Bairro Santa Tereza, um dos mais tradicionais de BH, é tombado
Trezentos imóveis entre casas, igrejas e praças compõem a lista.
Objetivo é preservar cultura, história, tradição e influência musical.
Santa Tereza – tombamento
Ao todo, 288 imóveis, entre residenciais e comerciais, foram listados, além da praça Duque de Caxias, o Mercado Distrital e a Igreja de Santa Tereza
Parte do bairro de Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte, será tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural. A decisão saiu na tarde desta quarta-feira (4), em votação unânime.
“Tombar? Só se for para proteger. Para jogar no chão e construir um prédio no lugar, nunca”. O desejo do aposentado Nilo Borges Beleza, de 72 anos, poderá virar uma ordem. Nascido, criado e residente do Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte, ele e milhares de moradores do bairro estarão atentos, nesta quarta-feira (4), à reunião do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município. Na pauta do encontro, a votação do tombamento coletivo de “Santê”, como muitos têm o costume de chamar a localidade.
Um dossiê sobre o tema será apresentado e debatido. Guardado a sete chaves, o vasto material foi elaborado por técnicos da Fundação Municipal de Cultura (FMC) e da Diretoria de Patrimônio Cultural (DIPC). Conforme vem sendo dito nos bastidores, o documento sugere a preservação de cerca de 300 imóveis, entre públicos e privados. Porém, como o bairro é predominantemente residencial, mais de 90% dos bens a serem protegidos são casas e sobrados históricos.
Segundo a FMC, o tombamento coletivo do conjunto urbano chega para complementar medidas de preservação já existentes no local, que está inserido em uma Área de Diretrizes Especiais (ADE), instituída em 1996 com o objetivo de manter as características de valor histórico. “Essa tem sido a nossa política de patrimônio cultural em Belo Horizonte. É preciso preservar e valorizar imóveis e outros bens significativos para a memória da capital, sem deixar, é claro, de manter um diálogo com os moradores”, destacou o presidente da FMC, Leônidas Oliveira.
OPINIÕES DIVIDIDAS
Diálogo esse que ainda poderá render grandes discussões. A proteção não é unanimidade entre os moradores. De um lado, estão aqueles contra a verticalização e que abraçaram a nova proposta de preservação. Do outro, os que temem por possíveis depreciações nos valores de venda e a impossibilidade de promover alterações nas fachadas das residências.
“Tudo que for para o bem do bairro será bem-vindo. Porém, ainda não tivemos contato com o material elaborado pela prefeitura (dossiê). Fica complicado assumir uma postura contra ou a favor. O certo é que vamos defender os interesses das pessoas que moram aqui”, afirma o presidente da Associação Comunitária do Bairro de Santa Tereza, João Bosco Alves Queiroz.
O tombamento do conjunto urbano de Santa Tereza vem sendo discutido desde a década de 1990. Porém, o assunto só voltou à tona no ano passado, quando o Hoje em Dia mostrou, em primeira mão, em março de 2014, a real possibilidade.
Na reunião de logo mais, caso os conselheiros manifestem-se favoráveis à preservação, cada proprietário de imóveis selecionados terá prazo de 15 dias para posicionar-se contra ou a favor da decisão. Se não houver acordo, a questão será discutida em nova reunião do conselho, que tem autonomia para deliberar sobre a pertinência da proteção definitiva.
O bairro de Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, passa a ser tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (4). De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, foi realizado um estudo, que tem mais de 100 páginas, com características do bairro. Trezentos imóveis entre casas, igrejas, restaurantes, bares e praças compõem a lista de tombamento.
Além de preservar as edificações, o objetivo é de também preservar o bairro no que diz respeito a aspectos intangíveis como cultura, história, tradição e influência musical. “Santa Tereza não tem só o patrimônio arquitetônico e ambiental. Existe um patrimônio de cultura que transcende”, avalia Leônidas Oliveira, presidente da entidade.
