Homem tem carro quebrado por taxistas ao ser confundido com motorista do Uber em BH
O homem tinha estacionado em frente a uma casa de shows para buscar uma amiga quando foi cercado pelos motoristas de táxi. Ninguém foi preso
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O caso aconteceu na madrugada deste domingo. V.S.N acionou a PM depois de ser cercado por taxistas na Avenida Professor Mário Werneck. Segundo o boletim de ocorrência, o motorista afirmou que parou em frente ao Clube Chalezinho para buscar uma amiga em um Corolla. Logo que estacionou, vários motoristas de táxi aproximaram dele.
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De acordo com a vítima, os homens chutaram o carro e quebraram o retrovisor esquerdo. Em seguida, fugiram. Ele não conseguiu identificar os autores. A garota que estava na casa de shows confirmou a versão e disse que V. iria lhe dar carona, mas que ele não é motorista do Uber.
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Essa foi a segunda confusão com taxistas por causa do Uber em menos de 24 horas. Na madrugada de sábado, motoristas de táxis cercaram o condutor do aplicativo de carona paga na Avenida Alfredo Balena, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul, depois que ele pegou três passageiras que solicitaram a corrida. O homem acabou agredido e teve o celular roubado. O veículo dele foi danificado pelos agressores, que fugiram e não foram identificados.
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De acordo com a Polícia Militar (PM), três mulheres solicitaram corrida pelo aplicativo quando saíam de uma casa de shows localizada na Avenida Bernardo Monteiro.Assim que o carro chegou, taxistas pararam um carro em frente ao outro solicitado pela aplicativo.Segundo o motorista do Uber, W.F.A.C, de 24 anos,as meninas foram para outra rua e ligaram para o motorista do Uber informando onde iriam esperá-lo. Ao chegar lá, no entanto, três táxis cercaram-no. “Eles arrancaram as meninas de dentro do carro”, afirma.
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Segundo relatos das passageiras e do motorista, os agressores estavam armados com facas e pedações de madeira. O motorista foi agredido. Os taxistas tentaram atingi-lo com um soco, mas o golpe não acertou em cheio. Depois, segundo a PM, os taxistas chutaram a porta traseira do veículo, que ficou amassada, e um deles ainda roubou o celular da vítima que estava pendurada no painel do carro. Os pneus traseiros do automóvel foram furados. Em seguida, os motoristas dos táxis fugiram em alta velocidade. Ninguém foi preso. A ocorrência foi finalizada na 1ª delegacia da Polícia Civil.
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Projeto de lei
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O projeto de lei para regulamentar ou não o Uber em Belo Horizonte, deve ser encaminhado para o prefeito Marcio Lacerda (PSB) nos próximos dias. A comissão criada para discutir o assunto já ouviu propostas de ambas as partes e está elaborando um documento para entregar ao administrador municipal. Os taxistas propuseram transformar 500 carros que já estão inseridos no sistema de táxi em veículos especiais, com ar condicionado e de luxo. Sobre o Uber, a categoria afirmou que até acata o serviço, desde que ele seja inserido ao sistema atual e siga as mesmas regras vigentes. Já a empresa do aplicativo sugeriu a regulamentação.
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A comissão foi criada depois de uma série de conflitos entre taxistas e motoristas do Uber em Belo Horizonte. Desde de julho, foram pelo menos nove ocorrências entre as duas categorias.
![Luiz](http://www.gravatar.com/avatar/eacebd19ce2b2235b943435b72986ca7?s=67&d=http%3A%2F%2Fimgsapp.em.com.br%2Fportlet%2F152%2F8399%2F20141023102603282150o.png)
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FONTE: Estado de Minas.
Menor rouba correntinhas no Centro e é agredido pela população
O garoto, de 14 anos, chegou a perder um dente e precisou ser levado para a UPA Centro-Sul pela polícia
![](https://i0.wp.com/www.otempo.com.br/polopoly_fs/1.1077489.1438192140!image/image.jpg_gen/derivatives/main-single-horizontal-img-article-fit_620/image.jpg)
Ladrão agredido
Vítimas segurou o suspeito pelo pescoço até a chegada da polícia
Um adolescente de 14 anos suspeito de ter roubado duas correntinhas de ouro, no Centro de Belo Horizonte, foi segurado e espancado por pessoas que passavam pelo local, no início da tarde desta quarta-feira (29). Este é o terceiro caso de justiça com as próprias mãos registrado em Minas Gerais somente nesta semana e o quinto no mês de julho.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a corporação foi acionada até a rua Espírito Santo, na esquina com a avenida Afonso Pena, onde um autor de furto estaria sendo agredido por populares. Quando chegaram ao local, os militares encontraram o jovem com algumas escoriações, sendo necessário levá-lo até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Centro-Sul.
Conforme informações de testemunhas, o garoto teria arrancado uma corrente de ouro do pescoço de uma idosa na rua Espírito Santo e, enquanto fugia, tentou arrancar outra corrente no pescoço de um senhor de 54 anos. O que ele não contava era que a vítima conseguiria resistir e segurá-lo pelo pescoço até a chegada da polícia.
Imediatamente pessoas que perceberam a situação cercaram o suspeito, que acabou agredido com chutes e socos enquanto tentava se desvencilhar do braço do senhor. O rapaz não chegou a ser amarrado, permanecendo com o pescoço preso pela vítima até a chegada da polícia. “Bateram bastante nele, chegaram até a arrancar um dente da boca dele”, lembra uma testemunha que preferiu não ser identificada.
