Jovens são roubados no Barreiro enquanto caçavam pokémons
Dois jovens, um menor de 15 anos e outro de 19, foram roubados na quinta-feira (3) enquanto caçavam pokémons na região do Barreiro.
Segundo a Polícia Militar, eles estavam buscando os monstrinhos no início da noite, logo após a liberação do jogo, quando foram abordados por dois homens que os obrigaram a entregar os smartphones e fugiram.
Ninguém foi localizado.
Esta semana a Polícia Militar iniciou uma campanha em suas redes sociais para alertar os jovens sobre os riscos de se andar distraído na rua com telefone em locais ermos e escuros. Veja abaixo as dicas da PM.
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FONTE: Hoje Em Dia.
O objetivo da “aula” foi mostrar aos jovens outras possibilidades de vida, longe da criminalidade
A convite da juíza Livia Borba, da 2ª Vara Criminal, da Infância e Juventude de Ribeirão das Neves, o professor José Inácio da Silva Pereira, o Pachecão, esteve hoje, 23 de março, no Centro Socioeducativo de Justinópolis. No local, o professor, conhecido em todo o Brasil pelas aulas divertidas e pela irreverência, fez uma palestra motivacional para os adolescentes autores de ato infracional internados no local. O objetivo da “aula” foi mostrar aos jovens outras possibilidades de vida, longe da criminalidade.
No Centro Socioeducativo de Justinópolis estão internados 82 jovens, entre 15 e 19 anos, autores de atos infracionais graves. Metade deles assistiu à palestra. “Fiz o convite ao professor, que o aceitou prontamente. Acredito que as palavras podem tocar os adolescentes, contribuindo para que eles saiam do Centro e não voltem a praticar crimes. Nosso objetivo foi promover um momento de reflexão”, explicou a magistrada.
Durante cerca de uma hora, Pachecão mostrou imagens da sua infância e juventude, e contou de sua trajetória, do interior de Minas, em Laranjal, até obter o reconhecimento de seu trabalho. “É preciso querer e ter um objetivo na vida. Não importa a sua condição, o que importa é a sua decisão”, disse aos jovens.
Inércia
Em sua fala, o professor relatou as dificuldades e até impossibilidades enfrentadas na infância. Condições que, contudo, nunca o impediram de acreditar que era possível chegar mais longe. “Todo ambiente é adverso. Em qualquer profissão enfrentamos problemas. É preciso acreditar”, aconselhou. O professor incentivou os adolescentes a refletirem sobre os próprios gostos e sonhos. “Aonde você quer chegar? Saia da inércia e tome uma atitude”, disse.
Pachecão relatou a descrença que enfrentou com a escolha da profissão, que parecia não trazer muitas perspectivas.
“Não é preciso fazer coisa errada para ganhar dinheiro. É preciso fazer o bem. Vocês têm outras opções de vida”, lembrou. Durante sua palestra, o professor mostrou fotos, recortes de jornal e trechos de programas televisivos dos quais participou. No final da “aula”, os adolescentes aprenderam trechos de uma canção do repertório do professor e foram convidados a cantar.
Para o professor, a palestra foi uma oportunidade de apresentar outros caminhos para os jovens. “Contei a história da minha vida. Quero mostrar que todo mundo pode escolher algo diferente – se quiser. Uma conversa muda uma vida. Então, sei que eles sairão diferentes”, disse o professor.
Ressocialização
O promotor de Justiça, também da comarca de Ribeirão das Neves, Leonardo Morroni Araújo de Mello, explicou que a palestra serviu para mostrar possibilidades, mesmo diante de adversidades e da falta de recursos. “Essa interação com uma pessoa que está fora do sistema socioeducativo é muito importante e auxilia na ressocialização. O professor trouxe outra visão, com uma linguagem que não é técnica ou jurídica, mas que está mais próxima da realidade deles”, pontuou.
Welbert, 18 anos, internado há oito meses, gostou das palavras do professor. O jovem disse que acredita que existem outras possibilidades fora do mundo do crime. “Estou tentando mudar. Quero ser um MC”, afirmou. Kaíque, 17 anos, também internado há oito meses, aprovou a palestra. “A realidade muitas vezes é de falta de apoio. As pessoas não acreditam. Eu tenho o apoio da minha família. Quero sair da vida do crime e ter uma padaria. Quero trabalhar com meu pai. Vou correr atrás desse objetivo até conseguir”, disse.
FONTE: TJMG.
Quem tem carro sabe que é mais do que comum perder as chaves, quebrá-las ou esquecê-las no seu interior. Justamente pensando nesse problema foi que um grupo de alunos do Colégio Padre de Man, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, desenvolveu um dispositivo capaz de trancar ou destrancar as portas do veículo de forma segura, de modo que o proprietário possa acessar seu interior sempre que necessário, mesmo sem as chaves em mãos. Líder e criador do projeto, chamado T&D Móvel (ou Trava e Destrava Móvel), o estudante Gabriel Barros Marendino, do curso técnico em automação industrial, explica que o aparelho permite ao proprietário ou ao portador do código/senha previamente armazenado poder abrir sem problemas as portas, usando simplesmente um celular – com sistema operacional Android e com recursos Bluetooth –, conectado à central de alarme do veículo.
Segundo Marendino, com o celular o sistema aciona a placa de desenvolvimento microcontrolada Arduíno Uno R3, que envia comandos para o controle do alarme que, então, passa a funcionar como se fosse um mecanismo trava e destrava. “Um caso típico do problema ocorre quando uma pessoa sai do veículo deixando a chave na ignição e, quando retorna segundos depois, as travas das portas foram acionadas automaticamente pelo fato de esse acionamento estar programado na central do alarme.
Para resolver isso, a pessoa vai perder tempo, pois será necessário chamar um chaveiro ou localizar a chave reserva. E caso o chaveiro seja chamado, em média R$ 100 serão gastos para a abertura do veículo”, diz Gabriel Marendino. O aparelho foi apresentado no mês passado na Fetec, uma feira técnica do Colégio Padre de Man, realizada de dois em dois anos e dirigida a alunos do ensino médio técnico.
Ideia prática Ele ressalta que em conversas diárias com amigos e familiares sempre o assunto gira em torno da necessidade de sistemas e tecnologias que possam facilitar e agilizar o dia a dia, trazendo maior produtividade e aproveitamento do tempo. “Certo dia, o professor de economia Ivo Ribeiro, que acabou se tornando o grande incentivador do projeto, me contou que ligou seu carro para resfriar o ambiente com o ar-condicionado enquanto guardava algumas compras no porta-malas. Devido ao acionamento automático da central de alarme, as portas foram travadas sem que ele percebesse. Ao fechar o porta-malas, ficou do lado de fora, sem ter como entrar no veículo, que estava funcionando e com o ar ligado. Teve de chamar um chaveiro, pagar pelo serviço e ver o carro queimar gasolina desnecessariamente. Foi daí que nasceu a ideia do dispositivo.”
O garoto, pensando então no assunto, aproveitou o conteúdo das aulas de banco de dados e de introdução à programação lógica do curso que frequenta na escola e resolveu aplicar o conhecimento no projeto, utilizando a programação no Arduíno Uno R3, que é uma espécie de microcontrolador capaz de transmitir informações constantemente a um circuito, tornando-o sempre ativo. “O projeto, que teve orientação do professor Alcebíades Fernando de Oliveira Trindade, traz praticidade e agilidade aos motoristas, permitindo acesso seguro ao veículo de maneira rápida e econômica em qualquer situação”, diz o estudante, revelando que o aparelho utiliza os seguintes componentes: uma placa Arduíno Uno R3, um dispositivo Bluetooth Shield, controle de alarme da Sistec, um kit conexão para Arduíno, uma fonte externa para Arduíno e uma placa de cobre para montagem de circuito. Na montagem do projeto, que já foi apresentado à montadora Fiat, segundo ele, foi utilizado um veículo Fiorino com alarme e trava elétrica e um celular com Android e Bluetooth.
TECNOFEIRA
A 21ª edição da Tecnofeira ocorrerá nos dias 28 e 29 de novembro, no Minascentro, tradicional evento promovido pelo Cotemig para alunos da 3ª série do curso técnico em informática. Este ano serão apresentados 59 projetos de conclusão de curso, realizados por equipes, que se caracterizam pelo desenvolvimento ou personalização de ferramentas tecnológicas, sejam sites, aplicativos ou softwares. “Essa exposição apresenta ao mercado de trabalho uma mão de obra com experiência prática em programação e variadas possibilidades de soluções em informática a baixo custo. Muitos projetos são aproveitados imediatamente pelo mercado, pois sempre surgem boas ideias na feira”, diz Victor Lopes, acreditando que o Van chegando pode ser um deles, por ser muito útil e por não ter nada parecido por aí como concorrente.
