Casais disputam na Justiça quem fica com a “guarda” do animal
![Photo: Frederico Haikal, License: Hoje em Dia Disputa animal na Vara de Família](https://i0.wp.com/www.hojeemdia.com.br/polopoly_fs/1.280851.1415531107!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_315/image.jpg)
FONTE: Hoje Em Dia.
Vídeo mostra queda de helicóptero no Lago de Furnas que matou casal
Sargento da Polícia Militar e a mulher morreram na queda; piloto conseguiu se salvar
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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) começou apurar no domingo as circunstâncias da queda do helicóptero prefixo PR-CIG, na represa de Furnas, em Fama, no Sul de Minas. No acidente, duas pessoas morreram. Há suspeita de que a aeronave, que é registrada para uso particular, estivesse fazendo voo panorâmico pago, o que se configura em infração.
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 21/08/2014, 18:00.
O ex-médico Roger Abdelmassih, de 72 anos, apontou sua mulher, a ex-procuradora da República Larissa Maria Sacco, de 37 anos, como a mentora de sua fuga para o Paraguai, há três anos e meio. Aos policiais civis e à “Rádio Estadão”, durante conversa na quarta-feira, 20, no Aeroporto de Congonhas, ele afirmou que foi “condenado escandalosamente”, sem provas – a pena é de 278 anos de prisão por 48 estupros contra 37 vítimas. O áudio foi gravado com exclusividade.
Por volta das 16 horas de quarta-feira, 20, o ex-médico chegou à capital paulista e passou por exame de corpo de delito na delegacia do terminal da zona sul, onde contou aos agentes sua estratégia de fuga e sua rotina em Assunção. “Eu achava melhor me entregar. Minha mulher disse: ‘Não, vamos embora’. Aí, falei com minha irmã que tem um haras em Presidente Prudente. Fomos para lá. De lá fomos para o Paraguai”, disse Abdelmassih.Capturado na capital do país vizinho na terça-feira, 19, ele disse que só está preso porque pediu a renovação de seu passaporte em 2011 – o ex-médico, um dos maiores especialistas em fertilização in vitro do Brasil, foi condenado em novembro de 2010 e recorria em liberdade. “Eu estou preso, mas não existe prova nenhuma”, afirmou.
Segundo ele, sua intenção não era deixar o País. “Eles (a Justiça e o Ministério Público) achavam que eu ia fugir, mas eu não ia. Ia passear”, afirmou. “Sabe por que eu fui tirar passaporte? Porque o meu passaporte tinha dois meses para vencer. O Juca (criminalista José Luis Oliveira Lima, que defende o ex-médico) falou assim: ‘Tem lugar que você não vai conseguir usar passaporte com dois meses'”, disse.
Abdelmassih contou, então, que procurou o criminalista Márcio Thomaz Bastos. “Fui ao doutor Márcio: ‘O senhor pode me ajudar?'” A resposta foi: “Não! Vai lá na Polícia Federal, e tira logo (o passaporte)”, disse o ex-médico. “Quando fui buscar a juíza mandou eu entregar. Aí, os advogados começaram a ver o que queriam: ‘Ah, pode dar prisão’. Aí, a juíza substituta Jaqueline disse para o Juca: ‘Fala para o seu cliente que não vou prender. Fala para ele ficar tranquilo’. Eu disse: ‘Então, tá! Vamos para Avaré’.” Foi em uma fazenda no município paulista que promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Bauru encontraram as pistas para chegar até Assunção.
Aos policiais civis, Abdelmassih disse que, na época da fuga, estava tranquilo. “Eu estava livre, eu estava solto. Aí, pum, me avisaram (da prisão) no meio do caminho. O Márcio falou: ‘Eu acho melhor se entregar’. Minha mulher falou: ‘Não, vamos embora!'”, contou. Após o pedido de renovação do documento, a juíza Cristina Escher, da 16.ª Vara Criminal, decretou sua prisão preventiva.
Fuga e rotina
Antes de deixar o País, o ex-médico contou que foi, ainda em 2011, para Jaboticabal, onde vive a família de sua mulher. Ele falou também sobre sua rotina em Assunção. “Fiquei três anos e meio no Paraguai. Assunção é uma cidade boa. Gostam dos brasileiros.”
“Era uma bela casa. Uma casa daquelas aqui (o aluguel) custaria uns US$ 8 mil. Lá custava US$ 1.800”, contou. Segundo o preso, o imóvel foi alugado em nome de uma empresa aberta em sociedade com um amigo. Os filhos gêmeos nasceram no país vizinho. “Não saía de casa sem peruca. E óculos. Ficava diferente do que eu era.”
O ex-médico relatou ter bons relacionamentos. “Sempre fui querido. E vou te contar mais: o Nicolas Leoz (paraguaio, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol) teve dois filhos comigo. E eu não procurei ele, para não constranger.”
Abdelmassih relatou sua captura. “Quem me pegou foi o rapaz da Polícia Federal. Diz ele ter informação até da igreja, de uma ‘cliente’ da igreja que me viu, mas principalmente depois da Veja, que estampa muito o rosto da Larissa”, afirmou.
Ele pediu reiteradamente para que fosse levado para a Penitenciária de Tremembé, para onde foi transferido. “Eu só vou assinar (o mandado de prisão) na hora em que eu tiver certeza de que é Tremembé. Não quero ir lá e depois ficar em Guaratinguetá.” Ele disse que merece ficar solto e comparou seu caso ao mensalão. “Se o (José) Genoino pode sair (da cadeia) por causa do problema (de saúde), eu posso também. Eu tenho uma prótese. Isso é muito pior”.
Filhos de Abdelmassih foram a pista que levou polícia à prisão de ex-médico
O casal de gêmeos estava matriculado em uma creche em Assunção
A localização do casal de gêmeos filhos de Roger Abdelmassih com Larissa Sacco, matriculados em uma creche na Rua Guido Spano, 2.314, no bairro de Villa Morra, em Assunção, levou à confirmação da identidade do brasileiro foragido da Justiça. Investigado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai em conjunto com a Polícia Federal, Abdelmassih foi preso quando chegava à creche, às 13h30 de terça-feira, 19, para buscar as crianças.
Costumava usar dois carros. Tinham uma perua Kia Carnival, preta, ano 2012, que está registrada em nome da empresa Gala Import and Export, e um Mercedez Benz, preto, C350, ano 2012, que era dirigido por Abdelmassih. O Mercedes está registrado no Paraguai em nome de Juan Gabriel Cortázar.
De acordo com a polícia, o brasileiro teria comprado o carro, porém não o transferiu para seu nome. Esses veículos foram monitorados pela polícia quando circulavam nos arredores do endereço do casal, que fica a menos de dez quadras da creche.
A casa estava trancada, na quarta-feira, 20. O imóvel foi alugado da imobiliária Saturno, em Assunção, por US$ 3,8 mil mensais há quase quatro anos, segundo a administradora, quando Larissa ainda estava grávida das crianças. Na imobiliária, Abdelmassih usou o nome de Ricardo Galeano, contou o administrador do imóvel, Miguel Portillo.