No dossiê também há conversas com a comunidade para que o órgão pudesse ter subsídios para a realização do tombamento. Três mil famílias participaram de um abaixo-assinado, dando aval para que a prefeitura realizasse o tombamento
“Esse tombamento é muito significativo para Belo Horizonte. E nós apostamos muito nele. Nós trabalhamos dois anos com muito afinco. Fizemos um detalhamento muito grande em todas as casas, nas praças, das ruas de Santa Tereza. Os moradores também terão benefícios. Eles não pagarão mais IPTU, para conservarem as casas”, disse Oliveira, que também preside a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
A partir desta quarta-feira, se os imóveis tombados precisarem de algum tipo de restauração, reforma ou alteração na estrutura, vão precisar de uma autorização do conselho. Oliveira disse ainda que, com o tombamento, Santa Tereza deixará de ser alvo da “guerra pela verticalização” porque não somente os imóveis serão tombados, mas, sim a ambiência e todo o conjunto arquitetônico, paisagístico, urbanístico e cultural de patrimônio do bairro.
Com relação a uma possível desvalorização dos imóveis, Oliveira é claro. “Uma preocupação dos moradores é que perca o valor dos imóveis. Eu não acredito nisso. Hoje, na Europa, os centros históricos são os lugares mais valorizados da cidade. E esse processo vai acontecer no Brasil proximamente. Santa Tereza não tem só o patrimônio arquitetônico e ambiental. Existe um patrimônio de cultura que transcende”.
Com relação às festas populares feitas no bairro, como o carnaval, por exemplo, Oliveira explicou que com o tombamento não haverá limitação. Ainda segundo ele, o carnaval também faz parte do patrimônio imaterial do bairro e, por essa razão, não poderá ser retirado do local.
“O carnaval, as serestas, as manifestações de rua, o uso das praças têm que passar por um apoio maior da cidade, da Prefeitura de Belo horizonte, inclusive facilitando o acesso para a liberação do espaço para os blocos e para as pessoas”, afirmou Leônidas Oliveira.
FONTE: O Tempo, G1 e Hoje Em Dia.
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“Little Chalet” terá capacidade para receber 150 clientes e decoração ao estilo das montanhas, como a unidade em São Paulo (foto) |
Uma das mais tradicionais casas noturnas de Belo Horizonte ganhará em breve uma unidade em terras norte-americanas. Presente há 35 anos na capital e 14 em São Paulo, o Clube Chalezinho expandirá seus negócios para o exterior com um empreendimento em Miami, Flórida. Em um investimento de US$ 2 milhões, a primeira loja do grupo fora do Brasil tem inauguração prevista para outubro deste ano. A nova unidade marca o início de uma expansão do grupo nos Estados Unidos, projeto que prevê outras lojas da rede em 2016.
Batizada de “Little Chalet”, a casa será localizada no condado de Palm Beach, a 50 minutos de Miami. A casa foi projetada pelo arquiteto Alfredo Leon e segue o mesmo conceito das lojas no Brasil, estilo suíço, piano bar, fondues e pratos da culinária europeia, mas com adaptações ao paladar local.
“Encantar o cliente é o maior objetivo do Chalezinho que busca a perfeição para oferecer o melhor aos novos e exigentes clientes americanos. Nosso objetivo é em médio prazo ter alguns novos Chalezinhos pelos Estados Unidos”, afirma Ricky Marcellini, um dos sócios do empreendimento.
No Buffet Célia Soutto Mayor, a procura aumentou significantemente desde terça-feira e a empresa já tem um casamento fechado de última hora para o próximo fim de semana. “Estamos fazendo um preço justo, dentro do nosso orçamento, mas descontos mirabolantes são impossíveis, até porque afeta a qualidade dos nossos serviços”, afirma Patrícia Soutto Mayor.
A procura também é grande no bufê Chá com Nozes que em apenas dois dias recebeu 120 noivas e fechou 25 contratos. No Butiquim Buffet, o desconto chega a 10% sobre o preço de tabela, além de pagamento com cartão de crédito. “São muitas ligações, a maioria de noivas aflitas e de casamentos marcados para os próximos meses”, conta Nayara Trovão, chefe de cozinha do bufê.
De acordo com a Polícia Civil, que abriu inquérito para investigar o caso, pelo menos 500 clientes foram lesados com a suspensão das atividades do bufê Tereza Cavalcanti. Ainda não é possível medir o tamanho do prejuízo, mas muitos clientes, a maioria noivas, pagaram entre R$ 20 e 50 mil pelo serviço do bufê. Alguns deles revelaram à reportagemque os proprietários do bufê estariam oferecendo descontos significativos para pagamentos à vista nos últimos meses, o que eles apontam como indícios de golpe planejado.