Transporte mais ágil
Outro projeto criado por jovens estudantes e que usa veículos para mostrar sua utilidade é o Van chegando, aplicativo em desenvolvimento por um grupo de seis alunos da terceira série do ensino médio do Colégio Cotemig. O app busca tornar mais prático e objetivo aos motoristas de vans o transporte de passageiros, especialmente estudantes dos vários colégios da cidade. “Trata-se de um programa direcionado exclusivamente ao condutor que trabalha com transporte escolar, que vai encontrar muito mais facilidade em exercer seu trabalho sem perder tempo”, afirma Victor Lopes Marques Pereira, um dos desenvolvedores e responsável pelo trabalho visual e de marketing do aplicativo.
De acordo com ele, para usar da melhor maneira o aplicativo o motorista deve cadastrar no sistema todos os passageiros contratantes do serviço. Os estudantes, por sua vez, devem confirmar diariamente a presença na van. Assim, com a confirmação dos passageiros daquele dia, o aplicativo traça a rota das residências pelas quais o motorista tem de passar, facilitando ao máximo o trajeto. “O condutor, se quiser, pode ainda enviar uma notificação ao passageiro informando que já está chegando à residência, de forma a agilizar o embarque.
Da mesma forma, o estudante que por algum motivo não for à aula naquele dia deve fazer sua notificação no programa, evitando, assim, que a van passe desnecessariamente em sua casa”, explica o jovem, destacando que o programa também fornece informações sobre as condições de trânsito para que o motorista possa optar pelos trajetos mais adequados.
Inspiração Victor Lopes revela que o app foi inspirado no já conhecido Way Taxi, que é mais do que um aplicativo para chamar táxi, e sim uma plataforma de comunicação para passageiros e taxistas com o princípio da colaboração dos usuários. Como linguagens de programação, usaram a PHP, que é uma das mais procuradas no mercado para o desenvolvimento de aplicações para web – além de ser de fácil aprendizado e de código aberto (livre para uso) –, e JavaScript, que é uma linguagem leve, interpretada e baseada em objetos, também própria para páginas web.
O projeto Van chegando está sendo desenvolvido desde fevereiro e vai ser apresentado na Tecnofeira, nos dias 28 e 29 de novembro, em BH. “Estamos em fase final de desenvolvimento do app, que vai estar à disposição para todas as plataformas por ser um produto webview, ou seja, o programa vai direcionar o usuários para um site onde todos poderão acessá-lo”, explica, ressaltando que, para uso em smartphones, inicialmente está sendo feita uma versão para Android, mas que a plataforma iOS também receberá o produto. “Nosso propósito é expandir o aplicativo para o máximo da sua usabilidade, para só depois tentarmos algo comercialmente”, assegura o estudante.
FONTE: Estado de Minas.
Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece uma idade mínima para ingresso nas carreiras da magistratura, Ministério Público e polícias Federal e Civil, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, já está gerando grande polêmica no meio jurídico. A PEC 399/14 define a idade mínima de 30 anos para os candidatos aos cargos, pelo menos três anos de experiência forense – e não jurídica, como é hoje – e, ainda, a exigência de realização de exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para os aposentados dessas carreiras, caso queiram advogar ao deixar os quadros da instituição.
O autor da PEC, deputado federal Rubens Moreira Mendes Filho (PSD-RO), sabe que o tema é polêmico e gera debates acalorados. Ele justifica a iniciativa em razão da “ausência de um ordenamento jurídico consolidado” que discipline a entrada nessas carreiras. Moreira Mendes acredita que, hoje, cada vez mais recém-formados buscam essas instituições e, muitas vezes, não têm a vivência necessária para o exercício dessas atividades de suma importância para toda a sociedade. Para alteração da exigência da prática jurídica para a prática forense, ele diz que, atualmente, para comprovar experiência, são considerados até mesmo estágios da época de faculdade e que é preciso “encostar a barriga nos balcões dos cartórios” dos tribunais para adquirir maior bagagem, indispensável para o exercício dos cargos.
“Ouvi várias pessoas que foram unânimes em afirmar que a entrada precoce nessas carreiras tem acarretado problemas em razão da falta de vivência. Então, fiz a proposta que estabelece isonomia de tratamento para a magistratura, Ministério Público e polícias”, justifica Moreira Mendes. E ele vai mais longe: “Aos 21 anos, alguns jovens quando deixam a faculdade estão preparados intelectualmente, mas veem à vida a partir do ar-condicionado dos edifícios do Rio e de São Paulo e não têm consciência que a tinta de suas canetas é importantíssima”. Moreira Mendes explica que apenas na carreira de juiz o ingresso é melhor regulamentado, enquanto nas polícias não existe qualquer restrição. “A mudança não é para retirar qualquer prerrogativa dessas atividades, mas para estabelecer critérios isonômicos”, conclui.
INCONSTITUCIONAL Uma reação contrária à PEC partiu da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que considera a proposta inconstitucional. Mesmo reconhecendo que a juventude é uma característica da carreira de procurador, o presidente da ANPR, Alexandre Camanho, disse que estabelecer idade mínima para ingresso é um critério apenas discricionário e o que qualifica um jovem para o exercício da função é a aprovação em um “concurso público duríssimo”.
“Hoje, temos jovens servindo ao país em todos os cantos, e isso não significa obstrução ao bom desempenho. Aos 30 anos, muitos já estão com suas vidas definidas e não terão disponibilidade para servir em locais mais distantes, como Tabatinga (AM). A juventude tem ajudado e jamais pesou”, garante Camanho, que é como a grande maioria do quadro de base da Procuradoria da República. Com 21 anos de exercício da função, ele ingressou na carreira aos 27 anos. E não está sozinho. A opinião contrária à idade mínima encontra apoio em seus colegas.
ANÁLISE Por sua vez, a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) informa que não tem uma posição sobre a proposta de mudança da Constituição porque ainda está em fase de análise. Segundo a instituição, o texto da PEC é muito extenso e requer uma discussão mais aprofundada com outras associações de magistrados, como os juízes federais, do Trabalho, entre outros. A Ordem dos Advogados do Brasil segue na mesma linha e disse que o tema não foi analisado pelo Conselho Federal e nem mesmo está em análise.
Mas alguns juízes eleitorais, reunidos em Belo Horizonte, não escondem o descontentamento com a exigência da idade mínima de 30 anos. A juíza de direito de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Marcela Maria Pereira Amaral Morais, de 34 anos, não concorda com mudanças. “Acho que os três anos de experiência são suficientes. O que importa são os estágios e a experiência de trabalho”, ressalta a magistrada, que passou em 1º lugar no certame aos 27 anos. Na bagagem, ela já tinha acumulado estágios no Ministério Público, Defensoria Pública, além de trabalho como assessora jurídica. “No primeiro concurso que fiz, não fui aprovada porque estavam faltando 45 dias para completar o tempo mínimo de três anos de experiência”, conta.
Em vez da exigência de idade mínima, o juiz da 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, Gustavo Henrique Moreira do Valle, de 34, defende tempo maior de experiência para iniciar a magistratura. Atualmente, é obrigatório o cumprimento de três anos de atividade jurídica. Ele começou a carreira aos 28 anos e, antes, exerceu o cargo de procurador em Belo Horizonte, mas acredita que mais tempo no mercado teria sido importante. “Entrei muito novo e tive que ter experiência a fórceps. Para um juiz, o mais importante é ter uma experiência efetiva. O problema é que muitos cumprem apenas pró-forma, pois basta a apresentação de documentos”, afirma.
Vivência profissional
A Proposta de Emenda à Constituição 399, que promove a maior alteração para a carreira de delegados da Polícia Federal e Civil – já que atualmente não é exigido nem mesmo o tempo mínimo de atividade jurídica para participar de concurso público –, agrada, em parte, à Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). O presidente da entidade, delegado Marcos Leôncio, disse que, em abril, durante um congresso da categoria, foi aprovada uma diretriz para reformulação das regras do processo seletivo para a carreira, incluindo a exigência de um período de prática jurídica. No entanto, a entidade rechaça a idade mínima. “A idade não é sinônimo de maturidade profissional. O importante é a prática. É preciso que o cargo de grande responsabilidade não seja o primeiro emprego”, defende.