Ontem pela manhã, Portillo estava na casa acompanhado de funcionários. Contou que não sabia a verdadeira identidade do inquilino. E lembrou que Abdelmassih costumava fazer os pagamentos “mais ou menos” na data combinada – o aluguel atual era de US$ 5 mil. De acordo com Portillo, o casal está devendo alguns aluguéis. Ele não soube dizer de quanto era a dívida. À tarde, casa estava fechada. “A senhora foi embora ontem à noite”, contou uma vizinha.
Na creche, Abdelmassih também era conhecido como Ricardo Galeano. “Ele é gentil, cumprimenta, mas não é de falar muito”, contou um funcionário. “Às vezes ele vem buscar as crianças”, explicou o homem. No final da tarde, mães que buscavam os pequenos se negavam a comentar a presença do casal brasileiro na creche. E a informação na escolinha era de que a diretora não estava.
Bigode
“A gente atendia ele aqui, com bigode e sem bigode”, contou um garçom da churrascaria Paulista Grill, que fica no mesmo bairro. Segundo o gerente Ângelo de Paula, um brasileiro que vive no Paraguai há 13 anos, “o homem que apareceu na televisão preso era um cliente normal”. Ele disse que uma das regras do bom convívio no Paraguai é ninguém saber muito de ninguém. “O Paraguai é ótimo”, disse. “Aqui, se você não mexe com ninguém, ninguém mexe com você.”
Não é bem isso o que pensa o ministro Luis Rojas, da Senad. Pressionado por outros setores da polícia paraguaia, que questionam sua participação na operação, Roja disse que há uma decisão política do governo paraguaio de mandar embora “os criminosos de outros países”.
“Isso está muito claro”, afirmou. “E eu respondo diretamente ao presidente da República”, emendou, referindo-se a Horácio Cartes, que banca a política de ações conjuntas de combate às drogas com o Brasil.
“O Brasil é nosso parceiro estratégico, temos uma colaboração muito estreita de agentes, e isso vai continuar assim”, resumiu Rojas. Dias atrás, a Senad prendeu e o Paraguai expulsou Ricardo Munhoz, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Mandou ainda para a cadeia no Brasil José Benemário de Araújo, condenado a 73 anos por liderar o tráfico de drogas na favela de Manguinhos, no Rio.
Documentos
A expulsão imediata de Abdelmassih, explicou o ministro Rojas, só foi possível porque ele foi capturado sem documentos. Caso apresentasse qualquer documentação diferente da de Roger Abdelmassih, ele poderia ser processado no próprio Paraguai. E então pegaria dois anos de cadeia.
Por isso a operação policial foi montada para surpreender o casal, o que propiciou o possibilitou a expulsão do ex-médico.
Ex-médico Roger Abdelmassih é preso no Paraguai, diz PF
Prisão foi efetuada em Assunção pelo governo paraguaio com apoio da PF.
Condenado a 278 anos de prisão, Abdelmassih era procurado desde 2011.
![Entrevista em São Paulo em 2009 com o médico Roger Abdelmassih, que à época era dono da maior clínica de reprodução assistida do Brasil e já enfrentava acusações de crimes sexuais (Foto: Sérgio Neves/Estadão Conteúdo/Arquivo) Entrevista em São Paulo em 2009 com o médico Roger Abdelmassih, que à época era dono da maior clínica de reprodução assistida do Brasil e já enfrentava acusações de crimes sexuais (Foto: Sérgio Neves/Estadão Conteúdo/Arquivo)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/eDpWC4P4B4vv4I4uXhAR9ZWdAjI=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/08/19/5152573.170402.jpg)
O ex-médico Roger Abdelmassih, de 70 anos, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai, de acordo com a Polícia Federal (PF). Ele foi preso por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio com apoio da Polícia Federal brasileira.Segundo a PF, após o procedimento de deportação sumária, Abdelmassih dará entrada no Brasil por Foz do Iguaçu (PR), cidade na fronteira com o Paraguai, e depois será transferido para São Paulo.
![Mapa do Paraguai (Foto: Arte/G1) Mapa do Paraguai (Foto: Arte/G1)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/9g6Di6IA9V0jkKBPzg3G5tuVXBA=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/08/19/assuncaoparaguai.jpg)
O ex-médico era considerado um dos principais especialista em reprodução humana no Brasil. Após sua condenação e fuga, passou a ser um dos criminosos mais procurados pela Polícia Civil do estado de São Paulo. A recompensa por informações sobre seu paradeiro era de R$ 10 mil.
Denúncias e condenação
Roger Abdelmassih foi acusado por 35 pacientes que disseram ter sido atacadas dentro da clínica que ele mantinha na Avenida Brasil, na região dos Jardins, área nobre da cidade de São Paulo. Ao todo, as vítimas acusaram o médico de ter cometido 56 estupros.
As denúncias contra o médico começaram em 2008. Abdelmassih foi indiciado em junho de 2009 por estupro e atentado violento ao pudor. Ele chegou a ficar preso de 17 de agosto a 24 de dezembro de 2009, mas recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de responder o processo em liberdade.
Em 23 de novembro de 2010, a Justiça o condenou a 278 anos de reclusão. Abdelmassih não foi preso logo após ter sido condenado porque um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dava a ele o direito de responder em liberdade.
O habeas corpus foi revogado pela Justiça em janeiro de 2011, quando ex-médico tentou renovar seu passaporte, o que sugeria a possibilidade de que ele tentaria sair do Brasil. Como a prisão foi decretada e ele deixou de se apresentar, passou a ser procurado pela polícia.
Em maio de 2011, Abdelmassih teve o registro de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo.
Médico alegava inocência
O ex-médico sempre alegou inocência. Chegou a dizer que só ‘beijava’ o rosto das pacientes e vinha sendo atacado por um “movimento de ressentimentos vingativos”. Mas, em geral, as mulheres o acusaram de tentar beijá-las na boca ou acariciá-las quando estavam sozinhas – sem o marido ou a enfermeira presente.
Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação. De acordo com a acusação, parte dos 8 mil bebês concebidos na clínica de fertilização também não seriam filhos biológicos de quem fez o tratamento.
FONTE: G1, Estado de Minas, O Tempo.
Walmart é condenado por proibir relacionamento amoroso entre empregados
Para TST houve “invasão da intimidade e do patrimônio moral de cada empregado e da liberdade de cada pessoa”.
O Walmart foi condenado a pagar R$ 30 mil de indenização a empregado demitido por violar norma interna que proíbe relacionamento amoroso entre trabalhadores da empresa. Para a 2ª turma do TST, houve “invasão da intimidade e do patrimônio moral de cada empregado e da liberdade de cada pessoa que, por ser empregada, não deixa de ser pessoa e não pode ser proibida de se relacionar amorosamente com seus colegas de trabalho”.