Após receber tratamento médico, o menor foi encaminhado pela PM até o Centro Integrado de Atendimento ao Menor Autor de Ato Infracional (CIA-BH), no Barro Preto, também na região central. Não há informações se o adolescente tinha passagens pela polícia.
Três ladrões espancado em três dias
Com mais um caso de justiça com as próprias mãos registrado nesta quarta-feira, a capital mineira chega a incrível marca de três espancamentos em apenas três dias. Na manhã da última segunda-feira (27), um homem de 36 anos foi espancado por comerciantes e testemunhas depois de roubar um celular de uma mulher no bairro Ipiranga, na região Nordeste de BH.
O suspeito foi encontrado pelos militares amarrado em um poste e bastante ferido, principalmente no rosto e na cabeça, onde recebeu a maior parte das agressões. Ele contou que estava desempregado e por isso cometeu o crime, em um ato de desespero, mas assumiu que errou. O homem não estava armado.
Já na noite de segunda, um novo suspeito foi agredido por testemunhas após um assalto a uma padaria no bairro Glória, na região Noroeste da capital. Moradores da região perceberam que o homem estava desarmado e partiram para a agressão. A PM chegou ao local e encontrou apenas o assaltante com o rosto ensanguentado, que contou ter sido alvo de chutes. Com ele a polícia recuperou R$ 200 levados da padaria. Ele foi socorrido até o Hospital Odilon Behrens.
No dia 12 deste mês, um homem de 20 anos foi morto no bairro Capitão Eduardo, também na região Nordeste da capital, vítima de um linchamento. Ele foi encontrado com o rosto desfigurado e com vários ferimentos pelo corpo. A vítima não tinha antecedentes criminais.
Nessa sexta-feira (10), no bairro Maria Helena, região de Venda Nova, em BH, dois jovens foram agredidos por um grupo de pessoas, sob suspeita do roubo de um celular e de agressão à vítima. Um deles teve que ficar internado, em estado grave. Ninguém foi preso pelas agressões.
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Imagina uma boate, à meia luz, lotada com milhares de pessoas e, de repente, alguém grita “fogo” e as pessoas se desesperam, procurando a saída de emergência que, muito provavelmente não caberá todos, sobretudo porque ninguém admite esperar sua vez. Da mesma forma, um campo de futebol, com arquibancadas entupidas de gente e, de repente, um maluco resolve quebrar o alambrado, invadir o campo e bater no juiz… Em momentos assim, o risco de uma tragédia é gigantesco porque há estudos e pesquisas indicando que muitos de nós temos o hábito de nos deixar levar pela multidão, além do que há sempre um ambiente de envolvimento emocional quando se está em ambientes coletivos.
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Pior que o “lado mau” de cada um, a hipótese de deixarmos nossas reações ao sabor da massa é o que deve merecer análises rigorosas e exigir reflexões “em tempos de paz”. Chamo a atenção para o que chamamos de “efeito manada” – que significa um processo em que a multidão em pânico, de forma irracional e num efeito dominó, busca, ao mesmo tempo, uma porta de saída emergencial. Em artigo recente, o psiquiatra Eduardo Aquino faz uma pergunta contundente com foco nessas preocupações:
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“E quando uma nação inteira perde a confiança em suas instituições políticas, jurídicas, sociais?” Ele mesmo dá alguns exemplos: Venezuela, Síria, Iraque, Iêmen, Grécia…
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O Brasil vive um momento muito especial. Os que já torceram por Rui Barbosa e Tiradentes, em passado recente vibraram com Joaquim Barbosa e agora têm um ídolo: Sérgio Moro, o juiz que, apesar das pressões, ameaças e toda sorte de obstáculos está colocando poderosos atrás das grades. Isso é bom.
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Mas, devemos deixar a Justiça agir. Como me assustam os casos de linchamento e hostilidades, a sede de vingança. Também sei que há o sentimento de impunidade, etc. Porém, se quisermos viver em mundo civilizado, temos de ter juízo. Se cada um resolver acertar as contas com o outro na próxima esquina, vamos descambar para um buraco cujo término ninguém conhece… E nunca é demais lembrar que, se hoje ajudo uma multidão a apedrejar um suposto ladrão, estarei abrindo as portas para a oportunidade de, quem sabe, amanhã ou depois, fazerem o mesmo com um irmão meu simplesmente porque alguém, por brincadeira ou maldade, falou “pega”, ou “mata que é ladrão”.
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FONTE: O Tempo e Hoje Em Dia.
Passeata realizada nesta quinta-feira pede a preservação da área que tem 119 mil metros quadrados e pode dar lugar a um condomínio residencial
![FOTO: Douglas Magno DM_20150319_010.jpg](https://i0.wp.com/www.otempo.com.br/polopoly_fs/3.703946.1426801671!image/image.jpg_gen/derivatives/main-single-horizontal-img-article-fit_620/image.jpg)
Preocupados com o futuro de uma área verde de 119 mil metros quadrados que está ameaçada pela construção de um condomínio residencial no bairro Planalto, na região Norte de Belo Horizonte, representantes da Associação Comunitária do Planalto e Adjacências (ACPAD) fizeram na tarde desta quinta-feira (19) uma passeata em defesa do espaço. Munidos de cartazes e apitos, o grupo caminhou por uma das faixas da avenida Dr. Cristiano Guimarães (próximo a Mata do Planalto) e finalizou a passeata na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, onde aguardava vereadores de Belo Horizonte para uma conversa.
