Laudando et vituperando abstine: tutum silentium praemium.

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Mercado Distrital de Santa Tereza reabre as portas no domingo para ocupação cultural

Será a terceira edição do Mercado Vivo Verde, projeto voltado para efetivar a ocupação cultural e comunitária do espaço

Sidney Lopes/EM/D.A Press

Fechado há nove anos pela Prefeitura de Belo Horizonte, o Mercado Distrital de Santa Tereza, no bairro de mesmo nome, na Região Leste de Belo Horizonte, voltará a ser ocupado pelos moradores no próximo domingo. É a terceira edição do Mercado Vivo + Verde, projeto voltado para efetivar a ocupação cultural e comunitária do espaço.
A proposta foi elaborada pelo Movimento Salve Santa Tereza, a partir da demanda de moradores da região, e agrega outros interesses, como o de incluir iniciativas de desenvolvimento da agricultura familiar, fomento artístico e espaço de valorização da cultura negra. “O evento promete repetir sucesso dos anteriores, marcando mais um episódio de luta pela abertura definitiva do Mercado Distrital de Santa Tereza”, informam os organizadores.
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O Mercado Vivo + Verde é realizado em parceria com vários movimentos sociais e contará com atividades artísticas e culturais, feira de artesanato, de produtos agroecológicos, barracas de comidas e bebidas, além de atividades recreativas para crianças, rodas de conversa e oficinas. A festa será na parte externa do mercado e a entrada é gratuita.

A primeira edição do evento ocorreu em setembro de 2014, na Rua Alvinópolis, lateral ao Mercado, quando o espaço ainda estava cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte à Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), que pretendia abrir no local uma escola industrial automotiva. Os moradores se mobilizaram e, em março de 2015, o mercado foi incluído no documento de proteção do Conjunto Urbano do Bairro Santa Tereza, pelo Conselho do Patrimônio Cultural da cidade, e a Fiemg abriu mão do investimento no local.
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Em fevereiro deste ano, o mercado passou a ser gerido pela Fundação Municipal de Cultura (FMC). A pedido dos moradores, foi formada uma comissão paritária entre representantes da gestão municipal e da sociedade civil para discutir formas de uso e de ocupação do espaço. Representantes do Salve Santa Tereza e da Feira Terra Viva, que fazem parte da comissão, propõem a ocupação imediata do antigo estacionamento, que, de acordo com eles, dispensa reforma ou adaptações. Os moradores lutam para que o Mercado Vivo + Verde se torne mensal ou semanal. A segunda edição foi em 15 de maio e atraiu centenas de visitantes, das 9h às 18h.

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FONTE: Estado de Minas.


Suspeitos de homicídio no Bairro Santa Tereza não revelam o motivo do crime

Um adulto foi preso e um adolescente apreendido acusados de matar o vigilante da Justiça Federal João Vitor Abreu. Um terceiro envolvido escondeu o menor e a arma em sua casa e também foi detido

Reprodução/Facebook

Dois suspeitos de envolvimento na morte do vigilante da Justiça Federal João Vitor Abreu, de 34 anos, que levou dois tiros na cabeça às 23h14 de domingo, na Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte, foram presos por policiais militares nesta segunda-feira. O autor dos disparos é um adolescente de 17 anos que aparece nas imagens das câmeras do Olho Vivo recebendo a arma de Lucas Batista Corrêa, de 20. A PM prendeu também Vitor Gomes Barbosa, de 18, que escondeu o menor e a arma em sua casa no Bairro Gutierrez, na Região Oeste da capital. Os suspeitos não revelaram o motivo do crime. Disseram que somente falarão em juízo. O revólver e quatro celulares foram apreendidos. O crime foi em frente ao 16º Batalhão da PM. No mesmo local também funciona o Colégio Militar, onde estudou a vítima, morador do bairro.

O tenente Herbert Feital conta que toda a ação dos criminosos foi registrada pelas câmeras do sistema de monitoramento Olho Vivo. “Levantamos informações com nossos militares que estão de serviço no dia a dia e eles conhecem os infratores da região. Monitoramos a casa de um deles, próximo à Rua Alexandre Tourinho com Ismênia, ao lado do Estádio Independência, no Bairro Sagrada Família, e um desses possíveis autores saiu de sua casa em um veículo. Conseguimos chegar a uma residência de classe média no Bairro Gutierrez, onde o envolvido Vitor estaria dando esconderijo ao autor do homicídio, que é menor”, disse o tenente.

Divulgação/PMMG

Vitor, que escondeu o menor e a arma em sua casa, estava recolhido em um centro de recuperação de menores infratores, por roubo de veículos, receptação de objetos roubados e assaltos e foi solto há pouco tempo. “O pai dele permitiu a nossa entrada na casa e localizamos a arma calibre 38 dentro do armário. O menor assumiu a autoria do crime para a gente, mas depois voltou atrás e negou. Porém, nas imagens das câmeras ficou bem clara a responsabilidade dele. Ele não quis falar a motivação do crime. Disse que somente fala em juízo”, disse o tenente, lembrando que o menor já foi apreendido diversas vezes pela polícia por vários crimes.

Moradores do Santa Tereza reclamam do aumento da criminalidade no bairro, principalmente dos roubos de celulares nas vias de acesso às estações do metrô Santa Tereza e Santa Efigênia. Na Rua Mármore, alguns estabelecimentos, como salões de beleza, trabalham com portas trancadas. Na mesma rua, um assaltante espancou violentamente o barbeiro Moacyr Fraga Nazarete, de 79 anos, que trabalhava sozinho no seu estabelecimento. O crime foi às 16h e revoltou moradores da região. Encontrado inconsciente, Moacyr foi internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS).

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O comandante da 20ª Companhia da PM, unidade responsável pela segurança no bairro, major Ronaldo Moreira dos Santos, disse que tem feito várias reuniões com a comunidade do Santa Tereza. “Criamos uma rede em um aplicativo na internet justamente para a comunidade comunicar todas as hipóteses de crimes e suspeitos circulando pelo bairro. Temos um canal de comunicação muito estreito com os moradores e certamente vamos conseguir ótimos resultados. Com relação ao fato que envolveu o senhor Moacyr, o autor da lesão corporal grave também foi preso. Estamos fazendo nosso trabalho, realizando prisões e medidas preventivas com apoio da comunidade”, disse o major.

O assassinato de domingo será investigado pela delegada de homicídios Alice Batello. Uma equipe da Polícia Civil esteve no local do crime na manhã desta segunda-feira para apurar o caso. De acordo com a polícia, quando militares do 16º Batalhão chegaram ao local, encontraram João com um ferimento na cabeça. Ele chegou a ser levado para o Hospital João XXIII, mas teve a morte confirmada pela equipe médica. Segundo a perícia, a bala atingiu o rosto atravessou o crânio do homem

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FONTE: Estado de Minas.


Cine Santa Tereza renasce remodelado

Espaço volta à ativa em abril como o primeiro cinema público de BH e vai oferecer ainda sala multimeios, biblioteca com obras específicas sobre artes audiovisuais e videoteca

Construído em 1942 com projeto de Raffaello Berti, o prédio está em reforma e passará a integrar o Museu da Imagem e do Som (FOTOS: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

Construído em 1942 com projeto de Raffaello Berti, o prédio está em reforma e passará a integrar o Museu da Imagem e do Som

 

As gestoras Ana Amélia Martins e Siomara Faria ressaltam a qualidade dos novos equipamentos (FOTOS: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

As gestoras Ana Amélia Martins e Siomara Faria ressaltam a qualidade dos novos equipamentos

Luz, câmera, ação…e arte! Depois de 12 anos fechado, um monumento símbolo do Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, vai voltar às origens e à ativa em grande estilo. No mês que vem, o Cine Santa Tereza, na Praça Duque de Caxias, será finalmente reaberto aos admiradores da sétima arte com o status de primeiro cinema público de rua da capital. Construído em 1942, com projeto do arquiteto italiano Raffaello Berti (1900-1972), o local, que contemplará todo o universo audiovisual além da sala escura, está na fase final de obras, embora já exibindo todo o clima propício à cultura, à diversão e, principalmente, ao prazer de se assistir a um bom filme num lugar concebido para isso.

O novo equipamento vai se chamar MIS Cine Santa Tereza, pois está vinculado ao Museu da Imagem e do Som (MIS) da Fundação Municipal de Cultura/Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Os ingressos serão gratuitos, com exibições de quarta-feira a domingo, contemplando filmes de arte, produções independentes e autorais, mostras especiais e outros nacionais e mineiros, entre longas, curtas e documentários. Para a abertura, será apresentado um filme de cineasta mineiro, recém-restaurado. O nome da película ainda é surpresa, mas a data poderá ser 5, 10 ou 18 de abril. “Trata-se de mais uma iniciativa para levar as pessoas para a rua, tirá-las dos ambientes fechados, como vem ocorrendo ultimamente com a Virada Cultura, a interdição do Viaduto Santa Tereza, uma vez por mês, o carnaval e outros eventos”, diz o presidente da FMC, arquiteto Leônidas Oliveira.

Leônidas explica que, nos últimos anos, foram gastos mais de R$ 4 milhões para recuperar e equipar o prédio em estilo art déco, sendo de início empregados recursos de R$ 1,5 milhão da empresa Vale, quando o local se transformaria em centro cultural. “Nos últimos dois anos, nos esforçamos para dotar o prédio de todos os equipamentos, fazer o tratamento acústico e comprar tudo de qualidade. Só o projetor 4k, com altíssima resolução de imagem, custou R$ 1,1 milhão”, afirma o presidente da FMC.

Entusiasmado com a recuperação do Santa Tereza, um patrimônio protegido, que terá outras novidades além da tela grande, Leônidas ressalta que esse é o primeiro dos antigos cinemas de rua de BH a voltar a funcionar como sala de projeção. Muitos dos pioneiros seguiram caminhos diversos, bem longe da sua função original: viraram igrejas evangélicas, estacionamento ou pegaram fogo. “Nossa maior alegria é trazê-lo de volta como cinema, no Bairro Santa Tereza, que é tombado pelo município. Na verdade, é uma sala de todos os belo-horizontinos”, afirma o dirigente.

NO ESCURINHO Na tarde de ontem, as gestoras do MIS Cine Santa Tereza, Ana Amélia Lage Martins, e do MIS, Siomara Faria, mostraram o espaço, em primeira mão, ao Estado de Minas. Foi como um trailer de um filme que promete sucesso, depois da longa espera e muita expectativa. O barulho no ambiente, por enquanto, é das furadeiras e não de uma boa trilha sonora, nem o movimento é da plateia, e sim dos trabalhadores. Mesmo assim, há conforto nas 122 poltronas vermelhas, com braço de madeira, tela grande e projetores de última geração à espera do público. “Procuramos oferecer comodidade e ser fiéis às poltronas originais”, diz Leônidas.

Com área construída de 1,1 mil metros quadrados e dividido em dois pavimentos, o MIS Cine Santa Tereza terá, no primeiro andar, no nível da praça, uma sala multimeios com isolamento acústico para exposições, oficinas, palestras, residência artística, ações educativas e outras atividades. No mesmo nível, os moradores e visitantes terão a seu dispor uma biblioteca integrada à rede municipal, contendo obras específicas sobre as artes audiovisuais, especialmente o cinema, além de acervo destinado ao público infantil, obras literárias, de humanidades, ciências sociais, enfim, do conhecimento. Para incrementar o setor, a FMC adquiriu recentemente mil títulos e vai oferecer também videoteca.

Percorrendo os corredores e ambientes, Ana Amélia, com mestrado e doutorado em ciências da informação, e Siomara, com mestrado na área de cinema, ressaltam a preocupação com a qualidade dos equipamentos. Na sala de projeções, Ana Amélia adianta que o local está preparado para exibir filmes em película, contando com um equipamento de 35mm.

USOS Pintado de verde, o prédio já teve vários usos, desde que encerrou as atividades em fevereiro de 1980. Desde então, foi danceteria e casa de shows – o Cine Tereza Cine Show –, onde se apresentaram grandes astros da música, e outras boates, algumas polêmicas. “Agora, volta a ser uma sala escura de cinema”, diz Siomara, lembrando que o MIS completa 21 anos, pois incorporou o Centro de Referência Audiovisual (Crav) criado em 1995. “Este cinema de rua, recuperado, vai na contramão de todos os que sumiram da cena cultural de BH.” Ana Amélia acrescenta que o MIS Cine Santa Tereza promoverá mostras, festivais e lançamento de filmes. 

Além do acervo sobre artes visuais, a biblioteca, que já adquiriu mil títulos, terá obras destinadas ao público infantil e literárias  (FOTOS: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

Além do acervo sobre artes visuais, a biblioteca, que já adquiriu mil títulos, terá obras destinadas ao público infantil e literárias

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O ARQUITETO

O italiano Raffaello Berti (1900-1972) nasceu em Colla Salvetti, na Província de Pisa. Chegou a Belo Horizonte em 1929 com a intenção de passar apenas seis meses. Ficou até o fim dos seus dias. Participou da fundação da Escola de Arquitetura da UFMG, onde lecionou desenho artístico, arquitetura paisagística e composição decorativa. Fez mais de 500 projetos em BH e no interior de Minas, entre eles o prédio da prefeitura, o Cine Metrópole (demolido), hospitais, escolas e residências em estilo art déco e alguns já com linhas modernistas. O Cine Santa Tereza, também com projeto de Berti, começou a funcionar em 1944.

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FONTE: Estado de Minas.

 


Construtoras abandonam ‘esqueletos’ em Belo Horizonte

Conrado adquiriu um apartamento em 2009, mas ainda enfrenta a burocracia do poder público
Conrado adquiriu um apartamento em 2009, mas ainda enfrenta a burocracia do poder público

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O casal Jaqueline e Leonardo Crespo adquiriu, em 2010, um apartamento de quatro quartos na planta no edifício Cambará, no Buritis. Recém-casados, os dois aguardavam ansiosos pela entrega das chaves, marcada para novembro de 2012, e depois adiada para agosto de 2014. Porém, até hoje, só a fundação foi feita e a estrutura não saiu do chão. A obra está abandonada. Tapumes foram danificados e ferragens, saqueadas.
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“Paguei R$ 200 mil e nunca mais vi a cor do dinheiro. Fizeram apenas a fundação e depois disso nenhum operário entrou lá. Isso só tem um nome: calote”, lamenta o administrador de empresas.
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Assim como os Crespos, advogados especialistas no mercado imobiliário estimam que pelo menos duas mil famílias em Belo Horizonte estejam atualmente na mesma situação. Pagaram todo o preço ou parte expressiva do imóvel às construtoras, investiram o futuro e as economias, mas viram o sonho da casa própria virar pesadelo.
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“Entre 2011 e 2012, construtoras em dificuldade financeira retardaram o andamento das obras. Mas alguns empreendimentos em execução foram totalmente paralisados, restando somente o esqueleto. Há casos em que a empresa sequer subiu um tijolo ou capinou o lote”, descreve o advogado Tiago Soares Cunha, da Viana e Cunha Advocacia e Consultoria Imobiliária.
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Segundo ele, o cenário atual não é mais de atraso, mas de abandono de obras. “É como se, 20 anos depois, o episódio da Encol estivesse se repetindo na nossa frente”, ressalta ele, referindo-se ao caso emblemático da empresa que, nos anos 90, foi à falência deixando um rombo bilionário no mercado, 45 mil mutuários de classe média lesados e milhares de funcionários sem salários e direitos trabalhistas.
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Drama
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Em matéria publicada em 19 de agosto de 2012, o Hoje em Dia contou a história de Leonardo e Jaqueline Crespo e o drama de “compradores reféns de construtoras”. À época, pouco tempo depois do casamento, eles ainda tinham a esperança de mudar para o novo endereço de 120 metros quadrados, de alto padrão, prometido pela construtora Habitare.
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Passados mais de três anos, a família cresceu, e já não guarda a ilusão. “A imagem que vemos na obra hoje é até pior, é desoladora. O pouco que tinha sido feito está quebrado e o lugar já foi invadido. Não conseguimos falar com a construtora e a Justiça não se posicionou”, diz Leonardo, que mora de aluguel com a esposa e o filho de dois anos.
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O advogado Lucas Bregunci também lamenta o rombo. Em 2010, a família dele comprou dois apartamentos no edifício Principalle, no Castelo. A promessa de entrega era 2012, mas hoje só há mato no local. “Nem as placas da construtora Dínamo estão mais lá. Estamos na Justiça, mas a essa altura é difícil achar patrimônio da empresa”, diz. No total, os Breguncis desembolsaram R$ 260 mil.
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Advogados da Habitare não retornaram ao pedido de entrevista. Já os representantes da Dínamo não foram localizados.

