Homem usa ônibus para salvar mais de 100 cães de enchente no RS
Morador de Alvorada abrigava animais de rua em terreno ao lado de casa.
Atitude comoveu comunidade, que se mobilizou para fazer doações.
Morador de Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, José Damião dos Santos, de 47 anos, perdeu quase tudo na enchente que atingiu a cidade nos últimos dias. Só não deixou para trás mais de 100 cães de rua que ele cuida, e outros tantos abandonados pelos donos que tiveram que deixar suas casas.
Os animais foram recolhidos e colocados dentro de um ônibus, a salvo da água que invadiu residências e alagou ruas. A atitude de José foi parar nas redes sociais e motivou uma corrente de solidariedade em Alvorada.
Nesta terça-feira (21), após uma postagem feita no Facebook, que teve mais de 20 mil compartilhamentos, ele começou a receber doações para alimentar os animais.
“Estou recebendo muita ração. Estou até tendo que anotar os nomes, de tanta gente”, diz José, que trabalha na Ceasa de Porto Alegre.
Ele, que tem 15 cachorros em casa, conta que recolhe cães abandonados há vários anos e os abriga em um terreno baldio, ao lado de onde mora. Com o tempo, o número de animais foi crescendo. “Eu tirei todos eles da rua, eram todos abandonados, não tinham dono”, diz.
José mora com a família no bairro Americana, um dos mais atingidos pela cheia em Alvorada.
Quando a água subiu, decidiu levar os animais para dentro do seu ônibus antigo, parado perto de casa. “Antes eram uns 140 cachorros. Mas muitos a enchente levou, os carros atropelaram ou morreram de doença”, lamenta.
Enchentes
A casa onde José mora com a mulher e três filhos ficou completamente alagada com a forte chuva de segunda-feira (21). “Foi tudo muito rápido, não deu tempo de salvar nada. Saí com meu nenê de 10 meses no colo e com a água pela cintura. Perdemos tudo”, diz a dona de casa Carla, mulher de José. “Eu não me apego muito, mas quando vi todas as nossas coisas boiando, comecei a chorar”, completa José.
Desalojada, a família está na casa de uma filha, em Viamão. Já José passou a noite dentro do ônibus, junto com os cachorros.
“Ontem [segunda] eu fui mordido. Mas não tem como deixar eles sozinhos, senão eles brigam ou pode acontecer alguma coisa”, afirma o carregador da Ceasa.
A história também comoveu o voluntário Nelson Fernandes, que há dias socorre vítimas da enchente em Alvorada em uma moto aquática.
Ao ver a situação de José e seus cachorros, ele decidiu oferecer ajuda, pediu um jipe emprestado para um amigo e rebocou o ônibus velho até o terreno disponibilizado por uma associação, no bairro Formosa. “Também sou fã de cachorro, tenho quatro em casa, e decidi ajudar. É um lugar improvisado, mas está seco”, diz Nelson.
Segundo a Defesa Civil, 11.351 pessoas foram atingidas pela cheia em Alvorada. Destas, cerca de 200 estão em abrigos públicos. Em todo o estado, as chuvas dos últimos dias afetam 50.728 pessoas, conforme o levantamento divulgado na manhã desta terça. Cerca de 680 pessoas voltaram para casa, mas ainda há 2.029 desabrigados no estado.
FONTE: G1.
Polícia Civil investigará prisão ao vivo dentro de estúdio da Rádio Itatiaia
Sem esclarecer sobre a existência, ou não, de mandado para entrar no prédio da emissora, a corporação disse que já iniciou processo investigativo
A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou nesta segunda-feira que já iniciou apuração para esclarecer as circunstâncias da prisão de Armando Júnio Pereira da Cruz, durante entrevista ao vivo à Rádio Itatiaia. O homem é casado com a vereadora Flávia de Oliveira Silva, de Confins, na Região Metropolitana, presa durante Operação Lavagem III. A corporação afirmou que por determinação do chefe da PC, Oliveira Santiago Maciel, a corregedoria vai atuar no caso. A nota, no entanto, não esclarece se os policiais possuíam mandado para entrar nos estúdios da emissora. Nas imagens dos corredores, divulgadas pela rádio, é possível perceber que nenhum dos policiais apresentou qualquer documento que pudesse ser o mandado. O suspeito foi preso no momento em que estava prestes a falar com o jornalista Eduardo Costa, que apresenta o programa “Chamada Geral”.
