A atual falta de compromisso dos estudantes de Direito com os estudos
O advogado Paulo Silas Taporosky Filho publicou um texto muito interessante no site Empório do Direito tratando da forma como o estudantes de Direito hoje constroem o próprio conhecimento.
Segue o interessante texto e, depois, algumas considerações sobre ele.
Poucos querem aprender direito!
O que me levou a escrever o que segue foi uma postagem realizada em uma página de humor jurídico no Facebook. O que era para se tratar apenas de uma piada, pelo menos aparentemente (e assim espero), evidenciou um problema gritante que permeia o ensino jurídico: o total descompromisso de alguns estudantes. É o direito sendo levado nas coxas.
O problema vem sendo denunciado de maneira contumaz por nomes como Lenio Streck, Alexandre Morais da Rosa e André Karan Trindade, cujos autores demonstram toda a problemática existente no ensino jurídico. Professores mal preparados, cursinhos preparatórios que ensinam apenas decoreba e “macetes infalíveis” para passar em concursos, além ainda de faculdades que não passam muito longe disso, estão entre as causas do caos que vem se alastrando na academia. No entanto, para além de tais aspectos que contribuem para o declínio da coisa, temos também como fator responsável parte daqueles que deveriam querer aprender, mas optam pelo conforto epistêmico. Ali, onde tudo é mais fácil, onde se obtém o “conteúdo” mastigado por meio de resumos, onde os manuais facilitados são puramente objetivos (irrefletidos), é que residem os alunos preguiçosos, os quais não estão preocupados em aprender, mas meramente em decorar o suficiente para passar na prova – e posteriormente no concurso.
Quanto à postagem em questão, assim dizia a imagem: “QUEM GOSTA DE ESTUDAR DETALHADAMENTE É ALUNO DE MEDICINA… ALUNO DE DIREITO GOSTA MESMO É DE RESUMÃO DA INTERNET”. A frase é de causar um reboliço no estômago. Particularmente, achei a piada de mau gosto. No entanto, sou forçado a reconhecer que a postagem apenas traduz a realidade de grande parte dos estudantes de direito. Os comentários realizados na postagem corroboram para com tal análise. Dentre os diversos, dos quais poucos se salvavam pela irresignação com o conteúdo ali exposto, eis alguns dos mais escabrosos:
“Depois que descobri o passei direto, com um mundo de resumos a minha disposição, estudar jamais kkkk”
“vou ler não que tem resumo na internet. Vou copiar não que tem resumo do e-mail”
“kkkkkkkkkkkkkkkkk, tão eu…”
“ler doutrina é para os fracos.. a gente gosta mesmo é de vídeo aula kkkkkkkkk”
“”livro grande de letra pequena” ai esse professor de civil é iludido”
“Vivendo de sinopses e códigos comentados hahahahahaha”
“Já inicio a busca com “resumo de…””
“Estudar Direito é: chegar um dia antes da prova e procurar vídeos no Prova Final do Youtube”
“noix gosta mesmo é de uma doutrina esquematizada, umas vídeos aulas, um resumo massas”
“Pura verdade. Eu adoro um resumão, resuminho até mesmo um resumo kkkkkk”
E por aí vai… Escabroso. Assustador. Indigesto. Faltam-me palavras. Manifestar-se publicamente que não se estuda como deveria, que está se levando o curso nas coxas, que finge que aprende, pior, demonstrando orgulho por tal modo de (não) agir, é tão ignóbil quanto aqueles indivíduos que publicam fotos se gabando do crime que praticaram.
O curso de direito, atualmente bastante saturado, está cheio de “alunos” assim. Busca-se muitas vezes apenas o status de “Estudante de Direito” (com E e D maiúsculos). A pose é necessária para sustentar o próprio Ego. Fabiano Oldoni publicou há pouco em sua página no Facebook: “Não basta tirar foto ao lado do jurista famoso, é preciso ler suas obras”. Corretíssimo! O tipo de estudante de direito preguiçoso quer apenas o glamour de receber curtidas dos amigos na foto que tirou ao lado do jurista famoso, mas não quer aprender sobre o que sustentam ou como se posicionam os autores que “admira”. Pura busca por status, mas também mero engodo.
Estudar direito não é fácil. Pelo menos para aqueles que de fato estudam. Aos que se enganam e logram terceiros fingindo que estudam, resta o pesar. Tal cenário caótico há de mudar. A esperança é a última que morre.
Fonte: Empório do Direito
Mais de uma vez escrevi que estudar dói, e dói porque demanda tempo e concentração. Dói porque há muito o que se estudar, em especial no universo jurídico, onde a densidade dos conteúdos é grande.
Isso gerou um campo propício para esquemas e estudos facilitados, métodos revolucionários de aprendizagem que NÃO entregam o prometido, tudo em busca da otimização do tempo, o mais precioso e caro artigo de luxo no universo dos estudos.
Estudar toma tempo. E muito!
É verdade que os modelos de provas aplicados hoje em dia facilitam o surgimento de aulas e doutrinas direcionados para objetivos específicios, como o Exame de Ordem e certos concursos públicos. E é natural que seja assim, pois o estudante que atingir seu objetivo primário com eficiência. Jamais recomendaria a leitura de um Curso de Direito Civil para quem está estudando essa disciplina para a OAB. A equação conteúdo x tempo nunca fecharia, e o candidato negligenciaria as demais disciplinas.
A reprovação seria praticamente certa.
Um bom aluno da faculdade, dizem, não precisaria estudar para a OAB. Entretanto, as estatísticas da prova dizem o contrário: todos precisam estudar, e precisam pois a OAB tem características próprias, construída para atender a demanda de praticamente 120 mil candidatos a cada edição: é uma prova de massa.
E sendo prova de massa precisa ter caracteríticas específicas, como a padronização da correção das provas, por exemplo.
E é prova de massa porque nós hoje temos 1.306 faculdades de Direito espalhadas pelo país, formando a cada ano aproximadamente 100 mil novos bacharéis.
A conta não fecha!
E o modelo de estudo direcionado para a OAB e para os concursos terminou por, assim dizer, contaminar o estudo jurídico. O que é grave!
O mercado – destino final de todos – pouco se importa com essas nunaces, pois ele, o mercado, tem lógica própria, e uma lógica completamente desprovida de sentimentos: ele segrega e ponto final. Quem não diferencia é inexoravelmente condenado a receber remunerações ínfimas.
Sim! O jovem advogado hoje é uma commoditie. Como ele existem centenas de milhares de outros iguais, com uma base de conhecimentos aproximada, fruto do sistema de apendizado denunciado pelo Dr. Paulo Silas Taporosky Filho.
Estudar muito, e dar densidade ao próprio conhecimento, é a forma mais evidente – e eficiente – de fugir do lugar comum.
Repetindo: o mercado não está nem aí para ninguém. Ou se diferencia, e estuda muito para isto, com material e doutrina de qualidade, ou vai amargar o que há de pior no universo profissional, incluindo aí o desemprego.
FONTE: Blog Exame de Ordem.
Atingidos pela Lei 100 podem pedir aposentadoria a partir do dia 28
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Secretaria de Estado da Educação (SEE) vão receber, a partir do próximo dia 28, os pedidos de aposentadoria dos servidores afetados pela inconstitucionalidade da Lei 100.
.
O Estado espera receber mais de 8 mil requisições de aposentadoria. Outros 5.200 servidores já ingressaram com o pedido de aposentadoria e os processos estão sob análise, revelou a Seplag.
.
Os interessados deverão procurar as Superintendências Regionais de Ensino a partir do dia 28 de setembro com documentação que comprove o tempo de trabalho.
.
Segundo o secretário-adjunto de Planejamento, Wieland Silberschneider, será montada uma operação para auxiliar os servidores que irão se aposentar. “Como é um número de pedidos de aposentadoria acima da média do Estado e muitos trabalhadores têm dúvidas sobre o procedimento e os requisitos necessários, será montada uma estrutura para oferecer atendimento e tirar dúvidas. O trabalhador poderá ligar para o RH Responde, tirar dúvidas por e-mail ou agendar um atendimento presencial. Vamos fazer todo o esforço para dar agilidade à esse processo”, explicou.
.
Lei 100
.
A Lei 100 efetivou servidores estaduais não concursados (a maioria na Educação) e acabou sendo declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração de inconstitucionalidade acarretaria na demissão de milhares de trabalhadores.
.
Recentemente, o STF permitiu que cerca de 69 mil servidores remanescentes de 2005 sejam mantidos no cargo até dezembro deste ano.
.
FONTE: Hoje Em Dia.
Respeito pelo espaço comum
Com sacolinhas a tiracolo, servidora pública recolhe toda a sujeira de seu pet e de outros menos cuidadosos para deixar as vias públicas mais bonitas para os pedestres
No rosto está estampada a alegria de levar a cadela Rosa Bianca, a Rosinha, para passear. Na bolsa, a certeza de que o passeio não vai deixar prejuízos para trás. Desde que tem a pequena poodle, há três anos, a servidora pública Paula Cristina Dias, de 55 anos, carrega consigo sacolas plásticas para recolher as fezes do animal, numa demonstração de gentileza urbana. “Preocupo-me em cuidar do espaço público, que é de todos, e não somente meu”, diz a mulher, que, na tarde de ontem, passeava com Rosinha na Praça Floriano Peixoto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
.
Além de cuidar dos dejetos de seu pet, Paula vai além: “Também cato o cocô de cães cujos os donos não se preocupam em recolher. Uma pessoa que faz isso ‘queima’ toda a classe de pessoas que têm animais domésticos, inclusive aqueles que não deixam as fezes do bicho para trás. Há quem olhe pra gente passeando com o animal e faça cara ruim, achando que vamos deixar a rua suja”, afirma. Ela conta, ainda, que, sabendo de sua atitude de recolher as fezes de Rosinha, muitas amigas passaram a juntar sacolas plásticas para ela, contribuindo com a conduta de gentileza. “Não sei se usar as sacolinhas é a atitude mais adequada do ponto de vista ecológico, mas acho um absurdo deixar o cocô na rua”, afirma a servidora pública.
.
A atitude é, aparentemente, simples para Paula, mas muita gente ainda não a adota. Ou seja, saem para passear com o bicho e não se lembram de carregar a sacolinha. E, como cocô na rua é proibido – se o cão usar o passeio público como banheiro, o dono deve limpar –, deixar de recolher os resíduos em via pública passou a ser, em BH, desde 2012, infração administrativa, passível de multa.
.
Muita gente que passeia com os animais ainda desconhece a restrição e está sujeita à punição, com a multa de R$ 790,54. Mas desde a criação da lei, nenhum auto foi emitido pela Prefeitura de Belo Horizonte, sob alegação de que é difícil para os fiscais flagrar o descumprimento da regra.
.
OBRIGAÇÃO No entorno da Praça Lagoa Seca, no Bairro Belvedere, a Associação dos Amigos do Bairro Belvedere dá demonstração de bom exemplo e gentileza e mantém placas lembrando aos donos dessa obrigação. E, em parceria com uma construtora, colocou porta-sacolas disponíveis para quem “se esqueceu” de trazer a sua de casa.
.
No caso de Paula Cristina e Rosinha, o cuidado em ser gentil com o outro é mantido ainda em outras atitudes. Quando sai para brincar com a cadela em praça pública, a servidora pública passeia bastante para que ela faça cocô no asfalto, e não na grama. Somente depois disso, e de catar e descartar as fezes, é que as duas se dirigem para o gramado. “Na grama, as pessoas se deitam, crianças brincam. Não deixo a Rosinha defecar na grama para não sujá-la.” E, se vai à casa de uma amiga com o animal, também não tem problema. Na bolsa, Paula carrega ainda um vidrinho de água sanitária para limpar o chão, caso a cadela defeque no local.
.
Paula lembra, ainda, que é de gentilezas que devemos viver. “Se as pessoas fossem mais sensatas, seria muito mais fácil. Às vezes, me vejo no trânsito respeitando uma fila de carros para fazer uma conversão, por exemplo, e vem um “mais espertinho” e entra na frente de todo mundo. Acho isso horrível”, afirma. Ela lembra, ainda, que ser gentil não é só dar passagem na faixa de pedestre ou ajudar um idoso a atravessar a rua, mas sim ter um comportamento de respeito com o espaço, que é de todos.
.
#Bhmaisgentil
Os Diários Associados promovem campanha de mobilização social abordando assuntos relacionados a trânsito, cultura e sustentabilidade. A meta da campanha, batizada de #bhmaisgentil, é fazer de Belo Horizonte a capital mais gentil do Brasil, sugerindo ações simples como distribuir sorrisos, não jogar lixo na rua, desligar os celulares nos cinemas e teatros, entre outras.
.
FONTE: Estado de Minas.
A crise do ensino superior público ameaça o funcionamento de universidades federais de Minas no segundo semestre letivo. Diante da combinação de greve de servidores, paralisação de obras e corte de verbas – foram congelados R$ 1,9 bilhão em todo o país, dos quais pelo menos R$ 130 milhões em Minas – mais da metade das instituições mineiras adiaram o início das aulas e, em alguns casos, reitores avisam que precisarão de suplementação de recursos para manter atividades até o fim do ano.
.
O Estado de Minas apurou que seis das 11 instituições públicas do estado adiarão o início do semestre letivo, previsto para agosto no calendário acadêmico: as federais de Juiz de Fora (UFJF), Ouro Preto (Ufop), Lavras (Ufla), Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), do Centro Federal de Educação de Tecnológica de Minas Gerais. A UFMG afirma que uma reunião será realizada até amanhã para formalizar a data de início das aulas, mas professores e coordenador de curso disseram ao EM que já receberam comunicado sobre o adiamento. “O nosso quadro não é diferente das outras universidades e estamos sofrendo com os cortes. Passamos todo o dia tentando negociar com o MEC uma liberação maior de recursos para pagar as contas, inclusive de luz”, disse um dirigente da universidade, que pediu para não ser identificado.
.
A greve dos técnicos afeta todos os setores das universidades e dificulta a formalização de matrículas e de outros procedimentos administrativos. Na UFMG, o comunicado recebido por parte da comunidade acadêmica informa que as matrículas dos alunos da graduação não foram realizadas e que as aulas “não começarão até que, com o fim da greve, a situação seja regularizada.” Segundo professores, ainda não foi possível sequer lançar no sistema o mapa de oferta das disciplinas.
.
Desde o início do ano as instituições lidam com sucessivas notícias de cortes que já levaram à suspensão do pagamento de água, energia elétrica, redução da segurança. O contingenciamento e cortes de verbas também atingiram as pesquisas de ponta. Como o EM mostrou no início do mês, faltam desde materiais básicos nos laboratórios até serviços de manutenção de equipamentos essenciais.
.
Na UFJF, onde cerca de 90% dos 1.450 técnico-administrativos em educação estão em greve desde o dia 28 de maio, o calendário acadêmico do segundo semestre foi adiado nesta semana, por tempo indeterminado. O movimento afeta também outros setores. O restaurante universitário está fechado e cerca de 5 mil refeições deixaram se servidas por dia. O serviço da central de atendimento, o Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm) e a Biblioteca Central também funcionam precariamente.
.
O Hospital Universitário também está com atendimento restrito e a Unidade Dom Bosco suspendeu o agendamento de novos atendimentos, enquanto a unidade Santa Catarina atua com 30% de sua capacidade, conforme previsto em lei. “O impedimento de começar as aulas no dia 3, como previsto anteriormente, tem relação com as matrículas, já que não houve a fase de entrega e conferência dos documentos em decorrência da greve. Não temos como iniciar as aulas para os veteranos e começar para os calouros posteriormente, até porque há disciplinas comuns a esses alunos”, afirmou o reitor da universidade, Júlio Chebli. Apesar de reconhecer o impacto para a comunidade acadêmica, o reitor afirmou que seria um risco começar o período letivo sem a conferência. Ele disse estar em “amplo processo de negociação” com o Ministério da Educação.
.
