de fraude na venda de veículos da agência multimarcas, alvo de operação da Polícia Civil.
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Segundo o delegado Anderson Alcântara, desde 2013, foram registrados 92 boletins de ocorrências contra a Via Motors. “A empresa é suspeita de vender carros zero-quilômetro e não os entregar. A revenda posterga a entrega dos veículos ou a devolução do valor pago pelos clientes por vários meses. Embora sejam 92 ocorrências, acreditamos que mais de 200 pessoas foram vítimas do golpe de estelionato praticado pela Via Motors”, explica.
O investigador da Polícia Civil, Anderson Florêncio, contou que a Via Motors foi constituída no final de 2013 com o intuito de lesar os consumidores. “São dois sócios-proprietários, que na verdade são laranjas, e uma gerente, que ainda não foram encontrados. Entre os oito vendedores detidos, estão alguns mais antigos, que sabem do esquema e podem esclarecer alguns detalhes da investigação. Há grande rotatividade de vendedores na Via Motors, portanto, nem todos sabem do esquema aplicado pela revendedora. Não existe nenhum carro para ser vendido. O golpe é baseado em receber dinheiro e carros dados como entrada pelos clientes. Eles vendem o sonho do carro novo, mas querem lucrar em cima dos consumidores”, salienta. A Polícia Civil não divulgou os nomes dos suspeitos, para não atrapalhar as investigações.
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Segundo Anderson Alcântara, existem três inquéritos contra a Via Motors, sendo dois na Delegacia Regional Leste e um na Delegacia de Defesa do Consumidor (1º e 2º Decom). A primeira ocorrência registrada contra a revendedora foi em fevereiro de 2014.
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A Via Motors está instalada em imóvel chamativo na Avenida Cristiano Machado, 300, onde destaca o slogan “o zero km mais barato do Brasil”. Fora as investigações da Polícia Civil, somam-se 33 reclamações nos Procons da Assembleia Legislativa e do MP, cujos casos estão em fase de apuração e darão origem ao processo.
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Loja de veículos da avenida Cristiano Machado compra carros de clientes que não recebem os produtos em troca; Polícia Civil investiga
Apesar de a Polícia Civil estar investigando o caso de 52 vítimas diferentes da concessionária Via Motors, localizada na avenida Cristiano Machado, no bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte, o empreendimento continua aberto e fazendo cada vez mais vítimas. A reportagem de O TEMPO foi procurada nesta terça-feira (23) por mais uma pessoa que teve problemas com a loja.
De acordo com a mulher, que preferiu não ser identificada, ela negociou um carro zero com a concessionária dando o seu veículo de entrada. “Marcaram a entrega do meu carro para o dia 3 de junho e depois remarcaram. Pesquisei e vi que outras pessoas já procuraram a imprensa para denunciar o golpe aplicado por eles. Solicitei então a devolução do meu carro e do valor que já havia sido pago por mim, sendo que eles disseram que não devolveriam”, contou a vítima.
Diante disso, a mulher, que trabalha no Judiciário Federal, ajuizou uma ação contra a empresa e, ainda nesta terça-feira, recebeu um posicionamento da concessionária afirmando que o veículo e o dinheiro já pago seriam devolvidos. “Mas só retiro a ação quando de fato receber. Por que se não pagarem posso conseguir um mandado de busca e apreensão”, garante.
A concessionária teria como diferencial a alta valorização do veículo usado, além de oferecer veículo novos com preço bem abaixo do mercado. “A pessoa compra por que as condições são realmente muito boas. Eles agem também na feira de veículos do Minas Shopping. Só que o preço é bom por que é um golpe e as pessoas nunca conseguem receber o que combinaram”, afirma a vítima.
A mulher contou ainda que nesta segunda-feira (22) um homem revoltado com a impunidade da empresa resolveu se acorrentar em um veículo para tentar resolver o problema. “O que revolta é justamente que mesmo com tantos processos eles continuam funcionando normalmente”, finaliza.