![](https://i0.wp.com/www.gafisa.com.br/multimidia/images/gafisa-bairros/_0000_walmart.jpg)
O autor, que exercia a função de operador de supermercado, começou em março de
2009 a namorar uma colega do setor de segurança e controle patrimonial,
com quem, posteriormente, passou a manter união estável.
Após descobrir a relação, o Walmart abriu processo administrativo com base em norma
que proíbe os integrantes do setor de segurança de ter “relacionamento amoroso com
qualquer associado (empregado) da empresa ou unidade sob a qual tenha responsabilidade“.
Como consequência, os dois foram demitidos no mesmo dia.
Liberdade e dignidade
Ao julgar recurso do Walmart contra a condenação imposta pelo juízo de 1º grau, o TRT
da 4ª região entendeu que a norma do supermercado não era discriminatória e o
absolveu do pagamento do dano moral. De acordo com o TRT, a restrição de relacionamento
entre empregados e colaboradores, principalmente no setor de segurança, era fundamentada
“na prevenção de condutas impróprias ou que possam vir a causar constrangimentos
ou favorecimentos“.
No entanto, para o ministro José Roberto Freire Pimenta, cuja tese foi acompanhada pela
maioria do colegiado, “é indiscutível que preceitos constitucionais fundamentais foram e
ainda estão sendo gravemente atingidos de forma generalizada por essa conduta
empresarial” – entre eles o da liberdade e o da dignidade da pessoa humana.
Com base nos dados do processo, ele concluiu que a demissão se deu somente pelo
fato do casal estar tendo um relacionamento afetivo. “Não houve nenhuma alegação ou
registro de que o empregado e sua colega de trabalho e companheira agiram mal, de que
entraram em choque ou de que houve algum incidente envolvendo-os, no âmbito interno da
própria empresa.”
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Processo relacionado: RR-122600-60.2009.5.04.0005
FONTE: Migalhas.
Mulher pagará indenização por “manipular Judiciário” para prejudicar ex
Após fim de união estável de apenas 3 meses, ex-companheira do autor ingressou com ação de alimentos, omitindo distrato firmado.
A “conduta em se valer do Poder Judiciário para ferir o autor em razão do fim do relacionamento mal resolvido” levou uma mulher à condenação ao pagamento de mais de R$ 170 mil a ex-companheiro, com quem viveu em união estável por apenas 3 meses e 24 dias.
![casal briga paor dinheiro](https://universobh.wordpress.com/wp-content/uploads/2014/07/casal-briga-paor-dinheiro.jpg?w=540)
Alimentos provisórios pagos indevidamente (R$ 90 mil), perdas e danos em razão de contratação de advogados (R$ 69 mil) e danos morais (R$ 15 mil) foram os pedidos deferidos pelo juiz de Direito Matheus Stamillo Santarelli Zuliani, da 7ª cara Cível de Brasília/DF.
Entre tapas e beijos
A fim de oficializar o enlace, o casal firmou contrato de união estável, mas pouco tempo depois pôs fim à relação, estipulando o fim das obrigações mútuas. Após o término, a ex-companheira do autor ingressou com ação de alimentos, omitindo distrato firmado entre ambos, o que levou à fixação de alimentos provisórios no valor de 25 salários mínimos mensais.
Em decorrência do não pagamento da quantia, o autor afirma que foi preso, o que o levou a estabelecer um acordo no valor de R$ 90 mil. Afirmando ter sofrido lesão ao seu direito da personalidade, ingressou na Justiça pedindo a condenação da ex no pagamento de todos os gastos que teve com a defesa judicial, os valores que teve de pagar indevidamente e os danos morais decorrentes da situação.
Em briga de marido e mulher…
“Mesmo diante do pacto subscrito, a requerida, amparada na mais manifesta má-fé, ingressou com ação judicial de alimentos, sabendo de antemão que os alimentos provisórios seriam fixados sem o contraditório, causando prejuízos econômicos de grande monta ao requerente.”
Para o julgador, a ex-companheira do autor “manipulou o Poder Judiciário e suas armas de coerção [prisão civil do devedor de alimentos] para prejudicar o ex-companheiro que não mais lhe doava amor” e, “se não bastasse“, ainda o acusou de falsificar o distrato subscrito pelas partes, cuja autenticidade foi posteriormente confirmada.
“A conduta da parte requerida transbordou o limite do mero aborrecimento quando transformou um simples relacionamento amoroso em um transtorno psíquico e físico ao autor, ensejando a sua prisão civil por dívida alimentar, e ainda, sérios prejuízos econômicos. Portanto, sua conduta em se valer do Poder Judiciário para ferir o autor em razão do fim do relacionamento mal resolvido, a levou a ofender o art. 186 do Código Civil, gerando o dever de indenizar.”
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Processo: 0028951-15.2012.8.07.0001
Confira a íntegra da decisão
FONTE: Migalhas.
É assim que sempre vamos nos lembrar de vocês!
“Estamos todos escandalizados com este crime brutal que levou a vida deste casal de Belo Horizonte. E mais os absurdos que assistimos que assistimos no Maranhão.
Daqui não esperávamos outra coisa. Falamos nisso há anos, e há anos o assunto vem sendo tratado com desdém, com desinteresse, com negligência, com graves desrespeitos.
Estamos culpando esses dois monstros pelo que aconteceu. Na verdade, a sociedade brasileira construiu esses dois monstros. Há muito que eles deveriam estar recolhidos num ambiente próprio, seja para separá-los do convívio da sociedade, seja para puni-los por faltas cometidas. Estavam soltos.
Quem matou esse casal foi a sociedade brasileira, através dos seus diversos atores. As leis frágeis, o equívoco daqueles que ainda não enxergaram a situação, não viram que precisamos separar bandido de cidadão de bem. Primeiro. Urgentemente. Depois vamos cuidar de ressocialização ideal, mas agora é preciso proteger o cidadão de bem.
A condescendência da justiça está matando. A polícia mal equipada está matando. Os deputados e senadores que não aperfeiçoam leis estão matando. Todos esses mataram esse casal. A sociedade matou o casal na medida em que mantém esse estúpido Estatuto do Desarmamento que só tomou arma do cidadão de bem, aliás, a sociedade não, a sociedade se manifestou em plebiscito e não queria esse desarmamento idiota.
Mas desrespeitaram a vontade da sociedade e construíram essa crueldade através da qual tiraram do cidadão o seu direito de se defender antes que tivessem assegurado ao cidadão as condições de segurança oferecidas pelo Estado. Tiraram do cidadão de bem o benefício da dúvida.
As chances desse advogado, pobre vítima, seriam poucas se ele tivesse uma arma, é verdade. Mas eram NENHUMA, exatamente nenhuma, sem a tal arma.
A sociedade matou esse casal, matou por diversas formas e diversas frentes mal conduzidas. Deixou que esses dois monstros ficassem nas ruas ao invés de serem acolhidos e tratados, ou, quando nada, fossem afastados do convívio com a sociedade.