Reposição A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) manterá o cronograma, mas as aulas deverão ter início no final de agosto. De acordo com assessoria de imprensa, isso ocorrerá em função da reposição de aulas devido às greves anteriores. No entanto, a universidade admitiu que a paralisação atual tornou mais lentos os trâmites de documentos e informações. As aulas do Cefet Minas, que estavam marcadas para começar em 3 de agosto, deverão ter início somente duas semanas depois, no dia 17, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais (Sindifes). Mesmo em greve, os servidores concordaram em fazer as matrículas dos estudantes a partir da próxima segunda-feira, dia 3.
.
Além da greve dos servidores técnicos-administrativos, a UFVJM enfrenta greve de professores em Teófilo Otoni, onde fica um de seus quatro câmpus. Os docentes das outras três unidades também já aprovaram um indicativo de greve e se reúnem em 3 de agosto para definir se paralisam ou não as atividades. Em Teófilo Otoni, os professores cruzaram os braços no final de junho e nem chegaram a concluir o calendário acadêmico do primeiro semestre de 2015. A instituição ainda não tem previsão para o retorno das aulas da unidade. Já nos outros câmpus (Diamantina, Unaí e Janaúba), as aulas estão marcadas para começar no dia 10.
.
O MEC informou que não tem autonomia para definir o calendário acadêmico das instituições. Sustentou ainda que o arrocho imposto pelo governo federal preserva os programas e ações estruturantes e essenciais do Ministério da Educação, bem como mantém os gastos do ministério acima do mínimo constitucional. A pasta reconheceu que buscará atender pedidos emergenciais das instituições este ano e informou que o secretário de Educação Superior do MEC, Jesualdo Farias, recebeu reitores para debater prioridades.
A reivindicação inicial dos grevistas era de reajuste salarial de 27,3%, relativo à reposição de perdas com a inflação. A proposta do governo foi de um reajuste de 21,5% dividido em quatro anos. Segundo o Sindifes, a categoria fez contraproposta e estaria disposta a negociar se esse período fosse reduzido em até dois anos, o que não foi atendido pelo governo.
.
FONTE: Estado de Minas.
Dilma corta (ainda mais) em obras, saúde e educação
Juntas as três áreas perdem R$ 46,31 bilhões, cerca de dois terços do total de R$ 69,9 bilhões contingenciados no Orçamento da União
A tesourada é uma tentativa do Planalto de manter a meta de superávit primário – economia para pagamento de juros da dívida pública – de R$ 66,3 bilhões, num cenário de economia em queda. A previsão do próprio governo de retração do PIB deste ano passou de 0,9% para 1,2%. Se confirmada, será o pior resultado em 25 anos.
.
Os números foram apresentados pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em entrevista que não teve a participação de seu colega da Fazenda, Joaquim Levy. Oficialmente, a ausência de Levy foi justificada por uma forte gripe. Mas, nos bastidores, o motivo seria o tamanho do corte, R$ 10 bilhões abaixo do que ele queria.
.
Entre os ministérios, o mais atingido foi o das Cidades (R$ 17,23 bilhões). A pasta é a maior responsável pelo PAC, que, ao todo, teve bloqueados R$ 25,7 bilhões.
.
Também perdem muito o Ministério da Saúde (R$ 11,77 bilhões) e o da Educação (9,42 bilhões). Se para aliados do governo, não houve surpresa, a oposição criticou duramente os cortes. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB), os classificou de “mais uma face do arrocho recessivo promovido pelo PT”.
.
Em Minas, obras ainda não iniciadas devem continuar só no papel, como o Anel Rodoviário da capital, o Anel Rodoviário de Uberaba e a pavimentação da BR-367, no Vale do Jequitinhonha.
.
FONTE: Estado de Minas.
O Instituto Ayrton Senna acaba de lançar o eduLab21, um laboratório de inovação dedicado à produção e disseminação de conhecimento científico para a melhoria da educação pública no Brasil. Constituído por uma rede multidisciplinar de parceiros ao redor do mundo, o eduLab21 terá como missão contribuir para que todas as crianças e jovens tenham acesso a uma educação que prepare para a vida no século 21.
“O desafio é trazer a escola do século 19 para o século 21 ou, dito de outra forma, levar o século 21 para dentro da escola”, explicou Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna. Para Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e um dos líderes do eduLab21, esse descompasso entre o que o mundo exige e o que a escola oferece é uma das principais causas da falta de engajamento dos jovens com a educação. “Quase um milhão de jovens abandonam a escola durante o ano letivo no Brasil. A gente acha que isso tem muito a ver com uma escola do século 19 sendo apresentada para alguém do século 21”, afirma.
Para levar melhorar a qualidade da educação, o Instituto Ayrton Senna vem investindo em iniciativas de aproximação entre cientistas e gestores públicos de educação. “Há 20 anos, o Instituto trouxe para a educação dois paradigmas que não existiam na época, o da escala e o da eficiência, que são princípios da economia e da administração moderna. O que nós queremos fazer agora é trazer as outras ciências para a educação, a psicologia, as neurociências, todas as que puderem apoiar políticas públicas que preparem as crianças para o século 21”, completa Viviane Senna.
Para fazer a ponte entre o conhecimento das ciências e o mundo da educação, o edulab21 o laboratório irá produzir e mapear conhecimentos sobre quais são, como se desenvolvem e como se avaliam as competências importantes para se viver no século 21; sistematizar esses conhecimentos em uma base de referência útil e acessível a gestores, professores e demais atores comprometidos com a melhoria da educação; e disseminar esses conhecimentos via iniciativas de difusão e de cooperação técnica para desenho de políticas públicas.
O laboratório contará com dois polos de trabalho para produção e disponibilização de conhecimento científico para a formulação de políticas públicas baseadas em evidência. A função de produção de novos conhecimentos será conduzida por uma cátedra na Universidade de Ghent, na Bélgica, coordenada pelo psicólogo Filip de Fruyt. A função de “tradução” e “customização” desses conhecimentos para apoiar o desenho de políticas públicas será conduzida pela Cátedra Instituto Ayrton Senna e pelo Núcleo de Pesquisas Ciências para Educação no Insper, ambos coordenados pelo economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, Ricardo Paes de Barros.
Conhecimento aplicado
Como explica Ricardo Paes de Barros, o diferencial do trabalho do laboratório é a aplicação do conhecimento. “Nada disso é desenvolvido sem ter uma escola, sistemas educacionais envolvidos. Nós estamos trabalhando com Rio de Janeiro, Ceará e Santa Catarina em coisas muito específicas, algumas tratam do sistema educacional como um todo, outras da unidade escolar e outras dentro da sala de aula”.
Para garantir que os projetos do laboratório sejam concebidos e conduzidos de maneira a responder aos principais problemas enfrentados pelas redes públicas de educação no Brasil, o laboratório conta com um Conselho Consultivo formado por gestores de educação e que atualmente conta com seis secretários estaduais de educação (atuais secretários do Acre, Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina).
Para Fred Amancio, secretário de educação de Pernambuco e membro do Conselho Consultivo, esse diálogo entre gestores e cientistas é fundamental para a construção de “uma nova escola” para o “novo jovem”. “O principal papel dos secretários de educação no Conselho será promover a aproximação do trabalho desenvolvido pelo eduLab21 do dia a dia das salas de aula e da construção das políticas públicas”, afirma.
De acordo com Tatiana Filgueiras, diretora do eduLab21, essa aproximação ente cientistas e gestores para a promoção da educação para o século 21 exigirá uma mudança na forma de pensar e agir de todos os agentes envolvidos na educação. “A gente precisa mudar a atitude, não só a do pesquisador, na forma com a qual ele chega até quem está desenhando e implementando políticas públicas, mas os decisores precisam se pautar mais em dados nas suas decisões e quem está no chão da escola precisa entender que o conhecimento que está sendo produzido ali precisa voltar para as pesquisas e retroalimentar a cadeia de conhecimento. É um círculo virtuoso que precisa funcionar”, afirma.
eduLab21
Como preparar crianças e jovens para o século 21?
O mundo mundou. Nossas crianças e jovens já não são mais os mesmos.
E a escola não pode ser mais a mesma.
Trabalhamos para que as novas gerações de brasileiros concluam a educação básica preparados para a vida. Para que saiam da escola com desempenho adequado nas disciplinas escolares e também preparados para os desafios do século 21. Esperamos que estejam aptos a exercer profissões que ainda nem foram criadas, a trabalhar em equipe para resolver problemas complexos e a preservar e a transformar o mundo em que estão inseridos com liberdade, ética e propriedade.
Educação pública de qualidade para o século 21: esse é o nosso compromisso.
O eduLab21 é uma iniciativa do Instituto para unir Ciências e Educação.
Reunimos uma rede multidisciplinar de parceiros como universidades, pesquisadores, fundações e organizações internacionais.
Cátedra Instituto Ayrton Senna e Núcleo de Pesquisa em Ciência para Educação no Insper
Voltada para a aplicação em políticas públicas e liderada por Ricardo Paes de Barros (Instituto Ayrton Senna e Insper).
Cátedra Instituto Ayrton Senna na Universidade de Ghent
Voltada para a inovação e competências para o século 21 e liderada por Filip de Fruyt (Universidade de Ghent).
FONTE: Instituto Ayrton Senna.
O Procon-MG – por meio da Escola Estadual de Defesa do Consumidor (EEDC) e em comemoração dos 10 anos do Programa Procon Mirim – realiza o painel Importância de se trabalhar com a Educação para o Consumo no espaço escolar e apresenta as diretrizes e as estratégias desse programa.
Público-alvo:
O público-alvo desse evento são educadores, sendo convidados também para participarem dele estudantes acadêmicos, integrantes do Sistema Estadual de Defesa do Consumidor (servidores de Procons, de órgãos públicos e de entidades privadas que atuam na defesa do consumidor) e demais interessados no tema.
Objetivos:
O painel tem como objetivo promover reflexões sobre o papel da escola na promoção da Educação para o Consumo.
Assuntos abordados:
Em um primeiro momento, será apresentado o painel, no qual serão abordadas, entre outras questões, as seguintes:
– Como as crianças e os adolescentes vivenciam o consumo?
– Qual a relevância de se trabalhar com as crianças e os adolescentes a Educação para o Consumo?
– Qual a importância de a escola assumir esse papel de forma efetiva?
– Como associar a Educação para o Consumo com a Educação para a Sustentabilidade?
O mediador desse painel será o promotor de Justiça e Coordenador do Procon-MG, Fernando Ferreira Abreu. Os expositores serão a jornalista Desirée Ruas (Movimento Consciência e Consumo), a psicóloga e professora universitária Renata Livramento, o assessor jurídico do Procon-MG Ricardo Amorim e o professor da FAE/UFMG João Valdir Alves de Souza.
Após o painel, a servidora do Procon-MG Cássia Weber apresentará as diretrizes do Programa Procon Mirim.
Data, horário e Local:
Esse evento acontece no dia 6 de maio de 2015, das 14h às 16h30, no Auditório Procuradora de Justiça Simone Montez Pinto Monteiro (Salão Vermelho), da Procuradoria-Geral de Justiça, localizado na Avenida Álvares Cabral, nº 1690, 1º andar, bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte.
Inscrições:
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 30 de abril, quinta-feira, ou até o preenchimento das 150 vagas (130 no Salão Vermelho – local de realização do evento – e 20 na sala Belo Horizonte – transmissão ao vivo) no seguinte endereço:
https://mpforms.mpmg.mp.br/index.php/229543/lang-pt-BR
Certificados:
Haverá emissão de certificado para os participantes que tiverem frequência igual ou superior a 80% (oitenta por cento) da carga horária total do evento.
Desistências:
Quem efetuar a inscrição e não puder comparecer ao evento, deverá comunicar a desistência, com a respectiva justificativa, à EEDC, via e-mail para escolainscricao@mpmg.mp.br, sob pena de ficar impedido de se inscrever – durante seis meses, a contar de 06/05/2015 – em futuros eventos da EEDC.
Esse evento conta com o apoio do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor e com a colaboração do Movimento Consciência e Consumo – criado em 2004 por educadores e profissionais de comunicação de Belo Horizonte – e da Faculdade de Educação da UFMG.
Mais informações sobre o evento e sobre a EEDC podem ser obtidas pelo endereço eletrônico eedc@mpmg.mp.br.
Programa Procon Mirim:
Criado em 2005, esse programa tem como objetivo instrumentalizar educadores para que, por meio das práticas pedagógicas, despertem nas crianças de 07 até 12 anos o interesse pelos direitos e deveres dos consumidores e fornecedores.
Já implantado em várias cidades de Minas Gerais, o Programa Procon Mirim é instrumento de promoção de cidadania e de melhoria de qualidade de vida; portanto valioso recurso pedagógico para educadores. Por meio dele, a Educação para o Consumo – tema social relevante – permeia os conteúdos das atividades educativas fomentando reflexões e promovendo mudanças de atitudes no comportamento da criança e da família.
FONTE: Jurisway e PROCON MG.
Mas… Pergunto eu: cadê coragem, legitimidade, vontade e culhões? Eu mesmo respondo: não há (Nota do editor).
![Cid Gomes e Eduardo Cunha Cid Gomes e Eduardo Cunha](https://i0.wp.com/www.cartacapital.com.br/politica/o-pt-deveria-ser-mais-cid-gomes-8920.html/cid-gomes-e-eduardo-cunha/@@images/2730c974-b8a7-4b4b-99f3-a14eaf7a7eef.jpeg)
Cid Gomes e Eduardo Cunha: o embate terminou em vitória do presidente da Câmara
Eis que Cid Gomes, nosso agora ex-ministro da Educação, está aí para provar que a política no Brasil pode até matar de raiva, nunca de tédio. Reafirmando a tradição língua-solta familiar, Cid disse e redisse mera verdade: há de 300 a 400 achacadores no Congresso. E eles são rápidos. Minutos após a declaração bombástica, Cid teve a cabeça pedida pelo PMDB. E caiu. Desta vez, os achacadores venceram.
O fato de a demissão de Cid ter sido anunciada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), achacador-mór do País, é reveladora do atual estado de coisas. De repente, a grande política cedeu o protagonismo aos coadjuvantes.
PT e PSDB, que conduziram o debate político nas últimas décadas, vivem hoje na retaguarda do PMDB. O governo Dilma Rousseff se tornou refém da tropa de Eduardo Cunha. Já os tucanos perderam o juízo ao embarcar na onda golpista capitaneada pelo baixo clero. É a vez dos achacadores (que estão espalhados por toda a base, PP, PR e PQualquerCoisaQueCaibaNaCoalizão).
Eles sempre existiram. Mas desde a redemocratização parecem ter encontrado um clube perfeito que responde pelo nome de Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Claro que há gente boa no PMDB (raríssimos, como Pedro Simon), mas a agremiação ilustra como o sistema político brasileiro é disfuncional e esquizofrênico (e como, mais que nunca, precisamos de uma reforma política abrangente, com financiamento público e menos achaques).
Não sei se alguém se viu na tarefa de explicar a um estrangeiro como um partido supostamente aliado, como o PMDB, se tornou um dos maiores entraves ao governo no Congresso. Difícil de entender esse tal presidencialismo de coalizão, agora em piripaque. A atual crise, no entanto, longe de apenas espalhar confusão, traz certa luz à política brasileira, mostrando quem é quem nessa história.
Cid cometeu sincericídio (e há quem diga que ele tivesse suas razões particulares para falar o que falou). Não era de se esperar que Dilma o segurasse. Dirigindo-se aos “oportunistas” que integram a base mas só fazem atravancar a administração, foi sincero e direto: “Larguem o osso ou saiam do governo”.
Mas eles não largarão o osso tão cedo. Ou alguém acha que Cunha e cia iriam jogar a toalha justamente quando é mais fácil (e lucrativo) achacar o governo – ou seja, em momento de crise?
Por isso não acho que a tese do impeachment prospere do jeito que se propagandeia. Primeiro porque o grande capital (por mais que odeie Dilma) não irá jogar o Brasil no buraco negro da instabilidade econômica, correndo o risco de ver o risco-país disparar e a economia se esfarelar em ritmo supreendente. Segundo, é muito mais lucrativo achacar o governo de plantão do que liderar a administração e ficar sob os holofotes. Por que será que o PMDB nunca tem candidato próprio?