A empresa foi procurada diversas vezes, porém, não respondeu aos contatos telefônicos e nem ao e-mail enviado pelo site da Via Motors.
Inquéritos
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou que existem pelo menos 52 inquéritos abertos contra a concessionária desde 2014 em três delegacias diferentes, sendo eles por estelionato e lesão ao consumidor.
Alguns dos casos já foram encaminhados à Justiça, que conseguiu acordar uma solução entre as partes envolvidas. Porém, a maioria deles segue sendo investigada pela corporação. A delegada Sílvia Helena, da 2ª Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor, conta que somente ela investiga mais de 12 casos desde o ano passado.
Entretanto, como são casos individuais e a alguns deles conseguiu chegar a um acordo, a empresa não chegou a ser impedida de funcionar. “Por isso a orientação que posso passar é que as pessoas pesquisem sobre a idoneidade da empresa antes de fechar uma compra, justamente para evitar dores de cabeça”, acrescenta a delegada.
FONTE: O Tempo.
Avenida Silviano Brandão terá trecho de ‘mão inglesa’
Mudança será entre Rua Capuraque e Avenida Cristiano Machado
Linhas 62 e 66 vão ter pontos alterados.
O trânsito na Avenida Silviano Brandão, na Região Leste de Belo Horizonte, será alterado a partir desta quinta-feira (9). Segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), o trecho entre a Rua Capuraque e a Avenida Cristiano Machado passa a ter circulação de mão inglesa.
Ainda de acordo com a empresa, a mudança visa melhorar a futura circulação do BRT. As linhas de ônibus 62 e 66 vão ter pontos alterados. Haverá informação no local.
Por causa da mudança, os motoristas devem ficar atentos com os trajetos. Veja no mapa como vão ficar as circulações pelas vias. Outras informações no site da BHTrans.
FONTE: G1.
A Confeitaria MixPão, localizada na Avenida do Contorno, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, foi interditada nesta segunda-feira depois que consumidores encontraram larvas em pizzas compradas no estabelecimento. De acordo com militares do 16º Batalhão da Polícia Militar, que foram acionados, dois clientes foram à padaria para tomar café da manhã e ao começar a comer as pizzas perceberam que o produto “estava velho e com gosto estranho” , logo avistando as larvas.
Os consumidores relataram ao Sargento Ronaldo, do 16º BPM, que um funcionário da padaria confirmou que a pizza estava à venda por quatro dias no local. O policial militar realizou o Boletim de Ocorrência e solicitou a presença da Vigilância Sanitária para avaliar o estabelecimento.
De acordo com a Vigilância Sanitária Regional Leste, que vistoriou o local ainda na manhã desta segunda, a interdição da padaria Mixpão se deve as irregularidades na higienização do local, maquinário fora das condições ideais de uso e mal acondicionamento de alimentos. O proprietário da padaria receberá a multa no valor aproximado de R$ 6 mil. Ainda segundo informações da Vigilância Sanitária, o estabelecimento já havia sido interditado em outra oportunidade, e após nova vistoria, foi reaberta.
A reportagem entrou em contato com as unidades da empresa em BH, mas o proprietário da padaria não foi encontrado para esclarecer o caso.
FONTE: Estado de Minas.
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FONTE: Entendeu Direito.
Esquina com a rua Jacuí ficará fechada até a tarde de domingo (28)
Motoristas que passam pela avenida Cristiano Machado devem ficar atentos. O trânsito na via será interditado na esquina com a rua Jacuí, sentido bairro/centro, a partir deste sábado (27) para obras do Sistema Rápido de Ônibus, o BRT. Segundo a BHTrans, a interdição começa às 6h e só termina às 16h do dia seguinte.
De acordo com o órgão, nessa etapa das obras será implantado o pavimento da pista do BRT. Faixas foram afixadas para informações aos condutores. Agentes da Unidade Integrada de Trânsito, BHTrans e da Polícia Militar irão operar o tráfego na região.
