Aécio Neves terá que explicar mais de 1.300 voos sem interesse público
Justiça pede explicações ao senador; caso seja acatado pedido do MP, ex-governador terá que devolver mais de R$ 11,5 milhões aos cofres públicos
O ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, vai ter que responder na Justiça sobre 1.337 voos realizados no período de janeiro de 2003 a março de 2010. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, o atual senador gastou mais de R$ 11 milhões em viagens em benefício próprio, sem comprovação de necessidade de satisfação do interesse público.
Dentre os destinos mais frequentes estão Rio de Janeiro, com 138 deslocamentos, e a cidade de Cláudio, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, com 116. Soma-se a esta lista 1.083 locomoções para outros destinos também sem a justificativa de interesse público. O MP pediu que o ex-governador devolva R$11.521.983,26 aos cofres públicos devido às viagens.
Entre os passageiros mais conhecidos que voaram com o ex-governador estão os então ministros Olavo Drumont, Gilmar Mendes, Carlos Roberto Lupi, Francisco Dornelles, Ciro Gomes, José Serra, o então prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) e Henrique Meirelles, que presidia o Banco Central do Brasil. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à época, Ricardo Teixeira, também utilizou a aeronave do governador sem que Aécio estivesse presente.
Avião a jato, de turboélice e até helicóptero teriam sido utilizados nas viagens, “para fins particulares ou não justificados”, com o gasto de recursos com combustível, manutenção das aeronaves e remuneração de tripulação. As conclusões do Ministério Público se baseiam em apurações realizadas durante a instrução de inquérito civil público, em 2015, e de perícia realizada pelo órgão técnico do MP.
Ainda na fase de inquérito do Ministério Público, a defesa de Aécio Neves afirmou que a finalidade dos voos era garantir a segurança dele na qualidade de então chefe do Executivo. Foi apresentado também um decreto, assinado pelo próprio Aécio, que permitia a utilização de aeronaves pertencentes ao Estado para atendimento de seus interesses particulares.
Nesta sexta-feira (23), a juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias de Belo Horizonte, Claudia Costa Cruz Teixeira Fontes ordenou que o ex-governador e o Ministério Público se manifestem acerca do processo. O MP pediu que os bens do senador fossem bloqueados, o que deve ser analisado pela magistrada após as manifestações das partes.
Defesa
Procurada pela reportagem, a assessoria de Aécio se posicionou por meio de nota.
Confira na íntegra:
O senador Aécio Neves considera incompreensível a relação de voos questionados pelo Ministério Público, que contém praticamente todos os voos realizados ao longo de oito anos e, segundo a qual, nem o governador nem os secretários de Estado poderiam utilizar aeronaves para deslocamentos oficiais.
Lamentavelmente não foi sequer solicitado ao senador que apresentasse as razões dos voos, o que poderia ter evitado a compreensão equivocada dos fatos.
Os voos em questão estão previstos no Decreto 44.028, do Gabinete Militar, que segue para o chefe Executivo estadual as mesmas normas previstas para o chefe do Executivo federal.
Trata-se de um decreto oficial de amplo conhecimento público, em vigor até hoje. Seria mais adequado e produtivo que, se o MP tivesse qualquer questionamento acerca do decreto que regulamenta a utilização das aeronaves oficiais, tivesse se manifestado quando da sua edição, e não 14 anos depois.
Será comprovada a legalidade e correção de todos os voos realizados.
Por fim, registre se o fato de o MP ter duas opiniões distintas sobre os mesmos fatos. Em 8 de março de 2018, o Conselho Estadual MP arquivou investigação considerando regular, por razões de segurança, o uso de aeronaves do Estado pelo atual governador Fernando Pimentel para fins não oficiais, baseando sua decisão no mesmo decreto questionado agora em relação ao senador Aécio Neves.
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FONTE: O Tempo.
Em drible a veto do governo, voo da Gol liga Pampulha a Congonhas
Empresa dribla as restrições do governo com conexão em Juiz de Fora. Limitação diz respeito ao tamanho dos terminais de origem e destino, e não ao porte das aeronaves
Resolução da Anac permite ligação entre terminal de BH e os de outras capitais, desde que com conexão em um aeroporto regional
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FONTE: Estado de Minas.
Voos de grande porte no Aeroporto da Pampulha estão suspensos de novo
Portaria do Ministério dos Transportes publicada nesta quinta-feira revoga permissão, para atender a decisão cautelar do TCU de dezembro
Na avaliação do ministro do TCU, a portaria 911, de 24 de outubro foi editada de forma “aparentemente açodada e sem motivação idônea” e não foram justificadas a relevância e a urgência das medidas tomadas.
Tal regra foi definida no dia no dia 24 de outubro, véspera da votação em que a Câmara dos Deputados rejeitou o recebimento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). O pedido para liberar o aeroporto teria partido do PR do ex-deputado Valdemar da Costa Neto, e atendia aos interesses de parte da bancada mineira.