Como já disse o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (que a seu favor só tem o fato de ser opositor assumido), a questão não é tirar Dilma do Planalto – o objetivo é sangrar o governo e o PT (deixando o caminho mais fácil para os achacadores).
Na narrativa hegemônica, oposição e inconformados estão contra a corrupção na Petrobras e no resto do País. Gente comoAgripino Maia (DEM), que desfilou sorridente no 15 de março pedindo lisura nas contas públicas quando ele mesmo é acusado de cobrar mais de 1 milhão de reais em propinas no Rio Grande do Norte. Ou como o primo de Beto Richa (PSDB), preso acusado de fraudar licitações dois dias depois de berrar Fora Dilma. (É claro que a manifestação foi legítima, mas não apontar suas flagrantes contradições é pedir demais).
É inegável que a corrupção está nas mais diversas esferas, inclusive no meu Partido dos Trabalhadores. Falta honestidade e decência à grande mídia, mas achar que escândalos como o atual são apenas produto de conspirações da imprensa tem em si um pouco de inocência.
O PT precisa seriamente se repensar como partido e no que pode oferecer à sociedade em termos programáticos (porque é ainda o mais bem sucedido experimento democrático deste país). Talvez o PT e Dilma tenham de ser mais Cid Gomes – cobrar lealdade dos aliados e retomar a pauta política. No decorrer dos últimos 13 anos cedemos à tal governabilidade e demos as mãos a alguns achacadores (Cândido Vaccarezza e sua reforma política vendida que o digam).
Longe de sentir qualquer palpitação no peito, confesso que tive certo entusiasmo (sonhático e inconsequente, admito) com a bravata do PMDB de que deixaria o governo se o ministro da Educação não caísse. Por um momento pensei em como Dilma seria mais feliz não tendo de aturar Eduardo Cunha como suposto aliado. E como o País seria tão melhor não tivesse tantos achacadores na coalizão de governo.
Foi um devaneio, eu sei. A vida em Brasília é dura e não se governa sem maioria (leia-se, não se governa sem o PMDB). O episódio kamikase de Cid Gomes, no entanto, é uma oportunidade para se mexer nas peças do governo e para reafirmar a necessidade da reforma política. De resto, é dedo cruzado, jogo articulado e resistência. E boa sorte em 2015.
FONTE: Carta Capital.
Ao deixar a Câmara, Gomes foi convocado para reunião com Dilma. Após sair da reunião com ela, afirmou que pediu demissão e não deu chances para uma contraproposta da presidente. “Não quis criar nenhum constrangimento, pedi demissão em caráter irrevogável”. Declaração diversa da proferida ainda no Salão Verde da Câmara. “Estou ministro até o dia em que a presidente Dilma desejar. Ela resolverá o que vai fazer”, disse aos jornalistas. O governo anunciou que ele havia pedido demissão. Entretanto, logo depois, Cunha disse que ele não pediu demissão, havia sido demitido. “Comunico à Casa que recebi comunicado do chefe da Casa Civil (Aloizio Mercadante) comunicando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes”, afirmou.
O presidente da Casa também desabafou em seu perfil no Twitter, com um banner com sua foto e a frase: “Não vou admitir que alguém que seja representante do Poder Executivo não só agrida essa Casa, como agrediu a todos os parlamentares, como venha aqui e reafirme a agressão, inclusive chegando ao ponto de querer nominar”. Além do próprio nome, ele usou as hastags #câmaraindependente, #democraciaforte e #cunhapresidente na postagem. Cunha anunciou ao plenário que vai processar Gomes por causa das acusações.
O governo temia que Cunha se vingasse na votação sobre as novas regras de correção do salário mínimo, que acabou adiada para a semana que vem. O atual secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, assume interinamente a pasta. Abre-se, então, a bolsa de apostas pela sucessão. O PT defende que Dilma desloque Aloizio Mercadante, desgastado no papel de articulador político, para o MEC e nomeie Jaques Wagner para a Casa Civil. A outra saída seria entregar para o PMDB um dos maiores orçamentos da Esplanada. Nesse caso, os mais cotados são Gastão Vieira, ex-ministro do Turismo e ligado ao ex-senador José Sarney, e o deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), presidente da comissão de Educação e ex-ministro da Saúde no governo Lula.
DESFECHO O Planalto temia o desfecho complicado havia dias. Já pedira para Cid, titular da pasta com o mote do segundo mandato presidencial — “Brasil, pátria educadora” —, que recuasse das declarações dadas durante palestra para estudantes na Universidade Federal do Pará, de que existiria de 300 a 400 achacadores no Congresso. Ele não recuou. “Alguns querem criar dificuldades para conseguir mais um ministério. Estarei mentindo, se assim o disser? Por exemplo, tinha um que só tinha cinco. Criou dificuldades, criou empecilhos e conquistou o sexto. Agora, quer o sétimo. Vai querer o oitavo. Vai querer a Presidência da República, e isso é disputa de poder até certo ponto”, disse ele, referindo-se ao PMDB.
“Quem é da situação deve votar com a situação. Desculpe-me a oposição que exerce o seu papel. Mas não posso chegar aqui e dizer que eu não disse o que eu disse”. Ele levou uma claque composta por deputados estaduais, vereadores, líderes comunitários e comissionados do MEC, que foi expulsa do plenário por Cunha. Cid ainda apontou o dedo para o presidente da Casa. “Disseram que eu era mal-educado. É melhor ser chamado de mal-educado do que de achacador como o senhor.”
O plenário pegou fogo de vez. O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), defendeu a demissão de Cid ou o PMDB sairia da base. Quando o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) afirmou que o ministro deveria usar nariz de palhaço ou colocar uma melancia no pescoço, Cid tentou retrucar, mas, impedido, deu as costas e foi embora. Eduardo Cunha anunciou que a Câmara processaria o ainda ministro. “Toda vez que alguém atacar essa Casa, a Casa reagirá”.
FONTE: Estado de Minas.
Depois de criticar o PSDB pela Lei 100, PT vai ao Supremo pedir que ele adiasse a decisão, mantendo os servidores efetivados irregularmente em seus cargos
STF adia decisão sobre demissão de servidores não concursados de MG
Governador de Minas esteve em Brasília na quarta para pedir adiamento.
Lei 100 foi declarada inconstitucional em 2014, mas falta análise de recurso.
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou a análise em plenário, prevista para esta semana, de um recurso contra uma decisão da Corte que determinou a demissão de funcionários não concursados que atuam na área de educação do estado de Minas Gerais. O processo estava na pauta de quarta (4) e não foi incluído pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, na sessão desta quinta-feira (5).
A decisão do STF de declarar a Lei 100 inconstitucional afeta mais de 59 mil servidores que hoje atuam no estado sem ter passado por concurso público. Fernando Pimentel quer manter os funcionários nos cargos até o final de 2015.
A intenção de Pimentel ao tentar evitar que o julgamento ocorresse nesta semana era ganhar tempo a fim de convencer os ministros a ampliar o prazo estipulado para as exonerações. Se o recurso do governo de Minas não for analisado e acolhido pelo Supremo até 1º de abril, os servidores terão que ser exonerados.
“De qualquer maneira, a decisão do Supremo será cumprida. A lei é inconstitucional. Nós vamos ter, certamente, que abrigar esses servidores que vão ser exonerados de outra forma, mas nós não podemos mantê-los na condição de efetivos”, disse o petista nesta quarta antes de embarcar para Brasília.
Segundo ele, o objetivo é diminuir atrito entre governo do estado e os funcionários, além de fazer a transição dos funcionários de maneira “mais confortável”. A matéria poderá voltar à pauta do plenário do Supremo na próxima semana.
FONTE: G1.
Dilma esquece promessas de campanha e adota “pacote de maldades”
De mudança nas leis trabalhistas ao encarecimento do crédito para a população, medidas anunciadas por Dilma Rousseff (PT) depois das eleições se opõem a promessas de campanha
Em encontro com empresários em Campinas, em setembro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff (PT), então candidata à reeleição, prometeu que não mexeria nos direitos trabalhistas. Usou, inclusive, uma frase de efeito, reverberada pelos marketeiros durante a disputa eleitoral: “Nem que a vaca tussa”, disse a presidente. No apagar das luzes do primeiro mandato, em 29 de dezembro, a presidente anunciou um pacote de ajustes nas regras para acesso a abono salarial, seguro-desemprego, seguro-desemprego do pescador artesanal, pensão por morte e auxílio-doença. Foi apenas uma, das muitas práticas da presidente após a reeleição que destoam do que foi prometido durante a campanha.
.
“Quando se mudam as relações de trabalho, a legislação tem que mudar. Essas mudanças na legislação não podem comprometer direitos. Se essas mudanças precisam ser feitas para garantir que todas as alterações sejam absorvidas, eu acredito que sim. Agora vamos ter clareza disso: 13º, férias e horas extra, (não se muda) nem que a vaca tussa”, disse Dilma durante a campanha.
Outra medida do já apelidado “pacote de maldades” da presidente foi o veto ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda. Se a lei tivesse sido aprovada, pessoas que ganham até R$ 1.903,98 não precisariam prestar contas ao Leão. Atualmente, o teto de isenção é de R$ 1.787,77. O reajuste de 6,5% seria aplicado também nas demais faixas da tabela. O desejo do governo é um reajuste de 4,5%, bem inferior ao índice oficial de inflação no ano passado: 6,4%
.
Durante a campanha, em um encontro com taxistas de São Paulo, a presidente afirmou que não haveria “tarifaço”.
“Não vai haver tarifaço. Pode ter aumento do preço da gasolina, mas não tarifaço”, afirmou. Porém, no novo governo o veto ao reajuste do IR pune o trabalhador, aumentando o recolhimento de imposto. Além disso, o governo anunciou quatro medidas de aumentos de impostos, que devem gerar R$ 20,63 bilhões em arrecadação para União neste ano. A principal é a elevação de R$ 0,22 na gasolina R$ 0,15 no álcool a partir do próximo mês. O Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), incidente sobre o crédito para a pessoa física, dobrou: passou de 1,5% ao ano para 3%. Importar também ficará mais caro. Por meio da elevação de 9,25% para 11,75% do PIS/Cofins sobre os produtos oriundos de outros países. Por fim, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na cadeia produtiva de cosméticos será padronizado, equiparando a incidência do imposto no atacadista a na indústria.
JUROS Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual, passando de 11,75% para 12,25%. É o maior patamar desde meados de 2011, numa tentativa de controlar o crédito e brecar o consumo, segurando, assim, a inflação. Foi o terceiro aumento consecutivo na taxa.
.
A medida da equipe econômica escolhida por Dilma também vai contra o discurso da presidente. No Dia do Trabalho, em 2012, a presidente fez um pronunciamento anunciando uma cruzada contra os bancos. Chegou a dizer que era “inadmissível” o país seguir com um dos juros mais altos do mundo, o que foi entendido como um recado direto aos bancos privados.
.
Em 10 de setembro, durante a campanha, ao criticar a proposta da sua adversária na ocasião, Marina Silva (Rede), de autonomia do Banco Central, a presidente declarou: “Asseguro que esse povo da autonomia do Banco Central quer o modelo anterior. Querem fazer um baita ajuste, um baita superávit primário, aumentar os juros para danar, reduzir empregos e reduzir salário. Para eles, emprego e salário não garantem produtividade”, acrescentou.
.
TESOURADA
.“Ao bradarmos ‘Brasil, pátria educadora’ estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades”, afirmou a presidente reeleita em seu discurso de posse. Dez dias depois, no entanto, o setor que foi alçado à condição de prioridade máxima no segundo mandado da petista foi o alvo da primeira rodada de corte de despesas deste ano.
O decreto presidencial editado no dia 8, bloqueou um terço dos gastos administrativos da nova gestão, sendo que a pasta da educação teve o maior corte. O bloqueio será de R$ 7 bilhões para a pasta da educação em 2015. A medida também fez parte da política de contenção de gastos do governo federal para equilibrar as contas do Estado. O corte representa a redução de 7% do que estava previsto para a educação.
.
“Quando se coloca a educação com prioridade é preciso que isso seja efetivado na prática, sem medidas que afetem o bom andamento das políticas educacionais. O corte de R$ 7 bilhões não condiz com essa prioridade. O ministro afirma que vai cortar gastos em diárias e viagens, mas é difícil acreditar que se gaste isso tudo em viagens e diárias. Infelizmente estamos tendo atrasos de pagamentos no Pronatec e atrasos de pagamentos de bolsas para estudantes universitários, o que demonstra alguns reflexos negativos dos cortes”, avaliou Mozart Neves Ramos, diretor do Instituo Ayrton Senna e conselheiro do movimento Todos pela Educação.
.
Entenda
.
LEIS TRABALHISTAS
.
O QUE ELA DISSE
“Quando se mudam as relações de trabalho, a legislação tem que mudar. Essas mudanças na legislação não podem comprometer direitos. Se essas mudanças precisam ser feitas para garantir que todas as alterações sejam absorvidas, eu acredito que sim. Agora vamos ter clareza disso: 13º, férias e horas extra, (não se muda) nem que a vaca tussa.”
Em 29 de dezembro, a presidente anunciou um pacote de ajustes nas regras para acesso a abono salarial, seguro-desemprego, seguro-desemprego do pescador artesanal, pensão por morte e auxílio-doença
.
EDUCAÇÃO
O QUE ELA DISSE
“Ao bradarmos ‘Brasil, pátria educadora’ estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades.”
O QUE ELA FEZ
Bloqueou R$ 7 bilhões do orçamento anual do Ministério da Educação.
.
TAXA DE JUROS
O QUE ELA DISSE
“Asseguro que esse povo da autonomia do Banco Central quer o modelo anterior. Querem fazer um baita ajuste, um baita superávit primário, aumentar os juros para danar, reduzir empregos e reduzir salário. Para eles, emprego e salário não garantem produtividade”
O QUE ELA FEZ
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual, passando de 11,75% para 12,25%.
.
TARIFAÇO
O QUE ELA DISSE
“Não vai haver tarifaço. Pode ter aumento do preço da gasolina, mas não tarifaço”
O QUE ELA FEZ
Anunciou quatro medidas de aumentos de impostos, que devem gerar R$ 20,63 bilhões de aumento da arrecadação para União neste ano. Medidas afetam o preços da gasolina e do álcool, encarecem o crédito para a pessoa física e eleva os tributos sobre as importações.
.
FONTE: Estado de Minas.
Cid Gomes deve ser nomeado ministro da Educação
Presidente Dilma Rousseff deve anunciar nesta terça reforma ministerial.
Durante o anúncio, Cid fará discurso na Assembleia Legislativa do Ceará.
![O governador do Ceará, Cid Gomes, concede entrevista após se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto (Foto: Filipe Matoso / G1) O governador do Ceará, Cid Gomes, concede entrevista após se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto (Foto: Filipe Matoso / G1)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/DaulsH52OwpB-y18DGEunpAdQZg=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/11/04/cid_gomes.jpg)
O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), deve ser nomeado ministro da Educação nesta terça-feira (23), às 17h (horário de Brasília), pela presidente Dilma Rousseff. Durante o anúncio, Cid estará na Assembleia Legislativa do Ceará, onde fará o último discurso como governador.
Ele esteve reunido com Dilma Rousseff na manhã desta terça em Brasília. À tarde, na Assembleia Legislativa, Cid Gomes deve agradecer aos deputados estaduais.
Cid Gomes participou das campanhas eleitorais de Dilma Rousseff no Ceará e deixou o PSB quando o ex-presidente da sigla Eduardo Campos exigiu apoio de todos os coligados na sua candidatura à presidente neste ano. Na época, Cid Gomes disse que se “manteria fiel” ao governo Dilma Rousseff.
Professor e policial devem trabalhar por amor, não por dinheiro, diz Cid
Governador do Ceará critica professores da rede estadual, em greve há 24 dias, e diz que quem quer dinheiro deve procurar outra atividade
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), mandou um recado nesta segunda-feira (29) para os professores da rede estadual de ensino em greve há 24 dias – eles querem aumento de salário. Para ele, quem desenvolve atividade pública deve colocar o amor pelo que faz na frente do retorno financeiro. “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, não por dinheiro”, disse o governador.