A empresa orienta os motoristas que redobrem a atenção e respeitem a sinalização implantada e as orientações dos agentes de durante a operação.
Intervençõesa partir das 6h deste sábado (27) até às 16h de domingo (28):
– Interdição do cruzamento das avenidas Cristiano Machado com Jacuí, sentido bairro/centro.
– O trecho da rua Juacema, entre as ruas Coromandel e Jacuí, terá a mão direcional invertida operacionalmente, possibilitando o acesso à rua Jacuí;
– A rua Itamaracá, entre as ruas Urandi e Jacuí, terá o sentido de circulação alterado durante a operação;
– Serão feitos ajustes na programação semafórica para melhorar a fluidez do trânsito.
Desvios:
Sentido bairro/centro:
– Rua Jacuí, rua Itamaracá, rua Urandi, avenida Cristiano Machado, rua Ciro Borja (retorno sobre o túnel), rua Pitangui, rua Jacuí.
Sentido centro/bairro:
– Rua Jacuí, avenida Cristiano Machado, conversão à esquerda a ser permitida operacionalmente para a rua Augito, rua Juacema, rua Jacuí.
FONTE: R7.
Insatisfeitos com demora e valor do ressarcimento dos danos, moradores de imóveis atingidos decidem recorrer à Justiça. Empreiteira afirma que todos foram amparados
O deslizamento de terra ocorreu no terreno onde será construído um prédio e comprometeu moradias próximas |
Maria de Lourdes mostra as trincas nas paredes da casa onde vive |
Prestes a completar dois meses, o desmoronamento do terreno de uma obra no número 559 da Rua Jacuí, no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, em 21 de janeiro, continua criando impasse. Isso porque parte dos moradores que residiam nos imóveis na Rua Itaúna, nos fundos do empreendimento, danificados e interditados por causa do deslizamento, permanece insatisfeita com as negociações com a Associação Pró-Construção 3, responsável pela intervenção no lote onde ocorreu o problema. Alguns deles, como o assistente técnico André Milagres, de 30 anos, e sua mulher, Dalila Milagres, de 31, que por pouco não foram vítimas do desabamento, já ingressaram com uma ação na Justiça. Eles tentam reaver o valor dos bens que perderam na madrugada de 21 de janeiro quando o barracão onde moravam veio abaixo. Alguns vizinhos estão sendo ressarcidos de alguns prejuízos e outros, que eram inquilinos, se mudaram e estão recebendo o valor do aluguel. Mas há ainda quem reclame da lentidão da construtora no pagamento dos danos e, assim como o casal, se prepara para buscar amparo na Justiça.
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Morando desde janeiro em uma casa alugada na Região da Pampulha, André conta que ele e a mulher foram orientados durante a primeira reunião com representantes do grupo construtor a listar os danos materiais e repassar a proposta de preço a eles. “Fizemos uma estimativa com o valor do prejuízo material e moral, mas eles nunca retornaram. Como temos três cães, não podíamos ir para um hotel nem para apartamento, como outras pessoas foram, então alugamos uma casa. Entramos com uma ação cautelar na Justiça exigindo pelo menos o pagamento dos gastos imediatos”, contou o técnico. Segundo ele, o custo mensal com aluguel , condomínio e IPTU é de R$ 3 mil. “A situação é muito delicada. No primeiro momento, eles disseram que iam dar total atenção, mas depois não retornaram mais os e-mails, as ligações nem responderam se podemos entrar no local para retirar alguns pertences que continuam lá”, reclamou. O ressarcimento dos outros danos será objeto de uma nova ação judicial, segundo André, caso a associação não se manifeste favoravelmente.