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No próximo dia 26 ficou acertado que os representantes do bairro serão recebidos na Câmara Municipal para uma audiência com os órgãos de meio ambiente do Estado. O intuito, segundo a presidente da ACPAD Magali Ferraz Trindade, 58, é discutir os impactos do empreendimento para a região. “A área onde querem construir é considerada o último resquício de Mata Atlântica da região norte e da capital mineira. Não há compensação ambiental nesse tipo de empreendimento e, na verdade, o que pode acontecer é vermos mais de 20 nascentes de água destruídas. O que eles dizem que vão preservar é só para inglês ver. Estamos muito preocupados”, desabafou.
Segundo ela, há cinco anos os moradores lutam por melhorias naquele espaço e continuarão mobilizados pela preservação da área. “Estamos temerosos em relação aos impactos ambientais, no trânsito e na infraestrutura do Planalto. Já estamos preparando uma nova ação pública para resguardar a Mata e temos 11 mil assinaturas contra esse empreendimento”, contou Magali.
Ainda de acordo com Magali, as construtoras envolvidas no projeto imobiliário querem construir 16 prédios, com 15 andares cada um, totalizando 760 apartamentos e mais de 1.300 vagas de automóveis. “É inadmissível um projeto desse porte sem antes observarmos as demandas do bairro. Isso fere interesses da coletividade e ainda pode acabar com a Mata do Planalto”, protestou.
Em nota, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam), disse que o empreendimento já tem a licença prévia aprovada para a construção, e que as empresas responsáveis atendendo à legislação vigente se comprometeram a preservar 70% da área. No projeto há a intenção em criar um parque público e um parque privado. Para a construção do residencial serão avaliadas as medidas de controle ambiental e o próximo passo será a autorização para a instalação e atividade do empreendimento.
Procurado, o Ministério Público de Minas ainda não se pronunciou sobre o caso. Nenhum representante das empresas Petiolare Empreendimentos e Direcional Construtora – empresas responsáveis pelo projeto do condomínio na Mata do Planalto – foi encontrado nesta noite para falar sobre o assunto.
Os vereadores que estiveram presentes na região são Juninho Paim (PT), Adriano Ventura (PT), Silvinho Rezende (PT), Heleno Abreu de Oliveira (PHS) e representante de Leonardo Mattos (PV), e os deputados estaduais, Anselmo Leão (PT) e Iran Barbosa (PMDB).
FONTE: O Tempo.
Alunos da UFMG são hostilizados nas redes sociais após cantarem música em apologia ao estupro
![Photo: Reprodução/Facebook, License: Reprodução/Facebook Usuários do Facebook comentam post sobre alunos da UFMG que cantaram música em apologia ao estupro](https://i0.wp.com/www.hojeemdia.com.br/polopoly_fs/1.270043.1411417750!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_714/image.jpg)
FONTE: Hoje Em Dia.
Eles se mordem de ciúmes
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Eric Brochado Monteiro entre Laika (E) e Nescau: os cães são bons companheiros, mas se tornam rivais quando disputam a atenção do dono |
Pode começar com um rosnado, seguido por fortes latidos. Se a estratégia não funcionar, provavelmente ele vai arranhar o dono e balançar o rabinho. E, se ainda assim não receber a atenção que deseja, é hora de apelar: orelhas caídas, olhar pidão e aquele chorinho que mata qualquer um de pena. Quem convive com cachorros sabe que eles são possessivos e detestam dividir “seus humanos” com outros. Agora, um artigo publicado na revista Plos One comprova: o melhor amigo do homem também é capaz de sentir ciúme.
Essa é uma característica que muitos atribuem apenas ao Homo sapiens. Contudo, nos últimos tempos, os cientistas estão descobrindo em outras espécies – não apenas nas domesticadas – uma complexidade emocional muito maior do que se imaginava. “Eles podem sofrer de muitas emoções que pensávamos serem experimentadas apenas por primatas”, afirma Paul Morris, psicólogo da Universidade de Portsmouth, especialista no estudo de sentimentos animais. De acordo com ele, de forma geral, bichos domésticos sentem ciúmes dos donos. Mas, nos cachorros, isso parece mais exacerbado. “Eles também têm raiva, ansiedade, orgulho e vergonha”, revela Morris. Em dois estudos feitos com 907 pessoas, o psicólogo disse que 81% consideram seus cãezinhos ciumentos.
Agora, a psicóloga Christine Harris, professora da Universidade da Califórnia em San Diego, fez experimentos diretamente com cachorros. Até onde ela sabe, esta é a primeira vez que os animais protagonizam pesquisas sobre ciúmes. Usando um método que geralmente é aplicado em crianças pequenas, Harris confirmou que os cães se sentem frustrados quando os humanos dão atenção a outros animais. Assim como os bebês, o melhor amigo do homem não se importa se os donos estão entretidos com objetos, mas ficam enciumados na presença de um semelhante ou de um boneco parecido com ele.
