Moradores da região Nordeste terão nova linha de ônibus a partir de domingo
Itinerário
Rua dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Nove, 141 (Condomínio Figueira, ponto final), R. Dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Oito, R. Osmir Venuto da Silva, R. Amélia Moretzsohn da Silva, R. Luiz Romualdo da Silva, R. Augusta Sacchetto Scalzo (antiga R. 714), R. dos Borges (à direita), R. Dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Seis, R. Berenice Ribeiro de Miranda (retorno no Residencial Esplêndido), R. Berenice Ribeiro de Miranda, R. Dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Seis, R. dos Borges, R. Dona Chiquinha, Rod. Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, R. São Gregório, R. Jacuí (à esquerda), R. Angiroba, R. Joaquim Gouveia (UPA Nordeste), R. Angola, Av. Cristiano Machado (Estação São Gabriel-Setor Oeste).
Av. Cristiano Machado (Estação São Gabriel-saída via 240), Pça. Corpo de Bombeiros Militar, Viaduto Um Mil Novecentos e Setenta e Nove, R. Jacuí (à direita), R. Andiroba, R. Manoel Alexandrino, R. Angola, R. Joaquim Gouveia (UPA Nordeste), R. Andiroba, R. Agrelos, Rod. Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, R. dos Borges, R. Dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Seis, R. Berenice Ribeiro de Miranda (retorno no Residencial Esplêndido), R. Berenice Ribeiro de Miranda, R. dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Seis, R. dos Borges, R. Augusta Sacchetto Scalzo, R. Luiz Romualdo da Silva, R. Amélia Moretzsohn da Silva, R. Osmir Venuto da Silva, R. Dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Oito, R. Dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Nove (retorno na rotatória após o Condomínio Figueira), R. Dois Mil Quatrocentos e Sessenta e Nove (Ponto Final).
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FONTE: Hoje Em Dia.
Delegado diz que morte de fiscal de ônibus em BH foi vingança
Webert Eustáquio de Souza, de 33 anos, foi morto na Avenida Cristiano Machado. Autor dos tiros ameaçou vítima no dia anterior ao ser retirado de ônibus por não pagar passagem
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A Polícia Civil trata a morte do fiscal Webert Eustáquio de Souza, de 33 anos, dentro do veículo da linha 1502 (Vista Alegre – Guarani), na Avenida Cristiano Machado, no Bairro Ipiranga, Região Nordeste de Belo Horizonte, como vingança. Outras duas pessoas ficaram feridas na ação do criminoso. Segundo o delegado Emerson Morais, o atirador brigou com outros fiscais no dia anterior. Depois do desentendimento, foi até a empresa onde os homens trabalham e os ameaçou de morte. Ele portava uma arma no momento das intimidações.
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Os trabalhadores entraram no veículo e pediram para todos que estavam na parte da frente pagassem passagem e seguisse para a parte de trás da catraca. “Testemunhas disseram que o autor ficou na escada e depois da ordem do fiscal, fingiu que iria pagar a passagem. Quando chegou próximo a catraca, sacou uma arma e disse: ‘Quer que pague a passagem, então toma aqui seus R$ 3,10’. Depois disso, atirou”, conta o Emerson Morais.
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Para o delegado, o crime foi por vingança. Segundo ele, na tarde anterior, o atirador brigou com três fiscais, entre eles Webert, na Rua Jacuí, no Bairro Ipiranga. O homem estava no ônibus da linha 1509 quando os fiscais o colocaram para fora por se negar a pagar passagens. Ele não gostou da atitude dos trabalhadores e chegou a brigar com um deles.
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Depois da confusão, o homem foi até a empresa onde os fiscais trabalham junto com um comparsa, que é deficiente físico. Lá, segundo a polícia, os dois ameaçaram os trabalhadores com palavras e exibindo uma arma. Os dois suspeitos seriam moradores da região do Bairro Primeiro de Maio. Quem tiver informações sobre a dupla pode passar pelos telefones 181 e 3478-7824.
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FONTE: Estado de Minas.