Marcos Leôncio também confirma que a base da Polícia Federal hoje é formada por jovens e diz que é importante “agregar conhecimento” por meio de prática profissional, antes do ingresso na carreira. “Eu mesmo, antes de ocupar o cargo de delegado federal, me dediquei à advocacia e exerci o cargo de analista do Ministério Público Federal, o que me trouxe uma vivência maior. Para o exercício da função, é necessário que o profissional enxergue as posições dos advogados, juízes e representantes do Ministério Público e, para isso, é necessário vivenciar essa experiência”, afirma.
CONSULTA Com relação à exigência do exame da OAB para que delegados aposentados exerçam a advocacia, Leôncio diz que a entidade fez uma consulta à OAB para que o benefício seja estendido a todos os inativos. “O exame da autarquia foi instituído em 1994, portanto, aqueles que ingressaram antes dessa data nos quadros da PF não precisam fazer a prova. No entanto, defendo que isso seja ampliado, já que os delegados têm prática jurídica e não há razão para que não possam advogar. Segundo o presidente, a OAB ainda não respondeu ao questionamento.
O próprio deputado Moreira Mendes, autor da proposta, admite que essa questão precisa ser debatida amplamente antes da aprovação. Segundo ele, caso a PEC seja aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisa apenas a constitucionalidade do tema, será formada uma comissão especial multipartidária para uma discussão ampla, com realização de audiências públicas que reunirão representantes das mais diversas entidades. “Tenho certeza de que não há inconstitucionalidade no texto, que será aprovado na CCJ. E, caso a PEC seja aprovada também na comissão especial, vai a plenário, mas terá que entrar numa grande fila de espera para ser votada”, explica o parlamentar.
O que muda
» A PEC 399 altera os artigos 93, 129 e 144 da Constituição
» Estabelece idade de 30 anos para ingressos na carreia de juiz, Ministério Público e as polícias Federal e Civil
» Exige a prática forense, ou seja, efetivo exercício da advocacia, de no mínimo três anos para ingresso nas carreiras
» Exige a realização de exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para aposentados das carreiras para exercício da advocacia após deixarem suas funções públicas
Como é
» Não existe exigência de idade mínima para se submeter a concurso público para as carreiras
» Para o cargo de juiz e de representantes do Ministério Público, é necessário o exercício de prática jurídica comprovada, e não forense, de pelo menos três anos. Hoje, são consideradas práticas jurídicas até mesmo estágios durante a faculdade. Para os delegados, não há qualquer restrição
» Juízes, promotores e procuradores, além de delegados aposentados não precisam se submeter à prova da OAB para exercício da advocacia após deixarem o cargo
FONTE: Estado de Minas.
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 14/06/2014, 08:30.
Concessionária na Av. Bandeirantes, no Sion
Loja na Av. Bias Fortes com Rua Gonçalves Dias
ICBEU, na R. da Bahia
O rastro de destruição deixado pelo grupo de vândalos mascarados no entorno da Praça da Liberdade na tarde de quinta-feira reacendeu o medo, aumentou a corrida de comerciantes para garantir a proteção do patrimônio por várias regiões de BH e reforçou o efetivo de segurança pelo poder público. A lista de prédios com estruturas de proteção nas fachadas aumentou de ontem para hoje, dia do primeiro jogo da Copa do Mundo no Mineirão. Estações e terminais de transporte público, incluindo do BRT/Move, ganharam policiamento extra. Nova manifestação está marcada para hoje, com concentração na Praça Sete, às 10h.
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Tapumes de madeira foram instalados ontem diante da vitrine de uma loja de presentes na Avenida Bias Fortes, esquina com Rua Gonçalves Dias. Na quinta-feira, mascarados destruíram vidraças do imóvel. O mesmo procedimento foi feito na fachada do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos, na Rua da Bahia, perto dos prédios depredados anteontem.
O receio de ter prejuízo afeta até comerciantes distantes dos locais de vandalismo em junho de 2013. Na Avenida Bandeirantes, ao lado da Praça JK, uma concessionária Honda se blindou com altas placas de metal apoiadas por grossas vigas. Em dias de jogos do Brasil, os veículos serão deslocados do pátio para um estacionamento subterrâneo.
Segundo o gerente de serviços da concessionária, Rodrigo Greco, a empresa faz parte do mesmo grupo que detém a loja que empilhou contêineres, cada um com 2,5 toneladas, para formar uma espécie de muralha em sua fachada, na Avenida Antônio Carlos. “O grupo decidiu pôr proteções em todas as suas 10 concessionárias, inclusive uma na Rua Rio Grande do Norte, na Savassi. Não dá para prever onde vândalos podem agir. É melhor prevenir do que arcar com prejuízos”, avaliou.
Já o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo em Minas (Minaspetro) entrou com ação contra o governo estadual para garantir, por meio de uma tutela de urgência específica, que seja resguardada a segurança dos postos de combustível durante a Copa. A ação, em tramitação na 2ª Vara da Fazenda Estadual da Comarca de BH, foi ajuizada por causa da possibilidade de confrontos entre PM e manifestantes provocarem uma tragédia, segundo nota da entidade. “Posto de combustível é um estabelecimento que armazena produtos inflamáveis e, portanto, é suscetível a incêndios e explosões sob qualquer ameaça com bombas, fogo e depredações”, afirma o texto.
O sindicato orienta os comerciantes a registrar boletim de ocorrência caso o posto sofra depredação. Na Antônio Carlos, esquina com a Rua Noraldino Lima, um posto foi protegido com placas de metal. Tapumes foram postos diante das vidraças da loja de conveniência e em volta de um depósito de bebidas saqueado durante manifestação em junho do ano passado.
BRT/MOVE Policiais do Batalhão Copa fazem a segurança desde quinta-feira de estações e terminais de transporte público. No caso do BRT/Move, os agentes ficam nos terminais e nas estações de transferência de maior movimento ao longo das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, segundo o comandante do batalhão, tenente-coronel Hércules Freitas. Viaturas fazem ronda nas vias destinadas aos veículos do sistema.
Os agentes também resguardam estações do metrô e do sistema BHBus. “São três ou 10 policiais em cada ponto, a depender do tamanho do local e do volume de pessoas”, informou o oficial “Em dia de jogo no Mineirão, o contingente é reforçado nas estações do BRT, por fazerem parte do itinerário de eventuais manifestações”, acrescenta.
O Exército mantém 1.470 homens de prontidão, que podem ser convocados para garantir a segurança nas ruas, informou o chefe da comunicação social da 4ª Região Militar, tenente-coronel Marcus Vinícius Messeder. Segundo ele, o efetivo pode atuar em quatro eixos de defesa: aeroportos, hotéis, centros de treinamento e rotas protocolares.
O oficial informou que foi criado para a Copa o Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (Cesir), composto pelo comandante da 4ª Região, general Mário Lúcio Alves de Araújo; o secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz; e o superintendente da Polícia Federal em Minas, delegado Sérgio Barboza Menezes. “Se eles decidirem empregar o Exército em um dos quatro eixos, o órgão já tem a autorização da Presidência da República”, afirmou Messeder.
Segundo o oficial, “o cidadão do bem” não está proibido de manifestar suas insatisfações nas ruas, mas recomenda que ele se afaste dos “bandidos”, pois a polícia vai ser “cirurgicamente atuante e eficaz”. E desabafou: “Chega! Chega! Chega! Não podemos mais ficar apenas indignados com tamanha insensatez e tamanho abuso”.
O tenente-coronel considera que a polícia foi eficiente na quinta-feira, mas reconhece que não foi eficaz. “A PM permitiu que manifestantes saíssem da Praça Sete e subissem para a Praça da Liberdade, achando que se tratava apenas de manifestantes civilizados. Agora, não podemos dar mais espaço a eles. A PM usará tudo que for preciso para conter a agressividade, a violência e o crime. Vamos usar balas de borracha, gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, tudo que for menos letal”, avisou. Serão 13 mil homens à disposição dos manifestantes.