Tradicional bufê de BH fecha as portas e prejudica cerca de 400 clientes
Em busca de respostas, noivas foram até a sede do Tereza Cavalcanti mas não encontraram ninguém para dar informações. Houve tumulto e a PM foi acionada
O tradicional bufê de Belo Horizonte, Tereza Cavalcanti, fechou as portas deixando de honrar pelo menos 400 contratos. A clientela, a maioria composta por noivas, foi surpreendida na manhã desta quarta-feira ao se deparar com uma das unidades fechada e sem funcionários para prestar esclarecimentos. Um grupo de clientes foi ao local e a Polícia Militar teve que ser acionada. Até agora, os clientes não receberam qualquer informação oficial e sabem, apenas por boatos, que a empresa decretou falência e que os proprietários saíram do estado.
O site e a página no Facebook do bufê também foram retirados do ar. A empresa atuava há 16 anos no mercado com mais de 100 funcionários. O grupo que controla o Tereza Cavalcanti trabalha no ramo com outras duas prestadoras de serviço, a Galaxy By Tereza Cavalcanti e o Maria Fernanda Buffet. No entanto, nenhum representante atendeu as ligações.
A Polícia Militar foi acionada às 10h51 para conter os ânimos dos clientes que se reuniram na porta de uma das unidades, na Rua Doutor Jeferson Oliveira, Bairro Santa Amélia, Região da Pampulha. O consumidor que acionou o 190 disse que vai se casar dia 24 de maio e recebeu a informações sobre a falência da empresa hoje. A PM está acompanhando o caso, mas vai proceder apenas com registro de boletins de ocorrência.
Um dos prejudicados pelo bufê, o advogado Antônio Queiroz Junior, afirmou que vai atuar de todas as maneiras para não ficar no prejuízo. Ele vai se casar em dezembro deste ano e já desembolsou R$ 22 mil. “Não conseguimos nenhum contato com a empresa, nem na segunda, nem na terça. A única informação que tivemos dos proprietários é que estariam doentes, acamados e que retornariam na quarta-feira. Vou reunir várias forças para que eles paguem financeiramente ou na prisão”, disse.
A produtora de Eventos e cerimonialista Mariella Carvalho conta que já recebeu pelo menos dez ligações de noivas aflitas em busca de soluções. Algumas delas têm casamentos marcados para este fim de semana e não sabem como encontrar um novo bufê a tempo. “A informação que temos é que a empresa decretou falência sem avisar os clientes”, disse.
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Outros processos
No site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), até a manhã desta quarta havia pelo menos dez ações judiciais contra as empresas do grupo e os sócios, uma delas de despejo no valor de R$ 140 mil e outras por dano moral e material, além de execuções fiscais. Também há uma ação de indenização proposta pelo filho e família de um desembargador do TJMG, no valor de R$ 55 mil.
O que fazer
Noivas, debutantes ou empresas que tiverem contratos firmados com o Tereza Cavalcanti devem tomar providências. A primeira coisa a fazer é sustar os cheques pré-datados. Em seguida, lavrar um boletim de ocorrência na Polícia Militar e, em terceiro lugar, procurar um advogado. O ideal é entrar com uma ação individual, já que cada noiva vive uma situação peculiar, assinou um contrato próprio e teve prejuízos diferentes.
FONTE: Estado de Minas.
Quinze dias depois de adquirir uma casa de 1920 em ruínas, na Rua Capitão Procópio, 18, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte, o engenheiro José Liberato, de 53 anos, recebeu, em 2004, um documento da prefeitura autorizando o antigo dono a demolir o imóvel e vender o terreno para uma construtora. “Salvei a casa”, comemora até hoje o morador. Ele conta que fez uma pesquisa histórica para reformar o imóvel e preservar o estilo eclético. Depois, elaborou um memorial para pedir o tombamento da propriedade ao Conselho Municipal do Patrimônio. Conseguiu. A exemplo do engenheiro, outros moradores do bairro, considerado um dos mais tradicionais da capital mineira pela sua importância histórica, cultural e arquitetônica, unem forças na luta contra a verticalização e pela manutenção de seu ar de interior.