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Projeto de lei, apresentado pelo vereador Sérgio Fernando (PV), estabelece que a PBH não poderá conceder alvará de construção para empresa que tenha diretor que já abandonou obra. O prazo de quarentena seria de até 4 anos. Audiência pública sobre o tema está marcada para o dia 27 deste mês.
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Compradores se unem e buscam financiamento para assegurar a conclusão de edifícios
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Diante do abandono das obras, compradores de apartamentos estão se unindo em comissões, constituídas juridicamente, na tentativa de terminar a construção dos edifícios. Junto, o grupo de consumidores busca um financiamento a fim de não perder todo o dinheiro investido e ainda ficar sem o imóvel.
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O escritório Viana e Cunha Advogados assessora, atualmente, seis comissões. Uma delas é referente ao empreendimento Villa Umbria, no Ouro Preto. “É um processo complexo. Conseguimos a destituição da Habitare da condição de incorporadora e a anulação da hipoteca do terreno. A pendência hoje é o alvará de construção”, detalha Tiago Cunha.
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O Villa Umbria foi projetado com duas torres, sendo 36 apartamentos cada. No entanto, a construção de um dos prédios foi abandonada no 11º pavimento. No outro, só nove andares foram erguidos. Como o alvará foi expedido nos termos da lei antiga, para renovar a autorização a Prefeitura de Belo Horizonte pede a supressão de 14 unidades. Ou pagamento de outorga no valor superior a R$ 700 mil, segundo o advogado.
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“A gente quer retomar a obra, mas não consegue. Contratamos um escritório de construção civil que estimou em R$ 25 milhões a quantia necessária para terminar os dois prédios. A ideia é buscar um investidor, dar as escrituras como garantia e pagar o saldo devedor na entrega das chaves. Só que o poder público também dificulta nossa vida”, reclama o engenheiro de telecomunicações Conrado Teixeira Moreira.
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Em 2009, ele adquiriu um apartamento de quatro quartos e 120 metros quadrados no empreendimento de luxo, que teria quadras de esporte e três piscinas. Pagou R$ 200 mil.
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Vizinho ao Umbria, o empreendimento Lucy Rosembau também está no esqueleto. O contador Ebert Freitas faz parte da associação de adquirentes frustrados. “Pagamos quase R$ 400 por mês de taxa para custear despesas com advogado, vigilância e manutenção do local. Se não tivesse vigia, já tinham invadido o prédio”, ressalta.
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Segundo especialista, empresas têm burlado até norma de garantia real do empreendimento
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Por falta de mecanismos de controle, nem a proteção do patrimônio de afetação, criado em 2000 com a alteração da Lei de Incorporações, impediu que obras fossem abandonadas.
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A norma prevê que a construtora crie um CNPJ exclusivo para cada empreendimento, mas a adesão é opcional. Se fosse obrigatória, na prática, todos os investimentos e despesas referentes a determinado prédio em construção seriam movimentados em conta específica. Isso, em tese, livraria o comprador do risco de ser afetado pela falência ou dificuldade da empresa.
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No entanto, o presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-MG, Kênio Pereira, adverte para o fato de as empresas estarem burlando a norma mesmo em empreendimentos que contam com o patrimônio de afetação.
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“Temos constatado o resultado da falta de preparo de alguns construtores, que de forma inescrupulosa receberam milhões de reais de dezenas de compradores e, passados anos, nada aplicaram na edificação”, alerta.
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Além da Habitare e Dínamo, consumidores denunciam obras não terminadas ou sequer iniciadas pela Maio/Paranasa (Privillegio Residencial Buritis) e Dharma (Sublimes, no Fernão Dias), entre outras. Em nota, a Maio disse que a incorporação foi cancelada e que negocia individualmente com os compradores. Representantes das outras empresas não foram localizados.

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Para evitar o desvio do dinheiro pago por imóveis na planta à construtora, Kênio Pereira orienta para o fato de que entre os representantes da comissão, responsável por fiscalizar a obra, devem estar profissionais especializados, como engenheiros, advogados e contadores.

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FONTE: Hoje Em Dia.


Câmeras de segurança flagram furto de carro no Bairro Santa Tereza

Veículo foi furtado no último fim de semana na Rua Teixeira Soares, na Região Leste de Belo Horizonte

Reprodução

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A polícia está à procura de um homem que furtou um carro no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte. A ação do criminoso foi flagrada por câmeras de segurança de prédios localizados na Rua Teixeira Soares. O dono do veículo afirma que travas de segurança não conseguiram conter a ação. O suspeito ainda não foi identificado.
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O funcionário de um clube da região, de 23 anos, dono do carro afirma que depois do expediente do último fim de semana não encontrou o carro no local onde estacionou. “Achei que a BHTrans tinha rebocado, mas depois vi que se tratava de um assalto. Procurei nos prédios vizinhos as câmeras de segurança e nas imagens dá para ver a ação”, disse o jovem.
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No vídeo, o suspeito do crime vai até o carro e parece olhar dentro dele. O homem disfarça e sai de perto do veículo. Ele volta duas vezes no automóvel, no que parece esperar um momento certo para o furto.
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Na última volta, ele se aproxima da porta do motorista, mexe na maçaneta e entra no carro. Em poucos segundos, ele dá ré, manobra o veículo e foge. A situação revoltou o funcionário. “Tinha tranca e alarme, mas mesmo assim não impediu. Não tenho seguro. Essa foi a segunda vez que roubam um carro meu aqui na região. A outra foi na Rua Salinas”, contou. A polícia ainda não tem pistas sobre o suspeito.
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As imagens foram enviadas pelo wahtsapp do em.com.br. Se você tem alguma denúncia ou informações podem mandar para 8502-4023.

Assista as imagens da ação

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FONTE: Estado de Minas.


Bairro Santa Tereza, um dos mais tradicionais de BH, é tombado

Santê

Trezentos imóveis entre casas, igrejas e praças compõem a lista.
Objetivo é preservar cultura, história, tradição e influência musical.

Santa Tereza – tombamento

Ao todo, 288 imóveis, entre residenciais e comerciais, foram listados, além da praça Duque de Caxias, o Mercado Distrital e a Igreja de Santa Tereza

Parte do bairro de Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte, será tombada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural. A decisão saiu na tarde desta quarta-feira (4), em votação unânime.

 

Santa tereza a um passo do tombamento
Nascido, criado em “Santê”, Nilo Beleza teme que casas possam dar lugar a edifícios

“Tombar? Só se for para proteger. Para jogar no chão e construir um prédio no lugar, nunca”. O desejo do aposentado Nilo Borges Beleza, de 72 anos, poderá virar uma ordem. Nascido, criado e residente do Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte, ele e milhares de moradores do bairro estarão atentos, nesta quarta-feira (4), à reunião do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município. Na pauta do encontro, a votação do tombamento coletivo de “Santê”, como muitos têm o costume de chamar a localidade.

Um dossiê sobre o tema será apresentado e debatido. Guardado a sete chaves, o vasto material foi elaborado por técnicos da Fundação Municipal de Cultura (FMC) e da Diretoria de Patrimônio Cultural (DIPC). Conforme vem sendo dito nos bastidores, o documento sugere a preservação de cerca de 300 imóveis, entre públicos e privados. Porém, como o bairro é predominantemente residencial, mais de 90% dos bens a serem protegidos são casas e sobrados históricos.

Segundo a FMC, o tombamento coletivo do conjunto urbano chega para complementar medidas de preservação já existentes no local, que está inserido em uma Área de Diretrizes Especiais (ADE), instituída em 1996 com o objetivo de manter as características de valor histórico. “Essa tem sido a nossa política de patrimônio cultural em Belo Horizonte. É preciso preservar e valorizar imóveis e outros bens significativos para a memória da capital, sem deixar, é claro, de manter um diálogo com os moradores”, destacou o presidente da FMC, Leônidas Oliveira.

OPINIÕES DIVIDIDAS

Diálogo esse que ainda poderá render grandes discussões. A proteção não é unanimidade entre os moradores. De um lado, estão aqueles contra a verticalização e que abraçaram a nova proposta de preservação. Do outro, os que temem por possíveis depreciações nos valores de venda e a impossibilidade de promover alterações nas fachadas das residências.

“Tudo que for para o bem do bairro será bem-vindo. Porém, ainda não tivemos contato com o material elaborado pela prefeitura (dossiê). Fica complicado assumir uma postura contra ou a favor. O certo é que vamos defender os interesses das pessoas que moram aqui”, afirma o presidente da Associação Comunitária do Bairro de Santa Tereza, João Bosco Alves Queiroz.

O tombamento do conjunto urbano de Santa Tereza vem sendo discutido desde a década de 1990. Porém, o assunto só voltou à tona no ano passado, quando o Hoje em Dia mostrou, em primeira mão, em março de 2014, a real possibilidade.

Na reunião de logo mais, caso os conselheiros manifestem-se favoráveis à preservação, cada proprietário de imóveis selecionados terá prazo de 15 dias para posicionar-se contra ou a favor da decisão. Se não houver acordo, a questão será discutida em nova reunião do conselho, que tem autonomia para deliberar sobre a pertinência da proteção definitiva.

O bairro de Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, passa a ser tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (4). De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, foi realizado um estudo, que tem mais de 100 páginas, com características do bairro. Trezentos imóveis entre casas, igrejas, restaurantes, bares e praças compõem a lista de tombamento.

Além de preservar as edificações, o objetivo é de também preservar o bairro no que diz respeito a aspectos intangíveis como cultura, história, tradição e influência musical. “Santa Tereza não tem só o patrimônio arquitetônico e ambiental. Existe um patrimônio de cultura que transcende”, avalia Leônidas Oliveira, presidente da entidade.

No dossiê também há conversas com a comunidade para que o órgão pudesse ter subsídios para a realização do tombamento. Três mil famílias participaram de um abaixo-assinado, dando aval para que a prefeitura realizasse o tombamento

“Esse tombamento é muito significativo para Belo Horizonte. E nós apostamos muito nele. Nós trabalhamos dois anos com muito afinco. Fizemos um detalhamento muito grande em todas as casas, nas praças, das ruas de Santa Tereza. Os moradores também terão benefícios. Eles não pagarão mais IPTU, para conservarem as casas”, disse Oliveira, que também preside a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

A partir desta quarta-feira, se os imóveis tombados precisarem de algum tipo de restauração, reforma ou alteração na estrutura, vão precisar de uma autorização do conselho. Oliveira disse ainda que, com o tombamento, Santa Tereza deixará de ser alvo da “guerra pela verticalização” porque não somente os imóveis serão tombados, mas, sim a ambiência e todo o conjunto arquitetônico, paisagístico, urbanístico e cultural de patrimônio do bairro.

Com relação a uma possível desvalorização dos imóveis, Oliveira é claro. “Uma preocupação dos moradores é que perca o valor dos imóveis. Eu não acredito nisso. Hoje, na Europa, os centros históricos são os lugares mais valorizados da cidade. E esse processo vai acontecer no Brasil proximamente. Santa Tereza não tem só o patrimônio arquitetônico e ambiental. Existe um patrimônio de cultura que transcende”.

Com relação às festas populares feitas no bairro, como o carnaval, por exemplo, Oliveira explicou que com o tombamento não haverá limitação. Ainda segundo ele, o carnaval também faz parte do patrimônio imaterial do bairro e, por essa razão, não poderá ser retirado do local.

“O carnaval, as serestas, as manifestações de rua, o uso das praças têm que passar por um apoio maior da cidade, da Prefeitura de Belo horizonte, inclusive facilitando o acesso para a liberação do espaço para os blocos e para as pessoas”, afirmou Leônidas Oliveira.

FONTE: O Tempo, G1 e Hoje Em Dia.


Santa Tereza se transforma em polo gastronômico com bares descolados e tradicionais

Selecionamos 26 endereços para você ficar expert na região que os íntimos chamam de Santê

O bar Birosca s2 serve rolinho de primavera com carne desfiada, queijo minas e couve ao molho de mel. Clientes podem se instalar nas mesas ou em cadeiras de praia (ANDRÉ HAUCK/EM/D. A. PRESS)

O bar Birosca s2 serve rolinho de primavera com carne desfiada, queijo minas e couve ao molho de mel. Clientes podem se instalar nas mesas ou em cadeiras de praia
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Santa Tereza é o bairro boêmio de Belo Horizonte, onde estão casas conhecidas e tradicionais como Bolão, Parada do Cardoso, Köbes, Temático, Bartiquim e o folclórico Bar do Orlando, aberto em 1919 e frequentemente apontado como o mais antigo da capital mineira. Entretanto, ainda que a região não tenha o dinamismo de Lourdes (no vaivém de tendências), não parou no tempo. Nos últimos anos, vem ganhando casas de perfis distintos, nem sempre lembradas pelos visitantes ocasionais.
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Uma interessante mescla de novatos e veteranos tem se formado ali. Do clima descolado da Birosca S2 à simplicidade cativante do Bar do Xumba, há creperia, hamburgueria, cachaçaria, pizzaria, empório,restaurante italiano e até um bar inspirado no mundo fantástico dos duendes, fadas e bruxas. Surpresas aguardam quem tem olhar atento e está disposto a conhecer melhor aqueles quarteirões cheios de história. Aliás, perambular pelas ruas com jeito de cidade do interior já é um programa.

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Santa Pizza
O “catupiry de moranga”, mistura criada no local, é aplicado em pizzas como a de camarão. O ambiente é aconchegante e as redondas são assadas em forno a lenha. Rua Silvianópolis, 452. (31) 2555-8222.
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Birosca S2
Endereço dos mais disputados, reformulou o cardápio e tem no rolinho primavera com carne desfiada, queijo minas e couve ao molho de mel o petisco mais vendido. Rua Silvianópolis, 483. (31) 2551-8310.
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Bitaca da Leste
Apesar de minúsculo, opera como bar e empório. É possível tomar chope e comer torresmo de barriga em meio a queijos, doces e quitandas selecionados a dedo. Rua Salinas, 2.421. (31) 9117-1563.
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Old Bar
Além de espaguetes, o chef Beto Farias prepara petiscos como a polenta frita com provolone e parmesão, uma das especialidades da bar. Rua Alvinópolis, 122A. (31) 3075-0691.
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Primelli
O forte do restaurante, que tem mesas ao ar livre, são as massas feitas no local, como o fagottini de camarão. Há também risotos, como o de alho-poró com salmão. Rua Alabastro, 49. (31) 3421-3008.
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Godofredo
Fundado por Gabriel Guedes, filho do cantor e compositor Beto Guedes, tem agenda intensa de shows. Membros do Clube da Esquina costumam comparecer. Rua Paraisópolis, 738. (31) 3483-6341.
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La Crepe
Nada menos que 33 crepes salgados e doces formam o cardápio, com sabores como camarão com palmito e goiabada com requeijão. Rua Dores do Indaiá, 84. (31) 2552-1317.
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Clube Mineiro da Cachaça
Se for difícil escolher uma entre as 900 cachaças disponíveis, peça a degustação de cinco doses. Para acompanhar, linguiça flambada (na branquinha, é claro). Rua Mármore, 373. (31) 9102-9405.
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Fundos da Floresta
Tem cachaça de São Tomé das Letras, duendes na decoração, rock na trilha sonora e visita de bruxa em noites de lua cheia. Rua Paraisópolis, 855A. (31) 9989-1465 / (31) 3461-8113.
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Odeon 
O bar, que fica num antigo sobrado, mudou de proprietários ano passado e investe na programação de shows, alguns deles de jovens compositores de BH. Rua Adamina, 125. (31) 2514-8487.
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In Casa 
Entre os hambúrgueres produzidos ali, a estrela é o que leva duas carnes e seis tiras de bacon. Rebata com milk shake de paçoca. Rua Tenente Freitas, 149. (31) 3457-8854.
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Bardagabi

As pedidas mais populares no bar são as batatas rosti, como a de filé com gorgonzola. Quinta tem jukebox e fliperama liberados. Rua Silvianópolis, 197.  (31) 9179-8576 e (31) 8885-6525.
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Diadorim 
O Vale do Jequitinhonha inspira a decoração, a variedade de cachaças e o cardápio, que tem na carne serenada (feita ali) um destaque. Empresta livros de graça. Rua Mármore, 600. (31) 8724-3630.
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Santa Praça
Um dos mais recentes bares do bairro. No quintal, há árvores, mesas e espaço para música ao vivo – shows de MPB e jazz são constantes. Praça Duque de Caxias, 306. (31) 3243-5993.
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Auguri 
Com mesas de madeira e pizzaiolos trabalhando diante do freguês, o ambiente é um dos trunfos da casa. Entre as redondas que saem do forno a lenha está a de presunto cru com queijo brie. Rua Alabastro, 38. (31) 3047-1004.
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Santê também tem
Baianera – Rua Bocaiúva, 3. (31) 2552-0660.
Bar do Orlando – Rua Alvinópolis, 460. (31) 3481-2752.
Bar do Xumba –  Rua Salinas, 1.173. (31) 3481-3128. 
Bartiquim – Rua Silvianópolis, 74. (31) 3466-8263.
Bocaiúva – Rua Paraisópolis, 550. (31) 3463-2812.
Bolão – Rua Mármore, 391. (31) 3463-0719. 
Desde 1999 – Rua Mármore, 758. (31) 9725-6515.

Espetinho Pimenta – Rua Salinas, 2.376. (31) 8877-9895.

Espetinho Pimenta

Espetinho Pimenta – Rua Salinas, 2.376. (31) 8877-9895.

Köbes – Rua Professor Raimundo Nonato, 31A. (31) 3467-6661.
Parada do Cardoso – Rua Dores do Indaiá, 409. (31) 3468-0525.
Temático – Rua Perite, 187. (31) 3481-4646.
Baianera – Rua Bocaiúva, 3. (31) 2552-0660.

FONTE: Estado de Minas.


Carnaval-2

Blocos de rua marcam carnaval de 2015 em BH e arrastam multidões

Alguns grupos ainda participam da programação de pós-carnaval.
Bairros Centro, Santa Tereza e Santa Efigênia receberam muitos foliões.

17.02 - Alegria não falta. Vista seu melhor sorriso e corre para curtir o último dia de folia em BH (Foto: Tábata Poline / G1)
Foliã curte o Juventude Bronzeada, em BH

Caiçara, Centro, Cidade Nova, Santa Efigênia, Santa Tereza. De jazz a samba, de marchinhas a música baiana, o carnaval 2015 em Belo Horizonte foi marcado pelo surpreendente crescimento de público e de blocos de rua. Na despedida da folia, nesta terça-feira (17), pelo menos dez grupos batucaram pelas avenidas da cidade e arrastaram multidões que pareciam querer adiar o fim do feriado.
O movimento que fez renascer a folia na capital não é novo. Começou em 2005, quando amigos se reuniram em alguns pontos da cidade para fazer um carnaval diferente, à moda mineira. Em 2009 os grupos se multiplicaram e começaram a atrair um público de fora da cidade.

Os mineiros mostraram o “jeitinho” acolhedor até para festejar e arrebanharam muitos foliões. Um pouco receosos com crescimento expressivo deste ano, muitos blocos de rua preferiram não se cadastrar na prefeitura. Ou se cadastraram, mas preferiram não ser divulgados. Mesmo assim, muitos turistas vieram e saíram atrás dos blocos. Dos mais conhecidos aos não divulgados.