A afirmação já havia sido atribuída a Cid Gomes por professores que participaram de uma negociação pelo fim da greve. Há uma semana o governador teria dito. “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”.
A imprensa pediu um “tira-teima” e Cid disse praticamente a mesma coisa, mas de uma forma mais branda.
“Isso é uma opinião minha que governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor e policial devem entrar, ter como motivação para entrar na vida pública, amor e espírito público”, declarou. “Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública”, completou.
O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) diz que o governo do Ceará não cumpre a Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. A categoria quer a aplicação do piso para os profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.
FONTE: iG e G1.
MEC suspende vestibular de 27 cursos de graduação; seis são em Minas Gerais
Cursos tiveram resultado insatisfatório no Conceito Preliminar de curso (CPC). Juiz de Fora, Machado, Bom Despacho, Pará de Minas e BH são as cidades mineiras que integram a lista
Os cursos punidos são de instituições de 14 Estados. Em Minas, estão seis: Medicina Veterinária e Gestão Ambiental, na Universidade Presidente Antônio Carlos de Juiz de Fora, Agronomia do Centro Superior de Ensino e Pesquisa de Machado, Agronomia da Faculdade Presidente Antônio Carlos em Bom Despacho, Gestão Ambiental da Universidade Vale do Rio Verde em Pará de Minas e Radiologia da Ipemed de Ciências Médicas em Belo Horizonte.
O CPC é calculado com a nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de cada área, além de avaliações de corpo docente, infraestrutura e recursos didáticos, entre outros pontos. A cada ano, o MEC avalia um conjunto de cursos, analisando as mesmas graduações a cada três anos.
FONTE: Estado de Minas.
Belo Horizonte conquista primeiro lugar em ranking das maiores e melhores cidades do país
Ranking levou em conta desempenho em áreas como educação, saúde, bem-estar e governança
![Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press 9/2/11 Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press 9/2/11](https://i0.wp.com/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2014/12/06/596937/20141206003314361842o.jpg)
Os índices de Belo Horizonte em áreas como governança, bem-estar, saúde e educação e outros levaram a cidade ao primeiro lugar entre as capitais brasileiras no ranking das maiores e melhores cidades do país, segundo a empresa de consultoria Delta Economics & Finance. A empresa fez uma compilação de diferentes indicadores disponibilizados pelos órgãos de estatísticas oficiais e chegou à conclusão de que a capital mineira alcançou 72,42% dos pontos possíveis em 10 áreas diferentes. Ontem, o prefeito Marcio Lacerda e representantes da cúpula da prefeitura se reuniram para participar do Fórum Municipal de Assuntos Estratégicos de Belo Horizonte, onde o resultado da pesquisa foi apresentado com detalhes.
Segundo a diretora da Delta Economics & Finance, Cláudia Regina Belucio Araújo, de todas as áreas pesquisadas, a que mais se destacou em Belo Horizonte e puxou a nota da capital foi a de governança, representada por questões como planos diretores, Lei de Uso e Ocupação do Solo, entre outros. “Isso significa que há um comprometimento da administração com uma política de longo prazo”, afirma Cláudia. A pesquisa verificou dados de 5.564 municípios do país para chegar a um grupo das 100 melhores. No quadro geral, a capital perdeu apenas para Santos, no litoral paulista. O principal desafio da cidade é controlar a violência, medida na pesquisa pela taxa de homicídios geral e também de jovens. “Belo Horizonte não teve uma classificação tão forte em questão de segurança, que talvez seja o ponto negativo mais relevante”, completa Cláudia.
O prefeito Marcio Lacerda comemorou a posição da cidade destacando que as informações colhidas são importantes para o planejamento a longo prazo. “Nós achamos esse ranking interessante porque foram 77 indicadores de qualidade de vida. No próximo ano vamos fazer a revisão do plano BH 2030. O importante é que se trabalhe com visão de longo prazo e que as metas sejam definidas com participação social relevante”, diz o chefe do executivo municipal.
INCÔMODOS Durante o fórum que apresentou o detalhamento da pesquisa, o prefeito mencionou que outro incômodo, além da violência, é a pichação. “É uma verdadeira praga urbana. A única solução é punição, não há o que fazer”, afirma. Lacerda espera tentar junto ao governo de Fernando Pimentel (PT) a instalação de uma delegacia especializada em crimes ambientais urbanos, para acelerar a investigação dos casos, o que não foi possível no governo anterior, segundo o prefeito.
FONTE: Estado de Minas.
Os cerca de 88 mil funcionários designados no serviço público mineiro – a grande maioria da educação – podem se tornar os maiores beneficiados da recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que garante aos contratados irregularmente (sem concurso público) pela União, estados e municípios o recolhimento e saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no ato da demissão. Esses servidores foram efetivados sem concurso pelo governo de Minas Gerais com base na Lei Complementar 100/07. Mas em março deste ano os ministros do STF consideraram o texto inconstitucional ao julgar uma ação questionando a legislação, ou seja, eles foram contratados de forma ilegal.
No último dia 12, o Diário do Judiciário publicou decisão sobre uma ação ajuizada por ex-funcionária da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) no Rio Grande do Sul em que pedia todos os direitos trabalhistas ao sair do cargo. Ao julgar o caso, os ministros do STF entenderam que contratar servidores sem concurso público só é permitido em caráter emergencial e por período determinado. Outro tipo de contrato seria nulo, e na rescisão o funcionário teria direito apenas ao salário e ao FGTS – mas sem a multa de 40% paga pelo empregador, como ocorre no setor privado.
.
.
O recolhimento do FGTS para os casos de contratos da administração pública que sejam considerados nulos é previsto na Lei 8.036/90, que regulamenta o benefício. O artigo que trata do assunto chegou a ser discutido em uma ação direta de inconstitucionalidade (adin) no Supremo, mas por seis votos a cinco foi considerado legal. Embora seja dever do poder público recolher o fundo de garantia dos contratados, isso não estaria sendo feito em vários estados e municípios.
.
Efetivação Ao considerar inconstitucional a Lei 100, que efetivou os designados mineiros sem concurso, os ministros do STF permitiram aos que já tivessem preenchido os requisitos para se aposentar o direito de permanecer como beneficiários da Previdência do estado. Os demais, de acordo com a decisão, terão de deixar os quadros do estado até 1º de abril do ano que vem. Segundo estimativa da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, cerca de 80 mil pessoas estão nesta situação.
.
lei a caminho
.
Quatro meses depois da decisão do STF que considerou inconstitucional a Lei 100, um grupo de deputados estaduais governistas decidiu apresentar, na Assembleia Legislativa, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) voltando com a efetivação dos designados. O texto, que está pronto para votação em plenário, prevê que os não concursados admitidos até 7 de novembro de 2007 pelo estado passem a ser considerados efetivos novamente, integrando quadro temporário em extinção à medida que se tornarem vagos. Segundo os parlamentares, a expectativa é garantir aposentadoria para aqueles que não foram resguardados na modulação feita pelo Judiciário.
.
FONTE: Estado de Minas.
![]() |
|
Representante da Advocacia Geral do Estado, Sérgio Pessoa de Paula Castro fala na audiência pública ontem na Assembleia Legislativa |
Depois de terem sido transferidos para o Regime Geral de Previdência, os cerca de 80 mil efetivados do estado pela Lei Complementar (LC) 100/07 que ainda permanecem nos quadros do funcionalismo estadual por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) voltam este mês a contribuir e serem atendidos pelo regime previdenciário próprio do governo de Minas. A decisão foi tomada, em caráter liminar, pela Justiça Federal, e a Advocacia Geral do Estado (AGE) não vai recorrer. O entendimento foi que, até que esses servidores cuja efetivação foi considerada inconstitucional sejam excluídos dos quadros do funcionalismo estadual – o prazo limite concedido pelo STF é 1º de abril de 2015 –, a responsabilidade por arcar com licenças, pensões ou aposentadorias é estadual.
O novo embate judicial por causa da LC 100 foi iniciado pelo governo mineiro em 23 de julho. O estado ingressou com ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) porque o órgão estava se recusando a atender os servidores transferidos pelo estado para o Regime Geral. A mudança no sistema previdenciário foi adotada depois que o STF, em março, considerou inconstitucional a efetivação dos designados da educação, mas deu o prazo de um ano para que aqueles para os quais não havia cargos em concurso permanecerem neles, porém como temporários.
De acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), em abril, maio e junho o estado recolheu as guias de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Informações à Previdência (GFIP) dos efetivados atingidos pela decisão do Supremo e, portanto, essas pessoas deveriam se reportar ao INSS. Diante de reclamações feitas ao estado de que eles não estavam sendo atendidos pelo instituto, a AGE entrou com ação coletiva pedindo que o órgão federal prestasse os serviços. Na semana passada, porém, o juiz Ricardo Machado Rabelo, da 3ª Vara de Minas Gerais, negou a liminar. “Tenho o entendimento de que, mesmo após a decisão do STF na ADI 4786, compete ao estado de Minas Gerais, ainda hoje, manter os servidores da LC 100/07 inscritos no Regime Próprio, outorgando-lhes a tempo e modo as devidas prestações previdenciárias até o prazo estabelecido pelo Supremo”, sentenciou.
Ao representar o procurador-geral do estado, Roney Luiz Torres Alves da Silva, ontem, em audiência pública sobre a Lei 100 na Assembleia, o advogado da AGE Sérgio Pessoa de Paula Castro anunciou que, apesar de o estado ter o pedido negado pela Justiça, não vai tentar alterar a decisão. De acordo com ele, o estado ingressou com a ação pedindo que o INSS reconhecesse os servidores por entender que a decisão do STF que os tornou temporários implicaria mudança no regime previdenciário. “O que o estado pretende é uma definição precisa e segura para essas pessoas”, afirmou, emendando que, neste momento, a segurança jurídica foi alcançada.
LICENÇAS Segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), os servidores da ativa que procuraram a Superintendência de Perícia Médica e Saúde Ocupacional precisando de licença de até 15 dias foram atendidos. Sobre os demais, encaminhados ao INSS, houve reclamação de que os direitos previdenciários eram negados. O estado não soube informar quantas foram as negativas do INSS, mas recomendou a esses servidores que procurassem a perícia da Seplag para conseguir os benefícios a partir de agora. Os pedidos de aposentadoria devem ser direcionados à área de recursos humanos. Ainda segundo a Seplag, os R$ 40 milhões mensais repassados ao INSS para custear os direitos previdenciários dos efetivados no Regime Geral serão ressarcidos. “A partir da decisão da Justiça Federal de Minas Gerais, os recursos já transferidos serão compensados no repasse mensal (referente a contratos, recrutamento amplo e designados), limitado a 30% do valor total”, informa em nota.
![]() |
|
A subsecretária de Gestão de Pessoas, Fernanda Neves (em pé). |
O Governo de Minas começa a abrir concursos no mês que vem para preencher, com servidores efetivos, as vagas dos efetivados na educação estadual pela Lei Complementar 100/07, que foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O cronograma para selecionar os que irão ocupar as vagas foi divulgado ontem em reunião conjunta das secretarias de Planejamento e Gestão e Educação com entidades representantes dos educadores e vai até novembro deste ano. Enquanto isso, o estado iniciou uma nova batalha no Judiciário, agora contra o INSS, que tem se negado a atender os transferidos para o Regime Geral de Previdência.
Quem não conseguiu se aposentar, segundo os critérios modulados pelo Supremo, e não havia sido classificado em concursos em andamento, terá de deixar o estado até 1º de abril de 2015. Já os cerca de 80 mil efetivados que, segundo a Seplag, permanecem como contratados do estado, desde abril foram encaminhados para o INSS. De acordo com a secretaria, o governo pagou as guias de recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência (GFIP) dos meses de abril, maio e junho, o que representou um gasto de R$ 40 milhões mensais. Com isso, desde abril a concessão de benefícios previdenciários, como licenças, aposentadorias e pensões para os enquadrados na decisão do STF são de competência do INSS.
Ocorre que, segundo a subsecretaria de gestão de pessoas da Seplag, Fernanda Neves, os “desefetivados” estão ficando sem atendimento. “Desde 1º de abril os servidores estão sendo segurados pelo INSS e a obrigação do estado de recolher a parte patronal foi feita. Só que os segurados estão tendo dificuldades de ser atendidos. Não conseguem marcar perícia e, quando marcam, têm o benefício indeferido”, afirmou. De acordo com ela, o estado ingressou com ação contra o INSS na semana passada para garantir que o atendimento seja prestado sem carência, já que os servidores constavam do regime estadual e foram transferidos.
A decisão do STF anulou por unanimidade, em julgamento em março deste ano, os efeitos da lei complementar que havia efetivado, sem concurso público, cerca de 98 mil designados do estado, a maioria lotada na educação. Na ocasião, os ministros entenderam que os que já haviam se aposentado ou que completaram requisitos para isso até a publicação da ata, em 1º de abril, teriam os benefícios mantidos. Também por modulação do Supremo, o estado anunciou que aqueles que tivessem sido aprovados em concurso em andamento – segundo o estado, 11.219 – poderiam ser nomeados para os cargos para os quais fizeram prova.
De acordo com a Seplag, as nomeações dos servidores que prestaram concurso para a Secretaria de Estado de Educação e o Colégio Tiradentes, serão retomadas em setembro, incluindo os que eram efetivados da Lei 100. O estado conclui em agosto o levantamento das vagas que serão ocupadas pelos antigos efetivados e identificando quais podem ser aproveitados.
Para os demais cargos, o governo vai abrir concursos na secretaria e nas universidades estaduais de Minas Gerais (UEMG) e de Montes Claros (Unimontes), além das fundações Helena Antipoff e Clóvis Salgado. De acordo com a Seplag, estão válidos concursos para os cargos de professor e especialista em educação básica, analista educacional e assistentes técnicos.
Cronograma
Concursos previstos:
» Fundação Clóvis Salgado
Agosto de 2014
» Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
Outubro de 2014
» Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)
Novembro de 2014
» Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEEMG)
Novembro de 2014
» Fundação Helena Antipoff
Novembro de 2014
Data final para os efetivados deixarem os cargos: 1º de abril de 2015
FONTE: Estado de Minas.
![]() |
|
Alunos do colégio Santa Dorotéia foram desafiados pela escola a passar 70 horas sem acesso à web: muitos conseguiram |
Inevitáveis telas de diversos tipos e tamanhos invadiram de vez ambientes antes sagrados, como o almoço em família, a mesa dos restaurantes, a antessala de consultórios terapêuticos e até mesmo o pátio das escolas. Embora a maioria das instituições de ensino proíba ligar os aparelhos em sala de aula, na prática há alunos que driblam as regras, o que tem obrigado colégios a repensar a própria maneira de ensinar. O impacto de novas tecnologias sobre a educação é o tema da segunda reportagem de série do Estado de Minas sobre o uso crescente de tablets, smartphones com acesso à internet e videogames por parte de jovens. Ontem, o EM mostrou como o uso exagerado desses dispositivos desconecta muitas crianças e adolescentes do convívio social e familiar, em alguns casos com consequências ruins para a saúde.
O uso de aparelhos com acesso a redes sociais está transformando a maneira como estudantes se relacionam com o ensino. Em um bate-papo descontraído no Colégio Santa Dorotéia, os estudantes revelam, entre outras coisas, que usam o celular para tirar foto da matéria escrita na lousa, em vez de copiar no caderno. Em véspera de provas, tiram dúvidas por meio do grupo criado na rede social WhatsApp e chegam a trocar entre si as respostas do dever de casa, como forma de economizar tempo. Um dos alunos mais brilhantes do Santa Dorotéia, Gabriel Brant, de 12 anos, contou ter gravado um vídeo dele próprio, em que dava as soluções das questões mais difíceis de um trabalho.