O experimento foi realizado com 36 cães de raças pequenas, como dachshund, maltês, shih-tzu e pug. Eles foram filmados enquanto seus donos interagiam com três diferentes objetos: um cão de pelúcia, uma lanterna em forma de abóbora e um livro. No primeiro caso, os humanos foram instruídos a se relacionar com o boneco, que latia, choramingava e balançava o rabinho quando um botão no topo da cabeça era acionado. Os participantes deviam apertar o dispositivo uma vez e brincar com o cachorro, como se ele fosse real. Ao mesmo tempo, tinham de ignorar completamente o peludo de verdade. Com a lanterna de abóbora, a tarefa era igual. Já com o livro, eles deveriam ler em voz alta, como se estivessem contando a história para uma criança.
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Christine Harris com Samwise, uma de suas três border collies que inspiraram o estudo sobre ciúmes canino |
Reação Ao assistir, posteriormente, aos vídeos, os pesquisadores analisaram o comportamento do cachorro, levando em consideração a agressividade, a busca por atenção e o interesse no que o humano fazia. O resultado não deixou dúvida: em 78% dos casos, os cachorros tocaram ou empurraram o dono quando esse interagia com o animal de brinquedo. Quando eram usados a lanterna e o livro, o percentual foi bem menor: 42% e 22%, respectivamente. Cerca de 30% dos cães tentaram se colocar entre os humanos e o bicho de mentira, sendo que isso ocorreu apenas com 1% dos peludos no caso dos outros objetos.
“É de se supor que os cachorros acreditaram que o cão de brinquedo era real. Acreditamos que sim. Até porque 86% deles cheiraram a região anal do brinquedo, e isso nós sabemos que é uma forma de cumprimento entre os animais. Então, podemos dizer que os cachorros exibiram um comportamento de ciúmes em relação ao falso rival, da mesma forma que vemos acontecer com crianças em testes do tipo”, afirma Christine Harris. Em nota, a coautora do estudo, a psicóloga Caroline Prouvost, observa que os animais não apenas demonstraram os ciúmes como tentaram quebrar a conexão entre o dono e o “concorrente”. “Obviamente, são experiências subjetivas e não podemos falar pelos cachorros, mas realmente parece que eles estavam motivados a proteger uma importante relação social”, disse.
“Brigas” Para o estudante de publicidade Eric Brochado Monteiro, 25 anos, a constatação científica não chega a ser uma novidade. Dono de dois cachorros, uma mestiça de cane corso com labrador e um labrador, ele sabe o que é ser alvo de ciúmes do melhor amigo. Laika, 3 anos, era a rainha do lar até a chegada de Nescau, 1 ano. Embora tenham virado bons companheiros, os dois peludos disputam os carinhos da família do rapaz, que se diverte com a ciumeira dos bichos. “Se a gente faz carinho nela, ele fica chamando. Quando damos atenção para ele, a Laika esquenta e vai com a pata na cabeça dele, dando um caldo mesmo, para abaixar o Nescau”, comenta. Nem os amigos de Eric escapam da disputa entre os dois. “O pessoal não sabe em quem fazer carinho”, conta. De acordo com o estudante, para Laika, Nescau não é o único rival em relação aos sentimentos do dono: “Quando tem mulher aqui em casa, ela fica louca”.
A psicóloga Christine Harris diz que se costuma pensar que o ciúme é um sentimento 100% humano porque as pessoas o associam a relacionamentos sexuais ou românticos. “Mas nosso resultado desafia essa ideia, mostrando que animais também se estressam quando um rival ganha a atenção de quem eles amam”, diz. Para ela, essa pode ser uma característica que emergiu para assegurar os laços sociais criados entre humanos e cachorros há pelo menos 15 mil anos, quando a domesticação de lobos deu início a essa grande história de amizade.
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 14/06/2014, 08:30.
Concessionária na Av. Bandeirantes, no Sion
Loja na Av. Bias Fortes com Rua Gonçalves Dias
ICBEU, na R. da Bahia
O rastro de destruição deixado pelo grupo de vândalos mascarados no entorno da Praça da Liberdade na tarde de quinta-feira reacendeu o medo, aumentou a corrida de comerciantes para garantir a proteção do patrimônio por várias regiões de BH e reforçou o efetivo de segurança pelo poder público. A lista de prédios com estruturas de proteção nas fachadas aumentou de ontem para hoje, dia do primeiro jogo da Copa do Mundo no Mineirão. Estações e terminais de transporte público, incluindo do BRT/Move, ganharam policiamento extra. Nova manifestação está marcada para hoje, com concentração na Praça Sete, às 10h.
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Tapumes de madeira foram instalados ontem diante da vitrine de uma loja de presentes na Avenida Bias Fortes, esquina com Rua Gonçalves Dias. Na quinta-feira, mascarados destruíram vidraças do imóvel. O mesmo procedimento foi feito na fachada do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos, na Rua da Bahia, perto dos prédios depredados anteontem.
O receio de ter prejuízo afeta até comerciantes distantes dos locais de vandalismo em junho de 2013. Na Avenida Bandeirantes, ao lado da Praça JK, uma concessionária Honda se blindou com altas placas de metal apoiadas por grossas vigas. Em dias de jogos do Brasil, os veículos serão deslocados do pátio para um estacionamento subterrâneo.