A sociedade matou ao manter esse estatuto que é um desrespeito ao cidadão brasileiro, e vai continuar matando se não houver um mutirão para enfrentar essa situação e tapar tantos furos no casco do barco já condenado.
Daqui temos feito graves alertas. A hora não é de belos discursos de ressocialização, não é de brandura nem de condescendência. A hora é de devolver ao cidadão de bem os seus direitos, restabelecer o bom senso.
Se o Estado é incapaz de prover a segurança, que permita que o cidadão pelo menos tenha uma chance. Dar à segurança pública a prioridade que nunca teve. Não pode ser diferente o quadro num país onde existem mais de 500.000 presos em 300.000 celas disponíveis. E onde outros 200.000 condenados esperam por vagas, e outros 200.000 esperam por julgamento.
O crime está solto, o cidadão de bem está desarmado, desprotegido. Está morrendo.”
Diretor de jornalismo, editorialista e comentarista da Rádio Itatiaia, Márcio Doti iniciou sua carreira em 1974, como redator de esportes da emissora. É formado em Jornalismo pela FAFI-BH, hoje UNI-BH. Como diretor planejou e coordenou memoráveis coberturas jornalísticas, com destaque para as eleições e as visitas do Papa João Paulo II ao Brasil. Paralelamente exerceu por dois anos o cargo de Editor de Esportes do jornal “Diário de Minas”.
Márcio Doti mantém um comentário diariamente no Jornal da Itatiaia 1ª Edição, o principal noticiário da emissora. Foi responsável também pela informatização de diversos setores da Rádio Itatiaia, incluindo a redação, que hoje possui um moderno sistema de rede de computadores. Participou ativamente da implantação do primeiro portal da emissora na internet e da disponibilização pioneira do som ao vivo da rádio em rede mundial. Márcio Doti foi o idealizador da transmissão via satélite da Rádio Itatiaia e participou ativamente da formatação da Rede Itasat, preparando e diagramando os jornais da emissora na versão de rede. É presidente do CEPPO – Centro de Cronistas Políticos e Parlamentares de Minas Gerais.
FONTE: Itatiaia.
A pergunta “O comércio de armas e munições deve ser proibido no Brasil?” foi respondida em outubro de 2005 por 95.375.824 eleitores brasileiros: 63,94% votaram no NÃO e 36,06% votaram no SIM. Apesar disso, o governo não atendeu à sinalização que a população enviou e covardemente, atendendo a apelos inadequados, ineficazes, populistas, e com o falso objetivo de “mostrar serviço”, deixou o cidadão de bem sem a possibilidade real de se defender da violência.
O PERIGO SOBE A SERRA
Assassinato de casal aumenta o medo na Serra do Cipó, que sofre com o avanço da violência nas cidades vizinhas. Pousadas ampliam investimento em segurança
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Representante comercial Márcio Madeira e familiares foram ao mirante onde o casal foi atacado, e, por precaução, voltariam à pousada antes de escurecer |
Serra do Cipó – Um paraíso ecológico que atrai até 30 mil turistas nos fins de semana e feriados para prática de esportes e lazer nas trilhas, cachoeiras e rios, em meio à fauna e à flora exuberantes, está assombrado pelo medo. O distrito Serra do Cipó tem 2,2 mil habitantes e pertence a Santana do Riacho. Não registrou assalto e teve um homicídio por questões familiares em 2013, mas a criminalidade avança nos municípios vizinhos, como Conceição do Mato Dentro e São José do Almeida (distrito de Jaboticatubas).
O brutal assassinato do casal de namorados, cujos corpos jogados no Rio Santo Antônio pelos dois assaltantes foram resgatados ontem, aumentou o medo e já levou ao cancelamento de até cinco reservas em pousadas da região.
Veja aqui COMO FOI O DUPLO ASSASSINATO.
Um colega querido e uma mãe dedicada
Esperança desfeita num golpe duro do destino. Mesmo com a confissão dos acusados, para os familiares do casal a história só chegou ao fim quando os corpos foram encontrados na tarde de ontem. “Mantivemos a esperança de encontrá-los vivos o tempo inteiro”, disse Daniel Viggiano, sobrinho de Lívia. Ele contou que ainda não sabe explicar o que lhe passou pela cabeça quando viu a tia e o namorado dela serem retirados do rio. Por enquanto, só restou forças para amparar a família: “Só pensava em ser forte para segurar minha tia e minha prima, para elas não desabarem”.
Moradores e turistas estão assustados. O vice-presidente do Conselho de Segurança Pública (Consep) do distrito Serra do Cipó, Marcos Alves Ferreira, de 62, é dono de pousada e convocou reunião de emergência para ontem à noite. “A pauta é segurança. Vamos orientar donos de hotéis e pousadas para reforçar as dicas de segurança aos hóspedes, com distribuição de folhetos, para que nunca saiam sozinhos para fazer trilhas, sempre em grupos, e que evitem locais isolados”, informou.
As pousadas indicarão guias turísticos oferecidos por duas empresas locais. A de Marcos Alves tem portão eletrônico e câmeras. “Vou aumentar a segurança para a Copa do Mundo”, garantiu. Ele acredita que a população local já ultrapassa os 6 mil habitantes, pois muita gente está se mudando para a região. Para Marcos, o assassinato do casal prejudica o turismo.
Ontem, duas famílias de São Domingos do Prata e Contagem viajaram juntas para conhecer a beleza da Serra do Cipó. Estiveram no mirante onde o casal foi abordado pelos criminosos e ficaram apreensivas. “Estou aqui com a minha família porque somos um grupo de 10 pessoas. Sozinho, eu não ficaria. Vamos voltar para a pousada antes de escurecer”, disse o representante comercial Márcio Madeira, de 40.
O engenheiro Leandro Durães, de 27, mora em BH e sempre vai à Serra do Cipó percorrer trilhas de bicicleta. Agora, está preocupado: “Não vou pedalar mais com tranquilidade. O último reduto de paz em Minas foi quebrado. A gente poderia ser as vítimas”. Ele disse que na terça-feira descia a serra e uma cena chamou a sua atenção. “Ao lado da estátua do Juquinha, símbolo de paz neste lugar, estava uma viatura da Polícia Civil, um sinal de violência. Esse crime manchou a imagem da Serra do Cipó”, lamentou.
Moradora da capital também, Lúcia Helena Bretz, de 51, passou alguns dias com a mãe na região. “Estou assustada. Ninguém mais pode sair sozinho. Muitos jovens vêm para cá, inclusive meu filho com a namorada”, disse.
DEMANDA GRANDE O tenente Afonso do Nascimento, comandante do pelotão local, que pertence à 150 Cia. da PM de Santa Luzia, na Grande BH, informou que são 20 militares para atender a sede de Santana do Riacho e os distritos Serra do Cipó e Lapinha da Serra, esse distante 42 quilômetros, com população total de 4,8 mil habitantes. “Nosso efetivo é suficiente. Quando o fluxo de turistas é muito grande, como nas temporadas, temos reforço de Santa Luzia”, informou.