Atleta comemora antes da hora e deixa pódio escapar
Molly Huddle desacelerou antes de atravessar a linha de chegada e foi ultrapassada no último instante
Episódio protagonizado por Molly Huddle está rodando o mundo
A norte-americana Molly Huddle viu o seu lugar no pódio escapar nos instantes finais da prova dos 10.000 m no Mundial de atletismo de Pequim, na China, nesta segunda-feira (24).
A atleta levantou os braços em comemoração e desacelerou pouco antes de cruzar a linha de chegada, mas foi surpreendida e ultrapassada pela compatriota Emily Infeld no último segundo.
Infeld conquistou o bronze com apenas nove milésimos de diferença para Molly, que terminou a prova em quarto lugar com o tempo de 31min43s58. Ao término da corrida, as atletas norte-americanas se cumprimentaram, mas Molly não escondeu a decepção pelo resultado.
A medalha de ouro ficou com a queniana Vivian Cheruiyot, que marcou o tempo de 31min41s31 e conquistou o primeiro lugar do pódio pela segunda vez em Mundiais.
Gelete Burka, da Etiópia, ficou em segundo lugar com o tempo 31min41s77.
FONTE: O Tempo.
Empresa de ônibus é condenada por agressão a menor de idade
O juiz da 20ª Vara Cível de Belo Horizonte, Renato Luiz Faraco, condenou a Viação Jardins a pagar indenização de R$ 7 mil a um jovem agredido por um fiscal da empresa. A agressão ocorreu em 2009, na linha 627 Mantiqueira, e a vítima era menor de idade na época.
Na ação, na qual pedia indenização de R$ 40 mil, o jovem contou que, ao tentar utilizar seu cartão de gratuidade no transporte coletivo, problemas técnicos no equipamento impossibilitaram a roleta de girar. Ao constatar isso, o agente de bordo solicitou que o passageiro procurasse um fiscal também presente no ônibus. Segundo o jovem, durante a abordagem, a pessoa indicada agiu de forma agressiva, pois, além de quebrar o cartão BHBus do passageiro, o agrediu fisicamente e o arremessou para fora do veículo.
A empresa de transporte negou a ocorrência dos fatos descritos pelo jovem, argumentando que motorista e cobrador desconheciam a história. Além disso, afirmando não haver culpa da empresa, sustentou que não deveria ser discutida indenização e que o valor pedido era desproporcional.
O magistrado baseou sua decisão no Código Civil, que garante ao passageiro ser conduzido são e salvo ao seu local de destino, além de reportar-se ao Código de Defesa do Consumidor, no qual consta que a falha na prestação de serviço é caracterizada como situação que impõe à empresa o dever de indenizar o cidadão.
O juiz observou que o jovem apresentou as provas devidas e acrescentou que a perícia médica realizada durante o processo comprovou o dano sofrido e a necessidade de reparação. “Percebe-se que houve violação aos direitos de personalidade do autor, que era menor à época, o qual foi abordado dentro do transporte coletivo de maneira agressiva, sendo agredido física e moralmente por pessoa que se apresentou como ‘fiscal’ do coletivo”, disse o magistrado.
Segundo o juiz Renato Faraco, a indenização, além de compensar o dano sofrido, tem a finalidade de evitar que a empresa volte a cometer atos semelhantes. A quantia foi fixada em R$ 7 mil. Contra a decisão, que é de Primeira Instância, ainda pode haver recurso. Leia a sentença na íntegra e acompanhe a movimentação processual.
FONTE: TJMG.
Acidente aconteceu após o desembarque de passageiros na avenida Pedro I; vítima foi encaminhada ao Hospital Odilon Behrens, onde passou por cirurgia
Um homem perdeu parte dos dedos após ter a mão esquerda prensada pela porta central de um ônibus do Move, na manhã desta terça-feira (27). Segundo a Polícia Militar, o acidente aconteceu quando, após o desembarque de passageiros na avenida Pedro I, na região de Venda Nova, a vítima se apoiou na parte superior da porta e teve os dedos esmagados. Ele foi encaminhado para o hospital e passa bem.