Segundo o gerente de serviços da concessionária, Rodrigo Greco, a empresa faz parte do mesmo grupo que detém a loja que empilhou contêineres, cada um com 2,5 toneladas, para formar uma espécie de muralha em sua fachada, na Avenida Antônio Carlos. “O grupo decidiu pôr proteções em todas as suas 10 concessionárias, inclusive uma na Rua Rio Grande do Norte, na Savassi. Não dá para prever onde vândalos podem agir. É melhor prevenir do que arcar com prejuízos”, avaliou.
Já o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo em Minas (Minaspetro) entrou com ação contra o governo estadual para garantir, por meio de uma tutela de urgência específica, que seja resguardada a segurança dos postos de combustível durante a Copa. A ação, em tramitação na 2ª Vara da Fazenda Estadual da Comarca de BH, foi ajuizada por causa da possibilidade de confrontos entre PM e manifestantes provocarem uma tragédia, segundo nota da entidade. “Posto de combustível é um estabelecimento que armazena produtos inflamáveis e, portanto, é suscetível a incêndios e explosões sob qualquer ameaça com bombas, fogo e depredações”, afirma o texto.
O sindicato orienta os comerciantes a registrar boletim de ocorrência caso o posto sofra depredação. Na Antônio Carlos, esquina com a Rua Noraldino Lima, um posto foi protegido com placas de metal. Tapumes foram postos diante das vidraças da loja de conveniência e em volta de um depósito de bebidas saqueado durante manifestação em junho do ano passado.
BRT/MOVE Policiais do Batalhão Copa fazem a segurança desde quinta-feira de estações e terminais de transporte público. No caso do BRT/Move, os agentes ficam nos terminais e nas estações de transferência de maior movimento ao longo das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, segundo o comandante do batalhão, tenente-coronel Hércules Freitas. Viaturas fazem ronda nas vias destinadas aos veículos do sistema.
Os agentes também resguardam estações do metrô e do sistema BHBus. “São três ou 10 policiais em cada ponto, a depender do tamanho do local e do volume de pessoas”, informou o oficial “Em dia de jogo no Mineirão, o contingente é reforçado nas estações do BRT, por fazerem parte do itinerário de eventuais manifestações”, acrescenta.
O Exército mantém 1.470 homens de prontidão, que podem ser convocados para garantir a segurança nas ruas, informou o chefe da comunicação social da 4ª Região Militar, tenente-coronel Marcus Vinícius Messeder. Segundo ele, o efetivo pode atuar em quatro eixos de defesa: aeroportos, hotéis, centros de treinamento e rotas protocolares.
O oficial informou que foi criado para a Copa o Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (Cesir), composto pelo comandante da 4ª Região, general Mário Lúcio Alves de Araújo; o secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz; e o superintendente da Polícia Federal em Minas, delegado Sérgio Barboza Menezes. “Se eles decidirem empregar o Exército em um dos quatro eixos, o órgão já tem a autorização da Presidência da República”, afirmou Messeder.
Segundo o oficial, “o cidadão do bem” não está proibido de manifestar suas insatisfações nas ruas, mas recomenda que ele se afaste dos “bandidos”, pois a polícia vai ser “cirurgicamente atuante e eficaz”. E desabafou: “Chega! Chega! Chega! Não podemos mais ficar apenas indignados com tamanha insensatez e tamanho abuso”.
O tenente-coronel considera que a polícia foi eficiente na quinta-feira, mas reconhece que não foi eficaz. “A PM permitiu que manifestantes saíssem da Praça Sete e subissem para a Praça da Liberdade, achando que se tratava apenas de manifestantes civilizados. Agora, não podemos dar mais espaço a eles. A PM usará tudo que for preciso para conter a agressividade, a violência e o crime. Vamos usar balas de borracha, gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, tudo que for menos letal”, avisou. Serão 13 mil homens à disposição dos manifestantes.
Alberto Luiz criticou o que considera fragilidade das leis, pois os presos pela PM sempre voltam para as ruas, segundo ele. “Fizemos prisões e duas apreensões agora, totalizando 18. E aí? Eles têm que ficar presos. A Polícia Civil está olhando as imagens e outras prisões serão feitas. Os vândalos serão todos monitorados”, promete o tenente-coronel. “Vamos agir com firmeza, pois estamos indignados, do soldado ao coronel. Não quero voltar a dizer que esses bandidos prosperaram. Um capitão tomou uma pedrada no nariz. Policiais não são saco de pancada. Já chega! Se protestar pacificamente, é legal, e estou ali para proteger, mas bandido a gente trata como bandido”, desabafou Alberto Luiz.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que não pode julgar um réu se não for baseado em lei e que se a lei fala que o preso tem direito de ser solto, ele será solto. O Ministério Público informou que fiscaliza e cumpre a lei e que não cabe comentar ou questionar se a lei está certa ou errada.
Belo Horizonte virou uma praça de guerra neste primeiro dia de manifestação. Em aproximadamente uma hora, alguns jovens mascarados depredaram patrimônios públicos, agências bancárias, lojas e até uma viatura da Polícia Civil. Um dos homens que participou da destruição do veículo foi identificado e é reincidente em atos de vandalismo. R.P.A, de 34 anos, já havia sido detido, no ano passado, durante protesto na capital, no dia da Independência.
