Aplicativo que organiza textos nas normas da ABNT promete facilitar vida de estudantes
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Três estudantes da pós-graduação em Computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um aplicativo que ajudará estudantes e professores. Segundo informações da assessoria de comunicação da Ufal, Yguaratã Cavalcanti, Bruno Melo e Paulo Silveira passaram os últimos quatro anos desenvolvendo o FastFormat.
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Disponível gratuitamente, o software facilita a produção de artigos de conferência e periódicos, trabalhos de conclusão de curso, monografias, dissertações e teses de qualquer instituição que tenha como referência as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No programa, o usuário trabalha a partir de modelos prontos, chamados templates, mas, o documento produzido pode, também, ser exportado para outros softwares, como Word, Open Office e LaTex.
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Segundo os desenvolvedores do aplicativo, algumas alterações estão previstas para facilitar ainda mais a utilização do programa, como a revisão de textos e criação de templates pelos próprios usuários.
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Com a evolução do software, dependendo do nível de acessos do usuário, serão estabelecidos preços para acesso.
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FONTE: Hoje Em Dia.
Pela primeira vez em Belo Horizonte, WordCamp tem adesão recorde e agrada leigos e desenvolvedores de blogs e sites
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Pedro Marques fala sobre as facilidades que o sistema WordPress oferece |
Compartilhar experiências, informação, conhecimento. Esse é o espírito do WordCamp, realizado ontem pela primeira vez em Belo Horizonte, com 320 participantes de diferentes regiões do Brasil e de países como Argentina, Estados Unidos e França, adesão recorde entre as edições realizadas no Brasil. O evento, que teve origem em São Francisco (EUA) em 2006, é organizado por usuários e desenvolvedores do WordPress, um sistema aberto em que vão sendo criadas e compartilhadas atualizações sem cobrança ou sigilo de dados e que ficou conhecido como a plataforma dos blogs. Mas vai muito além, sendo, atualmente, a plataforma em que rodam de 20% a 30% dos sites existentes em todo o mundo, segundo os organizadores do evento. O WordPress tem ainda como vantagem o fato de ser uma plataforma de fácil manuseio e gerenciamento, inclusive por leigos. O primeiro evento realizado no Brasil foi em São Paulo, em 2009.
O público – em sua maioria jovens – é formado em grande parte por quem já atua no mercado de criação de sites usando o WordPress, muitos deles, profissionais de marketing e de outras áreas da comunicação. Outra parcela é composta pelos chamados desenvolvedores, aqueles que têm o domínio técnico dos diversos códigos e podem aprofundar no desenvolvimento não só dos sites, mas da própria plataforma.
“Você é o dono do seu conteúdo”, resume o profissional especializado em marketing digital Ademir Lara, que veio de Curitiba para participar do encontro e garante que valeu a pena. “Como em todo evento, o networking é muito importante”, afirma. Na agência em que trabalha, desenvolvendo sites para empresas, a filosofia é mostrar para o cliente que ele mesmo pode administrar o site. “Não faz sentido você prender o cliente”, continua.
RECURSOS Esta também é a filosofia da palestrante Mayara Alanna Pereira Martins, de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, que falou exatamente sobre as facilidades dos recursos à disposição na versão atualizada do WordPress, a 3.9. Ela começou como gerente de conteúdo de sites e blogs de uma grande empresa da cidade e conta que aprendeu explorando o painel administrativo do WordPress. “Eu nem sabia o que era WordPress. Tive que aprender na marra, mas aceitei o desafio”, lembra. “Hoje, é impressionante o número de recursos que a versão 3.9 oferece e que permitem aos gestores de conteúdo fazer o site sem ficar dependendo o tempo todo dos desenvolvedores”, completa.
“O evento está muito bem focado, com palestras para o público básico e avançado”, avalia o microempreendedor Geovani Braga, de Belo Horizonte, que busca aprimorar os conhecimentos com o objetivo também de entrar na área do desenvolvimento. Dono de uma agência de publicidade com 10 anos de mercado, ele virou adepto do WordPress devido à funcionalidade, principalmente para o cliente, e agora busca se aprofundar nos conhecimentos técnicos.
