Há 5 anos, queda do presidente da Tunísia dava início à Primavera Árabe
Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita durante revolta popular.
Transição à democracia na Tunísia é exceção da Primavera Árabe.
![Manifestantes enfrentam forças de segurança na Tunísia nesta sexta (14) próximo à cartaz com foto do presidente Zine El Abidine Ben Ali, que deixou o país (Foto: AFP) Manifestantes enfrentam forças de segurança na Tunísia nesta sexta (14) próximo à cartaz com foto do presidente Zine El Abidine Ben Ali, que deixou o país (Foto: AFP)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/VmzesiW8exa2QiwytXJjLOSTDWs=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2011/01/14/tunisia620.jpg)
Em 14 de janeiro de 2011, uma multidão protestava pelas ruas de Túnis, capital da Tunísia, contra o regime do presidente Zine El Abidine Ben Ali, o que levou à queda do primeiro líder de um país árabe por conta da pressão popular. Ninguém poderia antecipar que esse movimento seria o epicentro de um terremoto geopolítico que mudou o mundo árabe, a chamada Primavera Árabe.
Naquele dia, depois de 23 anos no poder, Zine El Abidine Ben Ali fugiu em direção à Arábia Saudita enquanto manifestantes tomavam as ruas gritando “Fora Ben Ali”.
A revolta na Tunísia começou com protestos populares após o suicídio de um vendedor ambulante, dia 17 de dezembro de 2010, contra o regime autoritário do presidente. O vendedor de rua Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo como forma de protesto em Sidi Bouzid, centro de Túniss, dando início à revolta. Bouazizi morreu em 4 de janeiro de 2010.
As manifestações foram duramente reprimidas e, no total, o conflito deixou 338 mortos.
![Manoubia Bouazizi, mãe de Mohamed Bouazizi, que passou a ser lembrado como motivador da revolta na Tunísia, segura faixa com uma foto do filho em foto de 15 de novembro de 2011 (Foto: Fetih Belaid/AFP) Manoubia Bouazizi, mãe de Mohamed Bouazizi, que passou a ser lembrado como motivador da revolta na Tunísia, segura faixa com uma foto do filho em foto de 15 de novembro de 2011 (Foto: Fetih Belaid/AFP)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/pqmM2dN1AJMr1YzzqWzuxBJwtYU=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2011/12/17/000_par6656531.jpg)
Em muitos outros países da região que seguiram os passos da Primavera Árabe, pelo contrário, a luta pela democracia e os direitos humanos não se desenvolveu e foi reprimida.
Posteriormente à queda de Ben Ali, seguiram o mesmo destino os regimes de Hosni Mubarak, no Egito, e de Muammar al-Gaddafi, na Líbia, que estavam no poder há 30 e 40 anos, respectivamente. O primeiro abdicou depois de uma revolta que provocaria a morte de 850 pessoas e o segundo foi derrubado após um levante em Benghazi, com a intervenção da Otan.
![Imagem de 10 de janeiro de 2011 mostra cadeiras e outro objetos incendiados durante confronto entre manifestantes tunisianos e as forças de segurança da Tunísia em Regueb (Foto: STRINGER / AFP) Imagem de 10 de janeiro de 2011 mostra cadeiras e outro objetos incendiados durante confronto entre manifestantes tunisianos e as forças de segurança da Tunísia em Regueb (Foto: STRINGER / AFP)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/wqs1HFnJi6gaYpM_amSVLDrn-O8=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/01/13/tunisia2.jpg)
Na Síria, o presidente Bashar al-Assad reprimiu duramente os protestos anti-governamentais, gerando uma revolta que se transformaria em uma guerra civil com um total de 260 mil mortos e milhões de deslocados.
Este conflito interno, aproveitado pelos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) para se infiltrarem na Síria, ilustra com crueldade as desilusões da Primavera Árabe.
‘Um momento na história’
“Estes foram dias emocionantes. A febre democrática se propagava”, recordou Hafez Ghanem, vice-presidente do Banco Mundial para o Oriente Médio, em um livro recente sobre o início das revoltas.
“A Primavera Árabe foi um momento na História comparável à queda do Muro de Berlim, no sentido de que houve uma redistribuição das cartas geopolíticas”, explica Michael Ayari, analista do Grupo de Crise Internacional (ICG, na sigla em inglês).
O especialista destacou que as alianças continuam sendo formadas e desfeitas.
![Na Primavera Árabe, quatro ditadores já foram depostos ou mortos em revoluções iniciadas pelo povo: Ben Ali, da Tunísia; Hosni Mubarak, do Egito; Muamar Kadafi, da Líbia; e Ali Abdullah Saleh, do Iêmen (Foto: Reprodução/TV Globo) Na Primavera Árabe, quatro ditadores já foram depostos ou mortos em revoluções iniciadas pelo povo: Ben Ali, da Tunísia; Hosni Mubarak, do Egito; Muamar Kadafi, da Líbia; e Ali Abdullah Saleh, do Iêmen (Foto: Reprodução/TV Globo)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/VKxzZb11CEQz__D3tQv02HD_gms=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/11/14/ditadores-arabes.jpg)
“Não há um padrão de desempenho claro, temos a impressão de que, atualmente, estamos em uma fase de pouca atividade. Mas este processo pode durar várias décadas”, explicou.
Esperanças desapareceram
“Mas seria possível que um país sem tradição democrática e com instituições debilitadas se transformasse em uma democracia eficaz que melhorasse de forma imediata as condições de vida de seus cidadãos? A resposta é manifestamente negativa”, constatou Ghanem, do Banco Mundial.
No Egito, as esperanças desapareceram rapidamente quando o país voltou a ser governado com mão de ferro pelo ex-general Abdel Fata al-Sisi, que executou imediatamente um golpe de Estado contra Mohamed Mursi, primeiro presidente egípcio eleito democraticamente. O governo de Mursi orquestrou uma repressão implacável contra a Irmandade Muçulmana e outros grupos, deixando mais de 1.400 mortos.
Na Líbia, dois governos disputavam o poder desde 2014 e este vazio foi utilizado pelo EI para se instalar na zona.
No Golfo, os conflitos entre facções religiosas persistem, especialmente no Iêmen, onde milícias xiitas controlam a capital e enfrentam o governo apoiado por uma coalizão árabe.
‘A exceção tunisiana’
Ao contrário de outros países, a Tunísia conseguiu que prevalecesse o consenso, especialmente devido ao papel do Quarteto para o diálogo nacional, formado pela Liga Tunisiana de Direitos Humanos (LTDH), o poderoso sindicato União Geral do Trabalho (UGTT), a organização de empregadores Utica e a Ordem Nacional de Advogados. O coletivo que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2015.
![Os ganhadores do prêmio Nobel da Paz de 2015, os integrantes Quarteto do Diálogo Nacional da Tunísia, assinam livro no Instituto Nobel em Oslo, na Noruega, nesta quarta-feira (9) (Foto: Haakon Mosvold Larsen/NTB/Reuters) Os ganhadores do prêmio Nobel da Paz de 2015, os integrantes Quarteto do Diálogo Nacional da Tunísia, assinam livro no Instituto Nobel em Oslo, na Noruega, nesta quarta-feira (9) (Foto: Haakon Mosvold Larsen/NTB/Reuters)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/Cb6NXLRcQ9zrEN1GFiMfGLmCPUM=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/12/10/2015-12-09t153053z_1047435421_gf10000259895_rtrmadp_3_nobel-norway.jpg)
“A grande crise política de 2013 foi solucionada e muitos falam da ‘exceção tunisiana’. Trata-se de um pequeno país com uma pequena elite, uma cultura de negociação muito forte e espaços de discussão”, destacou Ayari, do ICG.
No entanto, o especialista afirmou que também há outros fatores em jogo, como as “tensões geopolíticas mais fortes” em outros países. Mas o sucesso da revolução tunisiana ainda é frágil.
Novo começo
O fracasso da Primavera Árabe está ligado ao surgimento de organizações extremistas como o grupo Estado Islâmico que, no ano passado, reivindicou três ataques no país, entre eles o atentado contra o Museu Nacional do Bardo e os disparos contra uma praia turística em Sousse, que afetou um setor essencial à economia do país.
Ante a esta situação, “os tunisianos devem se armar de paciência”, afirmou recentemente o Banco Central.
“Acreditamos que 2016 será um novo começo para a realização das metas da revolução”, afirmou o presidente Béji Caïd Essebsi em sua mensagem de final de ano.
FONTE: G1.
Deve chegar hoje a Belo Horizonte o corpo do caminhoneiro encontrado com sinais de espancamento, em Pernambuco.
A família está revoltada com a falta de informações sobre o caso.
FONTE: Alterosa.
![7 a 1](https://universobh.wordpress.com/wp-content/uploads/2014/07/7-a-1.png?w=540&h=248)
![](https://i0.wp.com/imgsapp.impresso.em.com.br/app/da_impresso_130686904244/2014/07/09/121259/res20140708225908518254o.jpg)
Torcedores foram do céu ao inferno. Depois de 27 dias de esperança pelo hexacampeonato, a alegria virou apreensão e foi engolida por uma decepção sem fim no início da noite
Alemanha massacra, faz 7, impõe ao Brasil o maior vexame da história e avança à final
Vergonha
Nas capas de jornais estrangeiros, humilhação, fracasso e vexame foram algumas das palavras para descrever o desempenho da seleção brasileira.