Quem também promete ir à Justiça é o casal morador da casa de número 112 da Rua Itaúna, David Rodrigues Tanure e Maria de Lourdes Gomes Tanure. Desde o deslizamento de terra, ele contratou um advogado que vem acompanhando as negociações com a associação. De acordo com Maria de Lourdes, os representantes das empreiteiras já arcaram com alguns prejuízos imediatos e pagam o valor do aluguel de um canil para onde os dois cães da família foram levados. “No entanto, são lentos nas negociações e nos pagamentos. Além disso, a advogada deles passou um e-mail informando que a quantia depositada seria o suficiente para sanar todo o prejuízo. Temos uma obra para fazer. Nossa área de lazer está cheia de trincas, toda comprometida e isolada pela Defesa Civil”, queixou-se. Segundo Davi, os reparos ainda dependem da estabilização do solo e da aprovação da Defesa Civil, e como garantia ele vai entrar na Justiça para assegurar o depósito em juízo do valor referente aos custos da obra.
CONTESTAÇÃO As reclamações dos moradores da Rua Itaúna são contestadas pela advogada Elisa Duarte, que defende os representantes do empreendimento. Além de não ter sido considerada culpado pelo deslizamento de terra, segundo a defensora, o grupo arcou com todas as despesas de aluguel de inquilinos dos imóveis afetados, carreto e outros danos imediatos. “Todos estão amparados. Estão tendo seus gastos custeados. E a associação fez isso mesmo sem ter sido declarada culpada pelo que aconteceu, já que nossa perícia constatou que o deslizamento da encosta foi causado pelo excesso de chuva”, informou a advogada.
Segundo ela, a exceção do processo de negociações é o caso do casal André e Dalila, e que o impasse teria, entre outros motivos, o fato de os reclamantes não constarem no contrato como locatários do imóvel. “O contrato está em nome de um senhor Régis, que seria irmão da Dalila. Mas ele mesmo nunca requereu nada. Não tenho como pagar nada, porque eles não têm como provar que moravam no local”, disse, Além disso, Elisa explica que o casal não deixou telefone nem e-mail no dia da primeira reunião com as pessoas atingidas pelo deslizamento da encosta.
“Em momento algum eles deram oportunidade de negociação e logo depois recebemos o processo. A indenização que pedem é exorbitante. Se a Justiça entender que a associação terá de pagar, ela pagará. Mas além de não ser culpada, ela sofreu um prejuízo enorme, que ainda nem pôde ser calculado”, alegou. De acordo com Elisa, especialistas estão sendo contratados para avaliar as condições do local e calcular o valor dos danos.
Enquanto isso…
…Sem disputa no São Bento
A criação de uma comissão foi a saída para resolver o problema do desmoronamento de uma quadra de tênis que desde o dia 27 de janeiro deixou 39 famílias fora de suas residências no Bairro São Bento, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os estudos de solo estão sendo feitos e um laudo provisório deve ficar pronto em duas semanas para verificar o risco de intervenções no local, que permanece isolado. Um projeto de engenharia para refazer a contenção está em vias de ser contratado, mas segundo especialistas já consultados, deverá ser diferente do existente anteriormente. Para lembrar, o muro de quase 15 metros que fazia a contenção da quadra de esportes do Edifício Morigerati, no número 77 da Rua Abadessa Gertrudes Prado, cedeu sobre a parte de trás dos edifícios São Tomás de Aquino e Bela Morada. Os dois prédios ficam, respectivamente, nos números 70 e 120 da Avenida Professor Cândido Holanda, já no Bairro São Bento.
FONTE: Estado de Minas.
Muro de contenção de prédio desmorona e destrói três moradias no Bairro Floresta, em BH. Seis são interditadas pela Defesa Civil, que já havia constatado rachaduras e liberado obra
Engenheiro Eduardo Pedersoli, da Defesa Civil, acredita que chuvas de domingo contribuíram para que a terra cedesse nos fundos
Quatro dias depois de a Defesa Civil constatar, em vistoria, rachaduras em casas e, mesmo assim, descartar riscos de desabamento, um barranco desmoronou ontem e provocou a destruição parcial de três casas na Rua Itaúna, entre as ruas Ponte Nova e Guanhães, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte.