O tombamento não é consenso entre os donos de imóveis afetados, mas, na quarta-feira, o grupo que o defende teve uma boa notícia. Durante reunião organizada pelo Movimento Salve Santa Tereza, o representante da Diretoria de Patrimônio Histórico da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Carlos Henrique Bicalho, anunciou que cerca de 120 bens de interesse histórico, cultural e arquitetônico do bairro, mapeados em 1998, serão tombados.
Desde 19 de novembro, o Movimento Salve Santa Tereza, criado para defender a Área de Diretrizes Especiais (ADE) do bairro e mobilizar sua população para atuar institucionalmente para esse fim, vem batalhando pela preservação dos imóveis antigos. Um abaixo-assinado pedindo a proteção do conjunto urbano e arquitetônico foi entregue à Fundação Municipal de Cultura, que abriu processo de tombamento. Reunião na quarta-feira no antigo Bar Odeon, na Praça Duque de Caxias, buscou esclarecer como será a iniciativa.
Segundo a arquiteta Karina Carneiro, integrante do movimento pela preservação do bairro, o Mercado Distrital de Santa Tereza, onde há projeto para a construção de uma escola profissionalizante, ainda não faz parte da lista de bens em processo de tombamento. “O mercado ainda não tinha aparecido como equipamento de referencial simbólico para o bairro. Ele não figurava nas pesquisas que eram feitas com os moradores, mas durante a reunião, constatamos a necessidade de incluí-lo na mancha de proteção”, afirmou Carlos Henrique Bicalho, representante da Fundação Municipal de Cultura. Segundo ele, “é importante que os instrumentos da ADE, que já atende o bairro em termos de proteção, e do tombamento atuem juntos para fechar o ciclo da preservação de Santa Tereza”.
O processo de tombamento dos imóveis do bairro deve ser concluído em três meses, pois o inventário ainda está sendo feito. Depois, o trabalho será apreciado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município.
Quem é contra
A professora Silvana Magalhães preserva a construção, mas defende liberdade de proprietários
Moradores de casas antigas do Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, não têm opinião unânime quando o assunto é tombar seus imóveis como patrimônio histórico. Em reunião quarta-feira com a Diretoria de Patrimônio da Fundação Municipal de Cultura, eles foram esclarecidos sobre os benefícios da operação. Mesmo assim, proprietários como a professora Silvana Magalhães, de 54, que vive em uma casa do início do século passado na Rua Eurita, não se convenceram. Ela é contra o tombamento da construção – que foi restaurada e chama a atenção pela beleza –, por considerar que o dono perde liberdade de dispor sobre a propriedade. “A casa foi dos pais do meu marido e a gente já cuida muito bem dela. Mas, com o tombamento, perdemos autonomia sobre uma coisa que é nossa. Nada que é obrigatório é bom”, disse
Churrascaria no bairro São Bento é interditada, em Belo Horizonte
Sócio do Raja Grill não se identificou e disse que local passará por obras.
Prefeitura ainda não informou o motivo do fechamento.
Depois da Padaria Vianney, semana passada, mais uma renomada casa comercial é fechada pela prefeitura.
A Churrascaria Raja Grill, localizada no bairro São Bento, em Belo Horizonte, foi interditada na manhã desta quarta-feira (19) pela Vigilância Sanitária Municipal. No local, uma placa que informava sobre o fechamento estava atrás de uma coluna de madeira e com pouca visibilidade. Um cavalete impedia a entrada de clientes.
![Cavalete impedia entrada de clientes, que foram surpreendidos pela interdição do Raja Grill. (Foto: Pedro Triginelli/ G1) Cavalete impedia entrada de clientes, que foram surpreendidos pela interdição do Raja Grill. (Foto: Pedro Triginelli/ G1)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/-xnl4zIa7OjRUAtE-wQJGSfQ_xc=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/03/19/20140319_125050_620.jpg)
O restaurante, tradicional e localizado em uma das principais avenidas da capital mineira, ficou fechado para o público, que foi surpreendido. Funcionários não comentaram sobre a interdição e chegaram a justificar para clientes que o local estaria em obra ou passando por limpeza.
![Restaurante fica em ponto tradicional de Belo Horizonte (Foto: Pedro Triginelli/ G1) Restaurante fica em ponto tradicional de Belo Horizonte (Foto: Pedro Triginelli/ G1)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/duUZlQiewV3M8pxjjeu3QGwjJs4=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/03/19/20140319_125357_raja_620.jpg)
Um homem que disse ser sócio, mas não se identificou, informou à reportagem que a churrascaria iria passar por obras, que deveriam ser feita com o estabelecimento fechado. Por telefone, o G1 procurou um representante do restaurante para falar sobre a interdição, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.
A assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte ainda não informou o motivo da interdição e deve ser posicionar ainda nesta quarta-feira (19).
Outras interdições
A padaria Vianney, localizada no bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte foi autorizada a reabrir depois de ser vistoriada pela Vigilância Sanitária nesta segunda-feira (17). O estabelecimento estava lacrado desde a última semana, quando uma vistoria apontou uma série de irregularidades.
Após denúncia, a Vigilância Sanitária havia encontrado irregularidades, como falta de higiene na manipulação de alimentos e no maquinário, má conservação de produtos, além de pacotes de leite fora da validade. Segundo a padaria, os problemas foram resolvidos.
FONTE: G1.
Mais de 100 pessoas procuram hospital com intoxicação alimentar em Alpinópolis
Vítimas fizeram refeições em uma lanchonete da cidade. O estabelecimento foi lacrado nesta terça-feira
Ainda na segunda-feira, uma equipe do órgão foi até o local e fez uma inspeção, recolhendo amostras de alimentos. A lanchonete não funcionou ontem e foi lacrada nesta manhã. Os alimentos recolhidos e as amostras de fezes dos pacientes serão encaminhadas à Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte. Conforme a Vigilância Sanitária, a lanchonete tem mais de 20 anos e possui alvarás sanitário e de funcionamento.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Alpinópolis, Eliana Guilhermina da Cruz, acompanha de perto o estado de saúde das vítimas no hospital. Ela informou que a maioria delas são jovens adultos que foram até o estabelecimento no domingo. Eles comeram hambúrgueres, pastéis e maionese caseira. Além dos exames, eles recebem soro de hidratação. Ninguém corre risco de morrer. Ainda segundo ela, o número de vítimas pode aumentar, já que nesta terça-feira mais pessoas deram entrada no hospital com sintomas de intoxicação alimentar.
Casa Rolla e Hamilton do Funcionários podem ser fechadas e marcar fim de grupo que já vestiu muitos belo-horizontinos
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Fachada das duas unidades que restaram na Av.Getúlio Vargas: no passado, grupo chegou a abrir 30 pontos na capital mineira |
Por trás da placa que anuncia o aluguel do imóvel 471 da Avenida Getúlio Vargas, no Bairro Funcionários, há um grande mistério: qual será o futuro da Casa Rolla, inaugurada em 1930 e especializada em tecidos, e da Hamilton, criada na década de 1950 e referência em moda masculina? As duas lojas, fundadas pela família Rolla, viveram anos dourados no comércio da capital. Juntas, ocuparam 30 endereços e empregaram mais de 1 mil pessoas. Atualmente, os dois estabelecimentos têm apenas uma unidade cada. Elas dividem espaço: justamente o imóvel 471 da Getúlio Vargas, que pode ser alugado a qualquer momento.
Trata-se de um edifício de seis andares e 2.780 metros quadrados. “Foi construído para ser a sede do grupo, abrigando as lojas (Rolla e Hamilton), a diretoria, a contabilidade etc.”, recorda Gerson Gontijo, diretor do Sindicato dos Empregados no Comércio da Grande BH. Ele trabalhou como decorador das duas lojas por 46 anos e, agora, também se pergunta o que será das empresas. Isso porque a família vendeu o imóvel a um grupo de investidores. Os novos donos contrataram uma imobiliária para locar a construção – o preço médio do metro quadrado é R$ 65.
Levando-se em conta a metragem do local, o aluguel do condomínio pode chegar a R$ 180,7 mil. Há quem diga que o prédio foi vendido para quitar dívida com um banco privado. Procurado três vezes pela reportagem, o empresário Jorge Rolla preferiu não comentar o assunto: “Não tenho nada para falar”. Entre os funcionários, o clima é de apreensão. Ao longo dos últimos anos, todas as lojas Rolla e Hamilton, com exceção das que funcionam no edifício-sede, foram fechadas. A última, uma unidade da Hamilton, baixou as portas há dois meses – o ponto de vendas funcionava na esquina da Rua Alagoas e Avenida Cristóvão Colombo, na Savassi.