Envolventes, alemães entraram para a história ao aplicar a maior derrota do Brasil
![Jefferson Bernardes/Vipcomm Jefferson Bernardes/Vipcomm](https://i0.wp.com/imgsapp.mg.superesportes.com.br/app/noticia_126420360808/2014/07/08/288197/20140708185453439315o.jpg)
Estava tudo preparado para uma grande festa em verde-amarelo. Mas o que se viu foi um autêntico show da Alemanha. Com um futebol envolvente, de toque de bola de extrema qualidade, os alemães entraram para a história ao aplicar a maior derrota do futebol brasileiro. Com uma goleada de 7 a 1, nesta terça-feira, diante de mais de 51 mil torcedores, a seleção germânica se classificou para a final da Copa do Mundo. Toni Kroos (2), Schürrle (2), Müller, Khedira e Klose balançaram as redes. Oscar fez o gol solitário do Brasil.
A Seleção Brasileira foi presa fácil para a Alemanha, que deixou o campo aplaudidíssima pela atuação impecável. Os germânicos se dirigiram aos torcedores depois da partida, retribuindo o apoio. Mas o Mineirão, em peso, reconheceu a atuação fantástica de uma geração que vem brilhando nos gramados desde a Copa de 2006, quando foi montada.
A Alemanha se classificou para disputar mais uma final de Copa do Mundo, a oitava. E chega muito forte e com moral para enfrentar o ganhador de Holanda x Argentina, que se enfrentam nesta quarta-feira, em São Paulo. A Seleção Brasileira terá que erguer a cabeça para ao menos encerrar de forma digna a participação. Resta aos comandados de Felipão brigar pelo terceiro lugar, sábado, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A grande decisão será no domingo que vem, no Maracanã.
O jogo histórico
A torcida cumpriu o papel, veio ao Mineirão imbuída em apoiar a Seleção Brasileira do começo ao fim. Ainda mais com a confirmação da entrada de Bernard, titular na vaga de Neymar, o que levou os mineiros, principalmente os atleticanos, a gritar ainda mais em favor do time de Felipão e cia. Do outro lado, uma Alemanha ávida em estragar a festa que estava preparada para explodir depois do clássico.
O Brasil até tentou se impor no começo, obrigando Neuer a trabalhar. Mas o que se viu foi uma autêntica tragédia no Mineirão. A Alemanha, bem ao seu estilo, tocou bola com a mesma tranquilidade e eficiência de sempre. Com deslocamentos rápidos pela direita, sempre nas costas de Marcelo, que se mandou ao ataque e deixava um corredor atrás. O time germânico viu que tomaria conta facilmente do meio-campo e ganhou confiança.
Logo aos 11min, o prenúncio de que não seria uma tarde/noite boa para o Brasil. Em cobrança de escanteio de Toni Kroos, pela direita, a defesa vacilou feio e a bola se ofereceu para Muller, que não perdoou e mandou para as redes de Julio Cesar: 1 a 0. O lance não abalou a torcida, que continuou empurrando. Mas os jogadores, não. A Seleção se perdeu completamente e cedeu muito espaço aos alemãs. Era tudo o que o adversário queria.
O que se viu em seguida foi algo impensável. A Seleção Brasileira tomou um show de bola, um passeio em pleno Mineirão. Os alemães foram para cima, tocando bola e aproveitando as brechas entre o meio-campo e a defesa. E os gols foram saindo, transformando o apoio em vaias e revolta da torcida. Em menos de 20min, o Brasil tomou cinco gols! Destaque para Klose, que fez 2 a 0 e se tornou o maior artilheiro da história das Copas. Ele balançou as redes 16 vezes no total, deixando para trás Ronaldo Fenômeno.
Toni Kroos, um dos destaques do primeiro tempo, mandou a bola duas vezes para as redes de Julio Cesar, aos 24 e 25min.Logo depois, para desespero da torcida no Mineirão, Khedira completou no canto direito, depois de nova troca de passes perfeita dos alemães: 5 a 0. O suficiente para muitos torcedores abandonarem as cadeiras, com um misto de revolta e perplexidade.
Orquestra alemã
Sob vaias, os comandados de Felipão voltaram para o segundo tempo com mudanças. Paulinho e Ramires substituíram Fernandinho e Hulk, respectivamente, ambos inoperantes em campo tanto na destruição como na criação das jogadas. O Brasil até mostrou outro espírito – lutando mais que mostrando futebol. Os poucos torcedores que tiveram a iniciativa de apoiar o time se manifestaram. Neuer trabalhou muito em um verdadeiro bombardeio, demonstrando firmeza impecável.
Com Bernard bem aberto pela esquerda, o Brasil passou a incomodar. Só que os atacantes não estavam em uma tarde feliz. Tanto que Fred, apático como em jogos anteriores, fez com que a torcida perdesse a paciência. O centroavante, ídolo dos cruzeirenses, passou a ser perseguido em campo. Os alemães, em número reduzido, eram ouvidos com os tradicionais cânticos. E ainda teve tempo para o sexto, em uma histórica goleada germânica. Aos 23, Shcürrle, que entrara no lugar de Klose – aplaudidíssimo -, completou cruzamento de Lahm, pela direita: 6 a 0.
A torcida passou a aplaudir de pé as jogadas da Alemanha. Os papéis se inverteram, com gritos de ‘Olé’ a cada troca de passes germânicos. O Brasil ainda levou mais um e aumentou a humilhação. Aos 33, Schürrle recebeu na área e chutou forte. A bola tocou no travessão e Julio Cesar nem viu por onde passou: 7 a 0. Mas em vez de vaias, aplausos. Como uma autêntica orquestra filarmônica alemã. O Brasil ainda descontou com Oscar, aos 44min, mas a reação dos torcedores foi de ironia: ‘Eu acredito’, gritaram das cadeiras. Fim de jogo: 7 a 1.
BRASIL 1 X 7 ALEMANHA
Brasil
Julio Cesar; Maicon, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Paulinho), Fernandinho e Oscar; Hulk (Ramires) e Fred (Willian)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Alemanha
Neuer; Lahm, Boateng, Hummels (Mertesacker) e Howedes; Schweinsteiger, Khedira (Draxler) e Toni Kroos; Ozil, Klose (Schürrle) e Muller
Estádio: Mineirão
Data: terça-feira, 8 de julho
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX)
Auxiliares: Marvin Torrentera (MEX) e Marcos Quintero (MEX)
Gols: Muller 11, Klose, 22, Toni Kroos, 23 e 24, Khedira, 28min do primeiro tempo; Schürrle, 23 e 33min; Oscar, 44 do segundo tempo
Público: 58.151 torcedores
Cartões amarelos: Dante (BRA)
Há 27 dias, o clima era outro. Os quatro quarteirões fechados da Praça Diogo de Vasconcelos haviam se tornado um ponto natural de encontro de vários idiomas. Tudo era festa. Mas ontem, ainda no primeiro tempo, torcedores deixaram a Savassi e o Mineirão antes mesmo do fim da partida. “Eu sabia da ‘Neymardependência’, mas não imaginava que fosse tão grande. O time do Brasil sentiu muito a saída do seu craque. Não acredito que vi, na Copa do meu país, no jogo da minha cidade, um placar tão vergonhoso”, desabafou o engenheiro civil João Pedro Lanna, de 35 anos, natural de Belo Horizonte.
O ambulante Antônio Jorge da Silva, de 45, ficou revoltado: “Que papelão! Eu gastei muito. Comprei bebida para estse e o próximo jogo. E agora a festa acabou. Mas eles vão voltar para casa com dinheiro no bolso. E eu fico no prejuízo”.
A enfermeira Ana Cláudia Vieira, de 26, também moradora da capital, achou os jogadores brasileiros desequilibrados. “Mais do que triste, estou com vergonha. Sou apaixonada por futebol, assisto muitos jogos e por isso mesmo não consigo acreditar”, disse. “BH ficou marcada para sempre. O Maracanaço (derrota para o Uruguai na Copa de 1950) não é nada perto desse vexame”, completou o funcionário público Anderson Flores, de 32, de Formiga, no Centro-Oeste de Minas.
“É uma derrota catastrófica, horrível, mas temos de aprender com isso. 12, 13, 14 jogadores dessa equipe vão estar na copa de 2018”
“Acho que foi o pior dia da minha vida.” Assim o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, definiu a terça-feira em que sua equipe foi goleada por 7 a 1 pela Alemanha, no Mineirão, pela semifinal da Copa do Mundo. O maior vexame da história da Seleção Brasileira, segundo o treinador, nasceu em 10 minutos, quando o adversário marcou quatro gols. Palavras como descontrole, desorganização, pane, branco, desastre, catástrofe, pânico e transtorno foram repetidas por Felipão durante a coletiva.
“Deu um pane depois do primeiro gol e, com a qualidade dessa equipe, eles aproveitaram, e não tínhamos condições de reagir”, definiu o treinador brasileiro. “Peço desculpas pelo resultado negativo, por não chegar à final. Fizemos e tentamos o que tínhamos condições e o que achamos que era o nosso melhor.”