Já o desenvolvedor de aplicativos Felipe Gonçalves dos Reis veio de Itajubá, no Sul de Minas, acompanhado do chefe, buscando aproveitar o máximo do evento. “Dividimo-nos para assistir às palestras”, conta. “Sou o cara que faz códigos. Desenvolvo os dois lados, os programas (backend) e o visual (frontend). Surgiu esse evento e vimos a oportunidade de complementar conhecimentos”, diz.
O WordCamp foi realizado em BH com o esforço do programador Valério de Souza e de dois amigos, que perceberam o potencial da cidade por já haver grupos que se encontravam para discutir o WordPress. A cidade foi aprovada pelo grupo criador, nos Estados Unidos, e possivelmente voltará a receber novas edições do evento.
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Personagem da notícia
Sem sigilo de informações
Rodrigo primo
palestrante
Rodrigo Primo, de 28 anos, é o retrato da essência do WordCamp. Formado em pedagogia, começou a se interessar pelo desenvolvimento de software livre (não existe um proprietário e qualquer pessoa tem acesso aos códigos) ainda na faculdade e trabalha nisso há cerca de 10 anos. Fascinado pelo compartilhamento de informações e conhecimentos, ele levou o conceito para a empresa que ajudou a fundar. “Comecei com mais quatro pessoas. Hoje, somos 18 ao todo e 10 sócios. Os outros ainda não são sócios ou porque não quiseram ou porque estão entrando agora. Lá é tudo aberto. Não existe sigilo de informação, nem sobre o salário que cada um ganha”, exemplifica. “Pegamos os princípios de uma comunidade de software livre e trouxemos para o corpo empresarial.” Rodrigo lembra que, além do compartilhamento de informação, outro importante princípio é a contribuição. “Nosso objetivo é contribuir com as empresas de software livre, porque alguém desenvolveu os códigos, e todos que podem devem também contribuir com o que sabem. Por isso, estou aqui”, afirma o jovem empresário, que ministrou palestra sobre o gerenciamento do WordPress com a ferramenta WP-CLI. “Essa ferramenta mudou a minha vida. Daí a ideia desta palestra para compartilhar informação.”
FONTE: Estado de Minas.
INVESTIGAÇÃO
![FOTO: NEIL ARMSTRONG MOON MADNESS](https://i0.wp.com/www.otempo.com.br/polopoly_fs/1.705943.1377904889!image/image.jpg_gen/derivatives/main-single-horizontal-img-article-fit_620/image.jpg)
Los Angeles, EUA. Com o uso de algoritmos programados para descobrir sombras suspeitas, cientistas da computação de Dartmouth e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, afirmam ter desenvolvido um software que consegue detectar com segurança fotos falsas ou modificadas.
A técnica pode ser útil no campo emergente da fotografia forense, afirmou Hany Farid, professor de ciência da computação de Dartmouth e desenvolvedor de softwares. Na era do Photoshop, a detecção de fotos manipuladas é cada vez mais uma prioridade para advogados, jornalistas e pessoas envolvidas na execução de leis e na segurança nacional.
Para determinar a autenticidade de uma imagem, o software usa fórmulas geométricas para detectar e analisar sombras que são invisíveis a olho nu. Em seguida, ele alinha as sombras com o uso de uma fonte potencial de luz. Caso não consiga alinhar as sombras, o software considera a imagem fisicamente improvável.
Olho. A análise de sombras é uma técnica comum da fotografia forense, relata o estudo, publicado na edição de setembro do periódico “ACM Transactions on Graphics”. Entretanto, o olho é simplesmente incapaz de competir com a sofisticação dos softwares de manipulação de imagem atuais.