“Era um trabalho valendo pontos para entregar na segunda-feira. Na sexta-feira, os colegas já começaram a enviar mensagens, desesperados. Para facilitar, gravei um áudio com a revisão da matéria e distribuí para todo mundo”, relata ele, que já virou a noite fazendo o dever de casa “comunitário”, na companhia dos colegas, interligados em rede pelo computador. Para adquirir conhecimento, Gabriel afirma que presta atenção nas aulas, faz todos os deveres de casa e estuda todos os dias – não apenas no período de provas. “Nossos alunos já nasceram cibernéticos. Não tem como eliminar os aparelhos, cabe à escola o papel de orientar sobre o uso. O áudio gravado pelo estudante é um exemplo do uso da internet para o bem”, afirma a psicóloga Luciana Castro, orientadora educacional da 8ª série do Santa Dorotéia, que reúne alunos de 12 e 13 anos, no auge da adolescência.
![]() |
Limites Para tentar controlar o impacto da vida virtual na escola e na família e evitar exageros, Luciana Castro e outros professores conceberam o projeto “70 horas sem web”, que recebeu a adesão espontânea de cerca de 40% dos alunos. “Se não cuidamos, perdemos a convivência com nossos filhos que, mergulhados na web, se esquivam do contato real e das relações”, dizia a carta distribuída para as famílias, convocando a desligar os computadores em maio, na véspera do Dia das Mães. No texto, escrito pelo professor de filosofia Jean Sidcley Álvares Teixeira, os pais foram convidados a voltar a encantar os filhos com o mundo real.
Além de desafiar os estudantes a boicotar temporariamente os aparelhos, o colégio promoveu debates com os pais. Ofereceu também uma palestra com um perito criminal, que analisou com a turma as implicações de postar vídeos e fotos na internet. “As queixas são frequentes. Recebo mães descabeladas com os filhos de 12, 13 anos, que apresentam queda acentuada de rendimento. Os meninos viram a noite jogando e chegam sonolentos no dia seguinte. Dormem em sala de aula”, diz a coordenadora.
A farmacêutica Ana Maria Brant, mãe de Gabriel e de outros dois jovens de 15 e 17 anos, comemorou a iniciativa da escola. “Almoço todos os dias com meus filhos e exijo que os celulares estejam desligados na mesa. Na hora de dormir, por volta de 22h, dou o aviso de que vou desconectar a banda larga da internet. A negociação em relação aos joguinhos é cansativa e diária. Mas não podemos desistir, pelo bem deles”, afirma a mãe, zelosa.
Em outros colégios de Belo Horizonte, como o Santo Antônio e o Izabela Hendrix, palestras e debates sobre os efeitos das tecnologias são incorporados no cotidiano das disciplinas. Este ano, o cyberbullying está em discussão na 6ª série do Santo Antônio, que estuda a história do bullying, a figura do agressor e as formas de prevenção da chacota na internet. No Izabela Hendrix, o professor Filipe Freitas, doutorando de Comunicação Social na UFMG, deu palestra sobre os riscos da violência desencadeada pelos jogos. Ele defende que em vez de combater os games, os pais se sentem ao lado dos filhos no computador, ajudando a escolher games mais educativos. “Há jogos com propostas interessantes, como o Kerbal Space Program, de um designer brasileiro, que ensina a simular programas espaciais, exigindo noções de astronomia e física dos usuários. São jogos interativos, que permitem criar comunidades de amigos”, diz.
Veja como reagiram alguns alunos do Santa Dorotéia ao desafio de ficar longe da internet por quase três dias
Luta contra o “tédio”
Os irmãos Sofia e Álvaro, de 15 anos e 12 anos, completaram o desafio das 70 horas sem web, do Santa Dorotéia, com alguma facilidade. Por ser Dia das Mães, a família seguiu para a casa da avó no interior mineiro, onde não há conexão com a internet. “Lá só tem umas galinhas e é um tédio enorme”, descreve Álvaro, que costuma tirar gratuitamente dúvidas sobre informática dos vizinhos do prédio onde mora. Para a irmã dele, Sofia, a tarefa foi mais fácil. “Tenho muitas matérias para estudar e não tenho mais tanto tempo para ficar no computador. A partir do desafio, descobri que foi agradável conversar por um tempo maior com meu irmão”, diz.
Por uma foto do ídolo
Maria Júlia Castro, de 13 anos, apenas a mais nova, não conseguiu passar dois dias e meio sem acessar a internet. Ela capitulou no último minuto, pois não resistiu em acessar as fotos postadas pelas colegas que tinham ido ao show do One Direction em BH. A banda é formada pelos atuais ídolos das garotas. Apesar de considerar um suplício, o colega Gabriel Brant, de 12 anos, chegou até o fim no desafio. “Para me ajudar, apaguei todos os aplicativos do celular. Mesmo desligado, andava de um lado para o outro com o aparelho na mão”, conta o garoto. “Foi bom ficar sem internet. Aproveitei para relaxar e dormi bastante”, completa.
![]() |
Se fossem moradores de uma única cidade, os estudantes que hoje estão na educação a distância (EAD) poderiam ocupar uma metrópole do tamanho do Rio de Janeiro. No país, são quase 6 milhões de alunos matriculados nos chamados cursos livres – de curta duração e, geralmente, voltados para capacitação e aperfeiçoamento – em busca de um diploma de ensino superior, em disciplinas isoladas da graduação e na pós-graduação. Alunos mais maduros e com menos tempo disponível formam o perfil desse universo virtual que, antes visto com desconfiança pelo mercado e no próprio meio universitário, perdeu estigmas nos últimos anos e ganhou força, com a adesão de grandes instituições, entre elas as universidades públicas.
Estima-se que hoje quase 40% dos estreantes do ensino superior sejam da EAD. Em todo o país, são ofertados 6.591 cursos, em 2.060 municípios. Em Minas, há 361 opções, distribuídas em polos de atendimento de 240 cidades. O último senso da educação superior, divulgado no ano passado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostrou que a modalidade a distância já representa 15% do total de matrículas na graduação – cerca de 1,2 milhões em números absolutos, muito além das 5 mil feitas 10 anos atrás. Enquanto as matrículas avançaram 3,1% nos cursos presenciais, entre 2011 e 2012, naqueles a distância o aumento foi quatro vezes maior (12,2%).
O modelo varia entre cada instituição e pode ser totalmente a distância ou com aulas presenciais periódicas. Mas, por exigência do MEC, provas são aplicadas exclusivamente com a presença do aluno. Pedagogos e técnicos das mais diversas mídias preparam o material em ambiente virtual, no qual a interação entre professores e alunos ocorre por mensagens, fóruns e bate-papos. Marcos André Kutova, diretor da PUC Minas Virtual, que oferece a modalidade há 15 anos, diz que o desafio é mostrar ao aluno o que melhor lhe convém. “No modelo tradicional, o professor está ditando o tempo todo o que fazer. Num curso on-line, o estudante tem que ser totalmente disciplinado, porque, embora receba apoio e estímulo, não há esse controle”, pondera.
Outra vantagem apontada pelo diretor é a de aproveitamento de 100% dos cursos. “O aluno dá atenção à sua aula quando tem tempo e condição de se envolver, não é como na sala, que tem aquele com sono, que quer bater papo ou não pôde ir. Problemas que surgem do interesse, do compromisso e até da condição emocional não são aspectos da EAD”, ressalta.
A cobrança é mais rigorosa pela plataforma virtual. Na PUC Minas, 70% dos pontos são distribuídos em provas presenciais, individuais e sem consulta. Dos quase 50 mil alunos de graduação da instituição, 20% fazem pelo menos uma disciplina a distância por semestre. Nos 15 cursos de pós-graduação, os 2,5 mil alunos representam um crescimento de 200% em relação a 2012, segundo Kutova. “A pós a distância tem tido um crescimento muito interessante no país inteiro e pega um profissional mais maduro e focado, que depende de objetividade”, relata.
Para ele, a expansão da EAD vai promover uma mudança radical no cenário global. “Não é ousado dizer que a educação presencial não sobreviverá nem por mais 10 anos sem a incorporação de alguma mediação tecnológica. O curso dessa modalidade está fadado a acabar muito em breve”, prevê. Nesse contexto, o desafio fica para o professor, que terá de mudar sua prática. “Hoje, dá para dizer seguramente que a maior parte do conhecimento acadêmico está disponível gratuitamente na internet. Ou seja, o docente não pode mais ser mero transmissor de informação, tem que reinventar métodos”, afirma.
MERCADO Marcos Kutova acrescenta que um termômetro dessas mudanças é o próprio mercado, que diminuiu a desconfiança em relação aos egressos da EAD. “O diploma é o mesmo e não há selo dizendo que o curso foi feito a distância. Além disso, o aluno carrega no currículo a constatação de que tem disciplina e sabe lidar totalmente com tecnologia”, diz. Segundo ele, são muitos os casos em que os formados pela modalidade assumiram cargos importantes em empresas ou instituições públicas.
Caso do ex-aluno Arney Ramos de Oliveira, de 56 anos, formado em administração no fim do ano passado. Empregado há muitos anos no setor da construção civil, ele atribui à graduação a distância o cargo de executivo na área comercial de uma das maiores empreiteiras do país. Formado em educação física, profissão que nunca exerceu, e com uma faculdade de economia não concluída, adiou a entrada no curso dos sonhos por causa das constantes mudanças de cidade exigidas pelo trabalho. Apenas durante os quatro anos de estudos on-line, morou em Campinas (SP), Rio de Janeiro, Itaboraí e São Gonçalo (RJ) e, no último período do curso, se mudou para Belo Horizonte.
Ele lembra as dificuldades em matemática financeira e cálculo e dos vários exercícios que encontrou no YouTube para ajudá-lo a esclarecer dúvidas. Os horários eram similares aos de um curso presencial, com estudos rigorosos à noite, depois do trabalho. “Tem que ter muita persistência, pois essas matérias sem um professor ao lado não são fáceis. Algumas pessoas ainda acham que é balela, mas só quem faz sabe a dificuldade”, relata.
Para Arney, a plataforma é uma oportunidade para quem não tem condições de fazer de outra forma. “É uma maneira de seguir aquilo que não foi possível no passado. O diploma não é virtual. Gestores mais novos ainda veem com certa desconfiança, mas os mais velhos valorizam pela capacidade de a pessoa ter aprendido por si mesma”, analisa.
Longe dos olhos, perto do diploma
Confira o avanço da educação não presencial
6.591
cursos a distância em 2.060 municípios de todo o país
361
opções não presenciais em Minas, distribuídas em 240 cidades
1,2 milhão
de matrículas na graduação em 2013, contra 5 mil feitas há 10 anos
4 vezes
é a proporção entre o crescimento do ensino superior a distância (12,2%) e o das aulas convencionais (3,1%) entre 2011 e 2012
![]() |
|
Após trancar matrícula em curso convencional por questão de saúde, Solange da Silva encontrou no ensino não presencial a solução para continuar |
A adesão de instituições públicas de ensino superior de todo o país ao universo da educação a distância (EAD) foi a chancela que faltava para atestar a qualidade dessa modalidade de ensino. O setor público começou a ocupar fração significativa nesse panorama com a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), uma espécie de plataforma que concentra e regulamenta os cursos da modalidade entre institutos, faculdades e universidades estaduais e federais. A adesão em massa mudou um cenário existente há até seis anos, quando 81% dos alunos da EAD estavam matriculados em escolas privadas.
Hoje, são 103 instituições de ensino, distribuídas em 650 polos pelo Brasil. Só na UAB há, em média, 80 mil formandos em um universo de 430 mil ingressantes. A maioria se forma em cursos de licenciatura e em cursos de especialização voltados para professores e profissionais que já atuam no mercado de trabalho. A expectativa é de oferta ainda maior, principalmente de vagas nos cursos para tecnólogos, com a entrada dos institutos federais na plataforma.
Para se ter ideia desse crescimento, em Minas Gerais, todas as 11 federais oferecem cursos não só no estado, como pelo Brasil afora. O modelo é de aulas semipresenciais, com encontros periódicos nos polos de ensino. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma das maiores do país, oferece cinco graduações: ciências biológicas, matemática, química, pedagogia (licenciatura) e geografia (bacharelado). Hoje, atua em 40 polos no estado e, em breve, deverá ter cursos de especialização e graduação também em São Paulo. Desde 2008, quando se formou a primeira turma, quase 500 estudantes obtiveram diploma nos cursos de licenciatura, de um total de 2,6 mil ingressantes.
A proporção de quem entra e quem conclui chama a atenção, mas o diretor da EAD da universidade, Wagner José Corradi Barbosa, alerta tratar-se do mesmo percentual de formandos dos cursos presenciais. Em biologia, a média é de 80%; em geografia, 60%; matemática e química, em torno de 30%; e em pedagogia, o índice de alunos que concluem a graduação fica acima de 90%. Ele ressalta que o plano pedagógico, o material ofertado aos alunos e até a estrutura dos laboratórios instalados nos polos para as aulas práticas são idênticos aos oferecidos nas salas de aula convencionais da instituição.
“O grande engano é que a pessoa imagina que a coisa ocorre por mágica. O aluno senta, lê o conteúdo e está aprendido, como aquele estudante que vai à sala de aula e somente de escutar o professor acha que vai assimilar. Mas aprendizado é sempre o esforço do aluno, seja a distância ou presencial, para entender o conteúdo”, diz.
O diretor destaca que todos os cursos da EAD, instituições, polos e alunos também são avaliados pelo Ministério da Educação (MEC), no Índice Geral de Cursos (IGC) e no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). “Além da avaliação interna, quem diz que os cursos são de qualidade é a avaliação externa. E grande parte dos alunos formados tem que colar grau antes, porque são aprovados em concursos públicos e precisam do título para assumir o cargo. O mercado está reconhecendo que esse aluno tem qualidade”, afirma.
Barbosa garante: alunos da educação a distância não perdem em nada para os do ensino presencial. “Os professores, alunos da pós-graduação que ajudam na tutoria, créditos e disciplinas são os mesmos e até a ementa é igual. Só muda a modalidade”, relata. Segundo ele, a grande crítica do passado recaía sobre a falta de tutores qualificados e os casos de professores com número excessivo de alunos, o que impedia atendimento de maneira mais individualizada.
DESCONFIANÇA Diretor do Centro de Educação a Distância (Cead) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata, Flávio Iassuo Takakura acredita que grande parte da desconfiança que rondava a modalidade está superada pelas competências e habilidades adquiridas pelos estudantes. “Para que tenham sucesso, eles precisam ser determinados, porque não há um professor em sala para cobrar as tarefas. Também precisam ser proativos, para pesquisar e ter uma formação melhor. São virtudes que levarão para o resto da vida”, ressalta.
A universidade tem, hoje, 3.441 estudantes na pós-graduação e em sete graduações. São 56 polos de apoio presencial, dos quais 30 estão em Minas Gerais, 21 em São Paulo e o restante nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba e Rio Grande do Sul. De acordo com Flávio Takakura, nas instituições públicas tem mudado o perfil do aluno, cada vez mais jovem, inclusive na faixa de 17 a 18 anos. “Além de se identificarem mais, são motivados pela qualidade e pelo interesse do mercado de trabalho por pessoas formadas nessa modalidade”, diz.
É o caso da editora de vídeo Raphaela Benetello, de 22 anos. Formada em comunicação social na própria UFJF, vai começar a segunda graduação, em ciência da computação, a distância. A possibilidade de integrar tecnologia da informação com comunicação motivou a escolha. “Como sempre gostei de tecnologia e trabalho no Cead, acabei unindo o útil ao agradável”, conta.
Ela vê prós e contras entre as modalidades de ensino. “O aluno tem que ser muito disciplinado e, principalmente, ter muita perseverança nos cursos a distância”, diz. Ela já sabe que, ao contrário do presencial, em que o aluno vai para a faculdade e ouve o professor, de longe ele precisa achar esse tempo e sentar à frente do computador, não importa a hora. Por outro lado, na modalidade tradicional de estudo, existe a convivência com o ambiente universitário e com os colegas. Mas ela aposta no espaço que a plataforma virtual está ganhando: “As pessoas estão começando a trabalhar cada vez mais cedo ou interessadas numa segunda graduação”.