No ano passado não foi registrado assalto no distrito. Em 2012 foram cinco. Os furtos caíram de 59 em 2012 para 37 em 2013. “Tivemos um homicídio em 2012 e um em 2013”, afirmou o militar. Em 2012, foram duas tentativas de homicídio. No ano passado, uma. O grande problema é a violência em localidades vizinhas que ameaça a paz da Serra do Cipó, afirmou o tenente.
“As estatísticas de Jaboticatubas são altíssimas. A Serra do Cipó fica entre Jaboticatubas e Conceição do Mato Dentro, onde a criminalidade avançou muito devido ao crescimento desordenado da população em função das mineradoras. A nossa luta agora é manter a tranquilidade na serra”, disse o tenente.
O distrito é cortado pela MG-010, que tem grande movimentação de veículos. “São caminhões de minério e turistas indo para Diamantina, Serro e Guanhães”, revelou. O policial recomenda aos turistas que não saiam sozinhos das pousadas, evitem trilhas desconhecidas, não deixem objetos de valor dentro dos carros e também não os ostente. Ele afirmou ainda que o sinal de celular na região é ruim, o que dificulta socorro.
INSEGURANÇA São José do Almeida pertence a Jaboticatubas e fica a 30 quilômetros da Serra do Cipó. São 6 mil moradores. O tráfico e o uso de drogas é uma das maiores preocupações dos moradores e da polícia, além de furtos e roubos. O vice-prefeito de Jaboticatubas, Umbelino Caetano Dias (PMN) trabalha na subprefeitura de São José do Almeida. Somente o distrito tem 300 quilômetros quadrados, quase a dimensão territorial de BH, e conta com apenas nove policiais divididos em três turnos.
No início da tarde de ontem, o destacamento estava fechado. “PM só aparece aqui de vez em quando. Temos assaltos, arrombamentos de casas e todo tipo de coisa ruim por aqui”, reclamou uma vizinha. “Donos de sítios não querem ficar mais aqui. Droga, então, tomou conta da cidade”, disse outra moradora. “A unidade da PM fica fechada o tempo todo”, afirmou uma vizinha dela. O comerciante Marcílio Miranda, de 46, contou que houve reunião com a PM de Santa Luzia no fim de semana para pedir mais policiamento. “O número de policiais não é suficiente. A nossa população é maior do que três municípios vizinhos juntos (Santo Antônio do Rio Abaixo, Passabem e São Sebastião do Rio Preto)”, informou o vice-prefeito, preocupado com o tráfico e o consumo de drogas no lugar.
O vice-prefeito informou que fora do horário administrativo os PMs têm que viajar 70 quilômetros, dos quais 14 em estrada de terra, para registar boletim de ocorrência no Bairro Palmital, em Santa Luzia. A prefeitura paga o aluguel do prédio da PM em São José do Almeida e o carro particular do vice-prefeito é emprestado aos militares e também serve de ambulância para socorrer a população.
“Ficam apenas dois policiais por turno no destacamento, com uma única viatura, e eles saem para atender ocorrências em toda a região”, disse Umbelino.
O comandante do pelotão não foi encontrado ontem, pois na quarta-feira o expediente administrativo da PM é encerrado às 13h. O cabo Rogério Rocha esteve mais tarde no destacamento e disse não ter acesso às estatísticas da criminalidade. Segundo ele, o distrito é refúgio de marginais que saem de BH, devido à extensão territorial e às matas, também usadas para desova de corpos. Disse ainda que existem 27 condomínios residenciais na região e muitos donos de sítios ficam até 30 dias sem visitar o local, o que facilita arrombamentos. Gerente de um posto de combustível às margens da MG-010, Ringo Star Sales Costa tem medo: “Já fomos roubados cinco vezes. Os ladrões ameaçam matar os frentistas com armas na cabeça”.
Veja aqui ou matéria que mostra os ENCANTOS DA SERRA DO CIPÓ.
FONTE: Estado de Minas.
Polícia prende terceiro suspeito do assassinato de casal desaparecido na Serra do Cipó
Foi preso no início da noite desta terça-feira (07/01), em Conceição do Mato Dentro, o terceiro suspeito de envolvimento no assassinato do casal Alexandre Werneck de Oliveira e Lívia Viggiano Rocha Silveira. Segundo investigadores da Polícia Civil, o terceiro suspeito foi identificado apenas como “Samuel”, de 17 anos.
Marcos e Helton, suspeitos de matarem o casal na Serra do Cipó
Os suspeitos teriam abordado o casal ainda na Serra do Cipó e, em seguida, levado as vítimas até as margens do rio Santo Antônio, que fica a cerca de 10 quilômetros de Conceição do Mato Dentro. No local, eles pegaram celulares e dinheiro do casal e, em seguida, executaram as vítimas e jogaram os corpos no rio. A caminhonete de Alexandre foi queimada no local.
A polícia chegou aos suspeitos após ver um deles na cidade com parte do rosto queimado. Marcos Magno Peixoto Faria, de 25 anos seria filho de um policial militar e tem passagens pela polícia por furtos e roubos, enquanto Helton Moreira de Castro, de 19, tem passagens por tráfico de drogas.
Parentes de Alexandre Werneck de Oliveira, de 46 anos, e da namorada, Lívia Viggiano Rocha Silveira, de 39, ficaram chocados com a notícia da morte dos dois. Durante todo o dia, eles aguardaram com ansiedade o desenrolar das buscas. “Infelizmente eles estão mortos. A polícia já não trabalha com a possibilidade de encontrá-los vivos. É lamentável”, disse Daniel Viggiano, sobrinho de Lívia, que acompanhou as apurações policiais.
Alexandre trabalhava na Assembleia Legislativa de Minas havia 25 anos. Começou como segurança concursado, fez o curso de direito e passou a trabalhar nas comissões legislativas. De 2007 a 2008 trabalhou na Comissão de Segurança Pública da Casa, na época presidida pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT). “Uma pessoa supertranquila, da paz, sem inimigos”, descreveu o deputado. Alexandre era separado da mulher, com quem teve dois filhos, e havia três anos namorava Lívia, que foi estagiária do Procon entre 15 de janeiro de 2009 e 1º de junho de 2010.
Ao longo do dia, parentes e amigos próximos de Lívia se reuniram na casa da mãe dela, em Contagem, na Grande BH, para as informações da busca do casal. Caçula de uma família de oito filhos, a recém- formada em direito é natural de Itanhomi, no Vale do Rio Doce. Ela morava no Bairro Silveira, Região Nordeste da capital, e se preparava para prestar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
FONTES: Aconteceu no Vale e Estado de Minas.