Felipão disse que não se arrependeu da escalação de Bernard, em vez de três volantes, como chegou a treinar. “Com a volta de Oscar, Hulk e Bernard, poderíamos fazer o setor do meio. Estava tudo organizado até o primeiro gol. Aí entramos em pânico e as coisas foram dando certo para eles. É uma escolha que o técnico faz e tem que arcar com as consequências”, avaliou. E ele assumiu a responsabilidade pelo resultado: “Pode até ser dividido por todo o grupo, porque os jogadores querem isso, mas a escolha da parte tática, a forma de jogar sou eu. Então, o resultado e o responsável fui eu”. Segundo Scolari, nem a presença de Neymar evitaria a derrota: “Ele é atacante e não teria como defender as jogadas trabalhadas que aconteceram ali”.
Felipão reconheceu que ficará marcado na história do futebol brasileiro não apenas como o técnico que conquistou o penta em 2002, mas também por ter sofrido a maior derrota de todos os tempos. “É um risco que sabia quando assumi o cargo. Tenho de assimilar e seguir em frente. Se for pensar em toda a minha carreira, acho que foi o pior dia da minha vida, mas continua a vida”, definiu.
Para Felipão, a derrota para a Alemanha não demonstra que o futebol brasileiro esteja ultrapassado taticamente. “Até o primeiro gol, fizemos um jogo idêntico e até melhor que a Alemanha. Houve descontrole. Não é normal, mas acontece. Não estamos atrasados. Perdemos um jogo para uma grande equipe”, justificou.
EM 2018 Ao mesmo tempo, o treinador admitiu que a goleada deixa lições para a equipe. “É uma derrota catastrófica, horrível, mas temos de aprender com isso. Doze, 13, 14 jogadores dessa equipe vão estar na Copa em 2018”, afirmou Scolari, que, de imediato, vai tentar reanimar o grupo para a disputa do terceiro lugar, sábado, em Brasília, contra o perdedor de Holanda x Argentina, a outra semifinal que será disputada hoje, no Itaquerão. “A qualidade da Alemanha foi muito grande. Não é normal, mesmo que jogue mais 10 jogos. Temos de saber como vamos assimilar a derrota.”
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Sem ingressos para o Mineirão, os turistas Jonas Doil, Txai Meye, Felle Faehre, Sebastian Altenharp (de chapéu), Kajtek Skotridiv e Tobias Doil torceram pela Alemanha num bar do Bairro Anchieta
“O Brasil não merecia esse fim”. Assim reagiu o alemão Sebastian Altenharp, de 25 anos, que assistia ao jogo entre as seleções brasileira e da Alemanha no Bar Café do Carmo, no Bairro Anchieta, Região Centro-Sul da capital. O torcedor se mostrava incrédulo com a goleada histórica. “Minha aposta era 1 a 0. Claro que a gente queria ganhar do Brasil, mas esperava que fosse de outra forma, não desse jeito”, afirmou.
Sem conseguir ingresso para a partida no Mineirão, vendido a R$ 2 mil no mercado paralelo, Sebastian decidiu ir para o bar com amigos. Até o terceiro gol, os seis torcedores vibravam – eram os únicos alemães no meio da multidão de camisas verde-amarelas. Eles levantavam a bandeira e gritavam: “Finale, finale.” Depois do quarto gol, Sebastian deixou de comemorar em consideração aos brasileiros.
“A gente tem muito respeito pelo Brasil, que nos recebeu tão bem”, explicou o alemão em nome de seus amigos, que também evitaram celebrar efusivamente a goleada. Um brasileiro chegou a abordar o grupo para dizer que a Alemanha não estava ganhando a Copa, era o Brasil que a perdia. Sem confusão, as duas torcidas mantiveram o clima respeitoso.
Hino Durante o jogo, praticamente não havia alemães torcendo nos bares e restaurantes da capital. Não faltou apoio ao time vencedor por parte de brasileiros de origem germânica e simpatizantes da Seleção Alemã. Num reduto da colônia germânica, o restaurante Neckartal, no Bairro Santo Antônio, os descendentes comemoraram cada gol como se fosse o primeiro. Cantaram o Hino da Alemanha e zombavam sempre que brasileiros se aproximavam do gol de Neuer. Quando o Brasil marcou, ninguém se manifestou.
“Meu bisavô era alemão. A última vez que torci para o Brasil foi em 1994”, afirmou o analista de sistemas Thiago Canuto, de 33. Para ele, a vitória da Alemanha foi uma resposta à final da Copa do Mundo de 2002, quando o Brasil derrotou os germânicos com dois gols de Ronaldo e se tornou pentacampeão. “Hoje, o Klose passou o Ronaldo em número de gols”, comemorou Thiago.
No Restaurante Haus München, Fabiana Villani, Vitor Isidoro e Márcio Godoi se passavam por legítimos germânicos. “Desde 2002 torço para a Alemanha”, contou Vitor, que conseguiu “converter” os amigos. “Cheguei a ir para a porta do hotel da Seleção Alemã e tentar uma reserva para me hospedar lá, mas não consegui”, lamentou.
Queima da bandeira depois do quinto gol da Alemanha, ainda no primeiro tempo, deu início a tumulto e confronto generalizado entre torcedores e policiais militares
Maior ponto de concentração de torcedores na Copa do Mundo, com 35 mil pessoas em dias de jogo do Brasil, a Savassi foi do céu ao inferno ontem. O clima de grande alegria em verde e amarelo do início do dia foi cedendo lugar à apreensão e por fim, à perplexidade de milhares de torcedores em meio a tumulto e prisões.
O primeiro tempo nem tinha acabado quando o casal de aposentados Francisco Lanna, de 76 anos, e Maria Lanna, de 66 anos, recolheu o banquinho de plástico que tinha levado para a Savassi. Assim como a grande maioria dos torcedores brasileiros, eles estavam atônitos com o que acontecia com a Seleção comandada por Felipão. “A defesa falhou, o Júlio César também. Mesmo se o Neymar jogasse, não ia fazer a menor diferença”, tentou explicar Francisco. Maria não quis continuar assistindo ao jogo e por isso fez questão de voltar para casa. “Se forpara sofrer, que a gente sofra em casa, pelo menos. O sorriso agora fica amarelo, mas de constrangimento”, declarou.
O estudante Felipe de Moraes, de 19 anos, também não aguentou ver o vexame e lamentou principalmente pela bela festa que os brasileiros estavam fazendo. “Eu estava participando de tudo, na Savassi ou na Fan Fest. E acabar assim, nessa goleada inexplicável. O jeito é beber para afogar as mágoas”, justificou.
Quem também reclamou da derrota foram os ambulantes. Como muita gente acabou indo embora já aos 30 minutos da partida, quando estava 5 a 0 para a Alemanha, o movimento chegou a diminuir e alguns vendedores até fizeram promoção para atrair a clientela. “Eu costumava vender o latão por R$ 5 e agora estou fazendo três por R$ 10. Não tem muito clima para festa”, comentou José Feliciano dos Santos.
A colega Maria Ferraz, que foi para a Savassi todos os dias de jogos, disse que normalmente vende 20 caixas de cerveja e que a expectativa para ontem era de apenas nove caixas.
ESTRANGEIROS
DECEPCIONADOS
Até os estrangeiros ficaram decepcionados com a derrota brasileira. As amigas australianas Darci Morton, de 16, e Samara Ralston, de 17, que fazem intercâmbio em uma escola em Sete Lagoas aproveitaram praticamente todos os dias na Savassi e confessam que apesar de estarem acompanhando o Mundial, não ligam muito para futebol. “Na Austrália, o esporte não é muito popular e só agora que estamos no Brasil é que a gente começou a gostar um pouco mais. Mas as festas por conta da Copa são bem mais legais que os jogos”, disse Samara.
Já Darci, que torcia muito pelo Brasil, revelou estar preocupada em saber se a eliminação comprometeria os eventos. “Os brasileiros são muito animados, acolhedores, então tomara que no fim de semana a gente consiga aproveitar do mesmo jeito”, frisou.
Já os argentinos Martin Torres, de 31 anos, e Luciano Ali, de 33, vieram de Buenos Aires em uma caravana de 50 amigos em um Bar Móvel e estavam ansiosos por uma final Brasil x Argentina. Os dois já rodaram várias cidades brasileiras atrás de Messi e cia. e pararam em BH para tentar ir ao Mineirão e tentar comprar ingressos para a final no Maracanã.
“Como não conseguimos entradas para Brasil x Alemanha, vamos aproveitar a festa na Savassi. Já estivemos aqui no jogo da Argentina contra o Irã e foi bem legal. Tem muita gente bonita e o povo é festeiro”, analisou Martin. Com a derrota brasileira, Luciano que estava com uma placa à procura de entradas para o último jogo da Copa do Mundo, acreditava que seria mais fácil conseguir uma entrada agora. “Era a final sonhada por todos. Mas como o Brasil perdeu, acho que muita gente vai desanimar. Pelo menos, nós estaremos lá”, declarou confiante.
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Passageiros pararam para assistir à partida
“Foi uma decepção, uma vergonha nacional”, lamentou o gaúcho Gilmar Sossella, que estava no Mineirão desde o início da partida e decidiu sair quando o placar já estava 5 a 0 para o país europeu. “Inacreditável”, acrescentou a mulher Melania. Gilmar disse que sabia muito bem que a partida seria difícil, mas que não chegaria a esse ponto. Na opinião dele, será necessário uma reformulação na Seleção Brasileira “começando por cima”. Ele explicou que a Alemanha fez essa reforma na década passada e criou uma nova geração de jogadores de futebol. “Deu tão certo que o resultado está aí”, disse Gilmar.