Alberto Luiz criticou o que considera fragilidade das leis, pois os presos pela PM sempre voltam para as ruas, segundo ele. “Fizemos prisões e duas apreensões agora, totalizando 18. E aí? Eles têm que ficar presos. A Polícia Civil está olhando as imagens e outras prisões serão feitas. Os vândalos serão todos monitorados”, promete o tenente-coronel. “Vamos agir com firmeza, pois estamos indignados, do soldado ao coronel. Não quero voltar a dizer que esses bandidos prosperaram. Um capitão tomou uma pedrada no nariz. Policiais não são saco de pancada. Já chega! Se protestar pacificamente, é legal, e estou ali para proteger, mas bandido a gente trata como bandido”, desabafou Alberto Luiz.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que não pode julgar um réu se não for baseado em lei e que se a lei fala que o preso tem direito de ser solto, ele será solto. O Ministério Público informou que fiscaliza e cumpre a lei e que não cabe comentar ou questionar se a lei está certa ou errada.
Belo Horizonte virou uma praça de guerra neste primeiro dia de manifestação. Em aproximadamente uma hora, alguns jovens mascarados depredaram patrimônios públicos, agências bancárias, lojas e até uma viatura da Polícia Civil. Um dos homens que participou da destruição do veículo foi identificado e é reincidente em atos de vandalismo. R.P.A, de 34 anos, já havia sido detido, no ano passado, durante protesto na capital, no dia da Independência.
A informação foi confirmada por fontes ligadas a Polícia Militar. R.P.A foi flagrado enquanto destruía a viatura da Polícia Civil no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MG). O homem não foi detido. No ano passado, ele foi autuado por incitação ao crime e formação de milícia ao ser abordado na Praça Sete. Veja abaixo o vídeo em que o manifestante foi identificado.
Praça Sete é palco de protesto, mas também de torcedores e trabalhadores da região PM admite que estratégia deve ser revista, mas afirma que atuação foi positiva Protesto em BH termina com pelo menos 11 detidos Veja vídeos do vandalismo Black Bloc em BH Manifestantes protestam em BH; PM monitora movimentação
O saldo do protesto, além dos prejuízos para os empresários, foi de pessoas feridas, entre elas um repórter fotográfico da Reuters, e ao menos 11 pessoas detidas por vandalismo. A manifestação começou de forma pacífica. Aproximadamente 200 pessoas fecharam os cruzamentos das avenidas Amazonas e Afonso Pena às 13h45. Em seguida, caminharam em direção a Praça da Liberdade. O grupo parou em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte onde picharam os muros do imóvel.
A situação ficou tensa quando o grupo subiu a Avenida João Pinheiro e chegou na Praça da Liberdade. Por volta das 16h01, lojistas, com medo de vandalismo, fecharam as portas. Quando a passeata chegou ao relógio da Copa, a tropa de choque da PM já estava no local para evitar a depredação do marco. Jovens mascarados atiraram pedras contra os militares que revidaram com tiros de balas de borrachas e bombas de efeito moral.
Foi neste momento que começou a quebradeira. Jovens mascarados recuaram pela Avenida João Pinheiro e Rua Gonçalves Dias. Eles atacaram os prédios nos arredores, como o INSS, Memorial Vale, Cine Belas Artes, Secretaria de Estado da Fazenda e uma loja de utensílios domésticos.
A ousadia dos vândalos impressionou quem passava pela Região Centro-Sul de BH. Os manifestantes entraram no Detran-MG e viraram uma viatura da Polícia Civil. Bicicletas que estão expostas para aluguel também foram danificadas. Algumas agências bancárias, como a do Santander na Avenida João Pinheiro, tiveram as vidraças quebradas.
No confronto entre os manifestantes e a Polícia Militar, o repórter fotográfico da Reuters. Sérgio Morais. ficou ferido com uma pedrada. De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem sofreu ferimentos na cabeça e foi encaminhado para o Hospital Pronto-Socorro João XXIII. De acordo com a unidade de saúde, ele sofreu um traumatismo craniano leve e ficará em observação.
O grupo se dispersou e, por volta das 16h30, desceu pela Avenida Bias Fortes. Novamente houve confronto. Os jovens apedrejaram policiais e três viaturas que estavam na via. Os manifestantes voltaram para a Avenida Afonso Pena e foram cercados pela PM. A via foi novamente fechada entre a Avenida Carandaí e Rua da Bahia. Em seguida, o mesmo aconteceu na Praça Sete.
Os manifestantes apenas se dispersaram por volta das 18h25, quando a Polícia Militar conseguiu liberar os cruzamentos das Avenidas Afonso Pena e Amazonas.
O repórter ferido.
Jovens detidos
Pelo menos 11 pessoas foram detidas e uma adolescente apreendida, segundo nota divulgada pelas Polícias Militar e Civil de Minas Gerais, na noite desta quinta-feira. No entanto, o número pode subir para 12, já que informações ainda não confirmadas pela polícia dão conta que uma jornalista do Mídia Ninja, movimento independente que transmite os protestos no país, também foi encaminhada para a delegacia.
Segundo a polícia, os detidos foram flagrados praticando atos de vandalismo na Região Central de Belo Horizonte, entre eles dois suspeitos de participar da depredação de uma viatura da Polícia Civil, na Avenida João Pinheiro. Imagens do momento do vandalismo estão sendo aguardadas para comprovar a participação deles. Entre os detidos também estão um médico, um engenheiro de automação e uma enfermeira. Na Praça Sete, antes mesmo do confronto entre os manifestantes e a PM, outros dois homens foram flagrados com socos-ingleses.
Cerca de 70 mascarados espalharam pânico, enfrentaram policiais militares e deixaram um rastro de destruição em Belo Horizonte, principalmente nas imediações da Praça da Liberdade. A PM acompanhou tudo de longe, revidando as pedradas dos vândalos com tiros de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. A impressão de quem viu de perto a fúria dos vândalos é de que a polícia foi pega de surpresa. Pelo menos quatro agências bancárias foram apedrejadas, quatro viaturas da polícia atacadas – uma delas virada -, edifícios públicos, cinema, museu, a Biblioteca Pública Luiz de Bessa (que foi apedrejada, mas não houve danos) e lojas foram atacados entre as praças Raul Soares, da Liberdade, Sete e Afonso Arinos, região distante da Avenida Antônio Carlos, principal alvo do ano passado e onde o comércio se protegeu com tapumes e placas metálicas.
Depois da destruição, 11 pessoas foram detidas (entre elas um médico, um engenheiro e uma enfermeira, suspeitos de virar uma viatura da Polícia Civil) e uma adolescente acabou apreendida por suspeita de envolvimento com vandalismo. Segundo a polícia, havia entre 800 e mil manifestantes, entre eles militantes de partidos, sindicalistas, membros de movimentos sociais, de ocupações urbanas e estudantes. A PM tinha aparato numericamente superior, com 6 mil militares, sendo 1,2 mil do Batalhão Copa.
A manifestação saiu da Praça Sete pela Avenida Afonso Pena e subiu a Avenida João Pinheiro, até, então, pacífica. Os confrontos só começaram quando os cerca de 70 jovens mascarados tomaram a dianteira do protesto e avistaram um destacamento de policiais protegendo o relógio da Fifa com escudos.
A tática do grupo foi distrair os policiais queimando uma bandeira do Brasil na frente deles, enquanto outra parte dos mascarados reunia pedras e preparava bombas. Num instante, a bandeira que queimava foi baixada, uma bomba explodiu perto dos policiais e pedras começaram a ser lançadas pelos manifestantes. A polícia reagiu disparando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Nesse momento, a maioria das pessoas que integrava o protesto se afastou.
Na Praça da Liberdade, o fotógrafo Sérgio Moraes, da Reuters, levou uma pedrada de um manifestante e foi levado por uma viatura da PM para o HPS João XXIII, onde permanecia internado ontem à noite com traumatismo craniano leve.
Enquanto parte dos vândalos jogava pedras nos policiais, outros se encarregaram da quebradeira. Chutaram lixeiras, espalharam lixo e materiais de construção nas ruas, arrebentaram placas de trânsito, arrancaram tapumes e cercas metálicas para usar de escudo para se proteger dos disparos dos policiais.
MAIS QUEBRADEIRA O Batalhão de Choque permaneceu parado no entorno do relógio da Copa, enquanto metade dos manifestantes descia a João Pinheiro quebrando tudo. A primeira depredação foi bem à vista dos policiais: um ponto de ônibus próximo ao fast food Xodó. Vândalos chegaram a gangorrar na parte superior dos bancos metálicos. Depois, desceram a avenida atacando agências bancárias, como a do Santander, que foi totalmente depredada. Não havia policiais para conter o ato. Até mesmo um carro da Polícia Civil, estacionado na porta Detran foi alvo do vandalismo. Dezenas de mascarados, ou não, chegaram a virar o carro e atearam fogo no veículo.