No momento da abordagem, Eduardo Costa começou a narrar ao que estava ocorrendo dentro do estúdio. “Eu quero comunicar aos senhores que, neste momento, dois policiais civis estão no estúdio da Rádio Itatiaia para prender o Armando, marido da vereadora de Confins. Até aqui, respeitosamente, estou resistindo e dizendo a eles que não acho crível, lógico e correto que invadam o estúdio da maior emissora de Minas para fazer uma prisão. Poderiam ter no mínimo a delicadeza de esperar na portaria do estúdio, como eu pedi, mais ainda na porta da rádio”, disse.
Ainda durante a transmissão, o jornalista tentou argumentar dizendo que os policiais não poderiam invadir o local, já que não teriam mandado. Eduardo Costa classificou como “falta de respeito” a atitude dos policiais e clamou pelo chefe da Polícia Civil, Oliveira Santiago Maciel, Marco Antônio Romaneli, secretário de Defesa Social e até o governador Alberto Pinto Coelho (PP). “Estão levando o moço preso neste momento, arrastado de dentro do estúdio da radio da minas. Ai nos vamos ver as consequências jurídicas. A prisão se consolidou, levaram o Armando.”, narrou.
FONTE: Estado de Minas.
VEJA AQUI: VOLKS DIZ QUE FAZ 02 GOLS POR MINUTO!
Em entrevista de 45 minutos, Felipão e Parreira insistem em dizer que trabalho na Seleção foi perfeito e lamentam os seis minutos de apagão
…ONDE ELES SONHAM SUBIR
Depois de 120 minutos sem balançar as redes, Argentina vence Holanda por 4 a 2 nos pênaltis e chega à sua quinta final, terceira contra Alemanha
Aplaudida de pé no segundo tempo da acachapante vitória por 7 a 1, terça-feira, no Mineirão, a Alemanha se tornou, ao longo do último mês, uma das seleções mais admiradas pelos brasileiros. Desde que desembarcaram no país – estão na vila de Santo André, na pequena Santa Cruz de Cabrália, no Sul da Bahia –, os alemães se revelaram verdadeiros relações públicas, deixando de lado o estereótipo da sisudez.
Ontem, a Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) fez mais uma demonstração de política de boa vizinhança. No começo da tarde, postou em sua conta no Facebook uma mensagem aos brasileiros. A entidade agradeceu a recepção e prestou solidariedade ao Brasil. “Sabemos como é doloroso perder uma semifinal no próprio país. Desejamos tudo de bom e o melhor para o futuro para vocês.”
Apesar de ser algoz das semifinais, a Alemanha criou forte relação com os brasileiros. Em um mês em Santa Cruz de Cabrália, os jogadores dançaram com os índios, que foram levados ao CT para uma apresentação, tiraram fotos com policiais, aprenderam a soltar pipa, jogar capoeira e a dançar o Lepo Lepo, hit do Carnaval. E ainda receberam e retribuíram o carinho de crianças, moradores e funcionários do hotel.
Curiosamente, durante as oitavas de final entre Brasil e Chile, no Mineirão, a Federação Alemã divulgou um vídeo de Schweinsteiger e Podolski torcendo pelos anfitriões, abraçados à bandeira brasileira e comemorando com empregados do hotel. Dentro de campo, terça-feira, no Mineirão, a simpatia foi deixada de lado. Para os cerca de 5 mil torcedores alemães presentes, os jogadores também fizeram um gesto de gentileza: muitos deles voltaram ao gramado, cerca de uma hora depois da partida, para cumprimentar a torcida, que permaneceu nas arquibancadas cantando e comemorando o triunfo.
TRANQUILIDADE A Alemanha voltou para o Sul da Bahia na noite de terça-feira e teve dia de folga ontem, no resort construído para receber a delegação. Durante a tarde, os jogadores assistiram ao jogo entre Argentina e Holanda. “Quem será o oponente de domingo?”, escreveu o atacante Podolski. Um dos destaques da vitória sobre o Brasil, o armador Toni Kroos postou uma foto descansando e mostrando quatro dedos, em alusão à chance do tetracampeonato alemão que estará em jogo no Maracanã contra a Argentina.
FONTE: Estado de Minas.
Superior Tribunal de Justiça nega união estável por falta de fidelidade
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um pedido de reconhecimento de união estável por falta de fidelidade. Por unanimidade, os ministros entenderam que a fidelidade é dever de respeito e lealdade entre os companheiros, mesmo não caracterizada como requisito legal para configurar união estável.
O tribunal julgou o recurso de uma mulher que pediu o reconhecimento de união estável com o amante falecido, que mantinha outro relacionamento. A mulher afirmou ao tribunal que manteve convivência pública com o homem, de forma contínua e duradoura, de 2007 até 2008, quando ele morreu.