Para o advogado norte-americano Robert Willoughby, que seguia com a mulher Helisângela para São Francisco, na Califórnia, o resultado do jogo foi decorrente da desestabilização do time brasileiro. Mineiro de Montes Claros, Marcos Damasceno Freire estava no voo procedente de Fortaleza quando o piloto falou do resultado de 7 a 1. “Não acreditei. Agora vou viajar para a minha cidade muito chateado.”
Entre os passageiros que assistiam ao jogo no telão do aeroporto, um torcedor se destacava por estar com o boné da Alemanha. Era o arquiteto venezuelano Juan Pablo Gross, descendente de alemães. “Estou feliz e vou torcer ainda muito pela Alemanha.” Já o casal Isaías Martins e Maria de Lourdes Alcântara Pereira, de Governador Valadares, no Leste de Minas, não perde a esperança. Os dois estavam com uma camisa onde se liam os anos em que o Brasil foi campeão da Copa (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). “Deixamos as reticências depois de 2002, pois nunca se sabe”, disse Isaías.
Com a camisa da Alemanha, os empresários Gunter Kuhstein, de 54, e Andreas Tragner, de 30, estavam felizes e surpresos com a goleada. “Achei que o placar fosse de no máximo 2 a 0 para a Alemanha; 7 a 1 eu nunca imaginei”, disse Gunter, que seguiu para Salvador (BA) e estará na final no Maracanã, no domingo.
MOVIMENTO De manhã e início da tarde, os aeroportos da Pampulha e de Confins foram de chegadas, partidas e muito movimento. Eram torcedores querendo chegar a Belo Horizonte para torcer. Desembarcavam e seguiam direto para o Mineirão. Na Pampulha, bem perto do estádio, aviões particulares de empresários, artistas e autoridades disputaram espaço para pousar. Nos corredores, passageiros e funcionários contaram ter visto até o presidente do país africano Gabão desembarcando. Segundo a Infraero, houve um aumento de 60% de voos executivos ontem. As empresas tiveram que recusar atendimentos de última hora.
“O Aeroporto da Pampulha já foi um dos 10 maiores do Brasil em movimentação de voos executivos”, comentou o supervisor da Infraero, Nerivaldo Gomes. O órgão não informou a quantidade exata de aeronaves particulares recebidas, a maioria de origem estrangeira, mas estima-se que tenham sido mais de 100. Thiago Nacif Kasbergen é gerente de uma das empresas e disse que nunca viu tantas aeronaves particulares no aeroporto. Foram 27 de várias partes do Brasil ontem, incluindo seis helicópteros. Em dias normais, o número não passa de 15. Chamou a atenção a vinda de dois aviões da Inglaterra, uma delas o jato Falcon 7X, um dos maiores modelos de aviação executiva. Diante de tantos pedidos, alguns recusados, Thiago direcionou dois voos para o Aeroporto Carlos Prates.
Outra empresa teve que dispensar atendimento a 17 aeronaves. O hangar atingiu a capacidade máxima com voos programados desde anteontem, assim como ocorreu nos outros dias de jogos do Brasil em Belo Horizonte. No total, foram 33 pousos. “Isso é o que faturo em todo o mês”, comemorou o coordenador de operações Guilherme Rodrigues Abrantes. Os aviões saíram lotados principalmente de São Paulo, Rio de Janeiro, interior de Minas e Nordeste, e 70% deles retornaram ontem mesmo.
Em Confins, além dos voos internacionais, aviões chegavam do Rio de Janeiro, Guarulhos, Goiânia, Rio de Janeiro e Curitiba, entre outras origens, trazendo, em sua maioria, torcedores do Brasil. É o caso dos engenheiros Lívia Fuentes, de 29 anos, e Leonardo Furtado, de 31, que se tornaram verdadeiros nômades para acompanhar todos os jogos do Brasil na Copa. O casal de São Paulo já foi a Brasília, Fortaleza, Recife, Porto Alegre e Salvador. “Nós somos pés quentes, vamos trazer a Copa”, brincava Leonardo antes do jogo.
FONTE: Estado de Minas.
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Mudanças na legislação penal, fim da impunidade e resgate da autoridade policial. Essas foram algumas das reivindicações de cerca de 500 policiais militares que protestaram na tarde desta sexta-feira em frente à Assembleia Legislativa de Minas. Segundo eles, as leis estão extremamente favoráveis ao crime e precisam ser mudadas. O ato também serviu para pedir punição para os responsáveis pela morte soldado André Luiz Lucas Neves, baleado por assaltantes na Pampulha, no dia 16. Os agentes lembraram que 176 policiais civis e militares foram assassinados desde 2003 em Minas, trabalhando ou de folga. Na quinta-feira, os dois suspeitos presos foram reconhecidos por um homem de 50 anos que foi vítima deles em um sequestro-relâmpago e torturado por quatro horas, em 30 de abril.
Um dos organizadores do protesto, o cabo Daniel Silva Pereira, do 49º Batalhão da PM, disse que o ato foi um grito contra a impunidade e a legislação que considera “frouxa” e reflete na vida das pessoas que estão perdendo seus parentes, vítimas da violência. “Queremos que o legislativo federal, os senadores, deputados e juizes nos ouçam e endureçam as leis. Hoje, o criminoso é preso três, quatro, cinco vezes. Eles têm certeza da impunidade. Estamos exigindo o retorno da autoridade policial”, disse Daniel. Segundo ele, a PM vai continuar atuando de forma enérgica ao cumprir seu dever constitucional, que é prender os criminosos e manter a ordem.
O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), da Comissão de Segurança Pública da Assembleia de Minas, disse que tem audiência no dia 27 em Brasília. “Vamos levar ao Congresso Nacional não somente as reclamações dos policiais, como também das famílias que tiveram parentes vítimas de latrocínio”, disse Rodrigues. “Queremos o agravamento de penas de crimes contra a pessoa. O maior bem jurídico é a vida. Não podemos ter punições brandas da forma que está hoje. Queremos alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente para que aqueles que cometem crimes contra pessoa também tenham uma punição exemplar perante a sociedade”, disse o deputado. Outra reivindicação da comissão é o agravamento de penas para aqueles que matam agentes públicos no exercício da sua função, como policial, promotor e juiz.
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FONTE: Estado de Minas.
ATUALIZAÇÃO: 21/05/2014, 03:30.
Preso foragido suspeito de matar PM durante assalto na Pampulha
“Se ameaçam sua vida, você tem que atirar”, diz PM em manifestação após velório
Enterro de PM morto na Pampulha durante tiroteio com suspeitos de assalto reúne mais de mil pessoas; colegas protestaram
Inteligência da PM já tem conhecimento sobre manual que prega violência durante protestos
Os setores de segurança pública de Minas Gerais já têm conhecimento sobre o manual de resistência revolucionária não pacífica que circula na internet e ensina como protestar de maneira violenta durante a Copa do Mundo.
Nas 41 páginas do manual, o autor, anônimo, deixa claro que a violência é o único método revolucionário de embate contra os opressores. O manual ensina como explodir agências bancárias, monumentos públicos, como enfrentar a polícia, além de mostrar como se faz uma bomba.
O assessor de imprensa da Polícia Militar, coronel Alberto Luiz, disse que a PM analisou o manual e já desenvolve estratégias preventivas para evitar protestos violentos em Minas, especialmente em Belo Horizonte, uma das sedes do Mundial.
“Analisando esse manual, intitulado de prático de resistência revolucionária não pacífica, nos preocupa muito. Olhando a história, nós já vivemos isso no Brasil e não nos rendeu uma vida satisfatória. Esses grupos que agora, por ocasião de um grande evento no país, querem se apresentar como operadores revolucionários de uma causa em prol do povo nos assusta, porque o que eles pregam é o que pregavam lá naquela época (ditadura militar) em favor de João Goulart (ex-presidente)”, alertou o coronel, que manda um recado.
“Nossa inteligência já tem muitos detalhes, que inclusive é a base de todo nosso planejamento quanto ao que possa vir a acontecer. Nós estamos preparados, temos equipamentos, a tecnologia está do nosso lado, inclusive com munição menos letal. O que é contrário ao que está sendo pregado nesse manual”, garantiu o coronel.
De acordo com o militar, a polícia já tem a identificação de muitas pessoas que podem ser presas antes mesmo do começo do mundial.
FONTE: Itatiaia.
Fala inicial
Não posso mover meus passos,
por esse atroz labirinto
de esquecimento e cegueira
em que amores e ódios vão:
– pois sinto bater os sinos,
percebo o roçar das rezas,
vejo o arrepio da morte,
à voz da condenação;
– avisto a negra masmorra
e a sombra do carcereiro
que transita sobre angústias,
com chaves no coração;
– descubro as altas madeiras
do excessivo cadafalso
e, por muros e janelas,
o pasmo da multidão.
Batem patas de cavalos.
Suam soldados imóveis.
Na frente dos oratórios,
que vale mais a oração?
Vale a voz do Brigadeiro
sobre o povo e sobre a tropa,
louvando a augusta Rainha,
– já louca e fora do trono –
na sua proclamação.