A informação foi confirmada por fontes ligadas a Polícia Militar. R.P.A foi flagrado enquanto destruía a viatura da Polícia Civil no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MG). O homem não foi detido. No ano passado, ele foi autuado por incitação ao crime e formação de milícia ao ser abordado na Praça Sete. Veja abaixo o vídeo em que o manifestante foi identificado.
Praça Sete é palco de protesto, mas também de torcedores e trabalhadores da região PM admite que estratégia deve ser revista, mas afirma que atuação foi positiva Protesto em BH termina com pelo menos 11 detidos Veja vídeos do vandalismo Black Bloc em BH Manifestantes protestam em BH; PM monitora movimentação
O saldo do protesto, além dos prejuízos para os empresários, foi de pessoas feridas, entre elas um repórter fotográfico da Reuters, e ao menos 11 pessoas detidas por vandalismo. A manifestação começou de forma pacífica. Aproximadamente 200 pessoas fecharam os cruzamentos das avenidas Amazonas e Afonso Pena às 13h45. Em seguida, caminharam em direção a Praça da Liberdade. O grupo parou em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte onde picharam os muros do imóvel.
A situação ficou tensa quando o grupo subiu a Avenida João Pinheiro e chegou na Praça da Liberdade. Por volta das 16h01, lojistas, com medo de vandalismo, fecharam as portas. Quando a passeata chegou ao relógio da Copa, a tropa de choque da PM já estava no local para evitar a depredação do marco. Jovens mascarados atiraram pedras contra os militares que revidaram com tiros de balas de borrachas e bombas de efeito moral.
Foi neste momento que começou a quebradeira. Jovens mascarados recuaram pela Avenida João Pinheiro e Rua Gonçalves Dias. Eles atacaram os prédios nos arredores, como o INSS, Memorial Vale, Cine Belas Artes, Secretaria de Estado da Fazenda e uma loja de utensílios domésticos.
A ousadia dos vândalos impressionou quem passava pela Região Centro-Sul de BH. Os manifestantes entraram no Detran-MG e viraram uma viatura da Polícia Civil. Bicicletas que estão expostas para aluguel também foram danificadas. Algumas agências bancárias, como a do Santander na Avenida João Pinheiro, tiveram as vidraças quebradas.
No confronto entre os manifestantes e a Polícia Militar, o repórter fotográfico da Reuters. Sérgio Morais. ficou ferido com uma pedrada. De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem sofreu ferimentos na cabeça e foi encaminhado para o Hospital Pronto-Socorro João XXIII. De acordo com a unidade de saúde, ele sofreu um traumatismo craniano leve e ficará em observação.
O grupo se dispersou e, por volta das 16h30, desceu pela Avenida Bias Fortes. Novamente houve confronto. Os jovens apedrejaram policiais e três viaturas que estavam na via. Os manifestantes voltaram para a Avenida Afonso Pena e foram cercados pela PM. A via foi novamente fechada entre a Avenida Carandaí e Rua da Bahia. Em seguida, o mesmo aconteceu na Praça Sete.
Os manifestantes apenas se dispersaram por volta das 18h25, quando a Polícia Militar conseguiu liberar os cruzamentos das Avenidas Afonso Pena e Amazonas.
O repórter ferido.
Jovens detidos
Pelo menos 11 pessoas foram detidas e uma adolescente apreendida, segundo nota divulgada pelas Polícias Militar e Civil de Minas Gerais, na noite desta quinta-feira. No entanto, o número pode subir para 12, já que informações ainda não confirmadas pela polícia dão conta que uma jornalista do Mídia Ninja, movimento independente que transmite os protestos no país, também foi encaminhada para a delegacia.
Segundo a polícia, os detidos foram flagrados praticando atos de vandalismo na Região Central de Belo Horizonte, entre eles dois suspeitos de participar da depredação de uma viatura da Polícia Civil, na Avenida João Pinheiro. Imagens do momento do vandalismo estão sendo aguardadas para comprovar a participação deles. Entre os detidos também estão um médico, um engenheiro de automação e uma enfermeira. Na Praça Sete, antes mesmo do confronto entre os manifestantes e a PM, outros dois homens foram flagrados com socos-ingleses.
Cerca de 70 mascarados espalharam pânico, enfrentaram policiais militares e deixaram um rastro de destruição em Belo Horizonte, principalmente nas imediações da Praça da Liberdade. A PM acompanhou tudo de longe, revidando as pedradas dos vândalos com tiros de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. A impressão de quem viu de perto a fúria dos vândalos é de que a polícia foi pega de surpresa. Pelo menos quatro agências bancárias foram apedrejadas, quatro viaturas da polícia atacadas – uma delas virada -, edifícios públicos, cinema, museu, a Biblioteca Pública Luiz de Bessa (que foi apedrejada, mas não houve danos) e lojas foram atacados entre as praças Raul Soares, da Liberdade, Sete e Afonso Arinos, região distante da Avenida Antônio Carlos, principal alvo do ano passado e onde o comércio se protegeu com tapumes e placas metálicas.
Depois da destruição, 11 pessoas foram detidas (entre elas um médico, um engenheiro e uma enfermeira, suspeitos de virar uma viatura da Polícia Civil) e uma adolescente acabou apreendida por suspeita de envolvimento com vandalismo. Segundo a polícia, havia entre 800 e mil manifestantes, entre eles militantes de partidos, sindicalistas, membros de movimentos sociais, de ocupações urbanas e estudantes. A PM tinha aparato numericamente superior, com 6 mil militares, sendo 1,2 mil do Batalhão Copa.