17.02 - O "mestre dos magos mexicano" passou pelo carnaval de BH (Foto: Michele Marie / G1)
O “mestre dos magos mexicano”, em BH 

Até mexicano vestido de “mestre dos magos” se rendeu ao modo mineiro de “carnavalizar”. O personagem do desenho “caverna do dragão” foi visto no Bloco do Peixoto, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul, no início da tarde. A “Alice”, aquela do “País das Maravilhas”, também passou por lá com uma turma grande. Assim como as “mulheres-maravilha”, um grupo de chefs de cozinha que fez muita gente querer investir em culinária, e até um grupo que se cansou de sentir calor, e saiu de casa só de tolha. Afinal, é carnaval!

Mas se engana quem acha que a turma esperou a tarde para sair de casa. A animação começou cedo, com o pessoal do Juventude Bronzeada, no bairro Floresta, na Região Leste da capital. O sorriso no rosto e as pinturas no corpo eram presença certa.

Quem gosta de jazz curtiu o Bloco Magnólia, no Caiçara, na Região Noroeste. O grupo se inspirou nos cortejos de jazz de Nova Orleans e, com instrumentos de sopro, conquistou muitos foliões. Já as crianças se divertiram no Bloquim Dubem, no bairro Cidade Nova, na Região Nordeste. Com marchinhas de carnaval, muitos brinquedos e fantasiados à caráter, os pequenos lotaram o Parque Marcos Mazzoni.

Em Santa Tereza a festa foi intensa. Em todo canto havia um bloco de rua que puxava uma nova canção. O público, fiel, seguia e cantava em coro. Os blocos Balai Lama, Inocentes de Santa Tereza e Maria Baderna foram alguns dos que passaram por lá.

 

17.02 - Público começa a se reunir para show na Praça da Estação, em BH (Foto: Tábata Poline / G1)
Público começa a se reunir para show na Praça da Estação, em BH

A Praça da Estação também recebeu público durante todo o dia. Contudo, o show mais esperado estava marcado para a noite de terça. Dona Jandira, Delega Samba Clube, Alcova Libertina e Aline Calixto se reuniram para a despedida da programação oficial do carnaval na cidade. Outros blocos devem desfilar nos dias 21 e 22 de fevereiro. Eles encerram a folia no pós-carnaval em Belo Horizonte. Um festa intensa, visivelmente maior e que deixa gosto de quero mais em muita gente.

 

Eduardo Costa

De novo, o Carnaval mostrou que a solução para alguns dos males recorrentes de Belo Horizonte é a ocupação das ruas pela população. O que se viu nos últimos cinco dias foi algo realmente arrebatador e definitivo: se a gente quiser, vira o jogo e vive mais feliz nesta cidade. Não foi preciso ordem por ofício, reuniões intermináveis de gabinetes ou pronunciamentos pomposos. As pessoas simplesmente foram para a rua, se encontraram, felizes, não houve violência, nem trânsito engarrafado e nem queixas contra nosso jeito de ser.

Há décadas que defendo um modelo diferente para o nosso Carnaval. Essa história de fazer desfiles das escolas e dos caricatos na Afonso Pena está superada há 30 anos. Não que os sambistas ainda resistentes não mereçam nosso respeito; ao contrário, é em homenagem a eles e à inteligência que precisamos acabar com a conversa de quando todos já estão na avenida, esperando algo pelo menos razoável, e vem a justificativa esfarrapada de sempre: “Não foi possível fazer melhor, a verba só foi liberada pela Prefeitura há três dias…”

É simples. Quem quiser sair com um bloco só precisa avisar, por escrito, à prefeitura. Importante frisar que alguns grupos se recusaram a fazê-lo este ano, o que não é cidadão, não contribui para a ordem pública e não devia ser permitido. Avisada, a prefeitura se limitaria apenas a fornecer a estrutura básica, com fechamento de vias e instalação de banheiros. Por sua vez, a Polícia Militar garante a segurança. Não precisa gastar dinheiro público nem criar burocracias irritantes. Ninguém discorda de que se as ruas são ocupadas elas naturalmente se tornam mais seguras e a ausência de brigas ou vandalismos nos três primeiros dias me autorizaram a escrever essas linhas antes mesmo do término da folia.

O apelo é no sentido de que não tentem capitanear em cima das “Baianas Ozadas” ou de qualquer um dos blocos. Ano que vem tem eleição e, claro, vai aparecer um monte de espertalhão querendo assumir o filho bonito.

Que a cidade não permita retrocessos! Que a turma da tristeza não vença de novo! Que não seja necessário impor término da festa às 7h da noite! Que os mais cansados fiquem em casa (como eu), descansando, sem atrapalhar! E que os chatos viajem nos próximos carnavais, de preferência onde serão bem recebidos… Como em Guarapari, por exemplo!

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FONTE: G1, Hoje Em Dia e O Tempo.


MP nega pedido de moradores e mantém carnaval no Santa Tereza até as 19h

A decisão foi tomada no fim da tarde desta quarta-feira durante reunião no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). No encontro, a promotora afirmou que o som mecânico ou não, só poderá funcionar até as 18hs

carnaval

O Carnaval no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, irá até as 19h. A promotora Luciana Ribeiro da Fonseca, da Promotoria de Habitação e Urbanismo, não acatou o pedido da Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza (ACBST) para que o horário fosse estendido na região. A decisão foi tomada no fim da tarde desta quarta-feira durante reunião no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). No encontro, a promotora afirmou que o som mecânico ou não, só poderá funcionar até as 18hs.

O pedido para a extensão do Carnaval no bairro foi feito pela a Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza. Porém, a Polícia Militar (PM), a Belotur e Associação dos Amigos do Bairro Santa Tereza, se colocaram contra. Na primeira reunião sobre o tema, a Polícia Militar informou a dificuldade em montar um esquema de segurança no horário entendido por causa da falta de efetivo no 16º Batalhão para atender a esta demanda.A situação foi discutida nesta quarta-feira durante encontro, assim como o incidente que aconteceu no Bairro Santa Tereza no último domingo, quando três pessoas acabaram baleadas em uma festa pré-carnaval. “A promotora levou em consideração os argumentos da PM e da Belotur que acharam que a folia deveria terminar mais cedo para evitar problemas. O que aconteceu no domingo também foi discutido, mas temos que lembrar que a festa aconteceu sem a autorização da prefeitura e da PM”, explica o presidente da Associação dos Amigos do Bairro Santa Tereza, Luiz Góes.

O presidente comemorou a decisão e disse que era um desejo dos moradores do bairro. “Nós queríamos que o acordo feito no ano passado com o MP fosse mantido, assim como os moradores. Apenas a ACBST queria isso”, comenta Góes. Segundo ele, a PM vai aumentar a segurança na região, já que a previsão é que mais pessoas frequentem a zona boêmia neste ano em comparação com 2014.

O em.com.br tentou contato com a Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza (ACBST), mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.

FONTE: Estado de Minas.


Ele é o “rei do espaguete” em BH

Tudo começou com uma receita de bar. Hoje, o sucesso do macarrão e do rochedão fez do Bolão um point do ‘fim de noite’ na capital mineira

 

José Maria Rocha, o Bolão, sente orgulho dos dois carros-chefes do bar e restaurante: espaguete e rochedão (João Carlos Martins/Encontro)

José Maria Rocha, o Bolão, sente orgulho dos dois carros-chefes do bar e restaurante: espaguete e rochedão
Tim Maia e Rochinha foram alguns dos apelidos que José Maria recebeu quando tinha apenas seis anos de idade. Uma senhora que trabalhava na casa vizinha chegou a alertá-lo “não deixe que coloquem apelidos em você, porque isso pega”. Mas era tarde demais. Todos os amigos do bairro Santa Tereza, que fica na região leste de Belo Horizonte, já tinham trocado o nome dele por Bolão. Naquela época, eles jamais poderiam imaginar que a referência dada ao menino gordinho seria o nome de um dos bares mais conhecidos da capital, que já foi frequentado por inúmeros artistas.Aos 12 anos, Bolão já trabalhava no bar adquirido com muita dificuldade pela família, no bairro Santa Tereza. O pai, seu Rocha, já tinha feito “bicos” como pedreiro, carpinteiro, pintor e vendedor ambulante antes de conseguir montar o empreendimento. Com a ajuda da esposa, dona Maria, muito habilidosa no preparo de deliciosos salgadinhos, o lugar ficou bem movimentado.

Em um novo local, em frente à praça Duque de Caxias, o bar Rocha e Filhos tinha a missão de reconquistar a clientela. Depois de um tempo no novo bar, Bolão seguiu a sugestão de alguns clientes e incluiu o espaguete no cardápio. “Isso foi em 1970, eu tinha uns 22 anos e resolvi contratar a cozinheira de um bar que havia fechado no bairro e que servia espaguete. Ela ficou só três meses, mas foi o suficiente para eu aprender a fazer o prato”, conta.

O Bolão, tradicional ponto turístico do bairro Santa Tereza, já recebeu clientes ilustres como os músicos do Skank e do Sepultura (Rafael Barbosa/PBH/Divulgação)

O Bolão, tradicional ponto turístico do bairro Santa Tereza, já recebeu clientes ilustres como os músicos do Skank e do Sepultura

Bolão passou cerca de 10 anos preparando, ele mesmo, o espaguete, até que as irmãs assumiram o comando da cozinha. O sucesso foi tão grande que o bar passou a ser conhecido como Bar do Bolão e o slogan criado por ele ficou na mente dos clientes: “O rei do espaguete”.

Além do espaguete, outro prato muito apreciado é o rochedão, nada mais que um prato com arroz, feijão, batata, bife e ovo. “Não tem segredo nenhum a não ser o carinho no preparo. Eu acho que é justamente a simplicidade que faz a fama do rochedão”, explica Bolão.

Frequentadores famosos

O bar já foi considerado um reduto boêmio da capital, frequentado, desde os anos 70, por vários músicos. Na parede estão penduradas as provas disso: discos de ouro das bandas Skank e Sepultura, presentes concedidos ao amigo Bolão. “Eles sempre frequentaram o bar. Hoje, é mais difícil por causa dos shows. Ainda assim, o Henrique [Skank] e o Paulo [Sepultura] continuam aparecendo por aqui de vez em quando”, revela. Lô Borges e Paulinho Pedra Azul são outros músicos fiéis ao espaguete.

FONTE: Estado de Minas.


Confusão acirra debate sobre horário da folia no Santa Tereza  

Irregular. Evento de Carnaval realizado anteontem na praça Duque de Caxias terminou com três baleados

FONTE: O Tempo.


Pré-carnaval no Bairro Santa Tereza termina com tiroteio e três pessoas baleadas

praça_duque de caxias

Um ensaio de pré-carnaval realizado no Bairro Santa Tereza, um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, terminou com três pessoas baleadas na noite deste domingo. Os disparos foram efetuados na Praça Duque de Caxias, que fica ao lado da sede do 16º Batalhão da PM.De acordo com testemunhas, os tiros foram dados após uma confusão. Houve correria e pânico, uma vez que uma multidão participava da festa. A polícia acredita que os responsáveis pelos disparos tinham como alvo Wellington Oliveira Silva, de 27 anos. Ele foi alvejado por quatro tiros, sendo dois no abdômen e outros dois nas costas.

Mesmo ferido, Wellington conseguiu correr até a entrada do Batalhão da PM e foi levado por militares para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde permanece internado em estado grave.

Os outros feridos foram socorridos por populares. Sérgio Emanuel de Oliveira, de 21 anos, levou dois tiros, foi levado ao João XXIII e já recebeu alta médica. A terceira vítima é um adolescente de 13 anos, atingido na perna. Ele está internado no Pronto-Socorro João XXIII, mas não corre risco de morrer.

Apesar da proximidade com o 16º Batalhão da PM, ninguém foi preso.

Executado

Outra ocorrência envolvendo o pré-carnaval de Belo Horizonte foi registrada no Bairro Vera Cruz. Na madrugada desta segunda-feira, Davidson Teixeira da Silva, 19 anos, estava em uma festa de pré-carnaval no Bairro Pompeia.

De acordo com informações do irmão da vítima repassadas à PM, Davidson deixou a festa em uma moto. Ele foi seguido por dois homens, cercado na Avenida dos Andradas e executado com sete tiros na cabeça.

Ouça as informações com André Santos

Fonte: Rádio Itatiaia

 

FONTE: Itatiaia.


Santa Tereza pode ter horário da folia estendido em 2015

Festa no ano passado foi limitada até as 19h para evitar transtornos aos moradores

 

Paulo Filgueiras/EM/D.A Press  4/3/12

O carnaval pode agradar e animar ainda mais os foliões no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de BH. A festa no ano passado foi limitada até as 19h para evitar transtornos aos moradores. Porém, as próprias famílias já admitem querer estender um pouco mais o horário da folia em 2015, desde que haja policiamento reforçado, banheiros químicos e a presença do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nas ruas da zona boêmia da capital mineira. Uma reunião marcada para segunda-feira entre as associações de moradores e a Belotur  vai acertar os últimos detalhes.

A Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza realizou outros dois encontros com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Polícia Militar para definir alguns pontos onde serão realizadas as festas na região. Pelo menos 16 blocos, já cadastrados pela Belotur, vão circular pelas ruas do bairro. “Já entregamos o itinerário e os horários de cada bloco. Quatro ficarão em pontos fixos e outros 12 vão desfilar. Serão quatro itinerários, um deles saindo da Praça Floriano Peixoto”, diz o presidente da associação, João Bosco Alves Queiroz.

A reunião de segunda-feira ocorre no Cine Santa Tereza. A limitação de até 19h no ano passado foi tomada para evitar os tumultos, como ocorreu em 2013 e mesmo em 2014. Perturbação do sossego, transtornos no trânsito, atentado violento ao pudor, brigas, uso e tráfico de drogas foram as principais ocorrências. Entretanto, a definição do horário na folia de 2015 ainda divide opiniões. “Já ouvimos vários moradores. Alguns querem estender o horário, outros não. Tudo será resolvido na reunião”, afirmou Queiroz.

Sem festaPelo menos dois municípios mineiros não vão ter carnaval este ano. Santos Dumont, na Zona da Mata, e Formiga, no Centro-Oeste, decidiram cancelar as festas. A alegação das prefeituras é a crise econômica. 

“Temos recurso para fazer a festa, mas estaria desprendendo-o de outros serviços da área de saúde, educação e de infraestrutura”, disse o prefeito de Santos Dumont, Carlos Alberto Ramos de Faria (PP). Já o prefeito de Formiga, Moacir Ribeiro (PMDB), em entrevista coletiva, afirmou que a prioridade é o pagamento do salário dos servidores, que já chegaram a ficar atrasados.

 

FONTE: Estado de Minas.


 