Do outro lado da Avenida João Pinheiro, a polícia também não conteve o quebra-quebra e acompanhava de longe quando os manifestantes começaram a descer a Bias Fortes. Os militares precisaram de se movimentar mais rápido para bloquear cruzamentos e tentar impedir que os vândalos se encontrassem com motoristas que circulavam por outras vias. Não havia bloqueios prévios porque essa rota não estava prevista pela PM.
insultos Em motocicletas e viaturas, a PM tentava fechar as ruas Espírito Santo e Rio de Janeiro e a Avenida Álvares Cabral. Assim que os policiais eram avistados, os manifestantes atiravam pedras e os insultavam, sendo repelidos por disparos de balas de borracha. Um dos manifestantes saiu mancando depois de ser ferido com um tiro na perna direita. Uma agência da Caixa Econômica teve os vidros destruídos por chutes e pedradas. O grupo começou a se dispersar, mas ainda atacou com pedras uma agência na Avenida Amazonas e outra na Rua Curitiba. A partir desse ponto eles se dispersaram.
Enquanto isso, um homem de identidade desconhecida, que xingava os policiais na esquina da João Pinheiro com a Gonçalves Dias, foi detido por dois militares, que chegaram a puxá-lo pela jaqueta e arrastá-lo sentado no asfalto da Gonçalves Dias, em direção à Praça da Liberdade. Policiais usaram os cassetetes para bater em manifestantes que se aproximaram para tentar liberar o homem.
O homem só foi liberado com a intervenção do tenente-coronel Alberto Luiz. Ao ver a cena, o inspetor da Polícia Civil Vander Marinho, de 51 anos, revoltado, anunciou que daria voz de prisão aos militares que haviam detido o homem. “Calma. Eu verifiquei, ele não está ferido, já o liberei. Avaliamos que ele não estava fazendo nada”, disse Alberto Luiz.
Por volta das 17h, os manifestantes tomaram a Praça Sete, porém, ali a estratégia policial foi outra. Em pouco tempo, a área foi cercada pelo Batalhão de Choque. Apesar de também haver vandalismo na praça, a polícia conteve os manifestantes e, por volta das 18h, já não havia mais protestos.
Na avaliação do advogado Alexandre Silva, a polícia pouco fez para conter o vandalismo. Por outro lado, ele criticou o uso de balas de borracha contra manifestantes que estavam de costas. Uma menina foi atingida na nuca”, criticou Alexandre, que faz parte de uma rede de advogados de diversas frentes, inclusive da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados (OAB).
“A PM reagiu no momento em que foi agredida, em que começaram a querer destruir os patrimônios público e privado. A PM não tem como ficar estática”, explicou o tenente-coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação do órgão.
Tenente-Coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação social da PM
‘‘Temos de reavaliar’’
O tenente-coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação social da Polícia Militar, defendeu a ação da corporação durante os protestos de ontem em Belo Horizonte. “Não podemos descer a (avenida) João Pinheiro descendo a borracha em todo mundo”, disse. Ele admitiu, porém, que pode rever “pontualmente” a estratégia.
Houve críticas de parte da população de que a PM foi branda. O senhor concorda?
Temos que ser intelectualmente razoáveis porque numa ação dessa não podemos adotar uma medida que ultrapasse os limites da lei, como eles fizeram. Nós também não podemos descer a João Pinheiro descendo a borracha em todo mundo, atingindo pessoas inclusive que não têm nada com a ação criminosa. Não fomos brandos, não fomos inertes. Fomos pontuais e dinâmicos. Houve um equilíbrio. Temos que reavaliar pontualmente, atuar para que isso não volte a acontecer, para que eles nos respeitem e respeitem a cidade onde moram.
Qual o balanço que o senhor faz da manifestação?
É recorrente o vandalismo e a depredação. A polícia pretende agir pontualmente, mas de forma enérgica, mantendo o equilíbrio, a razoabilidade e a proporcionalidade das suas ações. Tivemos depredações ao longo da João Pinheiro. Nós evitamos que a Praça da Liberdade fosse depredada. Fizemos duas apreensões, de um menor e uma adolescente, e prisão de quatro adultos em razão das depredações. (Depois da entrevista, o total de prisões chegou a 11, com uma apreensão)
Como o senhor avalia a tática da PM?
A polícia só pode agir quando a violação da lei for caracterizada. Não é que a polícia tem que esperar quebrar para isso acontecer. Quando começava o vandalismo, a polícia agia, pois poderia ser pior. A polícia tem que seguir um protocolo internacional no caso de distúrbios civis. Nós conseguimos realizar isso ao dispersar a manifestação. Não conseguimos evitar totalmente depredação. Podemos fazer muito, mas não podemos fazer tudo.
FONTE: Estado de Minas.
Dois jovens que alegaram terem sido expulsos do Shopping Del Rey, localizado na Região Noroeste da capital, de forma violenta e desproporcional, perderam a ação de danos morais ajuizada contra o estabelecimento.
A turma julgadora da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), formada pelos desembargadores Rogério Medeiros, Estevão Lucchesi e Marco Aurelio Ferenzini, manteve a condenação
De acordo com testemunhas, o mecânico e o colega estavam alterados, aparentemente alcoolizados, e fumavam em local proibido. Além disso, eles passaram a insultar uma jovem que estava no local. Da decisão, não cabe recurso.
FONTE: Estado de Minas.
Tatuagem na adolescência: o que fazer quando bate o arrependimento?
O nome de alguém que já não é mais importante, uma filosofia de vida que já não diz mais nada, um desenho mal realizado: motivos não faltam para voltar atrás na decisão
Um fantasma que assombra qualquer pessoa que já teve vontade de fazer tatuagem é o fato de que o desenho vai ficar ali para sempre. Mesmo com o avanço das técnicas para apagar os vestígios de uma tattoo, o medo de se arrepender é algo que leva todos os interessados a pensar muito antes de encarar a agulha. E, ainda assim, pensar, considerar, esperar, escolher cuidadosamente não são antídotos contra o arrependimento: muita gente gostaria de voltar no tempo até aquele momento em que tomou a terrível decisão de marcar a pele de modo indelével.
Foi assim com o britânico Harry Styles , de 19 anos, vocalista da boyband One Direction . Depois de meses fazendo diversas tatuagens (foram mais de 25 em cerca de um ano) o cantor andou dizendo por aí que já se arrependeu de algumas delas. “Tem algumas que meus amigos fizeram [em mim] e tem algumas que são apenas horríveis”, ele disse em entrevista à revista “We Love Pop.”
Os motivos para arrependimento podem ser vários: o nome de alguém que já não é mais importante, desenhos mal feitos, imagens que envelhecem, mensagens que sintetizavam a vida da pessoa e que já não dizem mais nada lideram o ranking. Na maioria das vezes, tatuagens feitas na adolescência são as que mais envergonham seus donos – paradoxalmente, é exatamente nessa fase que a maioria das pessoas decide se tatuar. Em tempo: no Brasil, menores de 18 anos só podem fazer tatuagens definitivas com autorização dos pais ou responsáveis.
O caso de Ana*, de 26 anos, se enquadra nessa categoria. Aos 16, a arte educadora fez uma tatuagem bastante peculiar: três borboletas do MSN Messenger na costela direita. “Eu queria uma tattoo que fosse sexy e romântica. Lembro que a Britney Spears e a Mariah Carey tinham borboletinhas e eu achava legal”, recorda. Unindo isso à sua admiração pelo programa de computador, lá estava a sua tatuagem “perfeita”. “O MSN foi o principal veículo de ampliação de amizade e troca de informações. Eu ficava fascinada com a ideia de conhecer pessoas do outro lado do mundo”.
A facilidade para tatuar também foi um dos motivos que a levou ao estúdio. “O tatuador era baratinho, cobrou pouco e não pediu RG”, conta ela, lembrando como em certos casos alguns profissionais “esquecem” da lei e tatuam menores de idade mesmo sem autorização. Segundo o tatuador Sergio Pisani, 39, essa prática é bastante perigosa. “Muitas vezes você não sabe qual é a condição do estúdio, se é tudo esterilizado, que tipo de agulhas que eles usam”, diz ele, que atende no estúdio Tattoo You, de São Paulo.