ANTES DE ESCOLHER
» Avalie que tipo de curso quer fazer, se totalmente a distância ou semipresencial. No primeiro caso, o aluno ganha autonomia e flexibilidade, mas precisa de discipilina. Se for para a modalidade errada, é grande a chance de fracasso
» Consultar no http://emec.mec.gov.br a condição e a nota do curso. De forma geral, o indicado é fazer uma avaliação da instituição, verificando também o desempenho de outros cursos, para saber sobre a qualidade geral
» Conheça a instituição em vez de decidir só pelo preço. Mais do que dinheiro, está em jogo um projeto de vida
Fonte: Marcos André Kutova/ Diretor da PUC Minas Virtual
Raio-x da educação não presencial
Graduação
1,2 milhão de alunos estreantes
130 mil concluintes
Disciplinas a distância
340 mil alunos
40 mil concluintes
Cursos livres
4,3 milhões de estreantes
1,5 milhão de concluintes
Fonte: Censo da Educação Superior/MEC
![]() |
|
“O aluno tem que ser muito disciplinado e, principalmente, ter muita perseverança nos cursos a distância” – Raphaela Benetello, da UFJF, que fará a segunda graduação aderindo à plataforma virtual |
“Não é melhor nem é pior. É outra modalidade.” Assim define a educação a distância o coordenador da comissão responsável pelo setor na Universidade Fumec, Dalton Reis Leal, destacando a qualidade dos cursos não presenciais. Segundo ele, o reconhecimento é atestado pelas avaliações do MEC e, em muitos casos, as notas superam as dos cursos presenciais. Na avaliação de Leal, é um mercado em crescimento contínuo. “É um caminho sem volta e os números nacionais mostram isso”, afirma. A expansão na própria Fumec é um exemplo. A instituição oferece, hoje, a 4.226 alunos, oito cursos de graduação e seis de pós a distância. Em 2010, havia pouco mais da metade de estudantes – 2.308.
O perfil de quem se matricula é de um público mais maduro, com faixa etária superior a 30 anos, a maioria atuando no mercado de trabalho e com família constituída. Flexibilidade, tempo e custo menor são algumas das motivações apontadas pelo coordenador para a escolha da modalidade. “O aluno da EAD é mais disciplinado e organizado com seus horários, mais consciente da importância de seu papel como agente de aprendizado. No mundo atual, em que as coisas mudam com uma velocidade tremenda, quem tem condição mais desenvolvida de aprender por si próprio, com auxílio de pessoas que podem estar do outro lado do mundo, se destaca”, diz.
Aluna do 3º período de gestão de recursos humanos da Fumec, Solange Terezinha da Silva, de 31 anos, sabe bem o que é isso. Ela foi obrigada a trancar o curso de letras na PUC quando descobriu um problema grave de saúde que a levou para uma cadeira de rodas durante nove meses e se diz realizada com a opção do ensino a distância. O cansaço e o estresse do deslocamento até a faculdade – ela terminava as aulas às 22h30 e chegava em casa à meia noite – são revertidos agora em uma rotina dura de estudos, mas sem perda de tempo. “Nosso maior medo é de que o mercado olhe a EAD com olhos ruins, mas quando pesquisei sobre a modalidade, vi que não é assim”, conta.
A cada 15 dias, Solange tem aulas presenciais, aos sábados. “Só lamento não ter descoberto antes a EAD. O ensino superior era minha meta de vida. Fiquei muito frustrada quando tive de trancar meu curso, e já havia perdido muitos anos tentando o vestibular da universidade federal. Hoje, o ensino está mais perto”, ressalta.
FONTE: Estado de Minas e UNIVERSO.
MEC publica edital do Enem 2014;
inscrições começam na segunda
Foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9) o edital do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014. As inscrições para a próxima edição do exame nacional começam na segunda-feira (12) a partir das 10h. A taxa de inscrição será de R$ 35.
O participante concluinte do ensino médio no ano de 2014, matriculado em qualquer modalidade de ensino em escola da rede pública, será automaticamente isento do pagamento da taxa. Também será possível solicitar isenção do pagamento mediante declaração de carência no momento da inscrição.
As provas do Enem serão aplicadas nos dias 8 e 9 de novembro, após as eleições.. Neste ano, há previsão de uso de detectores de metais nos locais de prova. O Enem 2014 será aplicado em 1.699 municípios do país.
As inscrições serão entre 12 e 23 de maio de 2014. O prazo final para o pagamento do boleto de inscrições será no dia 28 de maio.
A previsão é que 8,2 milhões de pessoas se inscrevam, um crescimento de 13,8% em relação aos 7,2 milhões do ano passado. O valor da inscrição é R$ 35. Alunos de rede pública e pessoas com renda familiar de até 1,5 salário mínimo são isentos.
No dia 8 de novembro (sábado), serão aplicadas as provas de ciências humanas e ciências da natureza. No dia 9 (domingo), serão os exames de linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e redação. Nos dois dias, as provas começam às 13h (horário de Brasília), com abertura dos portões às 12h.
Estudantes que precisem de atendimento especializado ou específico –como deficientes visuais, auditivos, sabatistas e lactantes– deverão declarar a necessidade no ato da inscrição.
Candidatos sabatistas poderão fazer a prova do primeiro dia em horário especial, o exame será aplicado às 19h. No entanto, os estudantes devem comparecer aos locais de prova no mesmo horário dos demais participantes.
FONTE: UOL.
STF manda demitir 71 mil em minas
Supremo considera inconstitucional lei que efetivou servidores sem concurso
A efetivação de 98 mil funcionários, a maioria da Secretaria de Educação, por legislação estadual em 2007 foi anulada por unanimidade pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão preservou apenas os aposentados ou os que estão em processo de aposentadoria, que são cerca de 16 mil. Segundo a secretaria, outros 11 mil já foram aprovados em concurso. Assim, têm de deixar os cargos 71 mil servidores, ou 19% de todo o funcionalismo na ativa. A determinação do Supremo é que, no caso das funções para as quais já haja aprovados em concurso público, os funcionários devem sair imediatamente, enquanto para os demais foi aberto prazo de um ano. Também ficará preservada uma parcela de trabalhadores ditos estabilizados, aqueles que já tinham cinco anos no serviço público estadual quando foi promulgada a Constituição de 1988.
DESIGNADOS
STF manda demitir 19% dos servidores de MG
Ministros consideram inconstitucional lei estadual de 2007 que efetivou 98 mil servidores sem concurso público. Decisão, no entanto, preserva os funcionários que já se aposentaram
Ministros ouvem a defesa do advogado geral do Estado, Marco Antônio Romanelli (de costas)
Sete anos depois da efetivação, sem concurso público, de cerca de 98 mil contratados do estado de Minas Gerais, a grande maioria deles lotados na Educação, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a legislação por unanimidade. Os ministros preservaram apenas os já aposentados ou que preencham os requisitos para adquirir o benefício até a data da publicação do julgamento – de acordo com a Secretaria de Educação, são pelo menos 16 mil pessoas. Desse grupo, também não ficarão sem emprego os 11,2 mil aprovados no concurso feito pelo estado em 2012. Os 71 mil restantes, pouco menos de um quinto dos 367 mil servidores na ativa no estado, deverão ser demitidos.
O governo de Minas, autor da lei, e a Assembleia Legislativa, que a aprovou, tentaram, sem sucesso, pedir que o Supremo desconhecesse a ação por erro formal, mesmo argumento que constava do parecer da Advocacia Geral da União (AGU). A segunda estratégia foi tentar juntar a ação contra os designados a duas outras que tratam da função pública, paradas há anos no STF. O relatório do ministro Dias Toffoli, porém, acompanhado pelos demais ministros, descartou os pedidos preliminares e opinou pela inconstitucionalidade da regra, alegando que a única forma de ingresso no serviço público é por concurso. Toffoli manteve apenas um grupo de efetivados na Assembleia Legislativa.
A polêmica ficou por conta da modulação dos efeitos. Toffoli reconheceu que muitos dos servidores beneficiados pela lei mineira já haviam se aposentado e propôs que estes fossem mantidos na Previdência estadual. O ministro Teori Zawascki foi além: pediu que se levasse em conta também aqueles que já tenham tempo para se aposentar mas optaram por continuar na ativa. Opinião que foi aceita pelo relator e pelos demais ministros, desde que o requerimento de aposentadoria seja apresentado por esses funcionários imediatamente.
Segundo o ministro Ricardo Lewandoviski, há os aposentados de “boa-fé”, que prestaram o serviço como se efetivos fossem. “Esses, a meu ver, merecem a proteção do STF. Se não, vamos criar um pandemônio em situações consolidadas”, afirmou Lewandoviski. O ministro Luiz Fux alertou que tirar o direito dos aposentados iria gerar uma “instabilidade social”.
O voto discordante ficou por conta do ministro Marco Aurélio Mello. Ele defendeu a inconstitucionalidade total da regra, ressalvando apenas os estabilizados por já terem pelo menos cinco anos de serviços prestados ao estado em 1988 – ano em que a Constituição Federal foi promulgada. Ainda na modulação aprovada, ficou decidido que, no caso dos cargos para os quais haja aprovados em concurso público, os funcionários deverão sair de imediato das vagas. Os demais terão um ano de sobrevida. A decisão também não atinge os estabilizados por terem no mínimo cinco anos de serviços prestados ao estado quando foi promulgada a Constituição de 1988.
Críticas Durante a sessão, apesar das modulações, foram feitas várias críticas à legislação, classificada pelos ministros como uma forma de beneficiar funcionários que não prestaram concurso para chegar aos cargos. “Precisamos de um banho de ética, de homens públicos que observem a lei”, afirmou Marco Aurélio Mello. “Fico perplexo quando me deparo com uma situação dessas”, completou. Cármen Lúcia reclamou ainda da própria redação das leis, feita de forma que não pode ser compreendida pelo cidadão comum e que gera várias interpretações, uma das causas de várias ações judiciais.
De acordo com a Secretaria de Educação, na folha de janeiro constavam, entre os efetivados, 8.661 aposentados e 7.066 em afastamento preliminar. Em entrevista recente ao Estado de Minas, a secretária Ana Lúcia Gazzola disse que era interesse do estado prorrogar o concurso. Em nota, o governo mineiro informou ontem que os concursados, ainda não nomeados, serão convocados para assumir os respectivos cargos vagos. Em relação às demais vagas, “enquanto houver necessidade”, os servidores poderão ser designados na condição de contribuintes do regime geral da Previdência (INSS).
VEJA AQUI QUAL ERA A EXPECTATIVA ANTES DO JULGAMENTO!
O que decidiu o supremo
Os incisos 1, 2, 4 e 5 do artigo 7º da Lei Complementar 100 são inconstitucionais, ou seja, a efetivação dos 98 mil designados do estado, em sua maioria lotados na educação, foi ilegal.
A modulação
» No caso dos cargos para os quais existe concurso em andamento ou que já tenha sido realizado mas está dentro do prazo de validade (existe um homologado em 15 de novembro de 2012, válido até 14 novembro deste ano), os efeitos são imediatos. Ou seja, os servidores devem sair dos seus empregos.
» No caso dos cargos para os quais não haja concurso público em andamento, os servidores têm de sair dos seus empregos em no máximo 12 meses, a partir da publicação da ata de julgamento.
Ficam ressalvados
» Aqueles que já estejam aposentados.
» Aqueles que preencham ou venham a preencher até a data da publicação da ata de julgamento os requisitos para a aposentadoria. Eles devem requerer a aposentadoria e sair dos cargos.
» Os que se submeteram a concurso público e foram aprovados para os respectivos cargos.
» A decisão não atinge a estabilidade, porque essa tem fundamento no artigo 19 do ADCT (Quem trabalhava no Estado pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição de 1988 tem estabilidade)
FONTE: Estado de Minas.
FUNCIONALISMO ESTADUAL
STF decide destino de designados
Futuro de 98 mil servidores mineiros, efetivados sem concurso público em 2007, será definido em Brasília
Reunião na APPMG
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem bater o martelo hoje sobre o destino de cerca de 98 mil servidores mineiros efetivados, sem concurso público, em 2007, pela Lei Complementar (LC) 100. Eles têm como primeiro item da pauta de julgamentos a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) que pede a derrubada da legislação que igualou os antigos designados, contratados com vínculos precários e lotados, em sua maioria, na área da educação, aos efetivos. Sete anos depois de resolver sua situação previdenciária, o grupo está com os olhos voltados para o STF, sob risco de perder o emprego ou a aposentadoria.
Quem pede a derrubada da lei é a Procuradoria-Geral da República (PGR), alegando que a regra do ingresso na administração pública por concurso é imperativa. De acordo com o procurador-geral, Roberto Gurgel, a LC 100 viola os princípios da isonomia, moralidade e impessoalidade. Em parecer sobre a mesma ação, a PGR repetiu as alegações sustentando que as contratações sem concurso são permitidas apenas para cargos comissionados ou vagas temporárias. Nesta segunda hipótese, Gurgel alega ainda que quando um cargo se torna de necessidade permanente ele deve passar a ser de provimento efetivo.
OS EFETIVADOS IRREGULARMENTE SERÃO DEMITIDOS, VEJA AQUI A DECISÃO DO STF!
Gurgel cita duas ações no STF que tornaram inconstitucionais leis semelhantes à mineira, do Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Em fevereiro, outra norma, que havia efetivado 11 mil servidores no Acre foi revogada pelo STF, mas a Corte deu um ano de sobrevida aos atingidos pela decisão, que teve como relator o ministro Dias Toffoli, o mesmo que já deu o voto sobre a Adin mineira, que será conhecido hoje no plenário do STF.
A esperança dos designados efetivados está no parecer da Advocacia-Geral da União (AGU). Apesar de considerar, no mérito, que a lei é inconstitucional o advogado-geral Luiz Adams considera que a ação tem erro formal e, portanto, não deve ser recebida pelo Supremo. Segundo o parecer, os incisos da lei deveriam ter sido questionados e explicados de forma individual.
Parte dos designados se reúnem hoje na Associação dos Professores Públicos de Minas Gerais (APPMG) para acompanhar a sessão, rezando pela manutenção da norma. O assessor da entidade, Mário de Assis, que vai ao Supremo acompanhar o julgamento como representante da associação, comparou a situação dos designados aos efetivados pela Constituição de 1988, por que estavam trabalhando havia cinco anos ininterruptos no serviço público na época. Segundo ele, o pessoal da educação não foi contemplado porque os contratos eram feitos de fevereiro a dezembro.
Ocorre que a lei efetivou os contratados até 31 de dezembro de 2006. Outro argumento dos designados é que são funcionários e que contribuíram com descontos previdenciários, mas o estado não repassou a verba à União. Quando acumulou uma dívida de cerca de R$ 10 bilhões, o governo do estado assumiu esses servidores para conseguir um certificado de regularidade previdenciária, necessário para fazer empréstimos e convênios.
FONTE: Estado de Minas.
‘O empregado tem carro e anda de avião. E eu estudei pra quê?’
O condômino é, antes de tudo, um especialista no tempo. Quando se encontra com seus pares, desanda a falar do calor, da seca, da chuva, do ano que passou voando e da semana que parece não ter fim. À primeira vista, é um sujeito civilizado e cordato em sua batalha contra os segundos insuportáveis de uma viagem sem assunto no elevador. Mas tente levantar qualquer questão que não seja a temperatura e você entende o que moveu todas as guerras de todas as sociedades em todos os períodos históricos. Experimente. Reúna dois ou mais condôminos diante de uma mesma questão e faça o teste. Pode ser sobre um vazamento. Uma goteira. Uma reforma inesperada. Uma festa. E sua reunião de condomínio será a prova de que a humanidade não deu certo.
Dia desses, um amigo voltou desolado de uma reunião do gênero e resolveu desabafar no Facebook: “Ontem, na assembleia de condomínio, tinha gente ‘revoltada’ porque a lavadeira comprou um carro. ‘Ganha muito’ e ‘pra quê eu fiz faculdade’ foram alguns dos comentários. Um dos condôminos queria proibir que ela estacionasse o carro dentro do prédio, mesmo informado que a funcionária paga aluguel da vaga a um dos proprietários”.