Mais de 200 imóveis serão tombados no bairro Santa Tereza

 
Mais de 200 imóveis serão tombados no bairro Santa Tereza
Para manter aspecto do interior, mais de 200 imóveis serão tombados
O primeiro passo para a consolidação do tombamento coletivo do bairro Santa Tereza, região Leste, será dado no início do ano que vem, quando o estudo dos imóveis qualificados a passar pelo processo for entregue ao Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH). O órgão ainda não revela quais edificações serão protegidas, mas adianta que o número é superior a 200.
De acordo com a Diretoria de Patrimônio Cultural (DIPC), o tombamento dessas unidades é uma medida complementar à preservação já estabelecida pela Área de Diretrizes Especiais (ADE) do Santa Tereza, instituída em 1996 com o objetivo de manter as características de valor histórico locais.
“O tombamento do Santa Tereza tem o aspecto simbólico de preservar uma mancha urbana com características de cidade do interior. É diferente de se tombar um imóvel no bairro de Lourdes ou no Santo Antônio, onde a vida cotidiana, com seus aspectos de tranquilidade, já se perdeu. Acredito que o bairro será valorizado como um todo”, afirma o presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Leônidas de Oliveira.
Atualmente, o bairro já possui 13 imóveis tombados. O primeiro deles foi um chalé na rua Hermílio Alves, número 385, após reivindicação dos próprios moradores, a fim de evitar a construção de um prédio de 50 metros de altura no local, em 1998 – o edifício acabou sendo erguido, mas o chalé foi preservado à frente dele.
Impactos
Após a conclusão do levantamento dos novos imóveis a serem tombados, a DIPC vai elaborar um dossiê para cada um deles. Caso o CDPCM-BH manifeste-se favoravelmente ao tombamento provisório, o proprietário terá um prazo de 15 dias para posicionar-se contra ou a favor do processo.
Não havendo acordo, a questão será discutida em reunião do conselho, que tem autonomia para deliberar sobre a pertinência da proteção definitiva.
“Tombamentos sempre trazem mal-entendidos. Muitos proprietários sentem-se lesados antes de conhecer os benefícios que terão com o processo”, diz o diretor de Patrimônio da FMC, Carlos Henrique Bicalho.
Segundo ele, aqueles que concordarem com o processo poderão solicitar isenção de IPTU, caso o imóvel esteja em bom estado de conservação, e recursos para restauração por meio das leis de incentivo à cultura.
Outras contrapartidas propostas são: cadastro no programa “Adote um Bem Cultural”, que visa a parcerias com a iniciativa privada para restauração dos imóveis tombados; Transferência do Direito de Construir, que permite a venda do potencial construtivo não utilizado; e assessoria técnica especializada gratuita da DIPC ao arquiteto responsável pela reforma.
Reivindicação
O tombamento coletivo do Santa Tereza vem sendo reivindicado desde a década de 1990, quando a população rechaçou as propostas previstas pelo Plano Diretor da capital – dentre elas, a vertica-lização do bairro. Em abril de 1996, o movimento “Salve Santa Tereza” promoveu um abraço simbólico ao redor da praça Duque de Caxias, a mais emblemática da região, pedindo medidas que restringissem a descarac-terização do bairro.
Na época, um abaixo-assinado com 4 mil assinaturas foi encaminhado à Câmara Municipal. “Portanto, a proteção do Santa Tereza visa ao atendimento da demanda coletiva”, afirma a DIPC.
Proteção é polêmica entre os moradores
Para alguns moradores, os benefícios propostos pela DIPC não compensam a depreciação do valor de venda e a impossibilidade de promover alterações nas fachadas das casas. “A gente nota aqui que os imóveis tombados são sinônimos de imóveis abandonados. Acho que temos problemas mais graves que não estão sendo olhados”, lamenta Esther Magalhães, de 85 anos, moradora do bairro desde os 4.
O presidente da Comissão de Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais, Kênio Pereira, também é contrário ao tombamento por causa da desvalorização imobiliária que ele acarreta. “Quando ocorre esse processo, o proprietário perde a condição de negociar o imóvel, porque ele se desvaloriza tremendamente. Isso é uma afronta ao direito de propriedade, uma vez que gera limitações”.
Por outro lado, o professor de Técnicas Retrospectivas do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Fumec, José Artur Fiuza, acredita que se não forem adotadas medidas de preservação do bairro, a tendência é a de que ele sofra um processo de verticalização, o que seria danoso em diversos aspectos.
“A construção de prédios muda o clima, o ambiente, o sombreamento, a incidência de luz solar, a ventilação, e culmina no adensamento de veículos. Tudo isso causa um desequilíbrio muito grande”, afirma.
Maria Auxiliadora Malacco, de 74 anos, mora no Santa Tereza desde que nasceu e defende o tombamento para a preservação da memória local, inclusive, a afetiva. “Meu pai construiu nossa casa em 1925. É um bairro tradicional, que precisa ser conservado”.
Tombamento valoriza vocação boêmia
A vocação boêmia do Santa Tereza, berço de movimentos culturais reconhecidos internacionalmente – a exemplo do Clube da Esquina – é uma das características mais marcantes do local, famoso pela tradição dos bares e restaurantes e das festas populares que arrastam multidões ao bairro, também chamado de “Santê” pelos mais íntimos.
“Isso aqui é a Lapa de Belo Horizonte. Fica perto do Centro, tem uma praça bonita e um aconchego familiar”, diz Sílvio Eustáquio Rocha, um dos proprietários do restaurante Bolão, inaugurado há 52 anos na praça Duque de Caxias.
“Não trocaria Santa Tereza por nenhum outro lugar, já enraizei aqui”, reforça Orlando Silva, do Bar do Orlando, cujo imóvel recebeu proteção definitiva há cerca de dois anos.
Para Leônidas de Oliveira, da Fundação Municipal de Cultura, o tombamento coletivo previsto para 2015 deverá valorizar ainda mais o aspecto boêmio do bairro. “Os proprietários serão beneficiados com a isenção do IPTU e os projetos de incentivo à cultura, entre outras coisas”.
Herdeiro da família Guedes – filho de Beto e neto de Godofrêdo – Gabriel, dono do bar que leva o nome do avô, defende todas as propostas que resultarem na manutenção e na promoção dos atrativos de Santê.
“Acho que Santa Tereza teve, tem e sempre vai ter essa característica interiorana e boêmia. É um bairro muito procurado por artistas, que se identificam com ele”.
ALÉM DISSO
Área de Diretrizes Especiais
A ADE Santa Tereza foi definida pela Lei 7.166/1996, que prevê a adoção de medidas especiais para proteger e manter o uso predominan-
temente residencial do bairro. A ADE determina a altura máxima para as edificações de 15 metros, com exceção dos lotes situados nas ruas Hermílio Alves, Mármore e Salinas, nas praças Duque de Caxias, Ernesto Tassini, Marechal Rondon e Coronel José Persilva, e no largo formado pelas esquinas das ruas Quimberlita, Tenente Freitas, Bocaiúva e Bom Despacho. Nesses locais, a altura máxima é de 9 metros.
PONTO A PONTO
– Entre 1925 e 1932, foram fundados em Santa Tereza três times de futebol, um clube teatral e o primeiro bloco carnavalesco do bairro
– Em 1937, foi inaugurada a praça Duque de Caxias, anteriormente chamada de praça de Santa Tereza, a principal de “Santê”
– A igreja matriz do bairro foi concluída em 1962, após 31 anos de obras
– No fim da década de 1960, surgiu um dos principais movimentos musicais brasileiros, conhecido internacionalmente: o Clube da Esquina, que ajudou a consolidar a região como a mais boêmia de Belo Horizonte
– Mais tarde, vieram Skank e Sepultura, fortalecendo a imagem de bairro “reduto” de artistas de vanguarda

FONTE: Hoje Em Dia.


 

HISTÓRIA DO BAIRRO SANTA TEREZA SERÁ PRESERVADA COM TOMBAMENTO DE 120 IMÓVEIS
Pressão de grupo de moradores pela conservação de imóveis do tradicional bairro de BH resulta em largada no processo de tombamento de construções históricas

Santa Tereza2

Quinze dias depois de adquirir uma casa de 1920 em ruínas, na Rua Capitão Procópio, 18, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte, o engenheiro José Liberato, de 53 anos, recebeu, em 2004, um documento da prefeitura autorizando o antigo dono a demolir o imóvel e vender o terreno para uma construtora. “Salvei a casa”, comemora até hoje o morador. Ele conta que fez uma pesquisa histórica para reformar o imóvel e preservar o estilo eclético. Depois, elaborou um memorial para pedir o tombamento da propriedade ao Conselho Municipal do Patrimônio. Conseguiu. A exemplo do engenheiro, outros moradores do bairro, considerado um dos mais tradicionais da capital mineira pela sua importância histórica, cultural e arquitetônica, unem forças na luta contra a verticalização e pela manutenção de seu ar de interior. 


O tombamento não é consenso entre os donos de imóveis afetados, mas, na quarta-feira, o grupo que o defende teve uma boa notícia. Durante reunião organizada pelo Movimento Salve Santa Tereza, o representante da Diretoria de Patrimônio Histórico da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Carlos Henrique Bicalho, anunciou que cerca de 120 bens de interesse histórico, cultural e arquitetônico do bairro, mapeados em 1998, serão tombados.

Desde 19 de novembro, o Movimento Salve Santa Tereza, criado para defender a Área de Diretrizes Especiais (ADE) do bairro e mobilizar sua população para atuar institucionalmente para esse fim, vem batalhando pela preservação dos imóveis antigos. Um abaixo-assinado pedindo a proteção do conjunto urbano e arquitetônico foi entregue à Fundação Municipal de Cultura, que abriu processo de tombamento. Reunião na quarta-feira no antigo Bar Odeon, na Praça Duque de Caxias, buscou esclarecer como será a iniciativa.

Segundo a arquiteta Karina Carneiro, integrante do movimento pela preservação do bairro, o Mercado Distrital de Santa Tereza, onde há projeto para a construção de uma escola profissionalizante, ainda não faz parte da lista de bens em processo de tombamento. “O mercado ainda não tinha aparecido como equipamento de referencial simbólico para o bairro. Ele não figurava nas pesquisas que eram feitas com os moradores, mas durante a reunião, constatamos a necessidade de incluí-lo na mancha de proteção”, afirmou Carlos Henrique Bicalho, representante da Fundação Municipal de Cultura. Segundo ele, “é importante que os instrumentos da ADE, que já atende o bairro em termos de proteção, e do tombamento atuem juntos para fechar o ciclo da preservação de Santa Tereza”.

O processo de tombamento dos imóveis do bairro deve ser concluído em três meses, pois o inventário ainda está sendo feito. Depois, o trabalho será apreciado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município.

Quem é contra

Santa Tereza3

A professora Silvana Magalhães preserva a construção, mas defende liberdade de proprietários

Moradores de casas antigas do Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, não têm opinião unânime quando o assunto é tombar seus imóveis como patrimônio histórico. Em reunião quarta-feira com a Diretoria de Patrimônio da Fundação Municipal de Cultura, eles foram esclarecidos sobre os benefícios da operação. Mesmo assim, proprietários como a professora Silvana Magalhães, de 54, que vive em uma casa do início do século passado na Rua Eurita, não se convenceram. Ela é contra o tombamento da construção – que foi restaurada e chama a atenção pela beleza –, por considerar que o dono perde liberdade de dispor sobre a propriedade. “A casa foi dos pais do meu marido e a gente já cuida muito bem dela. Mas, com o tombamento, perdemos autonomia sobre uma coisa que é nossa. Nada que é obrigatório é bom”, disse 


Tombamento no Santa Tereza gera desconfiança de moradores

bairro santa tereza
Proposta tem intenção de preservar as características do bairro

O possível tombamento do conjunto arquitetônico e urbanístico do bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte, divide opiniões entre os moradores do histórico reduto boêmio e cultural. Mas proprietários dos imóveis poderão recusar a proteção.

O tombamento, a ser votado até maio pelo Conselho do Patrimônio, foi anunciado pelo presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Leônidas Oliveira, em entrevista ao Hoje em Dia, na última segunda-feira.
A proteção será semelhante à aplicada no bairro Cidade Jardim, na região Centro-Sul, em abril de 2013. Ainda não há definição de quantos e quais imóveis serão contemplados. Segundo Leônidas, um perímetro foi definido na área mais antiga do Santa Tereza. Porém, nem todos os imóveis serão protegidos nessa área, apenas os de interesse histórico, arquitetônico e urbanístico.
Temor
Antes mesmo de sair do papel, a proposta já gera polêmica no Santa Tereza. Se por um lado a preservação das características do bairro é bem vista, por outro, há o medo de perda do valor de mercado nos imóveis a serem tombados.
Para o presidente da Associação Comunitária do bairro Santa Tereza, Ibiraci José do Carmo, coletivamente a proposta é boa, mas individualmente é ruim. “Infelizmente, alguns ganham e outros perdem”, afirma.
A professora Kátia Regina Alves, de 54 anos, vê com desconfiança a proteção. A casa dela é quase centenária, em frente à Praça Duque de Caxias, mas não quer as restrições. “Hoje eu não penso em vender ou reformar, mas se amanhã eu quiser? Gostaria que impedissem a verticalização, mas sem restringir ou burocratizar modificações na casa”, opina.
Já o construtor Dante Coacci, de 60 anos, aprova a medida para evitar a verticalização do bairro. “Mas ainda desconfiamos de alterações na Área de Diretrizes Especiais (ADE), como fizeram no Cidade Jardim”, diz.
Vantagens
O tombamento é visto como uma vitória pelo Movimento Salve Santa Tereza, que organizou um abaixo-assinado pedindo a proteção. Para Rafael Barros, integrante do grupo, a medida protege a história da urbanização de BH, preservada nas características do bairro. “Nossa ADE é omissa sobre a proteção do patrimônio histórico. Vários imóveis foram demolidos”, afirma.
Segundo o presidente da FMC, Leônidas Oliveira, quem tiver a casa tombada poderá recusar a proteção. Porém, se o Conselho de Patrimônio deliberar pela importância do imóvel, o processo pode ser imposto. Ele diz que o objetivo é impedir a verticalização do bairro e manter a ambiência urbana atual.
“Os imóveis tombados têm isenção do IPTU, podem pedir recursos para restaurações e vender o direito de construir para outro ponto da cidade. Não há perda de valor imobiliário, pois já existe restrições da ADE, que serão mantidas”, explica Oliveira.
Proteção causou descontentamento no Cidade Jardim
Moradores do bairro Cidade Jardim, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, querem reverter a proteção imposta a cerca de 75 imóveis na localidade, em abril do ano passado. Segundo o presidente da Associação de Moradores, Alair Gonçalves Couto Filho, um abaixo-assinado com 140 nomes pedem o fim do tombamento.
O motivo seria a burocratização e impossibilidade de modificações nos imóveis. “Os donos não gostaram do tombamento. As regras da nossa Área de Diretrizes Especiais (ADE) já são muito restritivas, com altimetria máxima de nove metros e coeficiente de aproveitamento em 0,8. Foi um exagero essa nova proteção, além de não ter tido debate com a comunidade”, diz Alair.
Para a presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção Minas Gerais (IAB-MG), Rose Guedes, há grande resistência no tombamento por parte de algumas pessoas. Ela diz que o processo protege a qualidade de vida e qualifica o espaço. “É preciso saber dos direitos quanto aos tombamentos, falta conhecimento dessa lei”, afirma.
Ela ainda defende que a medida seja levada para outros bairros, como, por exemplo, o Prado.
Novo tombamento
Além do bairro Santa Tereza, a Pampulha deverá passar por processo semelhante.
Segundo o presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Leônidas Oliveira, está em estudo expandir o tombamento ao redor da orla da lagoa. O ato faz parte da tentativa da cidade de classificar o cartão-postal como Patrimônio da Humanidade junto à Unesco.
FONTE: Hoje Em Dia.

Abre alas, BH
CARNAVAL 2014 » Com aval do mestre

Martinho da Vila celebrou o retorno das promoções populares em BH (GLADYSTON RODRIGUES/EM/D. A PRESS)
Martinho da Vila celebrou o retorno das promoções populares em BH

A invasão dos blocos nas ruas e avenidas de Belo Horizonte entusiasma o cantor e compositor Martinho da Vila, que, na noite de ontem, faria show para milhares de pessoas na Praça Rui Barbosa (Estação), na Região Centro-Sul da capital. “É um fenômeno que está crescendo em todo o país, inclusive no Rio de Janeiro. Durante muito tempo, o carnaval de BH ficou devagar, devagarinho, mas agora está acontecendo de novo com os blocos”, brincou Martinho, ao citar um dos seus grande sucessos. Para o artista de 76 anos e com muito tempo de folia, a sua participação neste ano será dividida entre Minas e Pernambuco, uma forma, segundo ele, de recarregar as baterias.

Na tarde de ontem, num hotel na Avenida Afonso Pena, no Bairro Serra, na Região Centro-Sul, Martinho destacou o clima espontâneo dos blocos carnavalescos, que, na capital, são em número de 200, dos quais 150 cadastrados na Belotur. “Bloco é bom, porque cada um inventa a sua fantasia, não precisa de ensaio. São mais livres, as pessoas saem para se divertir, bem diferente de uma escola de samba, onde cada componente parece um ator”, afirmou.

Martinho lembrou que as escolas cresceram muito: “A minha primeira escola, a Aprendizes da Boca do Mato, tinha 400 integrantes e, hoje, só uma bateria tem esse número”. Na percepção do compositor, os bailes nos clubes também estão voltando a todo vapor, como era moda até por volta dos anos 1980. “No Rio, isso está ocorrendo, principalmente com bailes infantis. O carnaval é assim, um eterno vaievém.”

Depois de uma longa temporada de calor, o tempo mudou na cidade e Martinho sorriu ao ouvir que ele trouxe a chuva. “Deu uma refrescada, mas o show será quente.” Na terça-feira, às 16h, será a vez de Mart’Nália mostrar seu talento no Palco Especial da Savassi (Avenida Cristóvão Colombo com Getúlio Vargas), dentro do Projeto Estação do Samba.


 (Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

O bloco Então Brilha (acima) arrastou 1,5 mil pessoas ontem pela manhã em BH. A concentração começou às 9h, na Rua Guaicurus, Centro, para encher de alegria, humor e criatividade a Avenida Santos Dumont e a Praça da Estação. Sinal mais que evidente de que a folia de rua é o tom da cidade no carnaval. Ao longo do dia e à noite, a alegria de Momo correu de norte a sul e de leste a oeste puxada por blocos coloridos, movidos a descontração e muito samba, como o Calixto, que desceu do Bairro São Pedro embalado por cerca de 5 mil foliões.  A animação promete ser mais quente hoje, amanhã e depois.




Briga de gente grande

 ( YASUYOSHI CHIBA/AFP )


O Cordão do Bola Preta (E), do Rio de Janeiro, e o Galo da Madrugada (D), do Recife, não disputam apenas o título do bloco que mais arrasta foliões no planeta, mas também o de beleza e irreverência. Ontem, ficaram empatados no quesito público: 1,5 milhão de seguidores cada.


Interior pega fogo

Diamantina (abaixo), Ouro Preto, Mariana e São João del-Rei encheram suas ruas históricas de alegria e o colorido das fantasias. A promessa é de tempo quente até o último dia de carnaval também em outras cidades.

 (ramon lisboa/em/D.A Press)

CARNAVAL 2014 » Me chama que eu vou

Saindo da velha zona boêmia, vários bloquinhos participaram da folia, que se deslocou para a Praça da Estação  (EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
Saindo da velha zona boêmia, vários bloquinhos participaram da folia, que se deslocou para a Praça da Estação

Mais de 1,5 mil pessoas se concentraram ontem na Rua Guaicurus, velha zona boêmia, entre Curitiba e São Paulo, para acompanhar o desfile do bloco carnavalesco Então Brilha!, que seguiu em direção à Avenida Santos Dumont para depois se encontrar com o bloco Praia da Estação, já reunido na Praça da Estação, na Região Central de Belo Horizonte. Os foliões começaram a chegar a partir das 9h e, por volta das 10h30, a bateria estava a pleno vapor. O comando ficava por conta de um pequeno furgão. Se sobrava animação, faltavam banheiros químicos pelo caminho.

A engenheira Ivone Gomes, que mora em BH, comandava um dos blocos secundários. “Fundamos porque gostamos de dançar. Meu filho é regente do Baianas Ozadas. Resolvemos fazer esse grupo de dança baiana com uma ala para acompanhar o carnaval”, explica.

O arquiteto Gregório Fiorotti, de 38 anos, contou que não tem perdido a festa em BH. “Desfilei no domingo passado e hoje resolvi participar de novo”. Morador da capital , ele explica que tem deixado de viajar por causa do risco de acidentes nas estradas. “Ficar e poder participar é maravilhoso”, disse.