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De acordo com a PM, o motorista da linha 63 (Estação Venda Nova/Lagoinha) relatou que, por volta das 7h30, estava parado no ponto de desembarque da Estação Montese, no bairro Itapoã, quando foi avisado por passageiros que o usuário Charles de Souza Pereira, de 40 anos, havia se machucado na porta do ônibus. Ainda segundo o motorista, a vítima foi socorrida pelos próprios usuários do transporte público e encaminhada ao Hospital Odilon Behrens.
Passageiro do Move perde parte de dedos da mão em acidente com porta de ônibus
Vítima de 50 anos teve parte de dois dedos amputados depois de se apoiar na porta
Testemunhas disseram o que acidente aconteceu quando Charles, que estava no meio do coletivo, levantou os braços e teria colocado a mão esquerda no mecanismo de fechamento da porta central. Ele teve as falanges do dedo médio e anelar amputados e foi levado para o Hospital Odilon Behrens, no Bairro São Cristóvão, na Região Noroeste da capital.
A Polícia Civil fez perícia no ônibus e o resultado fará parte do inquérito que será aberto pela Delegacia Especializada de Acidentes de Veículos (DAV). O laudo deve apontar se o acidente aconteceu por falha no veículo ou descuido da vítima. A BHTrans disse que só vai se pronunciar sobre o caso depois de receber o boletim de ocorrência. A empresa afirma ainda que vai apurar as responsabilidades após o recebimento do documento.
FONTE: O Tempo e Estado de Minas.
A Linha 3 do metrô de Belo Horizonte, cujo projeto foi entregue nessa quinta-feira pelo governo de Minas à Caixa Econômica Federal, terá um trajeto de 4,5 quilômetros em dois níveis e com quatro estações entre a Estação da Lagoinha e a Savassi. Os túneis serão de 15 metros de diâmetro e os trilhos serão implantados em dois andares, de forma que todo o trajeto passe debaixo das ruas e não seja necessário nenhuma desapropriação na região, que é uma das mais valorizadas da cidade. A partir de agora, o projeto será analisado pela Caixa e pelo Ministério das Cidades e, caso aprovado, um termo de compromisso pode ser assinado ainda este ano para transferência de R$ 2,6 bilhões, verba estimada para a obra.
Segundo o secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, Fabrício Torres Sampaio, a solução encontrada para evitar que as estruturas dos prédios do Centro e da Savassi sejam obstáculos à obra do metrô foi construir o trecho em dois andares, em vez de dois trilhos paralelos. “Com esse modelo que adotaremos em BH, não teremos que entrar debaixo de prédios ou outras construções. O túnel será mais estreito para que toda sua extensão passe pelas ruas, de forma mais segura”, explica Sampaio.
Para a abertura dos túneis está previsto o uso do sistema shield (em português, escudo), recomendado para obras de grande porte em centros urbanos. “Os levantamentos feitos no solo da região, que tem muitas pedras e água, mostraram que será possível usar esse sistema, já adotado em outras obras de expansão do metrô nas principais capitais do mundo. A máquina de perfuração vai empurrando e escavando o terreno e, dessa forma, os impactos são minimizados”, afirma Sampaio.
Uma das vantagens do projeto, segundo ele, é que a obra será viável sem precisar de desapropriações.
O projeto prevê a construção de quatro novas estações: Praça Sete, entre a Avenida Afonso Pena e a Amazonas; Palácio das Artes, na Afonso Pena, em frente ao teatro; Estação Tiradentes, na Rua Pernambuco, próximo à Avenida Brasil; e Savassi, entre as Ruas Pernambuco e Fernandes Tourinho. Também está planejada a construção de um pátio de operações e manutenção para o metrô. “O pátio será construído próximo à Estação da Lagoinha, onde haverá a conexão da Linha 3 com a Linha 1. O projeto prevê que o pátio será subterrâneo, próximo à Igreja São Cristóvão. Segundo o secretário, a ideia é planejar a construção da nova linha deixando espaço para novas expansões no futuro, principalmente com projetos já discutidos para se levar o metrô até a região da Pampulha.