Dupla presa confessa morte de casal na Serra do Cipó
![Photo: Reprodução/Facebook, License: Facebook Alexandre e Nívea - Foto - Reprodução/Facebook](https://i0.wp.com/www.hojeemdia.com.br/polopoly_fs/1.207250.1389128976!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_714/image.jpg)
Os dois suspeitos presos pela Polícia Civil em Conceição do Mato Dentro, região Central de Minas Gerais, nesta terça-feira (7) confessaram a morte do casal que estava desaparecido na Serra do Cipó desde o final de semana.
De acordo com depoimento dos dois homens, cujos nomes não foram divulgados oficialmente, eles teriam rendido Alexandre Werneck de Oliveira, de 46 anos, e Lívia Viggiano Rocha Silveira, de 39, para roubar. O casal foi levado para a margem do rio Santo Antônio, que passa próximo à cidade, e morto a tiros. Os corpos foram jogados no rio. A Polícia Civil está com os suspeitos no local onde as vítimas teriam sido atiradas.
Bombeiros fazem buscas aos corpos do casal morto na Serra do Cipó
![Carro do casaL queimado na Serra do Cipó -Flávio Tavares/Hoje em Dia](https://i0.wp.com/www.hojeemdia.com.br/polopoly_fs/1.207254!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_490/image.jpg)
Imagens exclusivas mostram como Champinha vive atualmente
Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.
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Unidade experimental de saúde. Zona norte de São Paulo. Na última sexta-feira, um homem que está internado, cuida da horta e rega as verduras. E é vigiado de perto pelos funcionários.
As imagens foram mostradas para nove pessoas, que conhecem bem o interno. Todas deram a mesma resposta que a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
“Sim, é ele. Tenho certeza”, garante a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
“Ele” é Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, que entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.
No próximo dia 28, a Justiça começa a decidir o futuro de Champinha – hoje, com 26 anos.
Para ele, que aprendeu a jogar xadrez enquanto esteve na Fundação Casa, a antiga Febem, vai ser o momento decisivo: a hora do xeque mate.
Champinha passará por uma nova perícia judicial e tentará provar que se recuperou, e que tem condições de voltar às ruas, como um cidadão normal.
A partir de informações oficiais de peritos e de profissionais que ficaram frente a frente com Champinha, o Fantástico mostra uma radiografia completa desse assassino.
Champinha passou a adolescência na zona rural de Embu-Guaçu, na grande São Paulo. Era de pouca conversa e arrumava brigas com frequência.
Quarto filho de uma família de cinco irmãos, Champinha ficou em uma escola da região até os 14 anos. Hoje, ela está desativada. Ele não saiu da terceira série. Não sabia ler e mal conseguia escrever o próprio nome. Chegou a ser apontado como integrante de uma quadrilha de desmanche de carros e suspeito de matar um morador de rua.
Foi esse Champinha, aos 16 anos, que encontrou Felipe Caffé e Liana Friedenbach, no início de novembro de 2003, exatos 10 anos atrás.
O casal de namorados tinha ido acampar e foi dominado pelo menor e seus comparsas. Felipe, 19 anos, foi assassinado com um tiro na nuca. Liana, 16 anos, virou refém dos bandidos.
Foram quatro dias de cativeiro em um lugar pequeno, sujo, sem iluminação.
O Fantástico voltou ao local do crime.
Ela foi torturada e violentada também pelos comparsas de Champinha. O menor obrigou que ela caminhasse pela mata, e em seguida, a matou com 15 facadas.
Ari Friedenbach, pai de Liana: Sem sombra de dúvida que foi o pior momento da minha vida. A Liana era uma menina muito alegre, de riso fácil.
Quatro adultos foram condenados. Paulo César Marques, o Pernambuco, pegou a pena maior: 110 anos de cadeia.
Champinha nunca foi a julgamento. Como punição, passou 3 anos na Fundação Casa.
Em setembro de 2006, quando chegava ao fim a medida socioeducativa, psicólogos forenses, do Instituto Médico Legal de São Paulo, deram um diagnóstico: Champinha tem transtorno de personalidade e comete atos irracionais para ter o que deseja, sem dilema e sem culpa.
Segundo os peritos, existe alta probabilidade de Champinha voltar a cometer crimes.
“A sociedade não merece ter pessoas como ele – e não é só ele assim, infelizmente – que precisam ser retiradas do convívio social”, afirma Ari Friedenbach, pai de Liana.
O laudo do IML foi decisivo para que a Justiça determinasse a interdição civil de Champinha, aos 21 anos.
“O estado diz: ‘você não pode cuidar de você mesmo. Eu vou te guardar’”, completa Ari.
A Justiça decidiu ainda pela internação de Champinha em estabelecimento psiquiátrico tinha que ser um lugar para ele se tratar e de onde não conseguisse fugir.
Para cumprir a ordem, o governo de São Paulo criou a Unidade Experimental de Saúde, na zona norte da capital paulista. É onde o assassino confesso de Liana está até hoje.
Relembrando: nove pessoas viram as imagens e afirmam que o rapaz mostrado é Champinha.
Na unidade, há outros quatro internos, todos com perfis semelhantes. Segundo a secretaria estadual de saúde, eles fazem terapia ocupacional vão a aulas e são tratados por um médico, um psicólogo, dois técnicos de enfermagem e uma assistente social.
O Ministério Público Federal critica o tratamento. Quer o fechamento da unidade e a transferência dos internos
“Eles estão internados sem previsão pra sair e sem tratamento de saúde adequado”, diz o procurador da República Pedro Antônio Machado.
A Secretaria de Saúde disse que a unidade atende aos pré-requisitos estabelecidos pela Justiça e os protocolos médicos para o atendimento dos pacientes.
Champinha aguarda o resultado de um habeas corpus, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
O pedido de liberdade leva em conta, principalmente, um laudo de 2008 do núcleo de Psiquiatria Forense da Faculdade de Medicina da USP.
Esse núcleo acompanhou Champinha e concluiu: o assassino de Liana Friedenbach não apresenta transtorno mental. Ele é uma pessoa normal que não terá benefícios médicos ficando internado.
Mas a avaliação também é clara: diz que não dá para garantir que Champinha nunca mais vá cometer crimes, já que sua periculosidade – ou seja, o quanto ele pode ser perigoso – não está atrelada à sua saúde mental.
“Ele tem um comportamento agressivo e impulsivo”, conta Maria Gabriela Manssur, promotora de Justiça.
O Ministério Público pediu à Justiça que Champinha passe por uma nova avaliação médica, que está marcada para o próximo dia 28, no fórum de São Paulo. O Fantástico antecipa, com exclusividade, algumas perguntas que a perícia terá que responder.
Qual a doença mental de Champinha e suas consequências? Ele pode ter reações impulsivas ou agressivas? A nova perícia vai dizer também se Champinha tem valores éticos e morais suficientes para se conduzir em sociedade.
“No momento, o Ministério Público entende que ele não tem essa capacidade de conviver em sociedade, afirma a promotora de justiça Maria Gabriela Manssur.
Procurada pelo Fantástico, a defensora pública que atende Champinha preferiu não gravar entrevista. O resultado da nova perícia deve sair no começo do ano que vem.