Ó meio-dia confuso,
ó vinte-e-um de abril sinistro,
que intrigas de ouro e de sonho
houve em tua formação?
Quem ordena, julga e pune?
Quem é culpado e inocente?
Na mesma cova do tempo
cai o castigo e o perdão.
Morre a tinta das sentenças
e o sangue dos enforcados…
– liras, espadas e cruzes
pura cinza agora são.
Na mesma cova, as palavras,
o secreto pensamento,
as coroas e os machados,
mentira e verdade estão.
Aqui, além, pelo mundo
ossos, nomes, letras, poeira…
Onde, os rostos? onde, as almas?
Nem os herdeiros recordam
rastro nenhum pelo chão.
Ó grandes muros sem eco,
presídios de sal e treva
onde os homens padeceram
sua vasta solidão…
Não choraremos o que houve,
nem os que chorar queremos:
contra rocas de ignorância
rebenta a nossa aflição.
Choramos esse mistério,
esse esquema sobre-humano,
a força, o jogo, o acidente
da indizível conjunção
que ordena vidas e mundos
em pólos inexoráveis
de ruína e de exaltação
Ó silenciosas vertentes
por onde se precipitam
inexplicáveis torrentes
por eterna escuridão!
Romance XI ou do punhal e da flor
Rezando estava a donzela,
rezando diante do altar.
E como a viam mirada
pelo Ouvidor Bacelar!
Foi pela Semana Santa.
E era sagrado, o lugar.
Muito se esquecem os homens,
quando se encantam de amor.
Mirava em sonho, a donzela,
o enamorado Ouvidor.
E em linguagem de amoroso
arremessou-lhe uma flor.
Caiu-lhe a rosa no colo.
Girou malícia pelo ar.
Vem, raivoso, Felisberto,
seu parente, protestar.
Era na Semana Santa.
E estavam diante do altar.
Mui formosa era a donzela,
E mui formosa era a flor.
Mas sempre vai desventura
onde formosura for.
Vede que punhal rebrilha
na mão do Contratador!
Sobe pela rua a tropa
que já se mandou chamar.
E era à saída da igreja,
depois do ofício acabar.
Vede a mão que há pouco esteve
contrita, diante do altar!
Num botão resvala o ferro:
e assim se salva o Ouvidor.
Todo o Tejuco murmura,
– uns por ódio, uns por amor.
Subir um punhal nos ares,
por ter descido uma flor!
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Martinho da Vila celebrou o retorno das promoções populares em BH |
A invasão dos blocos nas ruas e avenidas de Belo Horizonte entusiasma o cantor e compositor Martinho da Vila, que, na noite de ontem, faria show para milhares de pessoas na Praça Rui Barbosa (Estação), na Região Centro-Sul da capital. “É um fenômeno que está crescendo em todo o país, inclusive no Rio de Janeiro. Durante muito tempo, o carnaval de BH ficou devagar, devagarinho, mas agora está acontecendo de novo com os blocos”, brincou Martinho, ao citar um dos seus grande sucessos. Para o artista de 76 anos e com muito tempo de folia, a sua participação neste ano será dividida entre Minas e Pernambuco, uma forma, segundo ele, de recarregar as baterias.
Na tarde de ontem, num hotel na Avenida Afonso Pena, no Bairro Serra, na Região Centro-Sul, Martinho destacou o clima espontâneo dos blocos carnavalescos, que, na capital, são em número de 200, dos quais 150 cadastrados na Belotur. “Bloco é bom, porque cada um inventa a sua fantasia, não precisa de ensaio. São mais livres, as pessoas saem para se divertir, bem diferente de uma escola de samba, onde cada componente parece um ator”, afirmou.
Martinho lembrou que as escolas cresceram muito: “A minha primeira escola, a Aprendizes da Boca do Mato, tinha 400 integrantes e, hoje, só uma bateria tem esse número”. Na percepção do compositor, os bailes nos clubes também estão voltando a todo vapor, como era moda até por volta dos anos 1980. “No Rio, isso está ocorrendo, principalmente com bailes infantis. O carnaval é assim, um eterno vaievém.”
Depois de uma longa temporada de calor, o tempo mudou na cidade e Martinho sorriu ao ouvir que ele trouxe a chuva. “Deu uma refrescada, mas o show será quente.” Na terça-feira, às 16h, será a vez de Mart’Nália mostrar seu talento no Palco Especial da Savassi (Avenida Cristóvão Colombo com Getúlio Vargas), dentro do Projeto Estação do Samba.
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O bloco Então Brilha (acima) arrastou 1,5 mil pessoas ontem pela manhã em BH. A concentração começou às 9h, na Rua Guaicurus, Centro, para encher de alegria, humor e criatividade a Avenida Santos Dumont e a Praça da Estação. Sinal mais que evidente de que a folia de rua é o tom da cidade no carnaval. Ao longo do dia e à noite, a alegria de Momo correu de norte a sul e de leste a oeste puxada por blocos coloridos, movidos a descontração e muito samba, como o Calixto, que desceu do Bairro São Pedro embalado por cerca de 5 mil foliões. A animação promete ser mais quente hoje, amanhã e depois.
Briga de gente grande
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O Cordão do Bola Preta (E), do Rio de Janeiro, e o Galo da Madrugada (D), do Recife, não disputam apenas o título do bloco que mais arrasta foliões no planeta, mas também o de beleza e irreverência. Ontem, ficaram empatados no quesito público: 1,5 milhão de seguidores cada.
Interior pega fogo
Diamantina (abaixo), Ouro Preto, Mariana e São João del-Rei encheram suas ruas históricas de alegria e o colorido das fantasias. A promessa é de tempo quente até o último dia de carnaval também em outras cidades.
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CARNAVAL 2014 » Me chama que eu vou
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Saindo da velha zona boêmia, vários bloquinhos participaram da folia, que se deslocou para a Praça da Estação |
Mais de 1,5 mil pessoas se concentraram ontem na Rua Guaicurus, velha zona boêmia, entre Curitiba e São Paulo, para acompanhar o desfile do bloco carnavalesco Então Brilha!, que seguiu em direção à Avenida Santos Dumont para depois se encontrar com o bloco Praia da Estação, já reunido na Praça da Estação, na Região Central de Belo Horizonte. Os foliões começaram a chegar a partir das 9h e, por volta das 10h30, a bateria estava a pleno vapor. O comando ficava por conta de um pequeno furgão. Se sobrava animação, faltavam banheiros químicos pelo caminho.
A engenheira Ivone Gomes, que mora em BH, comandava um dos blocos secundários. “Fundamos porque gostamos de dançar. Meu filho é regente do Baianas Ozadas. Resolvemos fazer esse grupo de dança baiana com uma ala para acompanhar o carnaval”, explica.
O arquiteto Gregório Fiorotti, de 38 anos, contou que não tem perdido a festa em BH. “Desfilei no domingo passado e hoje resolvi participar de novo”. Morador da capital , ele explica que tem deixado de viajar por causa do risco de acidentes nas estradas. “Ficar e poder participar é maravilhoso”, disse.
Além da diversão, os foliões enxergam nessas promoções uma possibilidade de ocupar as ruas, como observa o belo-horizontino Leonardo Lima, diretor de arte que mora em São Paulo. Essa é a segunda vez que ele volta a BH para passar o carnaval. “É completamente diferente da micareta que toca nas praias. Além disso, é uma oportunidade de as pessoas ocuparem o espaço público. Já que pagamos nossos impostos, temos o direito curtir a rua”, analisa.
A estudante de artes visuais Ana Paula Garcia concorda. É a terceira vez que ela opta por ficar na cidade no feriado, sempre acompanhando a folia. Ontem, ela começou o dia desfilando no Então Brilha! e se juntaria ao Praia da Estação. Hoje, pretende participar do Pena de Pavão e Krishina. “Já são três anos de Carnaval em BH e tem sido muito legal. É uma oportunidade que a gente tem de ocupar a cidade que é nossa. Muitos dos nossos amigos também ficaram por aqui”, disse.
Enquanto o Então Brilha reunia uma multidão, outros blocos que sairiam pela manhã demoraram a atrair foliões. Foi o que ocorreu com o Perigosas da Centro-Sul, na Avenida Álvares Cabral, com o Enche meu Copo, na Esplanada, o Cidade Love, na Cidade Nova, e o Lavô tá Novo e o Impresta 10, de Santa Tereza.
SANTA TEREZA
Inconformadas, várias pessoas usaram o Facebook para protestar com o que chamaram “o pior carnaval de todos” no tradicional bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte. A discussão se iniciou por volta das 19:30 de sábado (01 Mar 2014). Veja os comentários até a madrugada de sábado:
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9 pessoas curtiram isso.
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Luciana Coelho Onde vc está que tá bom?
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Ana Lucia Rodrigues É verdade os donos do bairro conseguiram acabar com a festa . Uma pena ….. Vamos ver se amanhã melhorar
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Fabiola Cerqueira Do Patrocinio Cheguei no bairro e achei q estava na quaresma!!!!! Triste
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Regina Maria Duarte Sem comentários!
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Renata Andrade Oq aconteceu gente?
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Sinara Cerqueira Patrocinio Neves Que pena mesmo.