Seis residências sofreram danos estruturais e foram interditadas pela Coordenadora Municipal de Defesa Civil (Comdec). A terra cedeu de madrugada, depois da queda de parte do muro de contenção de uma obra situada nos fundos dos imóveis atingidos, no número 559 da Rua Jacuí. Ninguém se feriu, mas pelo menos 11 pessoas estão desalojadas.
A vistoria foi feita na quinta-feira. “Encontramos algumas trincas, mas vimos que não representavam risco imediato de desabamento”, afirmou o gerente de Operações da Defesa Civil, Waldir Figueiredo. Segundo ele, o órgão planejava nova vistoria ontem, dessa vez na estrutura de contenção da obra. Suspeita-se que as chuvas da noite de domingo tenham contribuído para o desabamento, cujas causas estão sendo investigadas. “As chuvas podem ter ajudado. Temos de ver se o projeto do muro de contenção do barranco foi feito adequadamente”, diz Eduardo Pedersoli, engenheiro da Defesa Civil. “Vamos manter um monitoramente da área até o problema ser resolvido”, acrescenta.
O que restou do barranco na Rua Jacuí apresenta “risco muito alto” de novos desabamentos, segundo notificação entregue pela Defesa Civil ao consórcio responsável pelas obras, a Associação Pró-Construção 3, da construtora Resende Tavares. O órgão municipal deu prazo de 10 dias para a empresa apresentar um plano de ação emergencial com as intervenções necessárias para recuperar e estabilizar o local. A construtora precisa também fixar um prazo para a execução das medidas e procurar os moradores prejudicados para discutir formas de reparar os danos. Síndico da associação, Jorge Luiz Dutra garante que o consórcio cumprirá as determinações da Defesa Civil, mas ressalta que alguns imóveis atingidos pelo desabamento já apresentavam problemas estruturais. “Vimos que são construções antigas. Aí, quando você mexe na terra, está sujeito a aparecer esse tipo de situação”, diz Dutra.
RACHADURAS
A empresa responsável pela construção sabia que casas atingidas pelo desabamento apresentavam rachaduras antes mesmo de as obras começarem. Em junho, um engenheiro contratado pela construtora fez uma vistoria cautelar em imóveis vizinhos. Algumas das 74 fotografias do laudo mostram detalhes de trincas em paredes e pisos. Mesmo assim, as obras se foram iniciados um mês depois, em julho.
Desde então, novas rachaduras surgiram, admite o responsável técnico pela obra, o engenheiro civil Glaucenes da Silva. “O surgimento de rachaduras e o aumento de outras são normais em uma obra desse porte. Estávamos acompanhando tudo”, afirma. Ele acredita que não houve erros no projeto de contenção do barranco. “É melhor esperar a perícia para ver se houve falhas. O problema foi a chuva intensa”, analisa.
A obra, que dará origem a um edifício comercial, ocupa um terreno de 1.185 mil metros quadrados e está em situação regular, de acordo com a Administração Regional Leste da prefeitura.
Acordados pelos cães, Dalila e André conseguiram sair ilesos antes do desabamento
O barranco desabou por volta das 5h30, segundo relatam moradores da Rua Itaúna. A terra deslizou depois da queda de alguns blocos retangulares de concreto armado que compunham o muro de contenção da obra, situada na Rua Jacuí. A casa de número 96B foi a mais atingida. Só restou de pé a cozinha e parte de um corredor. O casal André Nogueira Milagres e Dalila Milagres, que morava no imóvel, salvou-se por pouco, após ser alertado pelo latido de seus três cães.
O estudante de engenharia elétrica André, de 30 anos, e sua mulher, a analista de suprimentos Dalila, de 31, grávida de sete meses, moravam de aluguel na casa desde setembro. Na madrugada de ontem, acordaram por causa do barulho dos três cachorros – um casal de raça boxer e um buldogue francês –, que latiam com insistência. “Achei que era por causa da chuva. Quando vi que eles não paravam, me levantei da cama. Quando saí, vi que a casa estava toda rachada”, lembra Dalila. Ela e o marido correram para levar os animais para fora da casa. “Fomos salvos pelos cachorros”, diz a mulher.