A manifestação saiu da Praça Sete pela Avenida Afonso Pena e subiu a Avenida João Pinheiro, até, então, pacífica. Os confrontos só começaram quando os cerca de 70 jovens mascarados tomaram a dianteira do protesto e avistaram um destacamento de policiais protegendo o relógio da Fifa com escudos.
A tática do grupo foi distrair os policiais queimando uma bandeira do Brasil na frente deles, enquanto outra parte dos mascarados reunia pedras e preparava bombas. Num instante, a bandeira que queimava foi baixada, uma bomba explodiu perto dos policiais e pedras começaram a ser lançadas pelos manifestantes. A polícia reagiu disparando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Nesse momento, a maioria das pessoas que integrava o protesto se afastou.
Na Praça da Liberdade, o fotógrafo Sérgio Moraes, da Reuters, levou uma pedrada de um manifestante e foi levado por uma viatura da PM para o HPS João XXIII, onde permanecia internado ontem à noite com traumatismo craniano leve.
Enquanto parte dos vândalos jogava pedras nos policiais, outros se encarregaram da quebradeira. Chutaram lixeiras, espalharam lixo e materiais de construção nas ruas, arrebentaram placas de trânsito, arrancaram tapumes e cercas metálicas para usar de escudo para se proteger dos disparos dos policiais.
MAIS QUEBRADEIRA O Batalhão de Choque permaneceu parado no entorno do relógio da Copa, enquanto metade dos manifestantes descia a João Pinheiro quebrando tudo. A primeira depredação foi bem à vista dos policiais: um ponto de ônibus próximo ao fast food Xodó. Vândalos chegaram a gangorrar na parte superior dos bancos metálicos. Depois, desceram a avenida atacando agências bancárias, como a do Santander, que foi totalmente depredada. Não havia policiais para conter o ato. Até mesmo um carro da Polícia Civil, estacionado na porta Detran foi alvo do vandalismo. Dezenas de mascarados, ou não, chegaram a virar o carro e atearam fogo no veículo.
Do outro lado da Avenida João Pinheiro, a polícia também não conteve o quebra-quebra e acompanhava de longe quando os manifestantes começaram a descer a Bias Fortes. Os militares precisaram de se movimentar mais rápido para bloquear cruzamentos e tentar impedir que os vândalos se encontrassem com motoristas que circulavam por outras vias. Não havia bloqueios prévios porque essa rota não estava prevista pela PM.
insultos Em motocicletas e viaturas, a PM tentava fechar as ruas Espírito Santo e Rio de Janeiro e a Avenida Álvares Cabral. Assim que os policiais eram avistados, os manifestantes atiravam pedras e os insultavam, sendo repelidos por disparos de balas de borracha. Um dos manifestantes saiu mancando depois de ser ferido com um tiro na perna direita. Uma agência da Caixa Econômica teve os vidros destruídos por chutes e pedradas. O grupo começou a se dispersar, mas ainda atacou com pedras uma agência na Avenida Amazonas e outra na Rua Curitiba. A partir desse ponto eles se dispersaram.
Enquanto isso, um homem de identidade desconhecida, que xingava os policiais na esquina da João Pinheiro com a Gonçalves Dias, foi detido por dois militares, que chegaram a puxá-lo pela jaqueta e arrastá-lo sentado no asfalto da Gonçalves Dias, em direção à Praça da Liberdade. Policiais usaram os cassetetes para bater em manifestantes que se aproximaram para tentar liberar o homem.
O homem só foi liberado com a intervenção do tenente-coronel Alberto Luiz. Ao ver a cena, o inspetor da Polícia Civil Vander Marinho, de 51 anos, revoltado, anunciou que daria voz de prisão aos militares que haviam detido o homem. “Calma. Eu verifiquei, ele não está ferido, já o liberei. Avaliamos que ele não estava fazendo nada”, disse Alberto Luiz.
Por volta das 17h, os manifestantes tomaram a Praça Sete, porém, ali a estratégia policial foi outra. Em pouco tempo, a área foi cercada pelo Batalhão de Choque. Apesar de também haver vandalismo na praça, a polícia conteve os manifestantes e, por volta das 18h, já não havia mais protestos.
Na avaliação do advogado Alexandre Silva, a polícia pouco fez para conter o vandalismo. Por outro lado, ele criticou o uso de balas de borracha contra manifestantes que estavam de costas. Uma menina foi atingida na nuca”, criticou Alexandre, que faz parte de uma rede de advogados de diversas frentes, inclusive da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados (OAB).
“A PM reagiu no momento em que foi agredida, em que começaram a querer destruir os patrimônios público e privado. A PM não tem como ficar estática”, explicou o tenente-coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação do órgão.
Tenente-Coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação social da PM
‘‘Temos de reavaliar’’
O tenente-coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação social da Polícia Militar, defendeu a ação da corporação durante os protestos de ontem em Belo Horizonte. “Não podemos descer a (avenida) João Pinheiro descendo a borracha em todo mundo”, disse. Ele admitiu, porém, que pode rever “pontualmente” a estratégia.
Houve críticas de parte da população de que a PM foi branda. O senhor concorda?