A linha 3 do metrô em BH (veja o mapa acima), em dois níveis, com as estações ao longo do trajeto . A da Savassi será no cruzamento das ruas Pernambuco e Fernandes Tourinho |
Peça de ficção
As promessas para a expansão do metrô da capital começaram ainda na década de 1990, depois que a construção da única linha existente foi entregue com um atraso de quase 20 anos, em 1986. Até os anos 2000 os belo-horizontinos assistiram a uma lenta inauguração de estações, mas as principais regiões da cidade continuavam sem a opção desse transporte público. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso foram finalizadas as últimas estações, mas a implantação de novos trechos não saiu do papel e o mesmo se repetiu ao longo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu em 2003 novas linhas para o metrô da capital, mas elas ficaram só no discurso.
Depois de quase uma década sem qualquer avanço, em setembro de 2011 a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou em Belo Horizonte que incluiria a obra na lista de ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades. No cronograma apresentado pela petista, as licitações para a obra, que se tornou peça de ficção para a população de BH, seriam feitas até meados de 2012 e já no segundo semestre daquele ano começariam as obras de melhorias na Linha 1 (Eldorado-Vilarinho) – planejamento que não vingou. Já a construção das outras linhas foram programadas para iniciar em 2016 – data que poderá ser mantida, caso não ocorram novos atrasos nas análises do projeto.
Além da Linha 3, está prevista a construção de um trecho que ligará a região do Barreiro a uma nova estação que será construída no Bairro Nova Suíça. O trecho, de cerca de 10 quilômetros e que terá cinco novas estações, começou ser construído no início do ano 2000, mas está paralisado desde então. Para essa obra, está prevista a assinatura de uma parceria público-privada (PPP) e financiamento de recursos junto ao BNDES. Ao todo, para a construção das duas novas linhas e melhorias e extensão do trecho já existente até Contagem, foi estimado um montante de R$ 3,1 bilhões. Segundo o cronograma do PAC Grandes Cidades, a ampliação do metrô da capital será entregue até 2017.
FONTE: Estado de Minas.
Contagem terá “frescão” a partir desta terça-feira
Começa a entrar em operação a linha 2581 (Eldorado x Belo Horizonte). A tarifa será de R$ 4,10
Usuários do transporte coletivo de Contagem, na região metropolitana, ganharão uma inédita opção de ônibus executivo para o Centro e região hospitalar de Belo Horizonte a partir da próxima terça-feira. Começa a entrar em operação a linha 2581 (Eldorado x Belo Horizonte), que mantendo o mesmo itinerário do ônibus convencional, oferecerá ar-condicionado, internet, TV e poltronas estofadas. A tarifa será de R$ 4,10 – diferença de R$ 0,80 a mais em relação à linha 2580 (R$ 3,30).
A nova frota de cinco ônibus que atenderá a linha foi apresentada nesta sexta-feira pela empresa São Gonçalo na prefeitura de Contagem. Identificados pela cor verde do serviço executivo metropolitano, os veículos farão 32 horários/dia, a partir da avenida Dr. João Augusto da Fonseca e Silva.
O itinerário passará ainda pelas ruas Tapijara, Possua, praça Nossa Senhora da Conceição, av. Dr. Cincinato Cajado Braga, praça Paulo Pinheiro Chagas, avm João César de Oliveira, avm Gal. David Sarnof, av. Babita Camargos, complexo viário do bairro Água Branca, av. Tereza Cristina, av. do Contorno, rua Tupinambás, av. Paraná, praça Rio Branco, av. Santos Dumont, Rua da Bahia, Ruas do Caetés, av. dos Andradas, av. Francisco Sales, av. Bernardo Monteiro, av. Alfredo Balena, av. Carandaí, rua dos Guajajaras, rua Goiás, av. Augusto de Lima, rua Santa Catarina, rua Goitacazes, rua Rio Grande do Sul, avenida Augusto de Lima e rua Uberaba, retornando para Contagem pela Via Expressa.