Além da diversão, os foliões enxergam nessas promoções uma possibilidade de ocupar as ruas, como observa o belo-horizontino Leonardo Lima, diretor de arte que mora em São Paulo. Essa é a segunda vez que ele volta a BH para passar o carnaval. “É completamente diferente da micareta que toca nas praias. Além disso, é uma oportunidade de as pessoas ocuparem o espaço público. Já que pagamos nossos impostos, temos o direito curtir a rua”, analisa.

A estudante de artes visuais Ana Paula Garcia concorda. É a terceira vez que ela opta por ficar na cidade no feriado, sempre acompanhando a folia. Ontem, ela começou o dia desfilando no Então Brilha! e se juntaria ao Praia da Estação. Hoje, pretende participar do Pena de Pavão e Krishina. “Já são três anos de Carnaval em BH e tem sido muito legal. É uma oportunidade que a gente tem de ocupar a cidade que é nossa. Muitos dos nossos amigos também ficaram por aqui”, disse.

Enquanto o Então Brilha reunia uma multidão, outros blocos que sairiam pela manhã demoraram a atrair foliões. Foi o que ocorreu com o Perigosas da Centro-Sul, na Avenida Álvares Cabral, com o Enche meu Copo, na Esplanada, o Cidade Love, na Cidade Nova, e o Lavô tá Novo e o Impresta 10, de Santa Tereza.

SANTA TEREZA

Inconformadas, várias pessoas usaram o Facebook para protestar com o que chamaram “o pior carnaval de todos” no tradicional bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte. A discussão se iniciou por volta das 19:30 de sábado (01 Mar 2014). Veja os comentários até a madrugada de sábado:

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Parabens aos DONOS do bairro, o carnaval ta sensacional!!!
  • 9 pessoas curtiram isso.
  • Luciana Coelho Onde vc está que tá bom?
  • Ana Lucia Rodrigues É verdade os donos do bairro conseguiram acabar com a festa . Uma pena ….. Vamos ver se amanhã melhorar
  • Fabiola Cerqueira Do Patrocinio Cheguei no bairro e achei q estava na quaresma!!!!! Triste
  • Regina Maria Duarte Sem comentários!
  • Renata Andrade Oq aconteceu gente?
  • Bira Da Quadra a partir de amanha vai melhora. O ano que vem poderá ser maravilhoso. O que precisamos é de nos envolver mais com as coisas do Bairro e participar mais. Eu pessoalmente gosto de carnaval e de festa. Organizada e respeitosa. Podemos ter tudo isto.
  • Fabiano Teixeira UMA BOSTA!!!!!!
  • Regina Maria Duarte Para quem mora no bairro e se envolve no dia a dia, os DONOS Do bairro estão fazendo à maneira deles.
  • Leonardo Augusto Giovanni Chantal, acabando o carnaval vamos fazer a associação dos comerciantes do bairro e resgatar a tradição do bairro. Pode ser?????
  • Leonardo Augusto Associação essa organizada e voltada para os comerciantes e moradores, faremos a vontade de todos e nao de meia duzia , se quizer ja temos 38 comerciantes revoltados com o que fizeram, e querem fazer o melhor . Estamos juntos ?????
  • Patrício Junior Pior carnaval de todos, isso que vocês queriam?
  • Simone Chantal Machado Chantal Machado Concordo Léo …não. tenho comércio. Mas zelo pelo bairro…um absurdo o que fizeram com o povo e o comércio …indignação
    ..
    .
  • Leonardo Augusto O bom é que todo mundo sabe uem fez isso , e na verdade 95% queria e 5% so que não mais foi bom, pois assim descobrimos quem é quem.
  • Ana Lucia Rodrigues Acabar com a música no alto dos piolhos às 18:00 foi um absurdo. Organização é uma coisa, acabar com a festa é outra .
  • Bira Da Quadra Leo é o que começamos a falar hoje. Conversar será o melhor caminho. Acho que temos que reunir todos para chegarmos ao equilibrio. Voce sabe que enquanto alguns queriam abrir totalmente o bairro outros queriam fecha-lo totalmente. E ai……..
  • Leonardo Augusto E ai que como falei 95% queria o caenaval e 5% nao queria , ai prevaleceu a minoria, ridiculo, o bar do Orlando Siqueira, nao poder abrir e ganhar seu dinheiro honesto por causa de meia duzia
  • Bira Da Quadra Leo – Nas tres reuniões tinham mais de 150 pessoas e em todas as tres reuniões, pediram a mesma coisa.Vamos esperar terminar o carnaval para podermos avaliar e imediatamente todos juntos começarem a planejar. Uma coisa é certa. Esta sendo uma tranquilidade com muita gente bonita na praça.
  • Leonardo Augusto Fazer o carnaval acabar as 19horas , alguns levando para o lado politico etc…. sinceramente Bira Da Quadra, estou decepcionado, tomara que melhore amanhã, e que o bar mais tradicional de santa tereza possa trabalhar , pois assim nao precisamos de nenhuma associação existente hoje. Sinceramente vcs nao tem ideia da revolta que criaram .
  • Fabiola Cerqueira Do Patrocinio Estou pensando aqui, só que eu conheço, tem 4 blocos que não vão sair em Santa Tereza, foram para outros bairros! Triste!
  • Rogério Roque Estamos juntos leonardo Augusto.Temos que entrarmos em acordo comum para que não percamos a boa tradição de bairro de bom carnaval e alegria!!!Estava muito além do esperado hoje.
  • Patrício Junior Santa teresa está SITIADA.
  • Bira Da Quadra Vá agora a praça ver. Estão todos la e foi acertado que o transito so vai ser aberto as 22 horas para que ã turma fique a vontade na Praça. Até defenso bateria ate as 22 horas, mas tem que haver decisão da maioria. Não se esqueça que o bairro tem muito idoso e que muitas vezes em dias comuns a baderna ia até de manha. Logo temos que entender que se sentindo incomodados se e mobilizaram. Temos que respeitar e conversar com todos para acharmos o BOM para todos. É assim que se constroi a democracia. É mesmo difícil. Tem que ter paciência e tolerância para chegarmos ao objetivo comum. Com respeito, organização e participação de todos, chegaremos lá. Temos que ser parceiros inclusive das questões de segurança do Bairro. Muitos reclamam mas poucos ajudam ou se envolvem. É como o ponto de ônibus. Todos querem ônibus passando na porta de sua casa mas não querem o ponto debaixo de sua janela.
  • Leonardo Augusto Eu so nao entendo como cidades históricas tem carnaval organizado tais como diamantina, sabara e tem mais idosos do aqui no bairro. Antigamente quando tinha banda santa era sensacional, pergunte a todos os moradores. Sao 4 dias dentre 365 que existe o carnaval, será que nao pode haver compreensão de meia duzia ? Amanhã farei de tudo para resgatar o melhor carnaval na praça duque de caxias, vou convocar a todos para que possamos fazer um excelente carnaval. E vou fazer de tudo para ano que vem , o carnaval de santa tereza seja igual 2013, mais nao sozinho .
  • Patrício Junior Estou com tigo e não abro.
  • Leonardo Augusto As vezes temos que pensar: será que esta todo mundo errado e so eu que estou certo? Tomar decisões em que estraga a diversão das pessoas pode ter um resultado bastante negativo
  • Bira Da Quadra A banda santa acabou porque saiu do controle.De tanta gente. Estamos vivendo um momento de comunicação. Mobilizam 30 mil pessoas em 30 minutos.Não podemos ser radicais. As coisas vão se ajustando com calma, respeito e entendimento. Temos que defender o de melhor para todos. E vamos continuar trabalhando. As regras foram estabelecidas anteriormente e devem ser cumpridas O bom senso fez com que hoje houvesse uma flexibilização que ocorreu com tranquilidade. Não podemos radicalizar. Vamos ajustando com tranquilidade Leo.
  • Vivian Ramos Santa Tereza tá morto.
  • Leonardo Augusto Respeito , mais nao concordo, eu e 95% dos moradores e comerciantes do bairro
  • Leonardo Augusto É so você olhar os comentários acima que verá tamanha indignação .
  • Bira Da Quadra to vendo e continuo vendo e trabalhando para todos
  • Leonardo Augusto Bira Da Quadra acho que nao vamos chegar a lugar algum, acho melhor você continuar fazendo o que você acha melhor , que eu vou fazer o que acho melhor para resgatar a tradição do bairro, antes que seja tarde . Um abraço.
  • Patrício Junior Leonardo, pode contar comigo.
  • Marcio Honorio A galera do “Pavão Misterioso” agradece a presença de todos e convoca todo mundo para amanhã novamente vir comemorar com a gente.Segunda e terça também tem.

    Foto de Marcio Honorio.
  • Cássio Sena Penso da seguinte forma do jeito que estava não podia continuar, aquela baderna na porta da casa das pessoas, mijando e tudo, mais melhorou na questão tranquilidade e segurança, mais concordo uma meia dúzia não dá, a população do bairro, na sua maioria do bairro naõ envolve para protestar, não vai votar em dia de eleição para presidente de associação, reunião no oásis , movimento salve Santa Tereza, não vai as reuniões tá aí o resultado não adianta reclamar e chorar o leite derramado.
  • Cássio Sena Temos que criar o movimento salve a Conselheiro Rocha, cegonheira o caramba
  • Bira Da Quadra o negocio é participar mais
  • Marcio Honorio Quando o povo se une em torno de um objetivo, ele consegue discutir e até mesmo impor a sua vontade. ” 1 + 1 é sempre + que 2″ ,já dizia o poeta do clube da esquina .

    Foto de Marcio Honorio.
  • Marcio Honorio Para mim, não importa a religião, a política , os promotores, ajudadores, apoiadores, etc. importa é que conseguiram “colocar esse bloco na rua”.
  • Flávia Alcântara Leonardo, Giovanne e comerciantes podem contar com meu apoio, temos que voltar a tradicao do bairro.
  • Jairo Inacio Engraçado… o Prefeitura faz da praça Duque de Caxias um canteiro de eventos o ano inteiro… uma única confusão que deu, diga-se de passagem que sem culpados pois não foi nada programado, cortam o carnaval do bairro… Aliás, nem confusão absurda foi, eu mesmo já cansei de ver coisa muito pior, como por exemplo gente tomando tiro na perna em plena rua mármore num domingo – sem carnaval nem nada… e isso em 199x… Enfim, na minha opinião, seja lá quem defendeu isso não conhece Santa Tereza e a mística que envole o bairro…
  • Elias Brito A boa tradição foi perdida a tempos, o que vemos agora é uma mistura de Funck, drogas, roubos, desordem, o bairro de charmoso estava se transformando em lugar perigoso. Como morador posso afirmar, segurança não tem preço, é o bem estar de nossas famílias que está em jogo. Não podemos colocar interesse financeiro a frente de tudo o tempo todo não, temos que pensar em um bem maior que é a comunidade que vivemos. Fico muito impressionado com o capitalismo selvagem de algumas pessoas, são capazes de tudo, passam por cima de todos para venderem latinhas de cerveja, o bem estar dos idosos, crianças e suas famílias não vale nada para eles, o negócio deles é vender bebidas, nada além! Melhor termos menos pessoas no carnaval, desde que sejam respeitosas, do que encher o bairro de pessoas que não respeitam nosso ambiente. Tb sou comerciante e não vou funcionar durante o carnaval, terei prejuízo financeiro neste momento, em contra partida acredito que com esta atitude estaremos contribuindo para resgatar a segurança e o charme do bairro, e durante o ano nós e nossos clientes poderemos desfrutar dos resultados.
  • Elias Brito Outro ponto que gostaria de abordar, a mais de três anos atrás tivemos uma alteração na lei de uso e ocupação de solo, todos os bares e restaurantes do bairro que mantinham suas mesas e cadeiras nas calçadas perderam seu direito de uso, seus alvarás simplesmente foram cassados. Estes são os estabelecimentos, Bolao , Bartiquim, Temático, Santa Pizza, Bar do Orlando, Bar do Pedro Lima, Baianeira , Parada do Cardoso, La Crepe, Petiscaldos, e Bar do Walmir. Fundamos a Associação dos Bares e Restaurantes para defender nossos interesses e conseguimos o direito de permanência, somos o único bairro de BH que ainda matem suas mesas e cadeiras em passeios com menos de 3 metros. Conseguimos o direito depois de muito luta e sacrifício, lembro que neste momento convidamos os donos de distribuidoras de bebidas do bairro para participar e nos apoiar, isso nunca aconteceu, nunca estiveram presentes em nada que realizamos para dar nem que fosse um apoio moral, agora quando a pipoca estoura para o lado deles e não vendem latinhas ficam revoltados. Pimenta nos olhos dos outros não dói! Boa noite para todos!
  • Pedro Lima É VERO
  • Pedro Lima o q nos do IMPRESTA 10 é poder brincar aqui no alto dos pihos,pode iu nao

FONTE: Estado de Minas e Facebook.

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Parabens aos DONOS do bairro, o carnaval ta sensacional!!!
  • 9 pessoas curtiram isso.
  • Luciana Coelho Onde vc está que tá bom?
  • Ana Lucia Rodrigues É verdade os donos do bairro conseguiram acabar com a festa . Uma pena ….. Vamos ver se amanhã melhorar
  • Fabiola Cerqueira Do Patrocinio Cheguei no bairro e achei q estava na quaresma!!!!! Triste
  • Regina Maria Duarte Sem comentários!
  • Renata Andrade Oq aconteceu gente?
  • Bira Da Quadra a partir de amanha vai melhora. O ano que vem poderá ser maravilhoso. O que precisamos é de nos envolver mais com as coisas do Bairro e participar mais. Eu pessoalmente gosto de carnaval e de festa. Organizada e respeitosa. Podemos ter tudo isto.
  • Fabiano Teixeira UMA BOSTA!!!!!!
  • Regina Maria Duarte Para quem mora no bairro e se envolve no dia a dia, os DONOS Do bairro estão fazendo à maneira deles.
  • Leonardo Augusto Giovanni Chantal, acabando o carnaval vamos fazer a associação dos comerciantes do bairro e resgatar a tradição do bairro. Pode ser?????
  • Leonardo Augusto Associação essa organizada e voltada para os comerciantes e moradores, faremos a vontade de todos e nao de meia duzia , se quizer ja temos 38 comerciantes revoltados com o que fizeram, e querem fazer o melhor . Estamos juntos ?????
  • Patrício Junior Pior carnaval de todos, isso que vocês queriam?
  • Simone Chantal Machado Chantal Machado Concordo Léo …não. tenho comércio. Mas zelo pelo bairro…um absurdo o que fizeram com o povo e o comércio …indignação
    ..
    .
  • Leonardo Augusto O bom é que todo mundo sabe uem fez isso , e na verdade 95% queria e 5% so que não mais foi bom, pois assim descobrimos quem é quem.
  • Ana Lucia Rodrigues Acabar com a música no alto dos piolhos às 18:00 foi um absurdo. Organização é uma coisa, acabar com a festa é outra .
  • Bira Da Quadra Leo é o que começamos a falar hoje. Conversar será o melhor caminho. Acho que temos que reunir todos para chegarmos ao equilibrio. Voce sabe que enquanto alguns queriam abrir totalmente o bairro outros queriam fecha-lo totalmente. E ai……..
  • Leonardo Augusto E ai que como falei 95% queria o caenaval e 5% nao queria , ai prevaleceu a minoria, ridiculo, o bar do Orlando Siqueira, nao poder abrir e ganhar seu dinheiro honesto por causa de meia duzia
  • Bira Da Quadra Leo – Nas tres reuniões tinham mais de 150 pessoas e em todas as tres reuniões, pediram a mesma coisa.Vamos esperar terminar o carnaval para podermos avaliar e imediatamente todos juntos começarem a planejar. Uma coisa é certa. Esta sendo uma tranquilidade com muita gente bonita na praça.
  • Leonardo Augusto Fazer o carnaval acabar as 19horas , alguns levando para o lado politico etc…. sinceramente Bira Da Quadra, estou decepcionado, tomara que melhore amanhã, e que o bar mais tradicional de santa tereza possa trabalhar , pois assim nao precisamos de nenhuma associação existente hoje. Sinceramente vcs nao tem ideia da revolta que criaram .
  • Fabiola Cerqueira Do Patrocinio Estou pensando aqui, só que eu conheço, tem 4 blocos que não vão sair em Santa Tereza, foram para outros bairros! Triste!
  • Rogério Roque Estamos juntos leonardo Augusto.Temos que entrarmos em acordo comum para que não percamos a boa tradição de bairro de bom carnaval e alegria!!!Estava muito além do esperado hoje.
  • Patrício Junior Santa teresa está SITIADA.
  • Bira Da Quadra Vá agora a praça ver. Estão todos la e foi acertado que o transito so vai ser aberto as 22 horas para que ã turma fique a vontade na Praça. Até defenso bateria ate as 22 horas, mas tem que haver decisão da maioria. Não se esqueça que o bairro tem muito idoso e que muitas vezes em dias comuns a baderna ia até de manha. Logo temos que entender que se sentindo incomodados se e mobilizaram. Temos que respeitar e conversar com todos para acharmos o BOM para todos. É assim que se constroi a democracia. É mesmo difícil. Tem que ter paciência e tolerância para chegarmos ao objetivo comum. Com respeito, organização e participação de todos, chegaremos lá. Temos que ser parceiros inclusive das questões de segurança do Bairro. Muitos reclamam mas poucos ajudam ou se envolvem. É como o ponto de ônibus. Todos querem ônibus passando na porta de sua casa mas não querem o ponto debaixo de sua janela.
  • Leonardo Augusto Eu so nao entendo como cidades históricas tem carnaval organizado tais como diamantina, sabara e tem mais idosos do aqui no bairro. Antigamente quando tinha banda santa era sensacional, pergunte a todos os moradores. Sao 4 dias dentre 365 que existe o carnaval, será que nao pode haver compreensão de meia duzia ? Amanhã farei de tudo para resgatar o melhor carnaval na praça duque de caxias, vou convocar a todos para que possamos fazer um excelente carnaval. E vou fazer de tudo para ano que vem , o carnaval de santa tereza seja igual 2013, mais nao sozinho .
  • Patrício Junior Estou com tigo e não abro.
  • Leonardo Augusto As vezes temos que pensar: será que esta todo mundo errado e so eu que estou certo? Tomar decisões em que estraga a diversão das pessoas pode ter um resultado bastante negativo
  • Bira Da Quadra A banda santa acabou porque saiu do controle.De tanta gente. Estamos vivendo um momento de comunicação. Mobilizam 30 mil pessoas em 30 minutos.Não podemos ser radicais. As coisas vão se ajustando com calma, respeito e entendimento. Temos que defender o de melhor para todos. E vamos continuar trabalhando. As regras foram estabelecidas anteriormente e devem ser cumpridas O bom senso fez com que hoje houvesse uma flexibilização que ocorreu com tranquilidade. Não podemos radicalizar. Vamos ajustando com tranquilidade Leo.
  • Vivian Ramos Santa Tereza tá morto.
  • Leonardo Augusto Respeito , mais nao concordo, eu e 95% dos moradores e comerciantes do bairro
  • Leonardo Augusto É so você olhar os comentários acima que verá tamanha indignação .
  • Bira Da Quadra to vendo e continuo vendo e trabalhando para todos
  • Leonardo Augusto Bira Da Quadra acho que nao vamos chegar a lugar algum, acho melhor você continuar fazendo o que você acha melhor , que eu vou fazer o que acho melhor para resgatar a tradição do bairro, antes que seja tarde . Um abraço.
  • Patrício Junior Leonardo, pode contar comigo.
  • Marcio Honorio A galera do “Pavão Misterioso” agradece a presença de todos e convoca todo mundo para amanhã novamente vir comemorar com a gente.Segunda e terça também tem.