“Estudos perceptuais demonstram que o cérebro não tem sensibilidade para detectar inconsistências macroscópicas das sombras”, afirmou Farid. “Isso significa que o analista talvez não seja muito bom em determinar se as sombras são ou não reais. Entretanto, importante sobre essa informação é que o falsificador talvez não perceba que colocou uma sombra incorreta na imagem”, completou o especialista.
Para demonstrar o potencial do software, os pesquisadores norte-americanos analisaram uma foto da aterrissagem na lua de 1969. Eles determinaram que a imagem não é falsa.
FONTE: O Tempo.
Sistema de reconhecimento facial criado em Minas impede fraude e ganha prêmio
Sistema de reconhecimento de faces desenvolvido por empresa mineira, e já aplicado em várias cidades, ajuda a impedir uso indevido de cartões de benefícios no transporte público
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Não faz muito tempo, ao assistir a filmes nos quais técnicas de reconhecimento facial eram usadas para identificar espiões, terroristas e até mesmo os mocinhos da história, muita gente ficava a imaginar que aquilo não passava de ficção. Ou, então, que seria, sim, uma tecnologia viável, mas que ainda demoraria muito tempo para se tornar acessível. Mas a ciência e a inovação não param e, hoje, empresas, polícias civil e federal, instituições financeiras, entre vários outros setores, já contam com sistemas altamente confiáveis, com precisão que chega a 100%, no intuito de evitar vários tipos de fraudes e violações aos seus sistemas de segurança. A identificação por meio de características pessoais (e únicas) de alguém é feita com recursos do que se conhece por biometria, que nesse caso específico seria chamado de biometria facial.
Trabalhos que usam esse tipo de tecnologia são especialidade de uma empresa mineira, que recebeu recentemente na Suíça prêmio de inovação tecnológica por desenvolver um sistema de reconhecimento facial para ser usado no transporte público. A tecnologia inibe a ação fraudulenta de passageiros que utilizam indevidamente cartões de benefícios (para idosos e estudantes, por exemplo). O projeto, da Empresa 1, foi implantado inicialmente em Ilhéus (BA), e apenas nos primeiros 10 meses de utilização bloqueou 10 mil cartões, ou 17% do total expedido, que estavam sendo usados de forma fraudulenta. “A tecnologia moraliza o serviço de transporte público e pode ajudar na redução do preço da passagem à medida que impede que pessoas honestas paguem pelo abuso dos desonestos”, afirma Romano Garcia, diretor comercial da Empresa 1, ressaltando que a tecnologia já está implantada em várias outras cidades e que Belo Horizonte deve ser uma das próximas, atendendo 3,3 mil ônibus que rodam pela região metropolitana da capital.
Para o funcionamento do sistema, inicialmente, o usuário precisa fazer um cadastramento com a empresa que gerencia o transporte público municipal. No local, é feita uma foto de boa qualidade da pessoa, que fica armazenada com todas as suas informações em um banco de dados. Dentro dos ônibus, uma câmera, que faz fotos ininterruptamente, e um validador fazem o trabalho de reconhecimento e checagem das informações. Como o ambiente interno dos ônibus é bem diferente do lugar onde a foto de cadastro foi feita, as câmeras contam – para momentos em que há falta de luminosidade – com LEDs infravermelhos (que não disparam flashs para não incomodar o passageiro), e com filtros especiais para quando há luz em excesso. São feitas em média, para comparação, oito fotos de cada passageiro.
“Usamos no processo um software desenvolvido por nós há 16 anos, que é responsável por toda a inteligência necessária para a geração cadastral. Ele é conectado a outros softwares, que carregam tecnologias amadurecidas de reconhecimento facial, com seus algoritmos próprios já definidos”, informa Garcia. Assim, quando o usuário apresenta seu cartão de benefício ao validador, uma placa processadora grava em definitivo as imagens dele capturadas nos últimos segundos. Assim que o ônibus é recolhido à garagem, as imagens gravadas na placa processadora são coletadas via rede wireless. Essas imagens são, então, processadas pelo sistema e, no caso de não apresentarem similaridade em relação à foto cadastrada, serão separadas como “não conformes”. Posteriormente, são submetidas a uma inspeção visual. Caso fique comprovado que realmente houve uso indevido, o cartão é bloqueado e todas as informações (fotos, dados relativos a dia, horários, número do ônibus etc.) ficam em um relatório, que pode ser solicitado pelo usuário, caso queira verificar o processo.