“Estamos trabalhando normalmente, mas sem saber o que vai ocorrer conosco”, disse um funcionário lotado no imóvel 471 e que prefere o anonimato. Ele torce para que novos ventos soprem a favor do grupo, como ocorreu em 1930, quando os irmãos Joaquim e João Rolla (tio e pai de Jorge) montaram o Mundo das Meias. O estabelecimento, em 1953, foi rebatizado de Casa Rolla. A unidade, que funcionava na Rua São Paulo, no Centro da capital, era o maior ponto de venda do município especializado no ramo de tecidos para vestuário, decoração, cama e mesa.
Clientes antigos dizem que João Rolla atendia os consumidores com vestimenta impecável. Dizem mais: que ele tinha veia empreendedora. Foi um dos fundadores, em junho de 1960, do Clube de Diretores Lojistas, entidade que deu origem à Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). O irmão, Joaquim, também foi visionário: ele é responsável por importantes obras no Brasil. Em BH, por exemplo, Joaquim encomendou a Oscar Niemeyer (1907-2012) o projeto do Edifício JK, onde moram cerca de 5 mil pessoas.
Outra obra que merece destaque é o Cassino Quitandinha, o maior da América Latina naquela época. Construído em Petrópolis (RJ), em 1941, o local hoje abriga o Hotel Palácio Quitandinha. O empreendedorismo da família Rolla refletiu no crescimento da marca na capital mineira, onde algumas filiais foram inauguradas no Centro.
Fornecedor escolhido pela Fifa terá exclusividade na venda na parte externa do estádio
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Tropeiro é o prato mais tradicional dos estádios mineiros |
Na semana passada, a Fifa divulgou os preços de alguns produtos a serem vendidos dentro do Mineirão. O cachorro quente custará R$ 8 e as porções de batata e amendoim sairão a R$ 7 cada uma. Por esse mesmo preço, o torcedor comprará um chocolate. Os chopes da Budweiser e da Brahma, ambos de 450ml, serão vendidos a R$ 12 e R$ 9. A Brahma sem álcool custará R$ 6.
Acarajé
Na Bahia, o acarajé também será vendido na área externa da Arena Fonte Nova, em Salvador. Seis baianas e seus auxiliares, num total de 32 pessoas, vão atuar durante a Copa das Confederações em uma área comercial montada na parte Leste da Arena, onde os patrocinadores do torneio também venderão produtos oficiais licenciados pela Fifa.
As baianas utilizarão fogão elétrico para evitar acidentes com os torcedores. A estimativa do custo do investimento para a construção das estruturas onde as vendedoras serão acomodadas é de R$ 20 mil e será arcado pelos próprios patrocinadores do evento.
Além de acarajé, serão oferecidos ao público abará, bolinho de estudante, cocadas e passarinha. A unidade do acarajé e do abará vai custar R$ 8,00 (com camarão) e R$ 6,00 (sem camarão). Das seis profissionais escolhidas pela Fifa para trabalhar na Copa das Confederações, três já atuavam na antiga Fonte Nova.
Tradicional joalheria tem dívidas que chegam a R$ 14,5 milhões
Rio – Uma das mais tradicionais joalherias da cidade, mas com um endividamento da ordem de R$ 14,5 milhões, a Natan Joias teve o decreto de falência expedido pela 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
O juiz Fernando Cesar Ferreira Viana revogou o pedido de recuperação judicial, concedido em junho de 2012. Segundo justificou na sentença, a empresa não conseguiucumprir os requisitos econômicos, contábeis e jurídicos no curso do processo. A empresa ainda pode recorrer da sentença judicial.
Empresa estava em recuperação judicial desde junho de 2012
Criada em 1965, a Natan ficou conhecida como um dos principais nomes no ramo de joias de alto padrão. A empresa buscou na recuperação judicial uma saída para se reestruturar e pagar os credores.
No ano passado, o juiz Fernando Viana aceitou o pedido de recuperação judicial da empresa. Ele determinou que a Natan acrescentasse após seu nome empresarial a expressão “em recuperação judicial”. Ordenou ainda a suspensão de todas as ações e execuções contra ela, e a suspensão da publicidade dos protestos e inscrições nos órgãos de proteção ao crédito em face à empresa.
Já a empresa deveria apresentar contas demonstrativas mensais durante todo o processamento da recuperação judicial, sob pena de destituição dos administradores.
FONTE: O Dia.