No fim de outubro, a linha executiva 3510 (Ibirité x Belo Horizonte via av. Amazonas) deixou de ser operada por causa da fraca demanda de passageiros. Os veículos foram remanejados para outras linhas metropolitanas, sem o uso do ar-condicionado.
FONTE: Estado de Minas.
PERIGO »Linha chilena: novidade é pior que cerol
Com pó de quartzo e óxido de alumínio, produto mais cortante já é usado por jovens para soltar papagaio, mesmo proibido no estado. Só neste ano, 39 pessoas ficaram feridas
Linhas cortantes como a que matou o motociclista Leandro Augusto são usadas até por crianças em BH |
A venda e uso da linha chilena, uma espécie de cerol industrializado e com poder muito mais cortante que a mistura de vidro moído e cola, são proibidos em Minas Gerais, segundo a Lei Estadual 14.349/02. Mas os materiais usados para cortar papagaios continuam fazendo vítimas, como Leandro Augusto Caetano, de 34 anos, que teve 80% do pescoço cortado anteontem quando andava de moto na Avenida dos Andradas, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul da capital. De janeiro até ontem, 39 motociclistas feridos por linhas de papagaio na capital deram entrada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, número que ultrapassou o registrado no ano passado, que teve 38 vítimas.
Das 25 vítimas de cerol e outras linhas cortantes atendidas pelo Corpo de Bombeiros em 2012, 19 foram somente em junho e julho. Em BH, a linha chilena, também conhecida como linha de combate, é facilmente adquirida pela internet mas a legislação estabelece multa de R$ 100 a R$ 1.500 para quem usar e, no caso de lesão corporal ou morte, a pessoa pode responder criminalmente. Ela é feita em escala industrial com algodão e produtos cortantes, como uma mistura de pó de quartzo com óxido de alumínio. Foi esse material usado para cortar pipas que atingiu o motociclista Leandro Augusto. Ontem, em seu sepultamento, no Cemitério da Paz, o clima era de revolta. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a morte, mas o culpado ainda não foi identificado.
Mesmo com a lei, ela é comercializada livremente. Um homem que vende a linha chilena pela internet na capital disse, em contato feito via telefone, que adquire o produto de um primo que mora no Espírito Santo, que, por sua vez, tem um fornecedor no Rio de Janeiro. “Comprei uma remessa boa, mas já acabou tudo”, disse o rapaz, que oferece também linha da Indonésia, outra usada em papagaios. “Hoje, ninguém tem mais trabalho de fazer cerol. Todo mundo ‘brinca’ com linha chilena”, disse sem preocupação com o risco.
Em contrapartida, o presidente do Sindicato dos Motociclistas, Ciclistas e Afins de Belo Horizonte, Rogério Santos Lara, está preocupado com o uso ilegal. Segundo ele, “a polícia não fiscaliza ou prende infratores por acreditar que não é seu papel correr atrás de crianças que soltam papagaio com cerol”. Rogério disse que vai pedir providência ao comandante do Batalhão de Trânsito (BPTran), coronel Roberto Lemos, e à comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Cláudia Romualdo, para que haja uma fiscalização mais eficaz. “Eles não podem ficar parados. Mais mortes vão acontecer”, alertou.
No mês passado, outro motociclista, Rogério Alves Adriano, de 49, morreu ao ser atingido no pescoço por uma linha de cerol na BR-381, Bairro Jardim Vitória, Região Nordeste da capital. Cinco dias antes, o soldado do 34º Batalhão da PM Ronaldo Luiz Pereira Brito, de 29, quase foi degolado no Anel Rodoviário, no Bairro Universitário, Região da Pampulha, e sobreviveu por sorte. O corte foi tão profundo que atingiu a traqueia do militar, que foi levado para o Hospital João XXIII. Apesar dos riscos que os motociclistas enfrentam nas ruas, muitos deles não se protegem instalando as antenas corta-linhas em suas motos. A polícia recomenda também outros itens de segurança, como capacete, luvas, jaquetas e máscara de proteção com silicone para o pescoço.