Romano Garcia considera que o sistema, chamado de Sigom (nome da linha de software da empresa) Vision (tecnologia biométrica de reconhecimento facial) é um caminho sem volta na moralização do serviço de transporte público, uma vez que pesquisas apontam que cerca de 25% dos usos de cartões de benefício são feitos de forma indevida. E que tais benefícios são responsáveis em média por 17% do custo de uma tarifa de ônibus. “Além de ajudar na diminuição do preço, a tecnologia poderá ser aplicada para a adoção de bilhetes únicos, para o caso de uso de outros trechos, e até para integração a outros sistemas de transporte, como metrô e trens”, acrescenta.
Um ser Único
Biometria – do grego bio (vida) + metria (medida) – é o estudo estatístico das características físicas ou comportamentais do homem. Atualmente, o termo está bem associado à medida de características físicas ou comportamentais das pessoas como forma de identificá-las unicamente. A tecnologia é usada hoje na identificação criminal e para controle de acessos, entre outras necessidades. Os sistemas biométricos podem basear seu funcionamento em características de diversas partes do corpo humano: a palma da mão, as impressões digitais, a retina ou a íris (nos olhos) a face como um todo. O estudo biométrico se fundamenta na premissa de que cada indivíduo é único e conta com características físicas distintas, traços que são próprios de cada ser humano.
Assinatura facial
Um rosto é formado por diversas características, chamadas de pontos nodais. Há cerca de 80 pontos nodais na face humana: distância entre os olhos, comprimento do nariz, tamanho do queixo e a linha da mandíbula são alguns exemplos. Cada um desses pontos é medido e armazenado em uma base de dados, formando, assim, uma assinatura facial. Para um programa de computador extrair os pontos nodais de alguém, é preciso antes rastrear a imagem capturada para detectar a localização e a posição do rosto, pois é necessário ter uma correta posição dos elementos da face.
O rastreamento da imagem é feito tendo como base outra imagem anteriormente capturada e armazenada. A partir dessa imagem, aplicam-se filtros para detectar as formas que se assemelham com a cabeça humana, realizando-se uma etapa de rastreamento do rosto. Percebe-se aí uma diferença fundamental entre as etapas de rastreamento da face e a extração de características. O rastreamento baseia-se em formas geométricas comuns aos rostos de todas as pessoas. Já a extração das características da face humana consiste em calcular as especificidades de cada rosto, buscando nos detalhes as diferenças. Para se considerar o reconhecimento facial como uma tecnologia total, é preciso que se reconheça o rosto capturado em uma base de dados. Para isso, um software compara as características extraídas da imagem capturada com as características armazenadas no banco de dados, resultando em um rosto que é único.
COMO FUNCIONA
1 – Inicialmente, faz-se o cadastramento do usuário do cartão. Uma foto dele de boa qualidade é tirada no local
2 – Quando o cartão é utilizado no ônibus, uma câmera inteligente captura várias imagens do usuário
3 – No fim do dia, quando o ônibus é recolhido garagem, as imagens capturadas no ônibus são coletadas por wi-fi
4 – O sistema faz, então, uma comparação das imagens capturadas no ônibus com a foto do usuário do cartão. Automaticamente, é feita uma separação entre imagens conformes e não conformes
5 – As imagens não conformes são submetidas a uma inspeção visual, de forma a confirmar se realmente houve uso indevido do cartão
6 – Em caso de confirmação, o sistema gera relatórios e evidências do mau uso do benefício. Isso possibilita aos responsáveis pela emissão do cartão tomarem as providências aplicáveis, como o seu bloqueio
FONTE: Estado de Minas.