    Foto de Marcio Honorio.
  • Cássio Sena Penso da seguinte forma do jeito que estava não podia continuar, aquela baderna na porta da casa das pessoas, mijando e tudo, mais melhorou na questão tranquilidade e segurança, mais concordo uma meia dúzia não dá, a população do bairro, na sua maioria do bairro naõ envolve para protestar, não vai votar em dia de eleição para presidente de associação, reunião no oásis , movimento salve Santa Tereza, não vai as reuniões tá aí o resultado não adianta reclamar e chorar o leite derramado.
  • Cássio Sena Temos que criar o movimento salve a Conselheiro Rocha, cegonheira o caramba
  • Bira Da Quadra o negocio é participar mais
  • Marcio Honorio Quando o povo se une em torno de um objetivo, ele consegue discutir e até mesmo impor a sua vontade. ” 1 + 1 é sempre + que 2″ ,já dizia o poeta do clube da esquina .

    Foto de Marcio Honorio.
  • Marcio Honorio Para mim, não importa a religião, a política , os promotores, ajudadores, apoiadores, etc. importa é que conseguiram “colocar esse bloco na rua”.
  • Flávia Alcântara Leonardo, Giovanne e comerciantes podem contar com meu apoio, temos que voltar a tradicao do bairro.
  • Jairo Inacio Engraçado… o Prefeitura faz da praça Duque de Caxias um canteiro de eventos o ano inteiro… uma única confusão que deu, diga-se de passagem que sem culpados pois não foi nada programado, cortam o carnaval do bairro… Aliás, nem confusão absurda foi, eu mesmo já cansei de ver coisa muito pior, como por exemplo gente tomando tiro na perna em plena rua mármore num domingo – sem carnaval nem nada… e isso em 199x… Enfim, na minha opinião, seja lá quem defendeu isso não conhece Santa Tereza e a mística que envole o bairro…
  • Elias Brito A boa tradição foi perdida a tempos, o que vemos agora é uma mistura de Funck, drogas, roubos, desordem, o bairro de charmoso estava se transformando em lugar perigoso. Como morador posso afirmar, segurança não tem preço, é o bem estar de nossas famílias que está em jogo. Não podemos colocar interesse financeiro a frente de tudo o tempo todo não, temos que pensar em um bem maior que é a comunidade que vivemos. Fico muito impressionado com o capitalismo selvagem de algumas pessoas, são capazes de tudo, passam por cima de todos para venderem latinhas de cerveja, o bem estar dos idosos, crianças e suas famílias não vale nada para eles, o negócio deles é vender bebidas, nada além! Melhor termos menos pessoas no carnaval, desde que sejam respeitosas, do que encher o bairro de pessoas que não respeitam nosso ambiente. Tb sou comerciante e não vou funcionar durante o carnaval, terei prejuízo financeiro neste momento, em contra partida acredito que com esta atitude estaremos contribuindo para resgatar a segurança e o charme do bairro, e durante o ano nós e nossos clientes poderemos desfrutar dos resultados.
  • Elias Brito Outro ponto que gostaria de abordar, a mais de três anos atrás tivemos uma alteração na lei de uso e ocupação de solo, todos os bares e restaurantes do bairro que mantinham suas mesas e cadeiras nas calçadas perderam seu direito de uso, seus alvarás siVer mais
  • Pedro Lima É VERO
  • Pedro Lima o q nos do IMPRESTA 10 é poder brincar aqui no alto dos pihos,pode iu nao
    • Sinara Cerqueira Patrocinio Neves Achei interessante um comentário: “porque Sabará, Ouro Preto, Mariana, …..
      conseguem ter carnaval organizado e nós de Santa Tereza não?”
    • Leonardo Augusto Estavamos no bolao como uma musica totalmente agradável quando as 19h me vem um fiscal e fala,
      agora ja deu tem que desligar pois o carnavak aqui tem que acabar as 19h , mais por que fiscal?
      Eu não sei te responder vc tem que perguntar as associações que tem no seu bairro. Por isso estou com essa indignação ,
      e nao me venha falar de idosos, pois as 21h o que mais tinha na praça era idoso
    BLOCO DO EU SOZINHO »Matando a sede da GALERA
     (RENAN DAMASCENO/EM/D.A PRESS<br /><br /><br /><br />
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    Eles são tão essenciais quanto o trio elétrico, a bateria e as meninas de shortinho curto. Carregam, muitas vezes, mais de 100kg, desbravando a multidão com a destreza de bailarino e força de estivador. Empurram o carrinho com o corpo, com um tufo de notas entre os dedos de uma mão e latas e garrafas na outra. Passam pedindo “licença” e gritando quase em coro: “um é três, dois é cinco” ou “um é cinco, três é dez real” – as duas únicas faixas de preço e promoção, que servem para vender de água mineral a uísque nacional, de cachaça com mel a copo de catuaba.

    O vendedor ambulante, equipado com um bem munido isopor – daqueles todo encapados com fita adesiva e isolante, encardidos e gotejando – é uma espécie de Messias para a sedenta multidão. É a ele que os foliões recorrem quando a pior das pragas se manifesta: a seca da cerveja. Ninguém o engana: “É R$ 4, né, moço?”. “Não, R$ 5”. É a lei de mercado: se a demanda é maior que a oferta, não há pechincha. E a procura é grande, garante Danilo, que estava com a família trabalhando a todo vapor no Bloco Então, Brilha, na região boêmia da capital, sonhando vender 40 fardos de latinhas apenas ontem.

    A cotação da cevada está tão em alta que o cantor Tiago Delegado, ao fazer a propaganda do CD com as marchinhas do Bloco da Calixto, no Santo Antônio, apelou para o câmbio: “Comprem o CD, gente. Custa o mesmo que dois latões”, argumentou. Na sexta-feira, quem chegou mais cedo ao Bloco Carna Velvet, na Savassi, teve uma regalia: “É meu personal ambulante”, me explicou uma garota, brincando com o número de vendedores, àquela hora maior que o de foliões.

    Mas se engana quem pensa que o lucro vem sem suor. O ambulante do isopor chega antes de todo mundo para estacionar a Kombi ou a Brasília – quando não chega de ônibus, suplicando a boa vontade do motorista para abrir a porta traseira para subir com a mercadoria. Também precisa lidar com a modernização: as famigeradas Fiorinos equipadas, que oferecem de cachorro-quente a macarrão na chapa, além de cerveja gelada.

    Não bastasse, o ambulante do isopor tem a concorrência dos vendedores de ocasião, como o estudante de engenharia civil Fabrício Soares, que comprou 3 mil latões para vender até quarta-feira. Ou ainda dos foliões que não querem gastar além da conta, que levam o próprio isopor – ou até carrinho de supermercado, dependendo da sede, como fez uma dupla de amigos do Bairro São Lucas, que desceu ziguezagueando até a Praça da Estação.

    A vida do ambulante do isopor é dura, mas tem seus refrescos. Solange, uma simpática vendedora no Bloco da Calixto, explica: “Tem uns malas, mas tem uns bonitinhos que adoram abraçar a gente”.

    FONTE: Estado de Minas e Facebook.

É hoje o dia… da alegria

Convidados especiais agitam o feriado prolongado em casas de shows de BH

Granfinos, Music Hall e Mercado das Borboletas oferecem atrações que prometem manter o folião animado

Para os que não gostam do Carnaval também há alternativas na Capital

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Bloco carioca, o Sargento Pimenta toca Beatles em ritmo de samba e chega a BH com formação completa: 100 bateristas

O carnaval de Belo Horizonte, que este ano promete bombar, mobilizou também as principais casas de entretenimento da cidade. Granfinos, Music Hall e Mercado das Borboletas oferecem atrações que prometem agitar os foliões. O Granfinos, que já há algumas semana tem programação pré-carnavalesca, não vai deixar de abrir as portas e celebrar a festa mais esperada do ano.

No sábado, tem Escola de Samba Cidade Jardim, Bloco Batucajé e a DJ Fê Linz. Fundado há 50 anos, o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Cidade Jardim (G.R.E.S. Cidade Jardim) é formado basicamente pelos moradores do Conjunto Santa Maria, que já conseguiram ultrapassar a famosa quadra e conquistar a cidade com sua bateria nota 10. Por sua vez, o estreante Bloco Batucajé propõe vibrante roda de samba, que, além de temas da autoria dos próprios integrantes (Fernando Bento, Marina Gomes, Brasilino e Juventino), cantam músicas de cancioneiros afrobrasileiros. No domingo, o Granfinos não funciona, mas na segunda tem Baile Funk, enquanto na terça-feira gorda será a vez do Bloco Saravá, com releituras e temas com influências do samba, choro, frevo, coco e baião. No entre atos do abre alas, quem comanda o som é a DJ Naroca.

A programadora do Granfinos, Regina Célia, conta que, no ano passado, a experiência de abrir a casa durante a folia foi extremamente positiva e eles resolveram repetir a dose em 2014. As atividades vão durar até o dia 8. Ela acredita que as atrações agradarão a um público diversificado. “Vamos oferecer samba, funk e frevo. A ideia é aproveitar a noite, quando os blocos não funcionam, e adotar os foliões órfãos que estiverem pela região. O espaço é opção para resgatar o carnaval de salão, típico do interior, e não deixa de ser uma continuação da festa”, acredita. Toda a programação terá, inclusive, preços populares (R$ 20).

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Carnaval para todos os gostosO Mercado das Borboletas também está preparando muita animação para a folia. O projeto Pra tudo se acabar na quarta-feira terá todas as noites convidados da música contemporânea local, nacional e internacional caso do Funk Como Le Gusta (SP), Academia da Berlinda (PE), Dead Lovers (BH), Orquestra Voadora (RJ), PolleraPantalon (Argentina), a fanfarra francesa Les Villains Chicots, entre outros. Para além das atrações musicais, o Coletivo Mercado Mapping (projeto incubado no Mercado das Borboletas) promete show de imagens e cenografia contemporânea com videoinstalações e videomappings espalhados pelas três pistas do local. Quem for fantasiado vai pegar meia-entrada.

O Music Hall também não vai ficar de fora da festa mais esperada do ano e criou o Ensaio geral, que  nasceu com o objetivo de fortalecer as atividades carnavalescas durante o feriado na cidade. A programação conta com vários artistas, grupos musicais e blocos de carnaval como o Baianas Ozadas, Gustavo Maguá e o Alcova Libertina, que vai participar de um autêntico baile de máscaras.

Festa apimentada 
Um dos blocos cariocas mais tradicionais, o Sargento Pimenta, vai se apresentar pela primeira vez na capital mineira com sua formação completa, de 100 bateristas. A agremiação já esteve por aqui em três ocasiões, porém, em formato de show. Agora, vem todo mundo. “O diferencial da apresentação desta vez é o grupo completo. Estamos com a agenda bem cheia nesse carnaval. BH, Rio, São Paulo. Vai ser bem bacana”, assegura um dos fundadores do Sargento Pimenta, o músico Felipe Fernandes. O grupo, que ganhou esse nome em função do famoso disco dos Beatles, Sgt. Pepper’s lonely hearts club band, é conhecido por fazer o repertório do quarteto de Liverpool em ritmo de carnaval. “Quem curte Beatles vai ficar satisfeito e quem curte carnaval também. Agrada todo mundo”, frisa.

PROGRAMAÇÃO

SEXTA

>> Pra tudo se acabar na quarta-feira – Dead Lovers (BH), Baque de Mina (BH) e Les Vilains Chicots (França). Mercado das Borboletas, a partir das 22h. Ingressos: R$ 20 (meia antecipado). Quem for fantasia paga meia-entrada.
>> Carnaval@bsurda – Com a cantora e webcelebridade Inês Brasil. Espaço Centro e Quatro, a partir das 22h. Ingressos: R$ 25 de R$ 50.

SÁBADO

>> Escola de Samba Cidade Jardim, Bloco Batucajé e DJ Fê Linz, a partir das 21h. Granfinos. Ingressos: R$ 30 (inteira) e
R$ 20 (lista amiga).
>> Ensaio geral – Shows com o Bloco Baianas Ozadas, Gustavo Maguá e DJs, a partir das 21h. Music Hall. Ingressos: R$ 20
a R$ 30.
>> Bloco Sargento Pimenta com participação do Alta Fidelidade e do DJ Vitor Sobrinho, a partir das 18h. Trevo Seis Pistas. Ingressos: R$ 40. Pontos de venda: http://sympla.com.br/dobrasilsa.
>> Pra tudo se acabar na quarta-feira – Coutto Orchestra, Juliana Perigão e Orquestra Voadora (RJ), a partir das 22h. Mercado das Borboletas. Ingressos: R$ 20 (meia antecipado). Quem for fantasia paga meia.

DOMINGO

>> Pra tudo se acabar na quarta-feira – Funk Como le Gusta (SP) e Mentol (BH), a partir das 22h. Mercado das Borboletas. Ingressos: R$ 20 (meia antecipado). Quem for fantasia paga meia.

SEGUNDA

>> Baile funk de segunda – A partir das 22h. Granfinos. Ingressos: R$ 30 (masc) e R$ 20 (fem). Haverá camarote open bar.
>> Ensaio geral – Baile de Máscaras com Bloco Alcova Libertina, a partir das 21h. Music Hall. Ingressos: R$ 20 a R$ 30.
>> Pra tudo se acabar na quarta-feira, com Gustavito (BH) e Academia da Berlinda (PE),
no Mercado das Borboletas, a partir das 22h. Ingressos: R$ 20 (meia antecipado). Quem for fantasia paga meia,

TERÇA

>> Baile do Hawaí – Participação de DJ Eduardo AUM e Banda do Bororó, das 21h às 3h. PIC Pampulha. Ingressos all inclusive: R$ 120 (sócios) e R$ 150 (não-sócios).
>> Bloco Saravá de Carnaval e DJ Naroca, A partir das 21h. Granfinos. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$20 (comlista amiga).
>> Pra tudo se acabar na quarta-feira– Desorquestra (BH), O Terno (SP) e Pollerapantallón (Argentina), a partir das 22h. Mercado das Borboletas. Ingressos: R$ 20 (meia antecipado). Quem for fantasia paga meia.

OS ENDEREÇOS

. Espaço Centro e Quatro, Praça Rui Barbosa, 104, Centro, (31) 3222-6457.
. Granfinos, Avenida Brasil, 326, Santa Efigênia, (31) 3241-1482.
. Mercado das Borboletas, Av. Olegário Maciel, 742, Centro, (31) 3245-7411.
. Music Hall, Avenida do Contorno, 3.239, Santa Efigênia, (31) 3209-8686 e 9221-9008.
. PIC Pampulha, Rua Ilha Grande, 555, Jardim Atlântico, (31) 3516-8282.
. Trevo Seis Pistas, Alameda da Serra, 18, Nova Lima, (31) 3889-2003.

E QUEM NÃO GOSTA?!?!?!?