Os argumentos foram contestados pela outra companheira. Ela alegou que teve união estável com o homem desde 2000 até o falecimento dele e que a outra seria apenas uma possível amante. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Os ministros seguiram a posição da ministra Nancy Andrighi. De acordo com o voto da relatora, embora o Código Civil não exija expressamente a fidelidade recíproca para caracterizar a união estável, a lealdade entre o casal deve ser mantida.
“A análise dos requisitos para configuração da união estável deve centrar-se na conjunção de fatores presente em cada hipótese, como a affectio societatis familiar [intenção de constituir família], a participação de esforços, a posse do estado de casado, a continuidade da união, e também a fidelidade”, afirmou a ministra.
FONTE: Hoje Em Dia.
Marina, o labrador Tunico e a cadela Olívia, amor baseado no respeito aos direitos dos animais, causa pela qual a veterinária luta |
Aos animais, no mínimo, a dignidade. A Constituição Brasileira de 1988 colaborou com a natureza ao reconhecer que os bichos são dotados de sensibilidade e impor aos cidadãos o dever de respeitar a vida, a liberdade corporal e a integridade física dos animais. Assim, ficam expressamente proibidas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica ou os submetam à crueldade. Dez anos depois, a Lei Federal nº 9.605/98 estabeleceu penas de prisão para quem maltrata os bichos. Nas três esferas do poder público, em atenção à demanda social, políticos das mais diversas siglas partidárias propõem normas de proteção e defesa dos bichos – só na Câmara Municipal de Belo Horizonte são 11 os projetos de lei pela causa animal, que vão do fim das carroças à criação de hospital veterinário público 24 horas. Entretanto, defensores e especialistas se unem em coro, dizendo que a lei é pouco. O que vale é a prática da presença ética e responsável.
Falta muito para que os bichos conquistem a dignidade sonhada por tantos. “O mundo seria maravilhoso se não precisássemos dessas tais leis para vivermos de forma harmoniosa e respeitosa, e mesmo regido por elas, o homem, ainda assim é capaz de destruir, matar, desrespeitar, entre tantas outras reticências noticiadas e vividas no nosso cotidiano”, diz Marina França Pellegrino, “desde sempre”, defensora da causa animal. Para a médica veterinária, a proteção e a defesa dos animais “via lei” são uma grande conquista no Brasil. Contudo, Marina entende que o melhor seria não haver a obrigação do que deveria ser natural. “Não adianta a lei se não aprendemos a amar e, acima de tudo, a respeitar os animais”, considera.
Casada com Carlos Augusto Gontijo Pellegrino, também médico veterinário, Marina tem em casa o labrador Tunico e a shih tzu Olivia, ambos tratados como sujeitos da família. Recentemente, o casal fez de tudo, sem poupar recursos, para salvar a yorkshire Mel, com problemas de saúde, “irmãs de coração” de Tunico e Olivia. Não teve jeito. Marina não segura as lágrimas ao relembrar as alegrias da pequena travessa e os tempos difíceis de idas e vindas nos melhores hospitais veterinários da cidade. “Era o mínimo que podíamos fazer por ela. Vivenciamos com esses bichinhos o verdadeiro amor. Amor que não pede ou espera nada em troca”, emociona-se.
A doutora vê com a alegria o movimento crescente de ativistas, que tem mobilizado políticos de partidos diversos pela causa. Marina, contudo, cobra das autoridades mais recursos para abrigos e atenção à necessidade urgente de um hospital veterinário público. “Muitas famílias carentes gostariam de oferecer aos seus bichinhos um atendimento adequado e não têm condição. Falta, ainda, a valorização do médico veterinário. Muitos profissionais abandonam a área por falta de suporte técnico e financeiro.” Marina também espera da justiça maior rigor contra maus-tratos e abusos de qualquer natureza. “Assusta a quantidade de animais abandonados . E os cavalos, que são forçados a trabalhar exaustivamente?”, denuncia.
SUPORTE DA UFMG Marina elogia o suporte da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aos cavalos, mulas e burros dos carroceiros e o atendimento do Hospital Veterinário do câmpus da Pampulha. Entende que a oferta, porém, “é insuficiente” para a necessidade dos cidadãos. Duas das demandas listadas pela doutora estão na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O Projeto de Lei nº 832/2013, de autoria do vereador Adriano Ventura (PT), cria o Programa BH de Bem com os Animais e propõe a redução gradativa do número de veículos de tração animal. Já o Projeto de Lei nº 0041/2013, de autoria do vereador Leo Burguês de Castro (PTdoB) “autoriza o poder executivo a criar o pronto-socorro veterinário gratuito 24 horas”.