“Vejo como, primeiro, uma tremenda irresponsabilidade de alguém que possa assinar um laudo dizendo que ele está apto para voltar pra sociedade”, diz Aria Friedenbach.
Fantástico: Hoje, a senhora se sentiria segura com o Champinha na rua?
Maria Gabriela: Eu não me sentiria segura e a sociedade não se sentiria segura.
Ministros do STJ negam saída de Champinha de unidade psiquiátrica
Aos 16 anos, ele participou de assassinato de dois jovens na Grande SP.
Advogado afirmou que mantê-lo internado é ‘regime de exceção’.
Em 2003, então com 16 anos, ele participou do assassinato dos jovens Felipe Caffé, de 19 anos, e Liana Friedenbach, de 16 anos. Em novembro de 2003, Felipe e Liana acampavam em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, quando foram dominados pelo adolescente, então com 16 anos, e outros homens – quatro adultos foram condenados pelo crime.
O advogado de Champinha ingressou em 2010 no STJ com um pedido de habeas corpus para que ele fosse liberado do hospital – no mesmo ano, um pedido de liminar (decisão provisória) foi negado. Segundo a defesa, ele já cumpriu a medida socioeducativa pelo crime na Fundação Casa, órgão de internação de menores infratores, e está internado ilegalmente.
Champinha nunca foi a julgamento e passou três anos na Fundação Casa. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) em 2006 diagnosticou que ele tinha transtorno de personalidade e cometia atos irracionais para ter o que desejava. A Justiça determinou então que deveria ser internado em um estabelecimento psiquiátrico.
O ministro Luís Felipe Salomão, relator da ação no STJ, afirmou que a interdição de Champinha na unidade psiquiátrica “não tem caráter penal ou sancionatório” e que serve para proteger o jovem e a sociedade. Portanto, afirmou Salomão, não há “constrangimento ilegal” na internação do jovem.
Salomão afirmou ainda que o Estado não pode ser “espectador diante de quem coloque em risco a si e a outros”.
Defesa vê ‘regime de exceção’
Aos ministros do STJ, o advogado Daniel Adolpho Daltin Assis argumentou que a mídia criou um “personagem monstruoso” em relação a Champinha, o que impede o exercício dos direitos humanos.
Daltin Assis afirmou que mantê-lo internado é “regime de exceção” e que isso viola o “direito ao esquecimento”, que assegura a um condenado que já pagou por seus crimes o direito de retomar a vida normalmente. Ao G1, o advogado afirmou que vai avaliar se recorre ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar garantir a liberdade de seu cliente.
Segundo Assis, o cliente está bem e tem condições de retomar o convívio social.
“Ele [Champinha] está bem como sempre esteve, embora seja mais fácil achar que ele não está. Sempre teve avaliações positivas da Febem [Fundação Casa]. Há laudo paralelo ao laudo único sobre o qual se baseia a Justiça, do Instituto de Psiquiatria do Núcleo Forense do Hospital das Clínicas, que faz laudos para a Fundação Casa, que é favorável à saída dele.” O laudo favorável, segundo a defesa, é de 2008.
Uma nova avaliação médica foi feita em novembro e o resultado deve sair no ano que vem.
Daltin Assis relata que conviveu por seis anos em encontros quinzenais com Champinha. “Meu posicionamento nunca foi cego. Poderia dizer que, particularmente, convivi com ele e que está bem. Mas seria muito pessoal. Temos laudo que fala que ele está bem”, disse.
FONTE: G1.
A 7ª câmara Cível do TJ/RJ negou, por maioria, o recurso de dois homens que requereram a conversão da união estável em casamento. De acordo com o relator, desembargador Luciano Saboia Rinaldi de Carvalho, embora muitos países venham reconhecendo, mediante reformas legislativas, a possibilidade de casamento entre pessoas do mesmo sexo, o Brasil ainda não o fez, não havendo, portanto, amparo legal que autorize tal concessão.
Os requerentes sustentam que vivem em regime de união estável desde 2001, tendo celebrado o Pacto de União Estável Homoafetiva no dia 22/6/11, e que o pedido de conversão da união em casamento se fundamenta na proibição de discriminação em razão do sexo ou da orientação sexual, nos princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana, além da ausência de norma proibitiva do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Para o magistrado, em respeito ao princípio da segurança jurídica, é inconcebível a desvirtuação do texto normativo, conferindo-lhe novas conceituações, a critério do julgador, que não é legislador positivo. Destaca ainda que a CF/88 faz referência expressa aos termos ‘homem’ e ‘mulher’ quando trata da sociedade conjugal. “Por evidente, duas pessoas do mesmo sexo podem constituir família, podem constituir patrimônio comum, podem reivindicar direitos sucessórios e previdenciários, enfim, podem viver em união estável. Mas não têm direito ao casamento civil, por ausência de autorização legal“, completou.
O processo corre em segredo de Justiça.
CLIQUE PARA VER RECENTE DECISÃO DO CNJ QUE VAI CONTRA ISTO.
FONTE: Migalhas.
Após duro debate e protestos que atraíram centenas de milhares às ruas de Paris, França se torna o 14º país do mundo a aprovar medida
A Assembleia Nacional francesa, de maioria socialista, aprovou nesta terça-feira por 331 votos contra 225 a legalização do casamento gay e a adoção por casais homossexuais depois de meses de duros debates e protestos que atraíram centenas de milhares às ruas de Paris .
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A ministra francesa da Justiça, Christiane Taubira, disse que os primeiros casamentos podem ser celebrados já em junho. “Acreditamos que os primeiros casamentos serão lindos e trarão um sopro de alegria, e aqueles que atualmente se opõem a isso certamente mudarão de posição quando virem a felicidade dos recém-casados e suas famílias”, disse.
A França é o 14º país do mundo a legalizar o casamento gay, e a votação desta terça ocorreu uma semana depois de a Nova Zelândia – com pouca controvérsia – ter permitido o casamento entre casais do mesmo sexo .
Oponentes da lei afirmavam que a França não estava pronta para legalizar a adoção por casais do mesmo sexo, e pesquisas mostravam o país fortemente dividido na questão. Milhares de policiais foram mobilizados previamente à votação, preparando-se para protestos de partidários e oponentes da medida ao redor do prédio da Assembleia Nacional e ao longo do Rio Siena.
Durante a votação, um espectador vestido de rosa, a cor usada pelos oponentes do casamento gay, foi retirado à força do Parlamento. “Apenas aqueles que amam a democracia estão aqui”, disse irritado o presidente da Assembleia Nacional francesa, Claude Bartelone.
Em semanas recentes, violentos ataques contra casais gays aumentaram, e alguns legisladores receberam ameaças – incluindo Bartelone, que recebeu um envelope cheio de pólvora na segunda-feira.