Temos que ser intelectualmente razoáveis porque numa ação dessa não podemos adotar uma medida que ultrapasse os limites da lei, como eles fizeram. Nós também não podemos descer a João Pinheiro descendo a borracha em todo mundo, atingindo pessoas inclusive que não têm nada com a ação criminosa. Não fomos brandos, não fomos inertes. Fomos pontuais e dinâmicos. Houve um equilíbrio. Temos que reavaliar pontualmente, atuar para que isso não volte a acontecer, para que eles nos respeitem e respeitem a cidade onde moram.
Qual o balanço que o senhor faz da manifestação?
É recorrente o vandalismo e a depredação. A polícia pretende agir pontualmente, mas de forma enérgica, mantendo o equilíbrio, a razoabilidade e a proporcionalidade das suas ações. Tivemos depredações ao longo da João Pinheiro. Nós evitamos que a Praça da Liberdade fosse depredada. Fizemos duas apreensões, de um menor e uma adolescente, e prisão de quatro adultos em razão das depredações. (Depois da entrevista, o total de prisões chegou a 11, com uma apreensão)
Como o senhor avalia a tática da PM?
A polícia só pode agir quando a violação da lei for caracterizada. Não é que a polícia tem que esperar quebrar para isso acontecer. Quando começava o vandalismo, a polícia agia, pois poderia ser pior. A polícia tem que seguir um protocolo internacional no caso de distúrbios civis. Nós conseguimos realizar isso ao dispersar a manifestação. Não conseguimos evitar totalmente depredação. Podemos fazer muito, mas não podemos fazer tudo.
FONTE: Estado de Minas.
BAIRRO SANTO ANTÔNIO » Amarrado no poste
Moradores do bairro disseram que um rapaz foi detido pelo dono de um veículo que estaria sendo arrombado e por outras pessoas. Mas teria fugido com ajuda de motociclista
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Foto do adolescente amarrado foi postada ontem nas redes sociais |
Dois homens tentaram arrombar um carro estacionado. O alarme disparou e o dono e outras pessoas saíram correndo atrás da dupla. Um conseguiu escapar em direção à Avenida Prudente de Morais. O outro foi capturado e amarrado em um poste na esquina das ruas Marquês de Paranaguá e João de Freitas, no Bairro Santo Antônio, Centro-Sul de BH, enquanto a polícia era chamada. Mas cerca de uma hora depois, antes da chegada de militares, um motociclista não identificado libertou o rapaz e mandou que fugisse. A história foi contada ontem por moradores e funcionários de uma obra próxima para explicar a foto do rapaz amarrado postada nas redes sociais.
Uma moradora da esquina contou que voltava a pé do supermercado, subindo a Marquês de Paranaguá, e viu o jovem encostado no poste: “Ele estava sozinho e não percebi que estava amarrado. Até o cumprimentei. Ele tinha sangue perto do olho. Achei que estava se escondendo de alguém atrás do poste e não percebi que estava amarrado com as mãos para trás”. Quando entrava em casa, segundo ela, um motociclista chegou e libertou o homem. “Ele desamarrou a corda e disse: ‘some, vai embora’”, afirmou a testemunha.
Outra mulher, que trabalha numa casa perto, disse que o rapaz foi dominado em frente ao portão: “Eu estava com o meu patrão e o dono do carro contou a história a ele. Disse que amarrou o rapaz no poste e eu vi quando várias pessoas telefonaram para a polícia”. “A polícia não apareceu e o motoqueiro soltou o rapaz e fez um gesto para os curiosos saírem, dizendo que a polícia estava na rua de baixo e que iria cercar o ladrão”, acrescentou.
POLÍCIA A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que foram feitas duas ligações para o telefone 190 sobre o caso. Na primeira, um homem identificado como Renan afirmou que duas pessoas agrediam um adolescente no local. A segunda pessoa disse que o menor teria furtado veículo e que, por isso, foi amarrado em um poste. As ligações foram feitas por volta das 11h30 da manhã. Ainda conforme a assessoria, militares da 124ª Cia. estiveram na esquina das ruas Marquês de Paranaguá e João de Freitas, mas não havia ninguém amarrado no poste e também não houve reclamação de furto de veículo.
Vizinhos reclamam de assaltos e arrombamentos de carros constantes no Santo Antônio. “Os ladrões quebraram o vidro de um carro na minha frente e um deles disse para mim: ‘a senhora não viu nada’”, comentou outra moradora. Na semana passada, outro morador foi rendido por dois menores armados e levaram a carteira e o celular. “Eu estava dentro de casa e escutei um dos menores gritando para o outro: ‘mata, mata’”, contou uma mulher. Recentemente, segundo os vizinhos, um jovem foi vítima de sequestro relâmpago quando esperava pela namorada na porta de um escritório de contabilidade. Ontem, a foto do rapaz amarrado no poste com presilhas de plástico foi para as redes sociais e ganhou repercussão.
FONTE: Estado de Minas.
Uma dona de casa que teve uma forte reação alérgica após utilizar uma tintura de cabelo será indenizada em R$ 10 mil pela fabricante. Elisângela Fátima Batista desenvolveu feridas no couro cabeludo e nas orelhas, além de uma forte queda de cabelo e ajuizou uma ação na Justiça contra a empresa Aroma do Campo.