Programação de BH no Carnaval vai além da folia, oferecendo jazz, blues…

juarez moreira
Juarez Moreira é uma das atrações da programação de jazz e blues do CCCP
Tem mostra de filmes de Jacques Tati? Tem sim senhor. Assim como shows de jazz e de blues, no CCCP, programação especial n’A Obra, no Circuito do Rock e em Inhotim e mais uma edição do “Festival de Verão da UFMG”. Trocando em miúdos, quem for passar o feriado de Carnaval na cidade não terá só a folia como opção.
Mas, em alguns casos, é preciso correr. As inscrições para as oficinas do “Festival de Verão da UFMG”, por exemplo, terminam hoje, ao meio-dia. A oitava edição do evento começa nesta sexta-feira (28) e segue até o dia 4 de março. Neste ano, o tema “Um sonho (in)comum de verão” traz desde a curiosa “Orquestra de Garrafas”, passando por ufologia, poesia, música improvisada… e chega até à levitação.
Loucura? A melhor palavra para isso seria: diversidade. “Quisemos explorar aquilo que não é muito comum ao ambiente acadêmico”, explica a coordenadora do Festival, da Faculdade de Letras, Lúcia Castello Branco.
A professora vai mais longe ainda sobre tamanha ousadia levada para o ambiente acadêmico: “Na época de Galileu, se fôssemos fazer algo do tipo, a gente iria para a fogueira. Mas temos que trazer o que é diferente”, frisa.
Para Lúcia, existe saber até na loucura. “Pena que essas questões tenham pouco espaço no ambiente acadêmico. Deveria ser o contrário”, diz.
Neste ano, serão dez oficinas, divididas nos eixos “Ciências da Vida e Saúde”, “Ciências Exatas, da Terra e Tecnologias”, “Humanidades, Letras e Artes” e o inusitado “Projetos Especiais”. As inscrições custam R$ 20 e devem ser feitas no endereço eletrônico http://www.cursoseeventos.ufmg.br/CAE.
Vale lembrar que se as vagas oferecidas não forem totalmente preenchidas, serão disponibilizadas outras matrículas, mas, no caso, as inscrições deverão ser feitas na manhã de sábado, no Centro Cultural UFMG (av. Santos Dumont, 174), onde acontece grande parte do evento – outras atividades acontecem no Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade).
Mostra Jacques Tati no CentoeQuatro
O CentoeQuatro (Praça Ruy Barbosa, 104) com apoio da Cinemateca da Embaixada da França realiza a homenagem ao criador que soube aliar melancolia e felicidade, excentricidade e esperança. Desta sexta-feira (28) a 6 de março, serão exibidos, em três sessões (16h30, 18h30 e 20h30), filmes como “Meu Tio”. Ingressos a R$5 (inteira) R$2,50 (meia). http://www.centoequatro.org | facebook.com/centoequatro
Cinco dias para divertir e aprender
Nos cinco dias de atividades do “Festival de Verão da UFMG”, serão abertas 385 vagas, entre as dez oficinas e seis projetos especiais. As oportunidades são para atender aos “exilados” da folia de várias idades, portadores de necessidades especiais, professores e cientistas.
Uma cadeira, espaço vazio para acomodá-la e duas garrafinhas PET de 600ml. Este é o material para os participantes da oficina “orquestra de garrafas”, que o percussionista Antonio Panda ministra de sábado até dia 4 de março. Voltada para a sensibilização musical, a atividade é destinada para crianças de 9 a 12 anos.
“Além disso, vou usar pés e mãos. A cadeira é porque a pessoa tem que se assentar. Também uso o instrumento mais convencional de todos, que é a voz humana. A gente já nasce com ela. Se a pessoa vai desenvolver ou não é outra história. Ela pode vir a ser um Pavarotti ou pato esganiçado”, brinca Panda.
Da fama ao improviso
Aos 65 anos, Antonio Panda nasceu em São Paulo, desde os 15 toca jazz e, na juventude, foi baterista da banda “The Beatniks”, uma das mais atuantes da Jovem Guarda, e hoje, dá graças a Deus pelo fato de sua música seguir a batuta da improvisação.
“Não está dentro da música mercadológica. A gente explora todas as possibilidades sonoras do instrumento”, diz ele, que lidera o Coletivo Abaetetuba, que percorre o mundo se apresentando com base no inusitado. “Abaetetuba significa ‘encontro de gente boa’ em tupi-guarani”, explica.
Com a oficina, Panda diz que já trabalhou com autistas, pessoas com Síndrome de Down e idosos.
Mundos de lá
No eixo “Ciências Exatas, da Terra e Tecnologias”, uma das atividades será o encontro “Enigmas da Ciência e da Tecnologia UFOs, óvnis e ufologia: antes que o sonho vire pesadelo”, que acontece a partir de sábado até 4 de março, das 8h30 às 12h30. Nela, o professor Alberto Francisco do Carmo, do Distrito Federal, falará dos impasses, os obstáculos da ufologia e sobre a inteligência extraterrestre.
Na segunda-feira, às 19h, o “Mestre Bidufer” (interpretado pelo ator Edmundo Velloso Caetano), apresentará a atividade “Mirra”, conhecida como uma arte marcial para flutuar ou levitar.
Nesta sexta-feira (28), às 18h30, será aberta a exposição “Empresta-me Seus Olhos?” com um recorte da 3ª Mostra de Arte Insensata de BH, que teve como tema eixo “Tato, Trato e Retrato”. A exposição reúne desenhos, pinturas, gravuras, cerâmicas, esculturas e outros objetos integrantes de parte do acervo dos Centros de Convivência da Política de Saúde Mental do SUS/BH. Visitação de 1º a 6 de março, das 9h às 21h, no Centro Cultural UFMG.

FONTE: Estado de Minas e Hoje Em Dia.


PM e PBH impedem folia antecipada que vinha atormentando moradores do Santa Tereza

Últimas festas programadas pelas redes sociais deixaram rastro de sujeira. Moradores reclamam dos transtornos no trânsito e do som alto

E os blocos carnavalescos traçam novas estratégias para 2014

Santa Tereza
A presença de militares e fiscais da prefeitura inibiram os jovens que participariam do evento

Policiais Militares e fiscais da prefeitura impediram, na noite dessa quinta-feira, a realização de uma folia antecipada que vinha acontecendo na Praça Ernesto Tassini, conhecida como Praça do Cardoso, no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte. A presença dos militares no local acabou inibindo a aglomeração de jovens que, na última semana, durante quatro dias seguidos, se reuniram na via para beber e ouvir funk e música eletrônica. Moradores reclamam que os encontros deixaram um rastro de sujeira e causaram transtornos por causa do som alto que se estendeu durante a madrugada.

Os eventos no Santa Tereza foram marcados pelas redes sociais e, segundo moradores, foram realizados durante quatro madrugadas, de quinta-feira até domingo. Em cada um desses dias, segundo estimaram os moradores, participaram cerca de 400 pessoas.

Ainda segundo os moradores do entorno da praça, a aglomeração de jovens resultou em transtornos no trânsito, brigas e também foram registrados atentados violentos ao pudor, brigas, uso e tráfico de drogas, fora a sujeira acumulada por conta da falta de banheiros químicos e de lixeiras.

Nessa quarta-feira, em reunião realizada no Clube Oásis, para tratar da organização do carnaval no bairro, moradores aproveitaram para reclamar dos eventos na Praça do Cardoso. Participaram do encontro lideranças comunitárias e representantes da administração municipal e Polícia Militar, o diretor de Operações de Eventos da Belotur, Luiz Felipe Barreto. Os representantes do executivo garantiram que estão se organizando para evitar transtornos aos moradores durante os dias de folia.

CARNAVAL EM SANTA TEREZA
Blocos traçam novas estratégias

No ano passado, milhares de foliões lotaram todos os dias a Praça Duque de Caxias e prometem o mesmo entusiasmo este ano (Marcos Vieira/EM/D.A Press - 12/2/13
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No ano passado, milhares de foliões lotaram todos os dias a Praça Duque de Caxias e prometem o mesmo entusiasmo este ano

Os blocos de rua que desfilam no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, adotarão estratégias para evitar tumulto e cobram uma posição firme da prefeitura contra carros de som no tradicional reduto de bares da capital. Em reunião na quarta-feira, o poder público informou que a folia em Santa Tereza não avançará pela noite e os desfiles estariam restritos ao período diurno. Blocos acreditam que a medida não será suficiente para garantir tranquilidade à festa no bairro.

A preocupação em torno de Santa Tereza tem como pano de fundo o carnaval de 2013, quando milhares de foliões se divertiram nas ruas do bairro, que não tinha infraestrutura adequada para a festa. Este ano, problemas se agravaram. No fim de semana, grupos de jovens promoveram uma pré-folia embalada por funk e música eletrônica. A concentração entrou pelas madrugadas de quinta a domingo e incomodou a vizinhança. Bares tradicionais, como o Orlando e a Parada do Cardoso, ameaçaram fechar as portas nos dias de folia.

Este ano, a Belotur recebeu 137 inscrições de blocos de rua que desfilaram na cidade e 20 deles sairão em Santa Tereza. O Bloco da Esquina, que estreou no carnaval no ano passado e homenageia o Clube da Esquina, vai alterar o percurso e dispersar na famosa esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, em vez da Praça Ernesto Tassini, endereço do Bar do Orlando e da Parada do Cardoso. O bloco sairá no domingo de Carnaval, das 13h às 18h, e adotará a estratégia para fugir do movimento e evitar que a festa não se prolongue. A expectativa, entretanto, é que a prefeitura também faça sua parte. “Deveria haver uma fiscalização dos carros de som, pois são eles que causam esse tumulto. Esperamos ter segurança, apoio para o trânsito e banheiros químicos”, ressalta o representante do bloco, Renato Muringa. Para ele, controlar a festa durante a noite será difícil missão. “Acho que tinha que ter uma música ambiente, com marchinha ou choro, porque quem vem para o carnaval não quer ficar só durante o dia”, afirma.

MUDANÇA Já o bloco Alcova Libertina resolveu mudar de endereço e se apresentará na Praça da Savassi em um dos palcos montados pela prefeitura, depois de três anos de folia na Praça Duque de Caxias. Criado em 2011, o bloco, que toca rock em ritmo de marchinha, viu seu público se multiplicar. No primeiro ano, o grupo tocou para 800 pessoas debaixo do toldo do Restaurante Bolão e, no ano passado, o público pulou para 20 mil foliões, sem o suporte adequado dado pelo poder público. “Temos dúvidas se a prefeitura vai conseguir controlar a situação e resolvemos sair de Santa Tereza, até para não ter uma indisposição com os moradores. O nosso bloco vai até as 22h, mas as pessoas continuam”, conta o produtor e integrante do Alcova, Marcos Sarieddine.

As dúvidas vêm da experiência no ano passado. “A prefeitura havia prometido 50 banheiros químicos e, na hora, não tinha nada. Faltou organização e eles perderam o controle”, diz. Procurada, a Belotur não deu detalhes sobre as medidas para organizar o carnaval em Santa Tereza. De acordo com a empresa, as informações serão divulgadas na quarta-feira.

FONTE: Estado de Minas.

SANTA TEREZA » Evento irregular perturba moradores

Garis recolheram um caminhão de lixo somente na Praça Ernesto Tassini (Beto Magalhães/EM/D.A Press)
Garis recolheram um caminhão de lixo somente na Praça Ernesto Tassini

O carnaval ainda não chegou, mas moradores da Praça Ernesto Tassini e das ruas Dores do Indaiá, Alvinópolis e Conselheiro Rocha, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte, já sofrem as consequências da folia antecipada e movida a funk e música eletrônica. Como resultado, perturbação do sossego, transtornos no trânsito, atentado violento ao pudor, brigas, uso e tráfico de drogas, falta de estrutura como banheiros químicos e muita sujeira. Durante quatro madrugadas, de quinta-feira até domingo, moradores contam que não conseguiram dormir até as 5h por conta das festas programadas pelas redes sociais. A denúncia é que os eventos foram feitos sem autorização da prefeitura e dos órgãos de trânsito e segurança pública, informação confirmada pelo secretário da Regional Leste, Elso Matos.

Na tarde de ontem, garis da prefeitura recolheram um caminhão de lixo na praça. A maior reclamação é com o barulho e a sujeira. “Todos os dias tive que lavar a calçada da minha casa por causa do cheiro forte de urina. Ninguém aguenta”, reclama a aposentada Marfisa Souza, de 74 anos. Outras festas programadas pela internet preocupam os moradores. Na tarde de ontem, mais de 16,3 mil pessoas já haviam sido convidadas para um pré-carnaval no mesmo local, às 20h de quinta-feira, e 759 já tinham confirmado presença.

Na quarta, a Associação dos Moradores do Santa Tereza se reúne com a Belotur para discutir o que o presidente Ibiraci do Carmo chama de “invasão desordenada e sem limites no Baixo Santa Tereza”. “Fazem uma convocação pela rede social, o pessoal chega e logo lota. Nenhum morador do bairro está satisfeito”, reclama. O Movimento Salve Santa Tereza também marcou reunião para sexta-feira, em frente ao Mercado Distrital do bairro, para discutir o mesmo assunto e os preparativos para o carnaval. Também encaminhou pedido à BHTrans para limitar a entrada de veículos de fora no bairro durante o carnaval, como é feito em dias de jogos na Arena Independência, no Horto. Moradores e comerciantes seriam credenciados e receberiam adesivos para seus carros.

O dono do Bar do Orlando decidiu fechar as suas portas no carnaval se a bagunça continuar. “Estamos perdendo clientes incomodados”, disse Orlando Silva Siqueira, de 59. A mesma decisão foi tomada pelos donos da Pizzaria do Cardoso. A dentista Clara Márcia de Oliveira, de 41, conta que voltava da academia às 22h quando se deparou com homens urinando na rua. “Havia muito menor alcoolizado”, observou. “Quebraram minha árvore, fizeram sexo explícito na rua, todo mundo alcoolizado”, disse a dona de casa Efigênia Martins, de 70. Segundo ela, a praça comporta no máximo 500 pessoas, mas chegou a ter 6 mil em algumas madrugadas. “Nada é programado. Não tem estrutura para receber essa quantidade de pessoas, sequer um banheiro químico”, reclama.

A madrugada mais barulhenta foi de sexta-feira para sábado e não havia policiamento, segundo os moradores. “Sábado para domingo não suportei tanto barulho e fui dormir na casa do meu namorado no Bairro Santa Lúcia. Telefonei para minha filha às 2h30 e ela estava acordada. Parecia que o barulho estava dentro do quarto dela. Tanto é que eu briguei com ela achando que estava na rua”, disse a empresária Fabiana Sofia Carvalho, de 36, que mora na esquina da Alvinópolis com Dores de Indaiá.

O barulho do fim de semana foi tão alto que pacientes com câncer da Casa de Apoio Beatriz Ferraz, distante um quarteirão da praça, não conseguiram dormir. “Falta respeito com os doentes. São crianças e idosos debilitados com a radioterapia e a quimioterapia. Eles precisam de descanso”, lamenta a irmã de caridade Heloísa Nunes, de 47. “Vai chegando o carnaval e já é uma preocupação para nós. O barulho é muito estridente”, disse a religiosa.

POLICIAMENTO O chefe de comunicação social do 16º Batalhão da PM, tenente Francisco Barreto Neto, garantiu que a PM marcou presença e que não pode impedir o direito de ir e vir das pessoas. “Estamos cientes do problema e a gente pode combatê-lo de imediato impedindo o som alto, o comércio ambulante, prendendo quem está com drogas, mas não podemos cercear o direito da pessoa de estar na rua”, informou o tenente. Para o carnaval, o tenente disse que vai remanejar policiais de outras áreas.

FONTE: Estado de MInas.

Bar do Bolão fica no casarão SANTA TEREZA Sócio de restaurante revela que casal de médicos que comprou edifício quer renovar aluguel

Permanência de restaurante no endereço mantém tradição de quase meio século (Marcos Vieira/EM/D.A Press 16/9/13)
Permanência de restaurante no endereço mantém tradição de quase meio século

Depois de uma semana de apreensão com a venda do casarão tombado que abriga o estabelecimento, os donos do Bar do Bolão, na Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de BH, foram tranquilizados com a notícia de que o restaurante vai continuar no prédio. Segundo um dos sócios do bar, Sílvio Eustáquio Rocha, o casal de médicos que adquiriu o edifício informou que não pretende tirar os inquilinos do local.

Ele explicou que um oftalmologista, que preferiu não se identificar, entrou em contato com ele para marcar um encontro em 10 dias, quando todos os documentos da venda já devem estar prontos. Sílvio disse que os compradores acertam detalhes do pagamento com os 15 herdeiros do casarão. Ele informou ainda que a família de compradores do prédio esteve no bar no domingo para comemorar o desfecho do negócio, que se arrastava desde   junho de 2011.

Irmão de José Maria Rocha, o Bolão, Sílvio Rocha afirmou que a conversa acalmou sua família. Desde que duas propostas para aquisição do prédio por R$ 2,5 milhões foram anunciadas no mês passado, eles estavam com medo de ter de abandonar o edifício que alugam há quase meio século. “Ele informou que nós e os nossos 70 funcionários podemos ficar calmos, que não vai tirar a gente daqui. Quer ser nossa parceira”, conta.

RESTAURAÇÃO Segundo Sílvio Rocha, o médico contou que pretende usar apenas um pequeno espaço do prédio, mas não revelou para qual finalidade. Também se mostrou interessado em reformar a fachada do imóvel, tombado há dois anos. O casal não falou quais são os projetos.

Após tantas especulações sobre o futuro do Bar do Bolão, a tendência é de que ele permaneça no endereço por mais algumas décadas. Reduto boêmio mais tradicional da capital mineira, o estabelecimento leva o nome de José Maria Rocha. Bolão foi trabalhar no local com o pai, José Rocha Andrade, um ano depois da inauguração na praça. Logo ganhou o apelido do filho do dono, que criou o prato Rochedão, muito conhecido.

FONTE: Estado de Minas.


Festa da cerveja anima milhares de pessoas no Bairro Santa Tereza

Com tanta gente e veículos, houve congestionamento no trânsito da Mármore e outras vias públicas próximas a Praça Duque de Caxias

 

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Festa contou com muito chope, cerveja, salsichão, joelho de porco, doces e outras delícias da culinária germânica

Willkommen, Belo Horizonte! As boas-vindas em alemão com sotaque mineiro foram dadas no domingo ensolarado a milhares de pessoas na Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza, na Região Leste, que participaram da Oktoberfest, tradicional festividade com muito chope, cerveja, salsichão, joelho de porco, doces e outras delícias da culinária germânica. Sob o sol quente, a comemoração muito comum na Europa e também no Sul do Brasil, principalmente em Blumenau (SC), juntou gente de todas as idades– de bebês a adultos de óculos escuros para proteger da claridade e, lógico, de alguns graus etílicos acima do normal. Com tanta gente e veículos, houve congestionamento no trânsito da Mármore e outras vias públicas próximas à praça.

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Vestindo camisas e chapéus que trouxeram de lembrança de Santa Catarina, o casal Carlos Renato Tavares dos Reis, bancário, e Cristiana Lázara Pereira dos Reis, consultora, residente no vizinho Bairro Sagrada Família, preferiu ir de táxi para aproveitar cada momento, sem problemas. “Moramos em Santa Tereza durante três anos e gostamos muito deste lugar”, contou Carlos Renato com um copo na mão que trazia a logomarca da festa. “Guardadas as devidas proporções, esta Oktoberfest não fica nada a dever à realizada em Blumenau. Está muito animada”, acrescentou o bancário que já trabalhou em Joinvile (SC).