Esperançosa com o encaminhamento dos assuntos, Marina França diz que gostaria de ver, além dos projetos de lei, medidas efetivas contra a venda de animais e investimento do poder público em campanha vacinal para leishmaniose. “Acho um absurdo o comércio de animais no Mercado Central.São urgentes, também, medidas contra a leishmaniose. BH é uma zona endêmica. Mesmo que as vacinas não garantam 100% de proteção, uma campanha do governo poderia diminuir muito a incidência”, ressalta.
Legislação em vigor em BH
» Lei nº 6.223,
de 5 de agosto de 1992
Dispõe sobre a criação e a manutenção de animais exóticos e alienígenas de alta periculosidade em residências e sítios.
» Lei nº 6.313,
de 11 de janeiro de 1993
Estabelece normas para abate de animais destinados ao consumo e dá outras providências.
» Lei nº 7.452,
de 9 de março de 1998
Estabelece normas sanitárias para abatedouros, criatórios comerciais de animais, micro e pequenas indústrias de embutidos e dá outras providências.
» Lei nº 9.830,
de 21 de janeiro de 2010
Dispõe sobre a manutenção, utilização e apresentação de animais em circos ou espetáculos e atividades e dá outras providências.
» Lei nº 10.148,
de 24 de março de 2011
Institui a política de estímulo à adoção de animais domésticos e dá outras providências.
Lei federal
No Brasil, os maus-tratos aos animais são crime previsto no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605, chamada Lei de Crimes Ambientais. Para o infrator, a lei imputa multa ou pena de três meses a um ano de prisão. As denúncias podem (e devem) ser feitas em qualquer um dos seguintes órgãos competentes: Delegacia do Meio Ambiente, Ibama, Polícia Florestal, Ministério Público, Promotoria de Justiça do Meio Ambiente ou até mesmo na Corregedoria da Polícia Civil.
Declaração Universal dos Direitos dos Animais
» 1 – Todos os animais têm o mesmo direito à vida
» 2 – Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem
» 3 – Nenhum animal deve ser maltratado
» 4 – Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu hábitat
» 5 – O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser abandonado nunca
» 6 – Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor
» 7 – Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida
» 8 – A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimes contra os animais
» 9 – Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei
» 10 – O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais
FONTE: Estado de MInas.
A OAB/SP lançou, na última quarta-feira, 24, a campanha “Em Defesa do Direito do Ciclista”, com a divulgação da cartilha “Direitos e Deveres dos Ciclistas” (ed. Saraiva), produzida pela Comissão Permanente do Meio Ambiente da entidade, com apresentação do presidente Marcos da Costa e prefácio do conselheiro federal e diretor de Relações Institucionais, Luiz Flávio Borges D’Urso.
A cartilha também traz texto de Luciola G. Camargo Barbosa, integrante da Comissão de Meio Ambiente. Ela lembra que a defesa dos direitos do ciclista começa no art. 5º. da CF/88, que assegura direto à liberdade de locomoção aos brasileiros e estrangeiros residentes no país. O texto explica o significado de mobilidade urbana, acessibilidade, modos de transporte não motorizados, ciclofaixa operacional, ciclovia, ciclorrota e outros termos importantes para os ciclistas.
A publicação reúne, ainda, toda a legislação específica sobre o trânsito de bicicletas, bem como dicas de segurança, sua interface com o Estatuto da Cidade, o Plano Diretor, o Direito ao Transporte, Mobilidade Urbana e cuidados que os ciclistas devem ter ao trafegar por grandes cidades para não correr riscos desnecessários.
Para o presidente da OAB/SP Marcos da costa “o direito do ciclista é ainda um tema jurídico recente que começa a ganhar maior destaque diante da ampliação do uso da bicicleta como meio de locomoção diário de milhares de pessoas nas grandes cidades“.
Na publicação, o coordenador da cartilha e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem, Celso Antonio Pacheco Fiorillo, explica que os ciclistas possuem todos os direitos em face da tutela jurídica constitucional e infraconstitucional do meio ambiente artificial, entre eles estão: o de receber serviço adequado, participar do planejamento, fiscalização e avaliação da política local de mobilidade urbana, de ser informado sobre itinerário, horários e tarifas de modos de integração e de ter um ambiente seguro e acessível.
FONTE: Migalhas.