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Bira Da Quadra a partir de amanha vai melhora. O ano que vem poderá ser maravilhoso. O que precisamos é de nos envolver mais com as coisas do Bairro e participar mais. Eu pessoalmente gosto de carnaval e de festa. Organizada e respeitosa. Podemos ter tudo isto.
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Fabiano Teixeira UMA BOSTA!!!!!!
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Regina Maria Duarte Para quem mora no bairro e se envolve no dia a dia, os DONOS Do bairro estão fazendo à maneira deles.
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Leonardo Augusto Giovanni Chantal, acabando o carnaval vamos fazer a associação dos comerciantes do bairro e resgatar a tradição do bairro. Pode ser?????
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Leonardo Augusto Associação essa organizada e voltada para os comerciantes e moradores, faremos a vontade de todos e nao de meia duzia , se quizer ja temos 38 comerciantes revoltados com o que fizeram, e querem fazer o melhor . Estamos juntos ?????
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Patrício Junior Pior carnaval de todos, isso que vocês queriam?
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Simone Chantal Machado Chantal Machado Concordo Léo …não. tenho comércio. Mas zelo pelo bairro…um absurdo o que fizeram com o povo e o comércio …indignação
..
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Leonardo Augusto O bom é que todo mundo sabe uem fez isso , e na verdade 95% queria e 5% so que não mais foi bom, pois assim descobrimos quem é quem.
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Leonardo Augusto Uma bosta
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Ana Lucia Rodrigues Acabar com a música no alto dos piolhos às 18:00 foi um absurdo. Organização é uma coisa, acabar com a festa é outra .
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Bira Da Quadra Leo é o que começamos a falar hoje. Conversar será o melhor caminho. Acho que temos que reunir todos para chegarmos ao equilibrio. Voce sabe que enquanto alguns queriam abrir totalmente o bairro outros queriam fecha-lo totalmente. E ai……..
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Leonardo Augusto E ai que como falei 95% queria o caenaval e 5% nao queria , ai prevaleceu a minoria, ridiculo, o bar do Orlando Siqueira, nao poder abrir e ganhar seu dinheiro honesto por causa de meia duzia
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Bira Da Quadra Leo – Nas tres reuniões tinham mais de 150 pessoas e em todas as tres reuniões, pediram a mesma coisa.Vamos esperar terminar o carnaval para podermos avaliar e imediatamente todos juntos começarem a planejar. Uma coisa é certa. Esta sendo uma tranquilidade com muita gente bonita na praça.
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Leonardo Augusto Fazer o carnaval acabar as 19horas , alguns levando para o lado politico etc…. sinceramente Bira Da Quadra, estou decepcionado, tomara que melhore amanhã, e que o bar mais tradicional de santa tereza possa trabalhar , pois assim nao precisamos de nenhuma associação existente hoje. Sinceramente vcs nao tem ideia da revolta que criaram .
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Fabiola Cerqueira Do Patrocinio Estou pensando aqui, só que eu conheço, tem 4 blocos que não vão sair em Santa Tereza, foram para outros bairros! Triste!
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Rogério Roque Estamos juntos leonardo Augusto.Temos que entrarmos em acordo comum para que não percamos a boa tradição de bairro de bom carnaval e alegria!!!Estava muito além do esperado hoje.
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Patrício Junior Santa teresa está SITIADA.
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Bira Da Quadra Vá agora a praça ver. Estão todos la e foi acertado que o transito so vai ser aberto as 22 horas para que ã turma fique a vontade na Praça. Até defenso bateria ate as 22 horas, mas tem que haver decisão da maioria. Não se esqueça que o bairro tem muito idoso e que muitas vezes em dias comuns a baderna ia até de manha. Logo temos que entender que se sentindo incomodados se e mobilizaram. Temos que respeitar e conversar com todos para acharmos o BOM para todos. É assim que se constroi a democracia. É mesmo difícil. Tem que ter paciência e tolerância para chegarmos ao objetivo comum. Com respeito, organização e participação de todos, chegaremos lá. Temos que ser parceiros inclusive das questões de segurança do Bairro. Muitos reclamam mas poucos ajudam ou se envolvem. É como o ponto de ônibus. Todos querem ônibus passando na porta de sua casa mas não querem o ponto debaixo de sua janela.
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Leonardo Augusto Eu so nao entendo como cidades históricas tem carnaval organizado tais como diamantina, sabara e tem mais idosos do aqui no bairro. Antigamente quando tinha banda santa era sensacional, pergunte a todos os moradores. Sao 4 dias dentre 365 que existe o carnaval, será que nao pode haver compreensão de meia duzia ? Amanhã farei de tudo para resgatar o melhor carnaval na praça duque de caxias, vou convocar a todos para que possamos fazer um excelente carnaval. E vou fazer de tudo para ano que vem , o carnaval de santa tereza seja igual 2013, mais nao sozinho .
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Patrício Junior Estou com tigo e não abro.
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Giovanni Chantal Eu tbm
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Leonardo Augusto As vezes temos que pensar: será que esta todo mundo errado e so eu que estou certo? Tomar decisões em que estraga a diversão das pessoas pode ter um resultado bastante negativo
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Bira Da Quadra A banda santa acabou porque saiu do controle.De tanta gente. Estamos vivendo um momento de comunicação. Mobilizam 30 mil pessoas em 30 minutos.Não podemos ser radicais. As coisas vão se ajustando com calma, respeito e entendimento. Temos que defender o de melhor para todos. E vamos continuar trabalhando. As regras foram estabelecidas anteriormente e devem ser cumpridas O bom senso fez com que hoje houvesse uma flexibilização que ocorreu com tranquilidade. Não podemos radicalizar. Vamos ajustando com tranquilidade Leo.
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Vivian Ramos Santa Tereza tá morto.
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Leonardo Augusto Respeito , mais nao concordo, eu e 95% dos moradores e comerciantes do bairro
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Fernanda Nunes de Andrade Foi horroroso!!!!!
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Leonardo Augusto É so você olhar os comentários acima que verá tamanha indignação .
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Bira Da Quadra to vendo e continuo vendo e trabalhando para todos
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Leonardo Augusto Bira Da Quadra acho que nao vamos chegar a lugar algum, acho melhor você continuar fazendo o que você acha melhor , que eu vou fazer o que acho melhor para resgatar a tradição do bairro, antes que seja tarde . Um abraço.
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Patrício Junior Leonardo, pode contar comigo.
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Marcio Honorio A galera do “Pavão Misterioso” agradece a presença de todos e convoca todo mundo para amanhã novamente vir comemorar com a gente.Segunda e terça também tem.
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Cássio Sena Penso da seguinte forma do jeito que estava não podia continuar, aquela baderna na porta da casa das pessoas, mijando e tudo, mais melhorou na questão tranquilidade e segurança, mais concordo uma meia dúzia não dá, a população do bairro, na sua maioria do bairro naõ envolve para protestar, não vai votar em dia de eleição para presidente de associação, reunião no oásis , movimento salve Santa Tereza, não vai as reuniões tá aí o resultado não adianta reclamar e chorar o leite derramado.
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Cássio Sena Temos que criar o movimento salve a Conselheiro Rocha, cegonheira o caramba
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Bira Da Quadra o negocio é participar mais
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Marcio Honorio Quando o povo se une em torno de um objetivo, ele consegue discutir e até mesmo impor a sua vontade. ” 1 + 1 é sempre + que 2″ ,já dizia o poeta do clube da esquina .
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Marcio Honorio Para mim, não importa a religião, a política , os promotores, ajudadores, apoiadores, etc. importa é que conseguiram “colocar esse bloco na rua”.
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Flávia Alcântara Leonardo, Giovanne e comerciantes podem contar com meu apoio, temos que voltar a tradicao do bairro.
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Jairo Inacio Engraçado… o Prefeitura faz da praça Duque de Caxias um canteiro de eventos o ano inteiro… uma única confusão que deu, diga-se de passagem que sem culpados pois não foi nada programado, cortam o carnaval do bairro… Aliás, nem confusão absurda foi, eu mesmo já cansei de ver coisa muito pior, como por exemplo gente tomando tiro na perna em plena rua mármore num domingo – sem carnaval nem nada… e isso em 199x… Enfim, na minha opinião, seja lá quem defendeu isso não conhece Santa Tereza e a mística que envole o bairro…
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Elias Brito A boa tradição foi perdida a tempos, o que vemos agora é uma mistura de Funck, drogas, roubos, desordem, o bairro de charmoso estava se transformando em lugar perigoso. Como morador posso afirmar, segurança não tem preço, é o bem estar de nossas famílias que está em jogo. Não podemos colocar interesse financeiro a frente de tudo o tempo todo não, temos que pensar em um bem maior que é a comunidade que vivemos. Fico muito impressionado com o capitalismo selvagem de algumas pessoas, são capazes de tudo, passam por cima de todos para venderem latinhas de cerveja, o bem estar dos idosos, crianças e suas famílias não vale nada para eles, o negócio deles é vender bebidas, nada além! Melhor termos menos pessoas no carnaval, desde que sejam respeitosas, do que encher o bairro de pessoas que não respeitam nosso ambiente. Tb sou comerciante e não vou funcionar durante o carnaval, terei prejuízo financeiro neste momento, em contra partida acredito que com esta atitude estaremos contribuindo para resgatar a segurança e o charme do bairro, e durante o ano nós e nossos clientes poderemos desfrutar dos resultados.