A insatisfação de Ana se deve ao fato de que ela se decepcionou com o resultado. “O problema não foi de saúde, e sim estético. O tatuador era bem ruim, o desenho não ficou parecido com o original. Se tivesse ficado, acho que seria interessante”, confessa. Além disso, o fascínio pelo MSN passou (veja bem, o software foi até extinto) e a tatuagem já não significa nada. “Na época até achei legal, mas o referencial se amplia e o desenho, além de feio, não faz mais sentido”, conta. Mais: ela acha que as borboletas ficam no caminho de seu estilo atual. “Atrapalham a composição dos meus looks e poluem minha pele”.
Um arrependimento que custa caro
As técnicas de remoção de tatuagens são cada vez mais avançadas e a arte educadora pensa em recorrer a elas para apagar as borboletas do seu corpo. O processo de remoção mais indicado consiste em usar lasers para bombardear os pigmentos de cor da tatuagem até eles explodirem e desaparecerem, como explica a dermatologista Monica Aribi. “As máquinas hoje em dia são muito boas, as remoções ficam quase perfeitas”, afirma a médica.
Mesmo assim, o procedimento traz riscos, como a formação de queloide e a perda da pigmentação da pele na região atingida pelos raios. O preço é outra questão que assusta aqueles que querem se livrar de um desenho indesejado. Na clínica da doutora Monica, uma sessão para apagar uma tatuagem de 5 cm de altura e 5 cm de largura sai por R$ 500. Levando em conta que a remoção definitiva leva de quatro a dez sessões, o procedimento todo pode custar até R$ 5.000,00.
A publicitária Maysa Mariano, de 23 anos, arrumou uma alternativa para esconder a tatuagem que a envergonhava. No lugar da borboleta verde que fez aos 16 anos ela desenhou uma flor de lótus. “A borboleta era meio tribal, com pigmentos roxos, minha cor favorita. Bati o olho e gostei, então decidi tatuar”, lembra. O motivo por que a tattoo a desagradou foi puramente estético. “O tatuador era ruim e o resultado foi ruim”, simplifica ela, que fez ainda uma outra tatuagem com o mesmo profissional: um ideograma japonês. Ela foi inspirada por um garoto de quem gostava, mas o resultado também foi desastroso. “Ele disse que significava virtude, eu também quis carregar ‘virtude’ na pele”, explica. Mas, como descobriu depois, o símbolo significava bondade. E isso não é tudo. “A tatuagem é meio grosseira, não é delicada”, lamenta.
Segundo o tatuador Pisani, o processo de cobrir uma tatuagem fazendo um desenho por cima não garante que a aparência ho ficará melhor. “Quando cobrimos um desenho com outro, os pigmentos se misturam e a cor mais forte é predominante. Se a tatuagem original for preta, o novo desenho vai ficar mais escuro, por exemplo”, explica.
Além disso, esse procedimento traz risco para a saúde. “O processo de cobrir a tatuagem pode causar um granuloma de corpo estranho, o organismo pode reconhecer o novo pigmento como um corpo estranho e tentar expulsá-lo, causando cistos”, explica a dra. Monica Aribi. Para ela, o mais indicado é clarear a tatuagem original antes de cobri-la com um novo desenho.
Para evitar arrependimentos, Pisani não recomenda que adolescentes façam tatuagens. “Tem que ter uma maturidade que os adolescentes em geral não têm para tomar essa decisão”, critica. Para Monica Aribi, o ideal é não fazer tatuagem em época nenhuma, já que os dermatologistas consideram o procedimento uma agressão à pele. Mas ela admite que não há riscos maiores se for tudo bem feito. “Em adolescentes, o maior risco é eles crescerem, a pele ficar esticada e a tatuagem deformada”, avisa a médica.
Maysa acredita que sua mãe não se importou com o fato de ela ter feito a primeira tatuagem aos 16 anos. “Ela nunca gostou, nem ia autorizar se eu pedisse, mas eu avisei que faria. Ela não brigou, simplesmente ignorou, nem sequer olhou”, lembra. Hoje, a publicitária tem sete tattoos. “Ela já gosta um pouco mais”, comemora.
FONTE: iG.
Estudantes de BH organizam protesto pela redução da passagem de ônibusEvento criado no Facebook já conta com mais de 8 mil pessoas confirmadas. Manifestantes devem sair da Praça da Savassi, às 13h deste sábado, em direção à Praça Sete
Mais de 8 mil pessoas já confirmaram presença na página do evento, marcado para este sábado, às 13h, na Praça da Savassi |
Em meio às manifestações contra o aumento da passagem de ônibus pelo país, estudantes de Belo Horizonte organizam um ato para discutir o transporte público na capital. O protesto, intitulado “1º Reunião pela Redução da Passagem – R$ 2,80 não!”, já conta com mais de 8 mil presenças confirmadas na rede social Facebook.
Além de São Paulo e Rio de Janeiro, movimentos em diversas cidades do país estão se organizando para pedir redução das tarifas e melhoria do sistema de transporte. Na capital mineira, o último reajuste aconteceu em dezembro de 2012. Os coletivos azuis tiveram um aumento de 5,66%, passando de R$ 2,65 para R$ 2,80.
Para reunir o maior número de pessoas, o local escolhido para o encontro foi a Praça da Savassi, onde será realizada, no mesmo dia, uma competição de futebol do Comitê Popular de Atingidos pela Copa (Copac). Na mesma região, na avenida Bernardo Monteiro, ocorrerá, ainda, o Pic Nic Junino do Movimento Fica Fícus.
Depois de sair da Praça da Savassi, os estudantes devem seguir em direção à Praça da Liberdade, passar pela sede da prefeitura e, finalmente, irão se concentrar na Praça Sete, onde também está marcado para ocorrer o Ato contra o Estatuto do Nascituro. O objetivo é integrar os protestos.
De acordo com o Tenente André Miguel, da 4ªCia do 1ª Batalhão da Polícia Militar, além do Batalhão de Policiamento e Eventos de “Choque” (BPE), militares do Tático Móvel, Rotam e uma equipe do Programa Polícia e Família farão o acompanhamento dos manifestantes. “Se o protesto for pacífico, como esperamos que seja, o nosso dever é garantir a segurança dos manifestantes. Mas se for violento e houver alguma agressão, a polícia vai usar a força de forma proporcional”, explica.
Na página do evento criado no facebook, foram divulgadas orientações para os estudantes que vão comparecer. É sugerido o uso de óculos protetores, lenço para o rosto, tênis ou bota para correr , além de calças e blusas “para proteger o corpo de estilhaços de bomba”. Além disso, os organizadores recomendam levar garrafa de água, capa de chuva, vinagre, kit primeiros socorros, comida e roupas extras.
Manifestações proibidas
Nessa quinta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) proibiu manifestações no estado durante a Copa das Confederações. O pedido foi feito pelo Governo Minas Gerais logo após os policiais civis e os professores informarem que iriam fechar ruas e avenidas de acesso ao Mineirão, além de promoverem outros protestos pela cidade durante a realização da Copa das Confederações. A manifestação teria mais intensidade nos dias 17, 22 e 26 de junho, datas em que serão realizados jogos na capital mineira. Em caso de descumprimento, as duas entidades serão penalizadas em multa diária de R$ 500 mil.
Na ação, o governo pede que “a proibição se estenda a todo e qualquer manifestante que porventura tente impedir o normal trânsito de pessoas e veículos, assim como o regular funcionamento dos serviços públicos estaduais, apresentação de espetáculos e de demais eventos esportivos e culturais”.
Universitário é condenado a pagar R$20 mil por organizar “rodeio das gordas”
Mulheres teriam sido humilhadas durante encontro esportivo estudantil |
Um aluno do campus de Araraquara (SP) da Unesp (Universidade Estadual Paulista) foi condenado a pagar 30 salários mínimos a um fundo de reparação por envolvimento no “rodeio das gordas”, que consistia em montar nas universitárias obesas. A brincadeira foi sugerida durante o Interunesp de 2010, evento esportivo que reúne milhares de alunos de todos os campi da universidade.
Várias estudantes teriam sido humilhadas pelo autor e pelo menos mais dois alunos, que fugiram da condenação – divulgada nesta semana, porque fizeram um acordo se comprometendo a doar 20 salários mínimos em forma de cestas básicas para instituições assistenciais. Já o outro universitário, chamado ao Ministério Público, se negou a fazer um acordo e acabou condenado.