Logo na entrada da praça, os visitantes, que se divertiram das 12h às 20h, encontravam um arco colorido e bem sugestivo com a frase: “Bem-vindos à Oktoberfest BH – uma reverência à cultura alemã”. Devido ao forte calor, as mulheres abriram as sombrinhas e tiraram o leque da bolsa. As mais jovens, sentaram em grupo nas partes gramadas da praça, de latinha de cerveja em punho e shortinhos desfiados. Já os garotões, tatuados ou não, exibiram o peitoral e caíram de boca nos quitutes. Muitos até fizeram fila para se inscrever e participar do campeonato de chope a metro. Para a garotada, tinha cenário para tirar fotos e martelo de força.

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FONTE: Estado de Minas.

Multa à confraria pode ser anulada

Amigos se reúnem uma vez por semana em uma garagem do bairro (BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS)
Amigos se reúnem uma vez por semana em uma garagem do bairro

As duas multas que somam R$ 1.430, aplicadas à Confraria São Gonçalo, na Rua Norita, Bairro Santa Tereza, podem ser suspensas, como informou ontem à noite o secretário de Comunicação da Prefeitura de BH, Régis Souto: “Vamos esperar o recurso para analisá-lo e, se for o caso, dar provimento, como manda a lei”. A confraria entrará com a apelação depois do encontro que o secretário da Regional Leste, Elson Matos, terá, às 15h, com o aposentado Lincoln Tertuliano, dono da casa diante da qual ocorrem os encontros. A forma de atuação dos fiscais será investigada, segundo Régis, para saber se “houve má-fé”.

Ontem foi um dia de incerteza e de apoio à confraria. À tarde, a assessoria da regional informou que não seria suspensa a punição aplicada sob a alegação de que, nos encontros às segundas-feiras na Rua Norita, mesas e cadeiras são instaladas sobre o passeio, o que não é permitido pelo Código de Posturas. E no início da noite, o secretário de Comunicação informou o contrário: o recurso pode ser acatado. Disse ainda que a prefeitura até estuda meios de flexibilizar o uso de mesas e cadeiras nas calçadas de Santa Tereza.

Independetemente do que será decidido na reunião com o secretário regional, os confrades vão se encontrar no lugar de sempre, a garagem dos aposentados Lincoln e Déa, para tocar, cantar, comer e beber. E ganharão reforço. Outros moradores do bairro prometem se unir ao grupo e pedir à Regional Leste da Prefeitura de Belo Horizonte que pegue mais leve com o bairro.

SOLIDARIEDADE NO BAIRRO

Segundo o presidente da Associação de Amigos do Bairro Santa Tereza, Luis Góes, ontem foi mesmo um dia de solidariedade à confraria. Vários moradores e amigos ligaram dizendo que vão à reunião na segunda-feira para se manifestar. Ele alega que no encontro de amigos não há venda de bebidas e comida, por isso, não é bar. O motivo é apenas confraternização. Ao som de flauta, violão e pandeiro, eles cantam serestas, espantam a solidão e os sintomas de depressão da terceira idade e investem na autoestima. Cada um leva seu banquinho para acompanhar a cantoria.

A presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) em Minas Gerais, Rose Guedes, esclareceu que, segundo a lei, é preciso ter uma licença, mesmo tendo sentido cultural. “Não julgo a confraria, mas não se pode ocupar calçadas sem autorização, é o que a lei rege e vale para todos”, afirmou. O problema é que hoje são poucos participantes do encontro, mas amanhã podem ser 50 e, por isso, é preciso ter ordem.

Entenda o caso: CLIQUE AQUI!

FONTE: Estado de Minas.


Fiscais multam a alegria

Confraria semanal é duplamente punida por ocupação de calçada

Lincoln e Dea (sentados, à esquerda) e os demais membros da confraria: surpresa (BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS)
Lincoln e Dea (sentados, à esquerda) e os demais membros da confraria: surpresa

A crônica de ontem do compositor e escritor Fernando Brant, contracapa do caderno EM Cultura deste jornal, reverencia os 25 anos da Constituição, resgate dos direitos civis usurpados pelo golpe militar de 1964. Na noite de segunda-feira, provavelmente no momento em que o artista e cronista tecia o elegante e oportuno texto, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Administração Regional Leste, dava uma facada numa das mais louváveis intenções de liberdade, igualdade e fraternidade, exatamente no coração do Bairro Santa Tereza, reduto de Brant e de seus companheiros do Clube da Esquina.

A PBH, numa ação ríspida e inesperada de fiscais, multou a inocente Confraria São Gonçalo, a alegria da Rua Norita, formada por pessoas da chamada terceira idade, que se reúnem uma vez por semana em confraternização, para, ao som de flauta, violão e pandeiro, cantar velhas canções de seresta e, acima de tudo, conviver, investir na autoestima e espantar a solidão e os sintomas da depressão. Motivo da multa? Os confrades instalam cadeiras e pequenas mesas na lateral da calçada. , sem atrapalhar a passagem de pedestres, mesmo porque a rua, de um só quarteirião não é movimentada. Duas multas aplicadas em um intervalo de apenas cinco minutos, por fiscais diferentes.

A canetada municipal cortou os corações de Lincoln, Déa, Arlene, Juca, Pedro, Nair, Luiz, José, Léo, Antônio, Eloísa, Milton, Gracinha, Elaine, Adonides, Lídia, Roberto e os demais assíduos frequentadores do encontro semanal diante da casa de número 9, a maioria moradora da própria Norita. “Só pode ser intriga, inveja, porque ninguém nunca reclamou das nossas reuniões. Pelo contrário, as pessoas participam”, diz Lincoln Tertuliano, dono do imóvel. Ele e a mulher, Déa, são a razão da existência da confraria, que recebeu o nome do santo padroeiro dos violeiros.

Quando se mudaram para o bairro, Lincoln e Déa, aposentados, montaram uma copiadora na garagem de casa. O contato com os clientes amenizava a solidão do casal. O negócio não foi adiante e logo depois ela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Nos fins de tarde, eles se sentavam diante da casa, para, pelo menos, cumprimentar os passantes e ganhar um dedo de prosa de alguém menos apressado. Deu certo. Os vizinhos foram se aproximando, se conhecendo e um deles sugeriu uma reunião semanal, com canções românticas, violões, comida e bebidas leves para mudar a rotina da rua. E nasceu a confraria. A sede é a garagem de Lincoln.

NÃO É BAR Cartaz afixado a lado da porta da garagem, avisa: “Aqui não é bar, é confraria”. Os confrades levam os tira-gostos, refrigerantes e cerveja. Em cada reunião, um convidado especial, geralmente ligado à música. Nas paredes, fotos dos ilustres visitantes em poses com os confrades. Isso não sensibilizou a PBH. Segunda-feira, fiscais ficaram de tocaia esperando a turma chegar. E às 19h30 um deles entregou a Lincoln a notificação e o auto de infração (R$ 596,23, mesas e cadeiras no passeio); às 19h35, o segundo agente passou ao dono da casa outros autos (R$ 834,32, mesas e cadeiras em via pública). A Associação dos Amigos do Bairro Santa Tereza informa que vai conversar com o secretário regional.

“Os fiscais pediram alvará. Como não se trata de festa nem de comércio, respondi que não. E entregaram as multas, que já vieram preenchidas. Não as assinei, recolhi as cadeiras e continuamos o encontro na garagem. Aí, o fiscal disse que até para reunião dentro de casa é preciso alvará”, afirma Lincoln, ao lado dos olhos tristes de Déa.

Para multar, a PBH se baseia no Código de Posturas. “Não entendi, pois o que importa aqui é a igualdade, o desejo de ser feliz, sem bebedeira, sem algazarra”, diz Arlene, lembrando que a confraria não usa aparelhos de som e as reuniões não passam das 22h. Mas a Regional Leste alega que houve reclamação de moradores. Que pena, Fernando Brant: abaixo da Constituição há as leis municipais e suas interpretações. E há também quem não goste de ver gente feliz.

FONTE: Estado de Minas.
NOTA – Quero me mudar para a cidade que a PBH administra, porque lá deve ser um lugar bacana demais…
Afinal, para se preocupar com a reunião semanal de um grupo de aposentados em uma rua pacata e sem movimento, onde não há funk proibidão, não há carros cantando pneus e com o “som” nas alturas do Kilimandjaro, não há drogas à vontade, não há gente urinando nem fazendo sexo na rua, não há assaltos aos transeuntes, não há veículos em fila dupla… É porque no restante da cidade não existe estas e outras infrações ou crimes.
Então, tem que ir atrapalhar a diversão sadia dos aposentados, porque os fiscais, coitados, não têm o que fazer, aí, para manter as canetas afiadas, precisam inventar alguma atividade, já que a cidade em geral não tem problemas.
Alguém me diz onde fica este lugar?
Marcelo – Acadêmico de Direito
Belo Horizonte
NOTA 2 – Hoje, 11 de outubro de 2013, a PBH disse que irá rever seu posicionamento: http://wp.me/p2xXNv-1VX

Organização diz que orienta donos a entregar o que prometeram
Concurso é tradicional em Belo Horizonte e já existe em 16 cidades
Galeria de fotos
Quando a dentista Juliana Campelo decidiu prestigiar o Comida di Buteco, reuniu as amigas, fez uma lista dos bares mais próximos ao trabalho e pesquisou o prato que pareceu mais apetitoso pelas fotos oficiais do concurso. “Olhamos no site e fomos ao que mais nos chamou a atenção, mas foi uma decepção. O prato era feio, ninguém gostou”, reclama. Assim como ela, outros “butequeiros” de Belo Horizonte percebem diferenças entre as fotos oficiais e os pratos realmente servidos nos bares.Inspirado no caso Big Mac – em que o McDonald’s elaborou um comercial para explicar a uma consumidora canadense o motivo de o sanduíche do restaurante não ser igual ao da propaganda – O TEMPO pediu a leitores que enviassem fotos dos pratos e suas impressões sobre os bares.A servidora pública Joice Vitor também se decepcionou. “As fotos são lindas e abrem o apetite. Quando o prato veio, achei parecido com o da foto, mas a quantidade era bem menor”, relata.

O professor de fotografia publicitária do Uni-BH, Rodney Costa explica que é normal haver diferenças entre as imagens oficiais e os pratos servidos nos bares, mas diz que essa diferença tem que ser sutil e não pode decepcionar o consumidor. “Não precisa ter toda aquela decoração da foto, mas não pode ser totalmente diferente, porque a intenção da foto é chamar o consumidor, não enganá-lo”, diz.

Ele compara a produção da foto à preparação de alguém que vai a uma festa. “A pessoa não vai ao natural, vai com uma roupa bonita, um cabelo mais produzido – mas vai ser a mesma pessoa”. Costa afirma ainda que é diferente preparar um único prato para a foto e vários ao mesmo tempo para serem servidos aos clientes.

Tiro no pé. A organizadora do Comida di Buteco, Maria Eulália Araújo, diz que os donos dos bares são orientados a entregar exatamente o que prometem. “Se não entregar, é publicidade contra, um tiro no pé”, diz. Ela conta que os problemas que chegam ao conhecimento da organização são discutidos com os proprietários para que sejam resolvidos o mais rápido possível.

Eulália diz que, em alguns casos, as vasilhas usadas nos bares são diferentes das que estão nas fotos e, por isso, o consumidor pode ter a impressão de que o prato é menor ou está mais feio. “Já aconteceu em outras edições de algum prato ser menor do que o da foto, mas isso é muito sério, não acontece mais. Não pode acontecer”, diz. Ela completa que o problema mais comum é o prato ser menos decorado do que o da imagem de divulgação. “Às vezes, na correria, ele (o boteco) dá uma escorregadinha”, admite.

GROSSERIA
Retratação após relato no Facebook
Na semana passada, um caso de atendimento ruim tomou conta das redes sociais: um grupo de amigos foi a um bar no Santa Tereza e uma das clientes relatou no Facebook que, após pedir o prato do concurso, que ela classificou de “previsível e sem graça, elaborado apenas para cumprir tabela e encher o estabelecimento”, o grupo pediu um outro petisco, que também deixou a desejar.Decidiram, então, fechar a conta, mas foram abordados pelo proprietário do local de maneira grosseira. Depois de quase 10 mil compartilhamentos no Facebook, o dono do boteco pediu desculpas públicas, que foram compartilhadas, inclusive, pelo perfil oficial do evento. A realizadora do Comida di Buteco, Maria Eulália Araújo, diz que o episódio serviu como “uma lição” para todos que participam do concurso. (APP)
FONTE: O Tempo.

Durante festival de gastronomia, Código de Posturas sai do cardápio e botecos invadem até o asfalto com mesas e cadeiras, alguns com autorização especial concedida pela PBH

 

Em Santa Tereza, cadeiras foram parar na rua para acomodar clientes que esperam uma vaga (Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Em Santa Tereza, cadeiras foram parar na rua para acomodar clientes que esperam uma vaga

Classificado como o maior evento gastronômico de Belo Horizonte, o Comida di Buteco criou uma espécie de período de exceção no Código de Posturas da capital. Durante o festival, regras da legislação que regula o uso do espaço público são esquecidas, seja pelo desrespeito de donos de bares, que diante da demanda em alta invadem até mesmo as ruas com mesas e cadeiras, seja por tolerância da prefeitura, que dá trégua a estabelecimentos para ocupar as calçadas, graças a autorização especial da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSU).

Por essa concessão, bares proibidos de usar mesas e cadeiras no espaço destinado a pedestres podem servir clientes nos passeios e até mesmo no asfalto durante o festival. De outro lado, muitos estabelecimentos que já tinham a licença tiraram a lei do cardápio e, mesmo sem permissão oficial, multiplicaram as mesas, colocando-as sobre a passagem de pedestres e em ruas e avenidas.

Segundo a organização do festival, por causa do peso do evento – considerado o maior do gênero no país e um chamariz para turistas –, acordo com a Prefeitura de BH permitiu a concessão de alvarás provisórios a estabelecimentos que não teriam a licença para usar as calçadas, se consideradas as regras do Código de Posturas. A prefeitura se limitou a informar que seis dos 45 bares participantes do festival receberam uma “autorização de mobilidade”. Sem dar detalhes sobre essa permissão, explicou que o documento, aprovado pela BHTrans e pela SMSU, dá direito ao estabelecimento de servir clientes nos passeios e vias públicas.

Mas quem não tem o “habeas corpus” tem aproveitado a vista grossa durante o concurso gastronômico e usado qualquer cantinho para acomodar os clientes, nem que seja preciso espalhar mesas no asfalto. O abuso no espaço público foi constatado em um terço dos 15 botecos participantes do festival visitados pelo Estado de Minas. Um dos exemplos do desrespeito está no reduto boêmio de Santa Tereza, na Região Leste. Apesar de o bairro já ter regras mais permissivas em relação ao restante da cidade para receber mesas e cadeiras no passeio, estabelecimentos extrapolam as normas.

No cruzamento das ruas Pirité e Silvianópolis, de um lado, fica o Bar Temático e, do outro, o Bartiquim. Nos arredores, muita confusão com carros, ônibus, clientes e pedestres disputando o asfalto. Os dois bares puseram mesas para anotar reservas na rua, fora da calçada. No Bartiquim, a ousadia é ainda maior e clientes saboreiam o prato “Alegria das muié” em mesas e cadeiras que ocupam o espaço que deveria ser destinado ao estacionamento de carros, com ônibus e outros veículos passando próximo às pessoas.

DEPÓSITO O passeio do outro lado da rua também virou depósito de mesas e cadeiras. Dono do Bartiquim, Rômulo César da Silva, o Bolinha, reconhece que está transgredindo a lei municipal. “Realmente, extrapolo, mas a demanda aumentou. Não é ambição por causa do dinheiro, é válvula de escape para atender todo mundo. Já andei tendo problemas com clientes que não acharam lugar para sentar”, diz ele, admitindo que a fiscalização da prefeitura está dando uma trégua. Com o concurso gastronômico, ele acrescentou 10 mesas ao mobiliário do bar, mas mesmo assim diz que não foram suficientes.

No Bar Temático, do outro lado da esquina, uma fila de cadeiras foi colocada da rua, distante cerca de 1,5 metro do meio-fio. O asfalto foi transformado em sala de espera. “Minha demanda aumentou 120% com o festival, mas não sirvo as pessoas na rua. Só coloco cadeiras de espera no espaço dos carros”, afirma o proprietário, Paulo Benevides, o Bené. Com tantas mesas, cadeiras e clientes em pé ocupando a pista de rolamento, carros e ônibus têm dificuldade de transitar. Na falta de lugar para parar, os taxistas deixam passageiros no meio do cruzamento, o que complica ainda mais o tráfego. O nome do prato do participante retrata um pouco a situação: “Desarrumadinho”.

CONTORCIONISMO Entre os bares visitados pela equipe do EM, o Família Paulista, no Bairro Cidade Nova, na Região Nordeste de BH, foi um dos beneficiados com a permissão especial. No estabelecimento, são tantos clientes querendo provar o ragu de linguiça com mandioca rosti, o “R&R”, que a calçada está tomada por mesas e cadeiras e os pedestres têm dificuldade para transitar. É preciso ser contorcionista para passar debaixo do telefone público, onde sobra um pouco de espaço.

Parte da rua em frente ao estabelecimento também foi cercada com correntes, jardineiras e propagandas do concurso. O pedestre é obrigado a passar praticamente no meio da rua, disputando espaço com veículos. O dono do bar, que não se identificou, informou ter alvará da prefeitura e da BHTrans para ocupar os dois espaços durante o festival, de 12 de abril a 12 de maio, assinada pelo gerente de Ação Norte e Nordeste da PBH, Luiz Fernando Libânio de Menezes.

FONTE: Estado de Minas.