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Elias Brito Outro ponto que gostaria de abordar, a mais de três anos atrás tivemos uma alteração na lei de uso e ocupação de solo, todos os bares e restaurantes do bairro que mantinham suas mesas e cadeiras nas calçadas perderam seu direito de uso, seus alvarás simplesmente foram cassados. Estes são os estabelecimentos, Bolao , Bartiquim, Temático, Santa Pizza, Bar do Orlando, Bar do Pedro Lima, Baianeira , Parada do Cardoso, La Crepe, Petiscaldos, e Bar do Walmir. Fundamos a Associação dos Bares e Restaurantes para defender nossos interesses e conseguimos o direito de permanência, somos o único bairro de BH que ainda matem suas mesas e cadeiras em passeios com menos de 3 metros. Conseguimos o direito depois de muito luta e sacrifício, lembro que neste momento convidamos os donos de distribuidoras de bebidas do bairro para participar e nos apoiar, isso nunca aconteceu, nunca estiveram presentes em nada que realizamos para dar nem que fosse um apoio moral, agora quando a pipoca estoura para o lado deles e não vendem latinhas ficam revoltados. Pimenta nos olhos dos outros não dói! Boa noite para todos!
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Pedro Lima É VERO
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Pedro Lima o q nos do IMPRESTA 10 é poder brincar aqui no alto dos pihos,pode iu nao
FONTE: Estado de Minas e Facebook.
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9 pessoas curtiram isso.
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Luciana Coelho Onde vc está que tá bom?
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Ana Lucia Rodrigues É verdade os donos do bairro conseguiram acabar com a festa . Uma pena ….. Vamos ver se amanhã melhorar
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Fabiola Cerqueira Do Patrocinio Cheguei no bairro e achei q estava na quaresma!!!!! Triste
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Regina Maria Duarte Sem comentários!
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Renata Andrade Oq aconteceu gente?
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Sinara Cerqueira Patrocinio Neves Que pena mesmo.
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Bira Da Quadra a partir de amanha vai melhora. O ano que vem poderá ser maravilhoso. O que precisamos é de nos envolver mais com as coisas do Bairro e participar mais. Eu pessoalmente gosto de carnaval e de festa. Organizada e respeitosa. Podemos ter tudo isto.
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Fabiano Teixeira UMA BOSTA!!!!!!
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Regina Maria Duarte Para quem mora no bairro e se envolve no dia a dia, os DONOS Do bairro estão fazendo à maneira deles.
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Leonardo Augusto Giovanni Chantal, acabando o carnaval vamos fazer a associação dos comerciantes do bairro e resgatar a tradição do bairro. Pode ser?????
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Leonardo Augusto Associação essa organizada e voltada para os comerciantes e moradores, faremos a vontade de todos e nao de meia duzia , se quizer ja temos 38 comerciantes revoltados com o que fizeram, e querem fazer o melhor . Estamos juntos ?????
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Patrício Junior Pior carnaval de todos, isso que vocês queriam?
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Simone Chantal Machado Chantal Machado Concordo Léo …não. tenho comércio. Mas zelo pelo bairro…um absurdo o que fizeram com o povo e o comércio …indignação
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Leonardo Augusto O bom é que todo mundo sabe uem fez isso , e na verdade 95% queria e 5% so que não mais foi bom, pois assim descobrimos quem é quem.
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Leonardo Augusto Uma bosta
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Ana Lucia Rodrigues Acabar com a música no alto dos piolhos às 18:00 foi um absurdo. Organização é uma coisa, acabar com a festa é outra .
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Bira Da Quadra Leo é o que começamos a falar hoje. Conversar será o melhor caminho. Acho que temos que reunir todos para chegarmos ao equilibrio. Voce sabe que enquanto alguns queriam abrir totalmente o bairro outros queriam fecha-lo totalmente. E ai……..
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Leonardo Augusto E ai que como falei 95% queria o caenaval e 5% nao queria , ai prevaleceu a minoria, ridiculo, o bar do Orlando Siqueira, nao poder abrir e ganhar seu dinheiro honesto por causa de meia duzia
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Bira Da Quadra Leo – Nas tres reuniões tinham mais de 150 pessoas e em todas as tres reuniões, pediram a mesma coisa.Vamos esperar terminar o carnaval para podermos avaliar e imediatamente todos juntos começarem a planejar. Uma coisa é certa. Esta sendo uma tranquilidade com muita gente bonita na praça.
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Leonardo Augusto Fazer o carnaval acabar as 19horas , alguns levando para o lado politico etc…. sinceramente Bira Da Quadra, estou decepcionado, tomara que melhore amanhã, e que o bar mais tradicional de santa tereza possa trabalhar , pois assim nao precisamos de nenhuma associação existente hoje. Sinceramente vcs nao tem ideia da revolta que criaram .
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Fabiola Cerqueira Do Patrocinio Estou pensando aqui, só que eu conheço, tem 4 blocos que não vão sair em Santa Tereza, foram para outros bairros! Triste!
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Rogério Roque Estamos juntos leonardo Augusto.Temos que entrarmos em acordo comum para que não percamos a boa tradição de bairro de bom carnaval e alegria!!!Estava muito além do esperado hoje.
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Patrício Junior Santa teresa está SITIADA.
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Bira Da Quadra Vá agora a praça ver. Estão todos la e foi acertado que o transito so vai ser aberto as 22 horas para que ã turma fique a vontade na Praça. Até defenso bateria ate as 22 horas, mas tem que haver decisão da maioria. Não se esqueça que o bairro tem muito idoso e que muitas vezes em dias comuns a baderna ia até de manha. Logo temos que entender que se sentindo incomodados se e mobilizaram. Temos que respeitar e conversar com todos para acharmos o BOM para todos. É assim que se constroi a democracia. É mesmo difícil. Tem que ter paciência e tolerância para chegarmos ao objetivo comum. Com respeito, organização e participação de todos, chegaremos lá. Temos que ser parceiros inclusive das questões de segurança do Bairro. Muitos reclamam mas poucos ajudam ou se envolvem. É como o ponto de ônibus. Todos querem ônibus passando na porta de sua casa mas não querem o ponto debaixo de sua janela.
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Leonardo Augusto Eu so nao entendo como cidades históricas tem carnaval organizado tais como diamantina, sabara e tem mais idosos do aqui no bairro. Antigamente quando tinha banda santa era sensacional, pergunte a todos os moradores. Sao 4 dias dentre 365 que existe o carnaval, será que nao pode haver compreensão de meia duzia ? Amanhã farei de tudo para resgatar o melhor carnaval na praça duque de caxias, vou convocar a todos para que possamos fazer um excelente carnaval. E vou fazer de tudo para ano que vem , o carnaval de santa tereza seja igual 2013, mais nao sozinho .
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Patrício Junior Estou com tigo e não abro.
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Giovanni Chantal Eu tbm
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Leonardo Augusto As vezes temos que pensar: será que esta todo mundo errado e so eu que estou certo? Tomar decisões em que estraga a diversão das pessoas pode ter um resultado bastante negativo
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Bira Da Quadra A banda santa acabou porque saiu do controle.De tanta gente. Estamos vivendo um momento de comunicação. Mobilizam 30 mil pessoas em 30 minutos.Não podemos ser radicais. As coisas vão se ajustando com calma, respeito e entendimento. Temos que defender o de melhor para todos. E vamos continuar trabalhando. As regras foram estabelecidas anteriormente e devem ser cumpridas O bom senso fez com que hoje houvesse uma flexibilização que ocorreu com tranquilidade. Não podemos radicalizar. Vamos ajustando com tranquilidade Leo.
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Vivian Ramos Santa Tereza tá morto.
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Leonardo Augusto Respeito , mais nao concordo, eu e 95% dos moradores e comerciantes do bairro
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Fernanda Nunes de Andrade Foi horroroso!!!!!
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Leonardo Augusto É so você olhar os comentários acima que verá tamanha indignação .
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Bira Da Quadra to vendo e continuo vendo e trabalhando para todos
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Leonardo Augusto Bira Da Quadra acho que nao vamos chegar a lugar algum, acho melhor você continuar fazendo o que você acha melhor , que eu vou fazer o que acho melhor para resgatar a tradição do bairro, antes que seja tarde . Um abraço.
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Patrício Junior Leonardo, pode contar comigo.
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Marcio Honorio A galera do “Pavão Misterioso” agradece a presença de todos e convoca todo mundo para amanhã novamente vir comemorar com a gente.Segunda e terça também tem.
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Cássio Sena Penso da seguinte forma do jeito que estava não podia continuar, aquela baderna na porta da casa das pessoas, mijando e tudo, mais melhorou na questão tranquilidade e segurança, mais concordo uma meia dúzia não dá, a população do bairro, na sua maioria do bairro naõ envolve para protestar, não vai votar em dia de eleição para presidente de associação, reunião no oásis , movimento salve Santa Tereza, não vai as reuniões tá aí o resultado não adianta reclamar e chorar o leite derramado.
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Cássio Sena Temos que criar o movimento salve a Conselheiro Rocha, cegonheira o caramba
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Bira Da Quadra o negocio é participar mais
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Marcio Honorio Quando o povo se une em torno de um objetivo, ele consegue discutir e até mesmo impor a sua vontade. ” 1 + 1 é sempre + que 2″ ,já dizia o poeta do clube da esquina .