Consumidores sem energia
Usar linhas cortantes em papagaios pode causar também outros tipos de prejuízo. Este ano, segundo dados da Cemig, pelo menos 500 mil consumidores já ficaram sem energia elétrica por causa do cerol. Ele rompe os cabos da rede e ainda podem provocar curtos-circuitos quando as pessoas tentam retirar o papagaio. A Cemig atendeu este ano 1.739 ocorrências de interrupção de fornecimento de energia.
Para o engenheiro de tecnologia e normalização Demétrio Venício Aguiar, a linha chilena surgiu para agravar ainda mais a situação. Ela é feita, segundo ele, em escala industrial usando materiais mais abrasivos que o cerol. “Esse tipo de linha é muito mais cortante que o cerol comum e, infelizmente, é possível adquirir no mercado paralelo e até pela internet”, afirmou. A Cemig tem registro de uma morte causada por pipas na rede elétrica no ano passado no estado. Em 2011, duas pessoas ficaram feridas.
ALERTA NO PARQUE ECOLÓGICO
No último dia 14, o Corpo de Bombeiros, Fundação Zoo-Botânica, Guarda Municipal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e Juizado da Infância e da Juventude participaram de uma campanha no Parque Ecológico da Pampulha para conscientizar pais e crianças dos riscos do cerol e da linha chilena. Em menos de quatro horas, 40 latas com linhas cortantes foram apreendidas. Na região do zoológico, segundo os bombeiros, tem sido comum encontrar pássaros feridos por cerol. O coronel da PM Antônio Carvalho, que responde interinamente pelo CPC, disse que as abordagens de crianças, adolescentes e adultos soltando papagaio têm sido frequentes. “A gente manda baixar a linha para ver se tem cerol”, afirmou. Quando tem, segundo ele, as latas são apreendidas, os menores encaminhados aos pais e os adultos à delegacia, ressaltando que eles colocam a vida dos outros em risco e cometem um crime.
FONTE: Estado de Minas.
Sinal verde para a Linha 3 do metrô de Belo Horizonte, que irá ligar a região da Savassi ao bairro Lagoinha, na região Noroeste. As intervenções no solo para receber o transporte de passageiros ao longo de 4,5 km de extensão são viáveis, conforme mostra sondagem finalizada em março e divulgada na última terça-feira (2) pela Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop).
A Linha 3 será totalmente subterrânea, com cinco estações. Iniciadas em setembro, as perfurações foram realizadas em 180 pontos, a uma profundidade média de 35 metros. O perfil geológico observado é composto por terra e rochas. A metodologia para abertura de túneis, tipos de fundação e formas de contenção serão definidas no projeto executivo, porém, sem data prevista.
Uma licitação por meio de parceira público-privada será aberta para a execução das obras da Linha 3. A empresa vencedora irá operar e manter o sistema, em um prazo de concessão de 30 anos. Em breve, o governo do Estado vai assinar um contrato no valor de R$ 60 milhões com a Caixa Econômica Federal para elaboração dos projetos de engenharia.
Os recursos serão aplicados na elaboração de estudos para obras de expansão da atual Linha 1 (trecho Eldorado ao Novo Eldorado, em Contagem) e construção da Linha 2 (do Barreiro ao Nova Suíça, na região Oeste) e da Linha 3. Os projetos das três linhas têm prazo contratual de execução de um ano.
Morosidade
O imbróglio em torno do metrô de Belo Horizonte se arrasta há mais de duas décadas. Em 2011, a presidente Dilma Rousseff visitou Belo Horizonte e garantiu a ampliação do transporte de massa, mas o total de recursos não está assegurado. A previsão é de que sejam necessários R$ 3,1 bilhões. A União participará com R$ 1 bilhão, o Estado com R$ 750 milhões e o restante será dividido entre o governo de Minas, prefeituras e iniciativa privada.
Atualmente, o metrô da capital mineira opera apenas a linha Eldorado-Vilarinho, com 28,1 km de extensão e 19 estações. O ramal atende cerca de 217 mil usuários diariamente.
FONTE: Hoje Em Dia.