André ainda voltou para o imóvel na esperança de salvar algo do desabamento. Foi quando Dalila começou a gritar: “Sai, que vai cair”. O marido só conseguiu pegar uma caixa com roupas do bebê. Na tarde de ontem, o casal voltou para ver o que havia restado. Retirou da cozinha alguns pertences, como geladeira, fogão e máquina de lavar, e levou para a casa de uma tia de Dalila.
Os cães foram separados em três endereços diferentes. Um deles está no apartamento do pai da mulher, onde o casal deve ficar. “Estamos olhando o que vamos fazer. Temos que descobrir primeiro de quem foi a culpa”, diz ela.
Quando se mudaram para a casa da Rua Itaúna, Dalila e André perceberam apenas uma rachadura em uma parede. “Era bem pequena, nada alarmante. Não aumentou, nem vi outras surgirem”, conta a mulher. A casa onde o casal morava foi construída nos fundos de um lote, conjugada a outro imóvel, o de número 96A, onde o relações-públicas Bruno Soares Lopes, de 27 anos, morava com a mãe.
Toda a construção foi interditada. “Há cerca de uma semana, começaram a aparecer rachaduras”, relata Bruno. Na madrugada de ontem, o rapaz notou quando a casa dos fundos começou a se desfazer. “Ouvi uns estalos fortes e logo depois caiu”, lembra.
CULPA
Alguns moradores cogitam a possibilidade de acionar na Justiça a construtora responsável pela obra. “Vamos fazer uma reunião e tentar constituir um advogado. Vamos tentar parar a as obras e ver como que eles vão se responsabilizar”, informa o gerente de vendasDavid Rodrigues Tanure, de 53, proprietário da casa de número 112, também interditada. Ele acredita que a empresa é culpada.
“Na minha casa, surgiram rachaduras desde o início da obra, e elas só aumentaram desde então. Há uma semana, mandei e-mails para a construtora, com fotos das trincas. Eles não mandaram nenhum técnico para fazer uma vistoria”, afirma.
MEMÓRIA – Edifícios desabam e matam em BH
Em 2009, durante obras de expansão do Shopping Plaza Anchieta, no Bairro Anchieta, Centro-Sul De BH, surgiram trincas em prédios vizinhos. Em julho, o Edifício Ágata foi esvaziado às pressas após problemas estruturais.
Um muro de contenção chegou a ser construído, mas a estrutura desabou em abril de 2010, pondo em risco os prédios Lenise, Mônica, Érika e Ouro Preto 2. Cerca de 30 famílias deixaram suas casas e brigam pela reparação de danos na Justiça. Em janeiro de 2012, dois prédios desabaram na Rua Passa Quatro, Bairro Caiçara, Noroeste de BH, soterrando um casal. O homem morreu e a mulher ficou ferida. Uma semana depois, outro edifício veio abaixo: o Vale dos Buritis, de três andares, no Bairro Buritis, na Região Oeste.
O edifício caiu um dia após a Justiça exigir que a empresa que fez a obra demolisse o prédio. A prefeitura acabou demolindo um dos blocos do Edifício Art de Vivre. Hoje, o outro bloco do Art de Vivre ainda está de pé.
Muro desmorona no Gutierrez
O temporal da noite de domingo provocou a queda de parte do muro de arrimo do escritório da Copasa na Rua Turfa, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste da capital. No momento do desabamento ninguém passava pela via. De acordo com assessoria de imprensa da empresa, o muro estava em boas condições e não havia sinais que indicassem perigo de desmoronamento. Até o fim da tarde de ontem, a Copasa fazia a retirada da terra da rua e providenciava os reparos.
FONTE: Estado de Minas.