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Marcio Honorio Para mim, não importa a religião, a política , os promotores, ajudadores, apoiadores, etc. importa é que conseguiram “colocar esse bloco na rua”.
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Flávia Alcântara Leonardo, Giovanne e comerciantes podem contar com meu apoio, temos que voltar a tradicao do bairro.
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Jairo Inacio Engraçado… o Prefeitura faz da praça Duque de Caxias um canteiro de eventos o ano inteiro… uma única confusão que deu, diga-se de passagem que sem culpados pois não foi nada programado, cortam o carnaval do bairro… Aliás, nem confusão absurda foi, eu mesmo já cansei de ver coisa muito pior, como por exemplo gente tomando tiro na perna em plena rua mármore num domingo – sem carnaval nem nada… e isso em 199x… Enfim, na minha opinião, seja lá quem defendeu isso não conhece Santa Tereza e a mística que envole o bairro…
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Elias Brito A boa tradição foi perdida a tempos, o que vemos agora é uma mistura de Funck, drogas, roubos, desordem, o bairro de charmoso estava se transformando em lugar perigoso. Como morador posso afirmar, segurança não tem preço, é o bem estar de nossas famílias que está em jogo. Não podemos colocar interesse financeiro a frente de tudo o tempo todo não, temos que pensar em um bem maior que é a comunidade que vivemos. Fico muito impressionado com o capitalismo selvagem de algumas pessoas, são capazes de tudo, passam por cima de todos para venderem latinhas de cerveja, o bem estar dos idosos, crianças e suas famílias não vale nada para eles, o negócio deles é vender bebidas, nada além! Melhor termos menos pessoas no carnaval, desde que sejam respeitosas, do que encher o bairro de pessoas que não respeitam nosso ambiente. Tb sou comerciante e não vou funcionar durante o carnaval, terei prejuízo financeiro neste momento, em contra partida acredito que com esta atitude estaremos contribuindo para resgatar a segurança e o charme do bairro, e durante o ano nós e nossos clientes poderemos desfrutar dos resultados.
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Elias Brito Outro ponto que gostaria de abordar, a mais de três anos atrás tivemos uma alteração na lei de uso e ocupação de solo, todos os bares e restaurantes do bairro que mantinham suas mesas e cadeiras nas calçadas perderam seu direito de uso, seus alvarás si…Ver mais
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Pedro Lima É VERO
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Pedro Lima o q nos do IMPRESTA 10 é poder brincar aqui no alto dos pihos,pode iu nao
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Sinara Cerqueira Patrocinio Neves Achei interessante um comentário: “porque Sabará, Ouro Preto, Mariana, …..conseguem ter carnaval organizado e nós de Santa Tereza não?”
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Leonardo Augusto Estavamos no bolao como uma musica totalmente agradável quando as 19h me vem um fiscal e fala,agora ja deu tem que desligar pois o carnavak aqui tem que acabar as 19h , mais por que fiscal?Eu não sei te responder vc tem que perguntar as associações que tem no seu bairro. Por isso estou com essa indignação ,e nao me venha falar de idosos, pois as 21h o que mais tinha na praça era idoso
BLOCO DO EU SOZINHO »Matando a sede da GALERAEles são tão essenciais quanto o trio elétrico, a bateria e as meninas de shortinho curto. Carregam, muitas vezes, mais de 100kg, desbravando a multidão com a destreza de bailarino e força de estivador. Empurram o carrinho com o corpo, com um tufo de notas entre os dedos de uma mão e latas e garrafas na outra. Passam pedindo “licença” e gritando quase em coro: “um é três, dois é cinco” ou “um é cinco, três é dez real” – as duas únicas faixas de preço e promoção, que servem para vender de água mineral a uísque nacional, de cachaça com mel a copo de catuaba.
O vendedor ambulante, equipado com um bem munido isopor – daqueles todo encapados com fita adesiva e isolante, encardidos e gotejando – é uma espécie de Messias para a sedenta multidão. É a ele que os foliões recorrem quando a pior das pragas se manifesta: a seca da cerveja. Ninguém o engana: “É R$ 4, né, moço?”. “Não, R$ 5”. É a lei de mercado: se a demanda é maior que a oferta, não há pechincha. E a procura é grande, garante Danilo, que estava com a família trabalhando a todo vapor no Bloco Então, Brilha, na região boêmia da capital, sonhando vender 40 fardos de latinhas apenas ontem.
A cotação da cevada está tão em alta que o cantor Tiago Delegado, ao fazer a propaganda do CD com as marchinhas do Bloco da Calixto, no Santo Antônio, apelou para o câmbio: “Comprem o CD, gente. Custa o mesmo que dois latões”, argumentou. Na sexta-feira, quem chegou mais cedo ao Bloco Carna Velvet, na Savassi, teve uma regalia: “É meu personal ambulante”, me explicou uma garota, brincando com o número de vendedores, àquela hora maior que o de foliões.
Mas se engana quem pensa que o lucro vem sem suor. O ambulante do isopor chega antes de todo mundo para estacionar a Kombi ou a Brasília – quando não chega de ônibus, suplicando a boa vontade do motorista para abrir a porta traseira para subir com a mercadoria. Também precisa lidar com a modernização: as famigeradas Fiorinos equipadas, que oferecem de cachorro-quente a macarrão na chapa, além de cerveja gelada.
Não bastasse, o ambulante do isopor tem a concorrência dos vendedores de ocasião, como o estudante de engenharia civil Fabrício Soares, que comprou 3 mil latões para vender até quarta-feira. Ou ainda dos foliões que não querem gastar além da conta, que levam o próprio isopor – ou até carrinho de supermercado, dependendo da sede, como fez uma dupla de amigos do Bairro São Lucas, que desceu ziguezagueando até a Praça da Estação.
A vida do ambulante do isopor é dura, mas tem seus refrescos. Solange, uma simpática vendedora no Bloco da Calixto, explica: “Tem uns malas, mas tem uns bonitinhos que adoram abraçar a gente”.
FONTE: Estado de Minas e Facebook. -
FONTE: G1.
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi flagrado neste fim de semana passando a lua de mel com a esposa, Andressa Mendonça, em um luxuoso resort na Península de Maraú, no sul da Bahia. O bicheiro, que foi condenado a quase 40 anos de prisão, está solto devido um habeas-corpus.
O resort Kiaroa, onde ficou o casal, fica próximo à praia de Taipús de Fora. As diárias do local passam dos R$ 3 mil em suíte simples e chegam a R$ 10 mil em bangalô luxo.
As imagens do bicheiro no luxuoso estabelecimento geraram revolta entre os internautas. A internauta Silvana_P (@Silvana_P1) ironizou: “Alguém sabe me dizer em qual escola de samba o Cachoeira vai desfilar esse ano?” Em uma notícia que destacava a bermuda florida do contraventor, o usuário do Twitter Mario Maza (@mariomaza1) afirmou que “era para estar em outro lugar e de roupa listrada”. Marcelo Vicente (@marcelokv) foi cínico: “Carlos Cachoeira vai dormir toda noite com a consciência pesada. Só que não”.
Carlinhos Cachoeira
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.
Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram diversos contatos entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (GO), então líder do DEM no Senado. Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais, confirmou amizade com o bicheiro, mas negou conhecimento e envolvimento nos negócios ilegais de Cachoeira. As denúncias levaram o Psol a representar contra Demóstenes no Conselho de Ética e o DEM a abrir processo para expulsar o senador. O goiano se antecipou e pediu desfiliação da legenda.
Com o vazamento de informações do inquérito, as denúncias começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas, o que culminou na abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira. O colegiado ouviu os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, que negaram envolvimento com o grupo do bicheiro. O governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, escapou de ser convocado. Ele é amigo do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta, apontada como parte do esquema de Cachoeira e maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos.
Demóstenes passou por processo de cassação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa. Em 11 de julho, o plenário do Senado aprovou, por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções, a perda de mandato do goiano. Ele foi o segundo senador cassado pelo voto dos colegas na história do Senado.
Em 21 de novembro, após 265 dias preso, Carlinhos Cachoeira, deixou a penitenciária da Papuda, em Brasília. No mesmo dia, o contraventor foi condenado pela 5ª Vara Criminal do Distrito Federal a uma pena de 5 anos de prisão por tráfico de influência e formação de quadrilha. Como a sentença é inferior a 8 anos, a juíza Ana Claudia Barreto decidiu soltar Cachoeira, que cumpriria a pena em regime semiaberto.
No dia seguinte, o Ministério Público Federal (MPF) de Goiás pediu nova prisão do bicheiro, com base em uma segunda denúncia contra ele e outras 16 pessoas, todos suspeitos de participar de uma intensificação de ações criminosas em Brasília. O pedido foi negado pela Justiça.
No dia 7 de dezembro, Cachoeira voltou a ser preso. O juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Federal de Goiás, condenou o bicheiro a 39 anos, 8 meses e 10 dias de reclusão por diversos crimes relativos à Operação Monte Carlo e determinou sua prisão preventiva. A defesa recorreu e, quatro dias depois, o juiz federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) concedeu novo habeas-corpus e Cachoeira foi libertado.
FONTE: UOL.