Pela decisão do TCU, o Ministério dos Transportes tem 60 dias para apresentar estudos técnicos e avaliações jurídicas demonstrando a possibilidade do reestabelecimento dos voos domésticos, sem restrições, no aeroporto Carlos Drummond de Andrade.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) terá o mesmo prazo para se pronunciar sobre os riscos e implicações da medida, incluindo os “efeitos sobre as condições de conectividade, ambiente concorrencial sadio, modicidade tarifária e qualidade na prestação dos serviços públicos”.
Já a Infraero terá os mesmos 60 dias para apresentar o impacto dos voos sobre as receitas advindas da exploração do Aeroporto de Confins e sobre as despesas de investimento futuro necessárias para o Aeroporto da Pampulha, “realizando o cotejo entre vantagens e desvantagens dessa decisão para a saúde financeira da estatal”.
A questão também está sendo discutida em ação na Justiça. A BH Airport, concessionária do Aeroporto de Confins, ingressou com ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para revogar o ato do ministério. O processo, que está sob a relatoria do ministro Francisco Falcão, deve ser julgado a partir de fevereiro, quando termina o recesso do Judiciário.
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FONTE: Estado de Minas.
A TAM vai enxugar seu serviço de bordo até o fim deste ano. A principal alteração será no corte de algum tipo de comida nos voos domésticos mais curtos. A medida começou a valer no sábado passado e será implantada até o final de 2013. A mudança vai atingir principalmente os voos de até uma hora.
Procurada pela reportagem, a companhia aérea informou em nota que “a nova proposta de serviço é resultado de uma pesquisa feita com passageiros, que apontaram preferências para produtos mais saudáveis e leves. Além disso, aumenta a eficiência operacional durante o abastecimento das aeronaves”.
Professor do curso de ciências aeronáuticas da Universidade Fumec, Sérgio Mourão afirma que, num mercado no qual as companhias aéreas passam por dificuldades financeiras, reduzir a oferta de vários serviços, como é o caso dos lanches nos aviões, é uma tendência.
Além dos lanches, para economizar a empresa passou a desligar, em setembro deste ano, um dos sistemas de ar-condicionado, segundo Mourão. Em 2012, a TAM teve prejuízo de R$ 1,2 bilhão.
O professor conta que a busca pela redução dos custos não é de hoje. A precursora foi a empresa irlandesa Ryan Air, há cerca de uma década. O conceito “low fare, low cost” (baixa tarifa, baixo custo) da companhia foi seguido por outras, em especial nos Estados Unidos. “Isso começou como uma modalidade. Hoje, é uma necessidade”, diz Mourão. Em abril do ano passado, a Ryan Air anunciou a redução do tamanho das páginas de sua revista de bordo. Na época, a estimativa é que a medida resultaria em uma economia de € 500 mil por ano.
Também em abril de 2012, a Gol resolveu acabar com o lanche gratuito em diversas rotas. No ano anterior, a empresa tinha registrado prejuízo de R$ 710 milhões. Com o corte do lanche grátis, a companhia seguiu a mesma estratégia adotada pela Webjet, empresa que comprou em 2011.
Já a Azul, que tem rotas em 11 cidades mineiras, ainda oferece o serviço de bordo gratuito. Em nota, a empresa informou que oferece oito diferentes snacks (goiabinha, cookie integral, batatinhas, rosquinha de leite, biscoitos sortidos, amendoins, aviõezinhos e mix aperitivos) e até seis bebidas.
FONTE: O Tempo.
Portal da FAB já oferece dados sobre voos oficiais
As informações relativas aos voos em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) já estão disponíveis para consulta pública na internet. É necessário acessar o site da FAB (www.fab.mil.br), depois seguir para o item “acesso à informação” e, por fim, “registro de voos”.
Na nota, o Ministério da Defesa informa que, por razões de segurança, as informações sobre os voos serão inseridas na página da FAB até as 18 horas do primeiro dia útil seguinte ao término da viagem. Nos casos em que a missão oficial for composta de mais de um trecho, a informação virá a público no primeiro dia útil após a conclusão do último trecho voado.
O arquivo disponível nesta segunda-feira informa as viagens concluídas entre os dias 12 e 14 de julho. Cita, por exemplo, entre as autoridades apoiadas em 13 de julho (sábado), o ministro do Desenvolvimento Agrário, com partida de Brasília rumo a Caxias do Sul (RS) e menciona como motivo “residência” e previsão de dois passageiros. Mostra, também, partida da ministra chefe da Casa Civil da Presidência da República de Brasília para Curitiba no sábado, 13, com motivo “residência”, e retorno ao DF no domingo, 14, com motivo “serviço”, além de previsão de seis passageiros em ambos os trechos. A tabela disponível cita, ainda, que “demais informações deverão ser solicitadas diretamente à autoridade apoiada”.
O Ministério da Defesa destaca que a medida atende ao disposto na Lei nº 12.527/12 (Lei de Acesso à Informação) e decorre dos entendimentos firmados no último dia 5 de julho entre os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, com apoio do Comando da Aeronáutica.