De acordo com a denúncia, durante os jogos estudantis que também são marcados por festas, os três jovens ficavam incentivando outros estudantes a pularem nas costas das alunas consideradas acima do peso. A partir daí era contado o tempo em que eles permaneciam sobre as escolhidas, como se fosse uma montaria.
Dezenas de estudantes teriam sido vítimas do rodeio que tinha até página na internet. Em um site de relacionamento os universitários eram orientados a como participarem do “jogo”. O criador desse canal de comunicação foi um dos três citados no processo que foi julgado pela 2ª Vara Cível de Araraquara. Na acusação, o Ministério Público apontou que, entre outras coisas, as alunas teriam sido expostas a situação vexatória.
Delegado especializado em crimes cibernéticos pede à Justiça autorização para identificar mineiros que avisam sobre operações da Lei Seca. Ele quer indiciá-los por atentado à segurança. Ações parecidas em outros estados foram consideradas inconstitucionais.
Quase 80 mil seguidores de uma conta no microblog Twitter que avisa sobre blitzes da Lei Seca em Belo Horizonte estão na mira da Polícia Civil. A delegacia especializada em crimes cibernéticos apura a participação de tuiteiros na postagem de 16 mil mensagens no site Blitz BH e pediu à Justiça quebra do sigilo de IP dos computadores para chegar aos autores das mensagens. IP é a sigla para internet protocol, número de cada máquina que serve para indicar a localização do equipamento. Na avaliação da polícia, quem avisa sobre blitzes pode ser enquadrado por atentado contra a segurança ou ao funcionamento de serviços de utilidade pública, crime previsto no artigo 265 do Código Penal.
Os responsáveis pela criação da conta – dois jovens na faixa etária de 20 anos – foram identificados e ouvidos na delegacia e também podem ser indiciados. O delegado Pedro Paulo Marques, responsável pelo caso, quer se reunir com representantes de empresas que hospedam essas informações na internet e com membros do Ministério Público e do Poder Judiciário para discutir o assunto. A punição prevista para o crime é de reclusão de um a cinco anos. “A prática é considerada crime e tem uma pena alta, semelhante à punição atribuída por crime de estelionato”, afirma Marques, que pretende entregar um inquérito completo ao Ministério Público. Além de punir os autores dos perfis na internet, o policial quer a retirada das contas do ar.
De acordo com o delegado Pedro Paulo, outras contas no Twitter e também aplicativos de smartphones podem ser atingidos pela investigação. “O inquérito não tem uma conta específica. Começamos com o Blitz BH que é um dos mais conhecidos, mas existem muitos outros. A internet está repleta deles”, diz. As ferramentas são alimentadas por informações de trânsito de forma geral, como pontos de congestionamento, acidentes e furto de veículos. Mas trazem também alertas sobre a presença de polícia em ruas e avenidas e a localização dos pontos de operações da Lei Seca. Serviços como o Trapster e o Lei Seca Mobile também têm milhares de seguidores. Além disso, segundo o delegado, existem softwares e aplicativos de smartphones, como o Waze, que não têm representantes no Brasil. “Desse modo, ficam livres do rigor da legislação brasileira”, reclama.
Ações O uso das redes sociais e de aplicativos para alertar sobre blitzes já foi alvo de ações em outros estados, mas a tentativa de punir internautas divide especialistas e autoridades. No ano passado, a Advocacia Geral da União (AGU) ajuizou ação em Goiás contra a divulgação de informações sobre localização de radares e blitzes. O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), no entanto, manifestou-se contrário à ação. Por causa de ação semelhante em Vitória (ES), a Justiça chegou a proibir que essas informações fossem divulgadas em redes sociais.
Na avaliação do comandante do Batalhão de Trânsito de Belo Horizonte, tenente-coronel Roberto Lemos, as publicações atrapalham o trabalho policial porque acabam com o fator surpresa característico da blitz. “Essas mensagens são um desserviço. Podem não só atrapalhar no cumprimento da Lei Seca como também evitar que outros tipo de crimes sejam coibidos”, afirma, referindo-se a furtos de veículos, sequestros relâmpago, transporte de armas e de drogas, autuação de motoristas inabilitados, entre outros. “É uma ação que prejudica a segurança das pessoas”, completa. Para o advogado criminalista Warley Belo, “é absurdo adaptar o artigo 265 (do Código Penal) para uma realidade sobre a qual ele não diz respeito”. Ele defende que seria necessária uma legislação específica para punir a prática. “É uma medida autoritária”, avalia.
O delegado Pedro Paulo Marques reconhece que é necessária uma atuação conjunta com outros órgãos para apuração dos casos. “Não adianta prender duas pessoas que foram identificadas. O assunto não é só de um caso de polícia, é preciso inclusive repensar a legislação”. Segundo ele, a Polícia Civil pretende implantar na capital um laboratório especializado de combate a fraudes eletrônicas e crimes de alta tecnologia. A unidade atuará no apoio às delegacias de todo o estado. “O caso continua sendo investigado pelo delegado da cidade onde o crime ocorreu, mas ele terá suporte dos investigadores e do delegado do laboratório”, disse.
Alertar sobre blitz é crime?
Alexandre Atheniense, advogado especialista em direito digital
SIM
A prática de divulgar informações sobre blitzes de trânsito pode ser considerado um ato criminoso com base no artigo 265 do Código Penal. Pelo texto, o ato é tido como um atentado contra a segurança ou o funcionamento de qualquer outro serviço de segurança pública. Controlar a violação, no entanto, ainda é um desafio. Exercer o controle e sanar o problema esbarra na dificuldade de operacionalização do processo, já que as informações no ambiente virtual são pulverizadas e existem milhares de pessoas acessando e postando nessas contas nas redes sociais. Investigar todas essas pessoas seria impossível. Além disso, existem sites que hospedam essas contas que nem mesmo têm representantes no Brasil e, por isso, escapam à punição das leis brasileiras. Outro problema é que, mesmo com os perfis ou aplicativos de smartphones sejam retirados do ar ou desativados, os adeptos dessa prática podem encontrar outras ferramentas para continuar com as mensagens.
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Warley Belo, advogado criminalista e professor de direito penal
NÃO
A interpretação feita do artigo 265 do Código Penal para classificar como crime a postagem de informações sobre blitzes nas redes sociais viola dois princípios básicos do direito penal. O primeiro deles, e mais grave, é da legalidade. Isso porque a lei precisa ser clara, escrita, certa e taxativa no sentido de não permitir interpretações e para não prejudicar o cidadão. O artigo 265 tutela o serviço de utilidade pública, mas não fala do serviço de segurança pública da atividade policial. O que está ocorrendo é uma adaptação do referido artigo para as blitzes da atividade policial. A informação postada na internet não impede a realização do trabalho policial, portanto não há um atentado nesse caso. O segundo problema refere-se ao princípio da proporcionalidade, que é muito baixa. O número de motoristas que burlam a Lei Seca, bebem e dirigem é um número muito baixo, segundo a própria polícia. É absurdo esticar o artigo 265 para uma realidade sobre a qual ele não diz respeito.
Vídeos na internet mostram pessoas tentando engolir canela pura.
Testes feitos em camundongos mostram que pó pode afetar pulmão.
O chamado “desafio da canela”, brincadeira que virou febre entre jovens na internet, que filmam a si próprios enquanto engolem uma colher de sopa cheia de canela em pó em um minuto, pode ser perigoso para a saúde, alertam pediatras americanos.
Segundo um artigo publicado na edição online da revista Pediatrics, a canela é “um pó cáustico, composto de fibras de celulose, biorresistentes, que não se dissolvem, nem se degradam nos pulmões”.
Estudos feitos em camundongos mostram que as partículas podem causar, três meses após inalada, lesões graves na elasticidade dos pulmões, o que poderia provocar, inclusive, uma fibrose pulmonar.
“Tentar engolir uma grande quantidade de canela seca representa um verdadeiro risco de ser aspirada, o que pode provocar inflamações pulmonares, pneumonias ou crises de asma”, afirmaram.
O estudo diz que os centros de intoxicação americanos receberam 51 ligações em 2011 – depois que estes desafios viraram moda – e 178 no primeiro semestre de 2012, quando a mania se disseminou no YouTube. Nenhum dos jovens tratados sofreu graves consequências, diz o estudo.
“Mesmo sem termos registrado sequelas pulmonares confirmadas em humanos, é prudente advertir que o desafio da canela tem altas probabilidades de fazer mal aos pulmões”, concluiu o estudo.