A cena parecia saída do filme O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, no qual a demissão de um veterano porteiro é discutida em uma espécie de “paredão” organizado pelos condôminos. No caso do prédio do meu amigo, a moça havia se transformado na peça central de um esforço fiscal. Seu carro-ostentação era a prova de que havia margem para cortar custos pela folha de pagamento, a começar por seu emprego. A ideia era baratear a taxa de condomínio em 20 reais por apartamento.
Sem que se perceba, reuniões como esta dizem mais sobre nossa tragédia humana do que se imagina. A do Brasil é enraizada, incolor e ofuscada por um senso comum segundo o qual tudo o que acontece de ruim no mundo está em Brasília, em seus políticos, em seus acordos e seus arranjos. Sentados neste discurso, de que a fonte do mal é sempre a figura distante, quase desmaterializada, reproduzimos uma indigência humana e moral da qual fazemos parte e nem nos damos conta.
Dias atrás, outro amigo, nascido na Colômbia, me contava um fato que lhe chamava a atenção ao chegar ao Brasil. Aqui, dizia ele, as pessoas fazem festa pelo fato de entrarem em uma faculdade. O que seria o começo da caminhada, em condições normais de pressão e temperatura, é tratado muitas vezes como fim da linha pela cultura local da distinção. O ritual de passagem, da festa dos bixos aos carros presenteados como prêmios aos filhos campeões, há uma mensagem quase cifrada: “você conseguiu: venceu a corrida principal, o funil social chamado vestibular, e não tem mais nada a provar para ninguém. Pode morrer em paz”.
Não importa se, muitas e tantas vezes, o curso é ruim. Se o professor é picareta. Se não há critério pedagógico. Se não é preciso ler duas linhas de texto para passar na prova. Ou se a prova é mera formalidade.
O sujeito tem motivos para comemorar quando entra em uma faculdade no Brasil porque, com um diploma debaixo do braço, passará automaticamente a pertencer a uma casta superior. Uma casta com privilégios inclusive se for preso. Por isso comemora, mesmo que saia do curso com a mesma bagagem que entrou e com a mesma condição que nasceu, a de indigente intelectual, insensível socialmente, sem uma visão minimamente crítica ou sofisticada sobre a sua realidade e seus conflitos. É por isso que existe tanto babeta com ensino superior e especialização. Tanto médico que não sabe operar. Tanto advogado que não sabe escrever. Tanto psicólogo que não conhece Freud. Tanto jornalista que não lê jornal.
Função social? Vocação? Autoconhecimento? Extensão? Responsabilidade sobre o meio? Conta outra. Com raras e honrosas exceções, o ensino superior no Brasil cumpre uma função social invisível: garantir um selo de distinção.
Por isso comemora-se também ao sair da faculdade. Já vi, por exemplo, coordenador de curso gritar, em dia de formatura, como líder de torcida em dia de jogo: “vocês, formandos, são privilegiados. Venceram na vida. Fazem parte de uma parcela minoritária e privilegiada da população”; em tempo: a formatura era de um curso de odontologia, e ninguém ali sequer levantou a possibilidade de que a batalha só seria vencida quando deixássemos de ser um país em que ter dente era (e é), por si, um privilégio.
Por trás desse discurso está uma lógica perversa de dominação. Uma lógica que permite colocar os trabalhadores braçais em seu devido lugar. Por aqui, não nos satisfazemos em contratar serviços que não queremos fazer, como lavar, passar, enxugar o chão, lavar a privada, pintar as unhas ou trocar a fralda e dar banho em nossos filhos: aproveitamos até a última ponta o gosto de dizer “estou te pagando e enquanto estou pagando eu mando e você obedece”. Para que chamar a atenção do garçom com discrição se eu posso fazer um escarcéu se pedi batata-fria e ele me entregou mandioca? Ao lembrá-lo de que é ele quem serve, me lembro, e lembro a todos, que estudei e trabalhei para sentar em uma mesa de restaurante e, portanto, MEREÇO ser servido. Não é só uma prestação de serviço: é um teatro sobre posições de domínio. Pobre o país cujo diploma serve, na maioria dos casos, para corroborar estas posições.
Por isso o discurso ouvido por meu amigo em seu condomínio é ainda uma praga: a praga da ignorância instruída. Por isso as pessoas se incomodam quando a lavadeira, ou o porteiro, ou o garçom, “invade” espaços antes cativos. Como uma vaga na garagem de prédio. Ou a universidade. Ou os aeroportos.
Neste caldo cultural, nada pode ser mais sintomático da nossa falência do que o episódio da professora que postou fotos de um “popular” no saguão do aeroporto e lançou no Facebook: “Viramos uma rodoviária? Cadê o glamour?”. (Sim, porque voar, no Brasil, também é, ou era, mais do que o ato de se deslocar ao ar de um local a outro: é lembrar os que rastejam por rodovias quem pode e quem não pode pagar para andar de avião).
Esses exemplos mostram que, por aqui, pobre pode até ocupar espaços cativos da elite (não sem nossos protestos), mas nosso diploma e nosso senso de distinção nos autorizam a galhofa: “lembre-se, você não é um de nós”. Triste que este discurso tenha sido absorvido por quem deveria ter como missão a detonação, pela base e pela educação, dos resquícios de uma tragédia histórica construída com o caldo da ignorância, do privilégio e da exclusão.
FONTE: Carta Capital.
Limites
Pelo visto e ouvido, liberou geral. O palavrão tomou conta dos programas televisivos das senhoras – palavrões cabeludos – e no Jô, às nove da noite, o sexo oral detalhado tornou-se verbal durante entrevista de 15 minutos com um espiroqueta, cronista de um grande jornal, filho de espiroqueta que também é muito citado e dito amigo de sujeitos conhecidos. Sexo oral descrito com todos os efes e erres de chulice durante 15 minutos. Entrevista selecionada para retransmissão às nove da noite.
Pelo andar da carruagem, só falta aentrevistar uma jovem noiva que se relacione sexualmente com o seu cão pastor – alemão ou belga, tanto faz. Entrevista durante o relacionamento amoroso no estúdio da tevê. Não invento. Já lhes contei o caso da moça que chegou de táxi engatada ao seu cão pastor, para ser desengatada pelos médicos da Santa Casa. Foi há mais de 20 anos, mas continua acontecendo por aí.
Famoso homem de televisão vivia dizendo que o veículo não foi feito para ensinar, mas para divertir. Não consigo entender a restrição ao ensino via tevê, não digo dos cursos a distância, mas o ensinamento na programação normal. Quanto ao divertimento, nada contra, mas cabe a pergunta: sexo oral pormenorizado é divertimento televisivo? Se for, que virá depois dele?
O leitor que me conhece há muito tempo, não só por meio da imprensa escrita, como também dos programas radiofônicos e televisionados, sabe que nunca fui santo.
Santo Eduardo, o Confessor (c. 1004-1066) foi o penúltimo rei saxão da Inglaterra (1032-1066) e era filho de Ethelred II e da senhora Ema da Normandia, duas vezes rainha consorte da Inglaterra por meio de seus casamentos com Ethelred II, de 1002 a 1016, e Canuto, o Grande, de 1017 a 1035. Parece que teve dois filhos com Ethelred II e um com Canuto, chamado Canuto II, que foi preterido pelo irmão bastardo Haroldo I.
Mesmo não sendo santo como o xará, horrorizam-me os rumos tomados pela televisão brasileira. Não é pudicícia, é lógica, é bom senso. Já vi o que pode acontecer quando um cavalo toma o freio nos dentes. Nossa tevê tomou.
FONTE: Blog Universo, via Estado de Minas.
MEC divulga resultado do Enem 2013
Para obter as informações, candidatos precisam da senha cadastrada no sistema e o número da inscrição ou do CPF.
Aqueles que têm dúvida sobre o gabarito, também podem consultá-lo no site do Enem. No entanto, é preciso lembrar que no Enem, a correção é feita usando a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, um item em que grande número dos candidatos acertaram será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item. Dessa forma, não é possível calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas.
Para ajudar a entender o cálculo da nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou uma ferramenta no site, onde é possível verificar, de acordo com a pontuação, as competências dominadas e as que se tem dificuldade.
Os candidatos ainda não têm acesso ao espelho da redação, onde serão disponibilizadas as notas individuais em cada uma das cinco competências exigidas no texto. O Inep ainda não tem previsão de data para a divulgação do espelho da redação. No ano passado, ele foi divulgado um mês após a nota da prova. A divulgação é apenas para fins pedagógicos. Nem a nota divulgada nesta sexta-feira, nem a correção da redação cabem recurso.
A nota do Enem pode ser usada para a participação em programas como o Sistema de Seleção de Unificada (Sisu) que seleciona estudantes para vagas no ensino superior público; o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas em instituições privadas; e o Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec), que seleciona estudantes para vagas gratuitas em cursos técnicos. Além disso é pré-requisito para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para a obtenção de bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras.
As vagas são ofertadas por meio de editais. O primeiro, do Sisu, já teve o cronograma divulgado. Na segunda-feira (6) serão abertas as inscrições, que vão até as 23 horas e 59 minutos do dia 10 de janeiro, no horário de Brasília. O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 13 de janeiro e o da segunda, no dia 27. No site do programa estão disponíveis as vagas ofertadas.
Durante todo o dia, os candidatos usaram o botão F5 – do teclado do computador – para atualizar a página do Enem na internet, já que o ministério informou que o resultado estaria disponível a partir desta sexta-feira, mas sem especificar o horário.
Nas redes sociais, os estudantes chegaram a brincar com a espera da divulgação do resultado. Um usuário do Twitter disse: “É hoje que o botão F5 quebra de tanto atualizar o site do Inep”. Outro respondeu: “já quebrou”. No microblog, o termo Enem está entre os dez tópicos mais publicados no Brasil. Uma usuária postou: “As notas do Enem ainda não foram divulgadas porque Deus está operando um milagre na minha”. Outro disse: “Essa nota do Enem poderia sair logo! Isso tá virando tortura”.
Prof.Inês Campolina Gestora do Curso de Direito —————————————— Universo Campus-BH Email:inescampolina@bh.universo.edu.br Telefone: (31) 2138-9053 |
Enade não diz se curso é bom, só se é melhor ou pior que outro; entenda
Conceito de 1 a 5 é referente à comparação aos demais cursos avaliados.
Para especialista, nota não é ‘boa’ ou ‘ruim’, mas ‘melhor’ ou ‘pior’.
![](https://i0.wp.com/s01.video.glbimg.com/x240/2873652.jpg)
A divulgação das notas do Enade nesta semana seguiu o roteiro dos anos anteriores, com destaque para cursos que ficaram “abaixo” ou “acima” da média, como se os conceitos de 1 a 5 fossem uma nota de prova, em valores absolutos. Mas especialistas alertam que a nota é relativa. Ou seja, não se pode concluir automaticamente que um curso é bom ou ruim, mas sim que ele foi melhor ou pior que um curso igual oferecido por outra instituição.
Os estudantes dos cursos avaliados fazem duas provas: a de formação geral (igual para todos os cursos), que vale 25% da nota final, e a de componente específico (feita para cada curso), com valor de 75%. Ambas as provas têm nota de 0 a 100, mas, na hora de calcular o índice Enade, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) transforma as “notas brutas médias” que cada curso recebeu em “notas padronizadas”. Segundo a nota técnica do instituto a respeito do cálculo do Enade, nesse processo as notas brutas, consideradas “medidas originais”, passam por uma equação “para que todas as medidas originais, referentes ao Conceito Enade, sejam padronizadas e transformadas em notas entre 0 e 5”.
O Ministério da Educação considera que os cursos avaliados no conceito 3 configuram a média nacional. Porém, um curso com conceito 1 ou 2 não necessariamente significa baixa qualidade ou rendimento ruim. “Teoricamente o que se pode dizer, por exemplo, é que um curso 3 agrega mais valor do que um curso 2”, explica a assessoria de imprensa do Inep.
A edição de 2012 do Enade teve a participação de 7.228 cursos de 1.646 instituições de ensino superior em 17 áreas: administração, ciências contábeis, ciências econômicas, design, direito, jornalismo, psicologia, publicidade e propaganda, relações internacionais, secretariado executivo, tecnologia em gestão comercial, tecnologia em gestão financeira, tecnologia em gestão de recursos humanos, tecnologia em logística, tecnologia em marketing, tecnologia em processos gerenciais, turismo.
Na planilha onde foram apresentados os dados, os 7.228 foram reunidos em 6.306 unidades de cálculo. Segundo o Inep, isso se deve porque cursos iguais da mesma instituição oferecidos na mesma cidade são considerados uma só unidade de cálculo.
Ressalva
A especialista em educação Paula Louzano, da USP, explica que o fato de ser relativo não torna o Enade bom ou ruim, mas que o MEC deve anunciar os dados fazendo a ressalva de que o conceito não reflete um padrão ou critério de qualidade. “Para decidir se um curso é excelente, por exemplo, primeiro você tem que definir o que é excelente, e então fazer uma nota de corte nesse critério”, afirma. O Enade, porém, não tem nota de corte: as notas dos cursos são padronizadas em uma curva normal, onde a nota média é definida como 3 e os desvios-padrão para cima recebem os conceitos 4 ou 5. Para baixo, ficam com Enade 1 ou 2.
Segundo ela, essa escolha não invalida o exame, mas seu resultado não pode ser acompanhado de análises como “melhora ou piora” sem que se apresente a nota média, para não confundir as pessoas. Isso não é feito pelo governo. “Para o ministro [Aloizio Mercadante] falar que melhorou, a média tem que ter melhorado, e o grau de dificuldade da prova tem que ser o mesmo.” Na segunda-feira (7), ao anunciar o resultado do Enade, Mercadante afirmou que “houve um crescimento em direção à qualidade”.
Questionada pelo G1 sobre o motivo pelo qual a nota média dos cursos não é divulgada, a assessoria de imprensa do Inep afirma que “o objetivo do Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior] é avaliar o curso, não o estudante”.
O Inep explica que o Enade é um “conceito relativo” e afirma que a metodologia usada na avaliação não permite, por exemplo, que o Brasil um dia tenha 0% de seus cursos com Enade 1 ou 2.”Sempre teremos cursos com conceitos 1, 2, 3, 4 e 5″, afirma o órgão, por meio de sua assessoria de imprensa.
“Se pegar todas as edições do Enade, é sempre o mesmo resultado. O que muda é a ordem: alguém virou 2 e alguém virou 1”, diz Paula.
Especialista em avaliação do ensino superior e avaliador do MEC, o professor Luiz Henrique Amaral, pró-reitor de graduação da Universidade Cruzeiro do Sul, afirma que o Enade não deve ser divulgado sem a companhia dos outros indicadores que compõem a avaliação dos cursos de ensino superior, como o Indicador de Diferença de Desempenho (IDD) e o Conceito Preliminar de Curso (CPC). “O Enade não mede as fragilidades e as diferenças que os alunos carregam na própria formação. A diferença de desempenho que se expressa nos cursos não pode ser explicada só pelo Enade, elas carregam diferenças pré-existentes na formação”, afirma.
Esse foi um dos motivos para o MEC ter criado o IDD, que inclui o perfil sócio-econômico do estudante, além de sua nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no momento em que ele ingressa no curso. Somados à nota do Enade, esses critérios permitem avaliar o quanto o curso agregou à formação do estudante, explica Amaral.
Comparando médias
Para exemplificar a ressalva de que não é possível determinar a qualidade de um curso apenas pelo conceito Enade, Paula calculou as notas brutas da prova de componente específico de duas carreiras: administração e jornalismo. Segundo ela, os cursos de administração considerados “na média” do Enade, com conceito 3, tiveram média de acerto de 33% das questões.
Um curso de administração com Enade 5 teve 45% de acerto. Isso acontece, segundo ela, “porque todo mundo vai mal, é um curso de desempenho baixo”. “Qual é o número de acertos para o curso ser 1? 23% de acerto.”