Um dos maiores protestos contra o casamento gay atraiu centenas de milhares de ativistas conservadores, estudantes e seus pais, aposentados, padres e outros que chegaram a Paris vindos das províncias francesas de ônibus. Essa marcha terminou com o uso de gás lacrimogêneo enquanto manifestantes linha-dura, alguns usando máscaras e capuzes, entraram em confronto com a polícia, danificando carros ao longo da Avenida Champs-Elysees.
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Quando o presidente François Hollande prometeu legalizar o casamento gay , a medida foi vista como algo relativamente não controvertido. Mas a questão se tornou polêmica à medida que a popularidade do líder francês caiu para baixas sem precedentes, amplamente por causa da má fase da economia do país.
Os conservadores franceses, divididos por disputas internas e pela derrota eleitoral de Nicolas Sarkozy , encontraram um causa comum no casamento gay. Esperando manter o assunto vivo, o conservador partido UMP planeja desafiar a lei no Conselho Constitucional.
As uniões civis francesas, permitidades desde 1999, são ao menos tão populares entre heterossexuais quanto entre casais gays e lésbicas. Mas essa lei não tem nenhuma provisão relativa à adoção, e a oposição na França aos casais do mesmo sexo cresce quando crianças são envolvidas. De acordo com pesquisas recentes, um pouco mais da metade dos franceses se opõe à adoção por casais homossexuais – praticamente o mesmo número que diz apoiar o casamento gay.
FONTE: iG.
Cabeças cortadas, imagens sem foco, parentes de costas … cobertura foi um show de fracassos . Caso é um alerta para noivos e profissionais
Um casal está processando uma fotógrafa no Reino Unido que registrou imagens horríveis do casamento deles. De acordo com o The Sun, Gary e Evette Crack contrataram Louise Garrett, mas ao receber o trabalho, fotos com cabeças cortadas e várias outras sem foco.
O show de horrores continua, com composições que incluem lixeira, poses estranhas com os convidados de costas. Além disso, segundo o casal, faltou o registro da troca de alianças e o primeiro beijo dos recém-casados.
“Ela falou que era profissional, mas não conseguiu nenhuma foto dos idosos avós de Gary, que vieram para Londres especialmente para o casamento”, reclama a noiva de 32 anos. O casal agora planeja organizar outra festa, para refazer as imagens e ter alguma lembrança do casamento. “ É horrível. Ela roubou tudo de nós. Nada vai trazer nosso grande dia de volta”, lamenta.
O jornal britânico procurou a contratada, de 20 anos, que limitou-se a dizer que o local do casamento, uma casa do século XIV, era difícil de fotografar.
Os jornalistas do The Sun ficaram tocados com o caso e resolveram presentear o jovem casal com uma nova sessão fotográfica. As lojas que alugaram o vestido de noiva e roupa do noivo também cederam novamente as peças.
Análise da notícia
Ao observar as imagens, percebe-se erros simples de quem começa a fotografar. Tanto problemas de composição, algo que se adquire com tempo e experiência, como falta de domínio do equipamento. Outro erro é entregar fotos ruins (Pelo contexto, talvez umas poucas salvaram) ao cliente. Todo fotógrafo erra algum disparo, mas deve refazê-las no momento. Como Gary e Evette ganharam um novo book, talvez desistam do processo. Mas, mesmo não conhecendo nada da legislação britânica, é possível que possam requerer algum dano moral ou material.
De certa forma, a fotógrafa cumpriu o seu papel. Esteve no local e hora marcados e registrou o casamento, mal e porcamente, mas o fez. Não teve uma “quebra de contrato”. O conceito de foto boa e ruim é subjetivo. Mas, acredito não ser difícil provar juridicamente que eles tiveram o sonho do casamento desfeito pela “profissional”.
No ano passado, um programa da TV contou o caso de um fotógrafo que confundiu as datas e não foi ao casamento. Não deu outra, os noivos ficaram sem fotos e o profissional só se lembrou co compromisso na semana depois. As vítimas o intimaram num tribunal de conciliação, e ele os reembolsou do valor pago e prometeu uma nova book. Ficou muito barato para o fotógrafo.
Conselhos
Aos noivos: Procure conhecer bem o trabalho de quem for escolhido para registrar o casamento. Um erro é fatal e as imagens nunca poderão ser refeitas. Festa, música, cerimonial passam, mas a fotografia vai permanecer pra sempre. Busque referências do fotógrafo na internet e com outros casais que já o contrataram antes. Sempre assine um contrato com todos os serviços estipulados. E desconfie de preços muito baixos. É um barato que pode sair caro.
Aos fotógrafos: Não prometa o que não possa cumprir. Previna-se de tudo que pode dar errado, chegue com antecedência e estude o local onde acontecerá o evento. Só assuma compromisso com esse tipo de trabalho se tiver técnica e condições para fazê-lo. Uma ação na Justiça poderá lhe dar dor de cabeça e milhares de reais de dívida.
Conheça as histórias de casais que envelhecem, adoecem e dedicam seu tempo um ao outro
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Um carinho, um violão e muita dedicação. É assim que Cristovão Caxito cuida de Enida Caxito, com quem está casado há 48 anos. |
“você quer se levantar?”, pergunta à esposa, que da cama consente. O marido, carinhosamente, se curva e passa o braço da companheira por trás de sua cabeça. Em um suspiro único, sincronizados, os dois ficam de pé. Sem os movimentos do lado direito do corpo, presa a uma cadeira de rodas, não mais independente, ela reaprendeu a viver nos braços dele.
Essa não é a história de Amor, o filme do diretor Michael Haneke que hoje à noite, na cerimônia do Oscar, concorre aos prêmios de melhor filme, direção, filme estrangeiro, atriz e roteiro original. A vida real pode ser tão dura quanto as paredes sufocantes do apartamento onde vivem os personagens do longa-metragem. Ao mesmo tempo, pode se desenrolar de forma mais leve. Pode, ainda, exigir e “presentear” um casal com uma prova de amor.
Cristovão Caxito, de 70 anos, e Enida Caxito, de 71 (foto), são casados há 48 anos. Quatro filhos, quatro netos, dois bisnetos; envelheciam como o esperado… Mas, em 2005, Enida sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Depois de uma cirurgia de alto risco, 90 dias em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e poucas perspectivas de reabilitação, voltou para casa dependente.
Ele se recorda do primeiro banho que deu na mulher, tantos outros depois. Não esquece também o maior desejo dela. Em uma casa de dois pavimentos, precisaram transformar a sala no novo quarto do casal. Mas Enida sempre pensa no que deixou no andar de cima. “Meu sonho é voltar para lá”, diz com esperança no olhar. Ele sabe que o desejo é maior: “Ela quer de novo o controle da vida”.
Como Georges e Anne, os octogenários do filme sensível e extremo que tem levado milhões de espectadores às salas de cinema, Cristovão e Enida; Zico e Analucia; Graça e Geraldo renovaram votos de amor quando lhes escapou a saúde. Abdicando da vida para promover a vida, escancaram uma máxima: envelhecemos, adoecemos e não, não queremos estar sozinhos. Eles amam. Eles cuidam.