FONTE: G1.
Acusado de estuprar 16 mulheres em BH, Pedro Meyer está solto desde o dia 10
Meyer estava preso no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, na Grande BH |
O ex-bancário Pedro Meyer Ferreira Guimarães, também conhecido como Maníaco do Anchieta, de 56 anos, está solto há 12 dias em Belo Horizonte. Acusado de estuprar 16 mulheres na década de 1990, ele estava preso desde 30 de março de 2012 no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, mas conseguiu ser liberado através de um habeas corpus expedido pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
De acordo com o advogado de Meyer, Lucas Laire Faria Almeida, o alvará de soltura foi motivado pelo “excesso de prazo da justiça na instrução do processo”. Segundo o defensor, o laudo de sanidade mental de Pedro foi pedido em abril passado, mas, um ano depois, ainda não ficou pronto. Conforme o TJMG, a avaliação ficou a cargo do Instituto Médico Legal (IML) e, como não foi apresentada, ocorreu o atraso na instrução, suspendendo duas audiências.
Vítima tem medo de Meyer
A notícia de que o Maníaco do Anchieta está solto vazou apenas nesta segunda-feira, quando uma das vítimas foi informada. A mulher está desesperada e relatou ter medo de Meyer. O acusado está em Belo Horizonte na casa de parentes e não pode deixar a cidade sem autorização judicial.
Maníaco pode ficar impune
Das 11 acusações contra Pedro Meyer encaminhadas pela Polícia Civil à Justiça, 10 foram consideradas prescritas e arquivadas. É que venceu o prazo de 16 anos previsto na lei em vigor na época dos fatos para julgamento. A prescrição é resultado da atuação do defensor do ex-bancário, que entrou com habeas corpus na Vara de Inquéritos pedindo o trancamento das ações, alegando que os crimes estavam prescritos.
Audiência de instrução do caso do Maníaco do Anchieta é adiada pela segunda vez Juíza acata pedido de advogado e adia audiência do Maníaco do Anchieta Audiência de instrução e julgamento de um dos crimes do Maníaco do Anchieta é marcada Um dos sósias do Maníaco do Anchieta ganha direito de cumprir pena em regime aberto Pai de jovem vítima do maníaco do Anchieta acredita na punição do acusado Carta escrita por vítima foi fundamental para inquérito contra Maníaco do Anchieta
Apenas um processo segue na 8ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, porém o mesmo está suspenso aguardando o laudo do exame de sanidade mental.
Múltiplas vítimas nos ataques
Alguns dos processos contra Pedro Meyer têm mais de uma vítima. Em 1996, por exemplo, ele atacou duas irmãs de 11 e 13 anos, e a prima delas, de 12, no Bairro Nova Floresta, na Região Nordeste da capital. As adolescentes foram abordadas na entrada do prédio onde moravam e levadas para a garagem, sob a mira de um revólver. Nesse caso, a violência não se consumou, pois as garotas conseguiram fugir depois que o acusado saiu para verificar um barulho na escada.
Entenda o caso
- Em 28 de março, ao passar pela Avenida Francisco Deslandes, no Bairro Anchieta, uma jovem de 26 anos viu Pedro Meyer e o reconheceu como o homem que a estuprou em 1997, no Bairro Cidade Nova;
- A jovem seguiu Pedro até um prédio residencial no mesmo bairro e avisou seu pai, que chamou a polícia. O ex-bancário foi preso e levado para a Delegacia de Proteção à Mulher;
- A notícia da prisão de Pedro Meyer e a divulgação de sua foto incentivaram várias mulheres a procurar a polícia para denunciar que ele era o responsável por crimes sexuais cometidos desde o início da década de 1990;
- A polícia ouviu todas as vítimas e 16 mulheres reconheceram oficialmente o ex-bancário como o autor da violência sexual a que foram submetidas quando eram crianças ou adolescentes;
- Um porteiro aposentado de 66 anos, preso e condenado por um estupro cometido na Cidade Nova em 1997, denunciou que foi vítima de um erro judiciário, por causa da semelhança física com o ex-bancário. A mulher que o havia reconhecido na polícia por ocasião do ataque, procurou a polícia e refez seu depoimento, afirmando que na verdade foi atacada por Pedro Meyer;
- A polícia concluiu as investigações em julho e os processos no qual o ex-bancário aparece como acusado foram remetidos à Justiça;
- Como as acusações foram consideradas prescritas, 10 processos já foram arquivados;
- Com a demora para elaboração do laudo de sanidade mental, Pedro é solto pela Justiça.
FONTE: Estado de Minas.
Empresa oferece 12 vagas para recém-formados brasileiros em diversas áreas
Estão abertas as inscrições para o Programa Internacional de Trainees 2013, da Coca-Cola Femsa. No Brasil, serão 12 vagas para recém-formados. As oportunidades são para diversas áreas na empresa, como Supply Chain, Manutenção, Recursos Humanos, Planejamento Estratégico, Administração e Finanças, Marketing, Jurídico e Comercial, distribuídas em Belo Horizonte, São Paulo (SP) e Jundiaí (SP).
Exigências
Os critérios de seleção exigem dos candidatos inglês em nível avançado e perfis que apresentem liderança, orientação para o resultado, criatividade, inovação e empreendedorismo. Já o espanhol avançado será considerado um diferencial. Além disso, vivência no exterior e total disponibilidade para viagens e movimentações internacionais são outros requisitos importantes para preenchimento da vaga.
O processo seletivo é composto por seis etapas, entre elas, uma exclusiva da Coca-Cola FEMSA, o Business Meeting, que de maneira informal, possibilita aos candidatos selecionados conhecer e tirar dúvidas sobre a área de interesse com futuros gestores e diretores.
Os trainees selecionados começam a trabalhar em junho de 2013 e poderão contar com uma série de benefícios como bolsa-auxílio, assistência médica, seguro de vida, vale-transporte e refeição, além de férias r emuneradas. As inscrições devem ser feitas até 28 de abril pelo site: www.ciadetalentos.com.br/traineecocacolafemsa.
São mais de duas mil vagas oferecidas.
Interessados devem procurar uma unidade do Sine.
Os cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) estão com matrículas abertas em Belo Horizonte. São oferecidas aos candidatos mais de duas mil vagas. O objetivo é incentivar a formação de trabalhadores no setor de produção.
Os cursos do Pronatec são oferecidos para maiores de 16 anos beneficiários do Programa Bolsa Família, pessoas com deficiência, estudantes do ensino médio da rede pública, adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas, povos indígenas ou comunidades quilombolas e desempregados e trabalhadores.
Os interessados devem procurar uma unidade do Sine. Para mais informações acesse o site da Prefeitura de Belo Horizonte.
FONTE: G1.
Incêndio de grande proporção atinge a boate Kiss, no centro de Santa Maria (RS)
O incêndio em uma boate deixou mais de 200 feridos e ao menos 90 mortos em Santa Maria (a 286 km de Porto Alegre), na região central do Rio Grande do Sul, segundo a Polícia Civil, o que o caracteriza como a pior tragédia do Estado. O fogo começou por volta das 2h deste domingo. Em entrevista à rádio Gaúcha, o delegado Sandro Luís Meinerz, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Santa Maria, disse que a princípio as pessoas não morreram queimadas, e sim asfixiadas pela fumaça por não terem conseguido sair do local.
“Estamos retirando os corpos do local e tomando as providências necessárias para o início das investigações. Não se sabe ainda o número exato de corpos. Mas em princípio não há nenhum corpo em situação precária que possa prejudicar a identificação. As pessoas não conseguiram sair. A saída parece pequena para o número de pessoas que estava lá dentro, e o pânico acabou gerando essa situação”, contou.
A boate possui apenas uma saída, o que gerou tumulto na hora da fuga das chamas. Os bombeiros tiveram que abrir um buraco na parede externa para auxiliar no salvamento.
Causas
Informações preliminares dão conta de que o fogo teve início com um sinalizador utilizado no show de uma banda, faíscas teriam atingido o teto da boate Kiss, na rua dos Andradas, e incendiaram a espuma de isolamento acústico.
A quadra do Centro Desportivo Municipal está isolada, pois o local está recebendo corpos para serem identificados pela perícia. Ao menos cinco pessoas que receberam atendimento não resistiram e morreram. Outros oito estão internados em estado gravíssimo.
FONTE: UOL.