Já na carreira de jornalismo, a média do Enade foi mais alta. Por isso, um curso com média de 30% de acerto ficou com o conceito 1. Apesar de ter tido a mesma quantidade de acertos que um curso 3 em administração, esse curso de jornalismo foi pior do que a média nacional na sua área. Nesse caso, segundo Paula, a média informal de cursos de jornalismo com Enade 3 foi de 43%. Para um curso dessa área chegar ao conceito 5 no Enade, foi preciso ter média de acerto de 63%.
O mito da nota máxima
Sem a devida comparação, é comum que haja confusão e que se afirme que os cursos com Enade 1 ou 2 sejam automaticamente ruins. Segundo Paula, existe chance de que eles não sejam bons, e é correto que, se não pode vistoriar todos os cursos, o MEC decida prestar mais atenção nos que foram piores no Enade. Porém, sem a informação sobre a nota média dos cursos, não é possível considerar automaticamente que um curso com conceito 3 não necessite de ajuste.
Da mesma forma, o conceito 5 muitas vezes vira sinônimo de “nota máxima do Enade”, e o curso com esse conceito acaba sendo considerado “excelente”. Na realidade, porém, nenhum dos milhares de cursos avaliados em 2012 teve a nota bruta máxima possível na prova (100).
Segundo a planilha divulgada pelo Inep, a nota bruta mais alta registrada no Enade 2012 foi de 69,00, alcançada pelo curso de administração de uma instituição privada de São Paulo na prova de formação geral. O indicador do Enade considerou essa a nota máxima do cálculo, apesar de o aproveitamento real ter ficado abaixo de 70%.
Considerando apenas a prova de formação geral, que é igual para todos os alunos do Enade, entre os 6.306 cursos incluídos na planilha divulgada pelo MEC, 5.526 (ou 87,6%) tiveram nota abaixo de 50, ou seja seu aproveitamento foi de menos da metade da prova.
Outro exemplo citado pela especialista é o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), referência de qualidade no ensino de engenharia. “Se só existissem cursos de padrão ITA, por essa metodologia alguém sempre ia ficar com conceito 1. É um desserviço você divulgar o Enade conceito, e confundir isso com um padrão mínimo de qualidade, quando esse padrão não está estabelecido. E não divulgar junto outros indicadores mais completos, que é o caso do IDD e do CPC.”
![Questão da prova de formação geral do Enade 2012; alunos responderam a questões objetivas e discursivas de temas gerais e específicos de seus cursos de graduação (Foto: Reprodução/Inep) Questão da prova de formação geral do Enade 2012; alunos responderam a questões objetivas e discursivas de temas gerais e específicos de seus cursos de graduação (Foto: Reprodução/Inep)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/eqCyVGbgb0CZSbzxhWUnYLrdXl8=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/10/09/1-foto_1.jpg)
FONTE: Universo BH e G1.
Quatro são punidos por publicar “Ribeirão das Trevas” em diário oficial
Quatro servidores foram punidos pelo Governo de Minas pela falha no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais (DOEMG) em que o município de Ribeirão das Neves foi grafado como “Ribeirão das Trevas”. Um dos supostos responsáveis será suspenso do serviço por 15 dias e terá o pagamento interrompido neste período. O erro foi cometido no dia 7 de setembro e pode ter sido intencional, conforme a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola.
G1 e Geekie lançam desafio do Enem
Plataforma inclui testes, plano de estudos e um grande simulado final.
Aluno poderá ver sua evolução e comparar desempenho em ranking diário.
![Site Geekie Games (Foto: Reprodução) Site Geekie Games (Foto: Reprodução)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/V1M6u7O4Z01iTRbVOJdEt4tHqoA=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/08/12/geekie.jpg)
Estudantes que vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vão poder testar seus conhecimentos das disciplinas cobradas na prova no “Geekie Games – O desafio do Enem”, uma plataforma de exercícios online que inclui planos de estudo e um grande simulado final nos moldes da prova do Ministério da Educação. As inscrições serão abertas no dia 31 de agosto. A participação é gratuita.
O “Geekie Games” é uma parceria do G1, o portal de notícias da Globo, e a Geekie, uma startup de tecnologia aplicada à educação.
Nele o participante poderá avaliar seu desempenho, detectar pontos fortes e pontos fracos em cada área de conhecimento, comparar seus resultados com os de outros participantes, fazer exercícios de reforço e aprimorar o seu conhecimento. Ao final do processo, de 9 a 16 de outubro, o aluno vai fazer um simulado online no mesmo formato do Enem. O exame do MEC será realizado nos dias 26 e 27 de outubro.
Pelo “Geekie Games”, o aluno terá acesso ao Geekie Lab, uma plataforma na qual será possível comparar sua nota com a nota de corte dos cursos e faculdades de sua escolha, além de saber que objetos de conhecimento priorizar para atingir seus objetivos.
A plataforma permite ainda que professores, escolas e secretarias de educação tenham acesso ao desempenho dos seus estudantes e possam entender as principais dificuldades dos alunos.
Como funciona
O primeiro passo será se inscrever no programa a partir de 31 de agosto, no G1 Educação ou diretamente no site do Geekie Games. Não será cobrada taxa de inscrição.
Na primeira etapa, o estudante vai fazer um teste para avaliar seus conhecimentos do conteúdo do Enem e identificar seus pontos fortes e fracos. A avaliação é dividida de acordo com as quatro áreas do Enem: ciências da natureza, ciências humanas, matemática e linguagens. O teste é feito seguindo a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método de avaliação utilizado pelo Enem que dá pesos diferentes para as questões de acordo com seu grau de dificuldade.
A prova pode ser feita em qualquer dia e horário de acordo com as possibilidades dos alunos. Não é obrigatório responder às questões de todas as quatro disciplinas, mas o ideal é que o aluno possa medir todo o seu conhecimento das áreas exigidas no Enem.
A inscrição pode ser feita até o dia 9 de outubro, mas o ideal é se inscrever o quanto antes e já poder fazer uso da plataforma na qual o aluno recebe um plano de estudos personalizado feito por professores para que possa estudar usando uma plataforma interativa que identifica como ele aprende melhor.
Na plataforma o aluno tem acesso a textos e vídeos sobre o conteúdo abordado nas provas. Durante esse período o professor e a escola podem acompanhar a evolução e desenvolvimento dos seus alunos e ajudá-los a se preparar para o Enem.
Um ranking atualizado diariamente vai mostrar o desempenho dos alunos por área de conhecimento.
Simulado final
De 9 a 16 de outubro, o estudante vai fazer o grande simulado do Enem. A prova terá os mesmos moldes do exame do MEC: em um dia o aluno responde a 90 questões de múltipla escolha, sendo 45 de ciências humanas e 45 de ciências da natureza, em 4h30 de prova, sem interrupções. No segundo dia, terá o mesmo tempo para responder a mais 90 questões, metade de matemática e a outra metade de linguagens e códigos.
Esse simulado será aberto pra todos os alunos, mesmo aqueles que não estiverem utilizando a plataforma. O participante vai receber um relatório personalizado do seu desempenho com a pontuação obtida no simulado e a comparação do seu desempenho com as notas de cortes dos cursos oferecidos no último Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
O Enem será realizado nos dias 26 e 27 de outubro. O exame tem 7,1 milhões de candidatos inscritos.
FONTE: G1.
Faculdade do Distrito Federal desafia suspensão do MEC e faz novas matrículas
![]() |
|
Instituição foi proibida de receber novos alunos por suspeita de emissão irregular de registro de especialização |
Suspeita de emitir diplomas de pós-graduação para alunos que nunca estiveram em sala de aula, a Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin acabou proibida pelo Ministério da Educação (MEC) de matricular estudantes interessados em especializações. Mas a instituição de ensino superior, situada em Águas Claras, está desrespeitando a decisão. Por telefone ou pessoalmente, funcionários não hesitam em registrar a inserção de estudantes em uma das 31 pós disponíveis no prédio.
Em 28 de junho, a Secretaria de Regulação e Supervisão Superior do MEC, por meio da Portaria nº 277, além de vetar o ingresso de alunos, proibiu a abertura de cursos especiais. A ordem do ministério foi emitida após uma série de reportagens do Correio. Em março de 2011, o jornal denunciou um suposto esquema de emissão clandestina de certificados de pós-graduação.
A diplomação suspeita ocorria em duas instituições parceiras da Darwin: o Instituto de Capacitação Educacional (CAP) e no Núcleo de Ensino Superior de Brasília (Nesb), situados no Recanto das Emas e em Taguatinga Norte, respectivamente. A primeira entidade certificava os alunos em nome da Darwin. A reportagem comprovou que, mediante pagamento antecipado de R$ 1 mil, era possível burlar todas as etapas de um curso verdadeiro e sair com o título de especialista em alguma área sem nunca, de fato, ter passado pelas etapas de um curso regular. O CAP acabou fechado uma semana depois.
FONTE: Estado de Minas.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
SECRETARIA NACIONAL DO CONSUMIDOR
DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR / COORDENAÇÃO GERAL DE ESTUDOS E MONITORAMENTO DE MERCADO
ESCOLA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR – ENDC
Consumidor EducAção
CURSO VIRTUAL PARA O JOVEM CONSUMIDOR – SETEMBRO/AGOSTO de 2013
COMUNICADO
A Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC) foi criada em agosto de 2007 com o objetivo de capacitar, atualizar e especializar os técnicos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC). Os cursos ministrados promovem a atualização e harmonização dos conhecimentos necessários à tutela do consumidor; proporcionam ambientes para a discussão das questões práticas e da hermenêutica do Código de Defesa do Consumidor; e incentivam a articulação entre os atores do Sistema (DPDC, Ministério Público, Defensorias Públicas, Entidades Civis e Procons).
Educação à distância
Além dos cursos presenciais, a Escola Nacional disponibiliza na modalidade de educação a distância, cursos virtuais cujo objetivo é viabilizar o acesso aos processos de aprendizagem, independentemente das limitações geográficas, representando uma inovação e ampliação dos instrumentos de capacitação da Escola Nacional de Defesa do Consumidor.
A implementação da rede de educação a distância feita em parceira com a Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP inicia um novo paradigma na formação e capacitação permanente em Defesa do Consumidor, com o objetivo de qualificar e aprimorar as competências dos integrantes do SNDC de forma abrangente. A Escola Virtual possibilita aos integrantes do Sistema: educação continuada, integrada e qualificada de forma gratuita.
Em 2010, a Escola expandiu o seu alcance, oferecendo pela primeira vez um curso para os consumidores, em comemoração aos 20 anos do Código de Defesa do Consumidor: o curso virtual sobre direito do consumidor para o jovem, realizado no período de 02 de junho a 13 de julho de 2010. Desde então, a ENDC vem consolidando sua parceria com os Procons, o que tem resultado no sucesso e expansão do Ensino a Distância. Atualmente com o total de 2768 consumidores capacitados, a Escola abre as portas para o consumidor, oferecendo pela sétima vez o Curso Virtual para o Jovem Consumidor.
O Consumidor Educação
Curso Virtual para o Jovem Consumidor foi elaborado em parceria com a Fundação Procon São Paulo, e teve o apoio dos Procons Estaduais e das Entidades Civis, que receberão as inscrições dos interessados e procederão ao registro na base de dados do ambiente virtual da ENDC. O curso será realizado de 27 de setembro a 15 de novembro de 2013, com o objetivo de proporcionar aos consumidores brasileiros o conhecimento dos seus direitos, fomentando o exercício da cidadania.
(End.: Esplanada dos Ministérios, Ed. Sede do MJ, 5º Andar, Sala 540 – CEP 70064-900 – Brasília/DF)
Fone: (061) 2025-3832 Fax: (061) 2025-3781 / Home Page: http://www.mj.gov.br/dpdc E-mail: endcvirtual@mj.gov.br
Passo a passo sobre o curso
Data das inscrições: 12 a 16 de agosto de 2013, não havendo possibilidade de prorrogação.
Local de inscrição: os cidadãos deverão dirigir-se aos Procons Estaduais.
Público Alvo: o curso é voltado para os consumidores jovens, tendo em vista que a linguagem é direcionada para esse público, embora o curso esteja disponível para consumidores de todas as idades.
Período de aula: 27 de setembro a 15 de novembro de 2013.
Carga Horária: 60h/aula.
Link para inscrição:
http://endcead.ip.tv/ficha_inscricao_jovem_consumidor/ficha_index.asp
Consumidor EducAção: Curso Virtual para o Jovem Consumidor
O curso virtual oferece aos jovens brasileiros a oportunidade de se tornarem consumidores mais conscientes e informados. Os módulos do curso englobam ampla variedade de temas de defesa do consumidor e de interesse dos jovens, tais como: saúde e higiene; ensino particular; internet e redes sociais; educação financeira; consumo sustentável; dentre outros.
As informações reunidas no curso são organizadas em linguagem acessível e direta. A finalidade é capacitar os jovens para que possam tomar suas decisões de forma mais madura e refletida nas situações de consumo que permeiam o seu cotidiano.
Perguntas e Respostas
i) Como o consumidor irá acessar o curso?
Para iniciar o curso o aluno deverá acessar o site: http://endcead.ip.tv, a partir do login e senha que lhes serão encaminhados por e-mail.
ii) Caso o consumidor não tenha recebido o login e a senha por e-mail, como deverá proceder?
Caso o consumidor não tenha recebido a senha de acesso, ele deverá ser orientado a seguir os seguintes passos:
1- desbloquear o anti-spam do seu provedor de e-mail para recebimento de mensagens do domínio @infoseg.gov.br
2- acessar a rotina “esqueci minha senha” e solicitar o reenvio da mesma.
3- Se estes procedimentos não resolverem o problema, ele deverá criar outro e-mail (de outro provedor) para viabilizar o recebimento das mensagens. Dessa forma, encaminhe o novo e-mail para a Escola Nacional de Defesa do Consumidor endcvirual@mj.gov.br para providenciarmos a correção no cadastro e o reenvio da senha.
iii) Quais programas são necessários para acesso ao curso?
Para o acesso correto dos conteúdos, os navegadores (Internet Explorer, Firefox…) precisam estar atualizados, pois é necessário executar funções Javascript a todo momento. Além disso, como a interface utilizada é o Flash, seu plug-in para cada navegador também precisa ser atualizado. Essas atualizações são feitas pelos fabricantes dos softwares para aumentar a segurança dos usuários.
Dessa forma, caso o aluno não tenha esses programas ele deverá seguir os seguintes passos:
– Acessar http://endcead.ip.tv, clicar em “Requisitos Necessários para Navegar no Sistema” e seguir as orientações para instalar o Java e o Flash. O aluno também pode fazer a instalação dos programas a partir dos sites www.adobe.com.br e www.java.com
– Depois de instalados os dois programas, o aluno deve reiniciar a máquina e tentar novamente o acesso.
iv) Quais atividades são necessárias para a realização e conclusão do curso?
Cada aluno terá o suporte de um tutor, que o orientará desde o início do curso informando-o sobre todas as etapas necessárias para a conclusão do curso, que são:
a) leitura do manual do aluno;
b) leitura de todos os módulos;
c) participação dos exercícios propostos ao final de cada módulo;
d) contribuição em pelo menos 3 fóruns; e
e) realização da avaliação final
v) Será entregue algum documento que comprove a participação do consumidor no curso?
Sim. Todos os alunos que concluírem e forem aprovados no curso receberão um certificado, que será disponibilizado no ambiente virtual para impressão.
Sisutec vai ofertar 239,7 mil vagas gratuitas em cursos técnicos
Podem participar do programa candidatos que realizaram o Enem em 2012. Inscrições começam à 0h desta terça-feira (6) e vão até o dia 12.
O Sistema de Seleção Unificada para Cursos Técnicos (Sisutec), lançado nesta segunda-feira (5) pelo Ministério da Educação, disponibilizará 239.792 vagas gratuitas para cursos técnicos e profissionalizantes no segundo semestre deste ano. Participam do programam 586 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, instituições do Sistema S de ensino, escolas técnicas das redes estaduais e universidades. As inscrições, que começam nesta terça-feira (6) e vão até o dia 12 deste mês, devem ser feitas no site sisutec.mec.gov.br, que ainda está fora do ar.
Poderão participar do Sisutec alunos que realizaram a edição de 2012 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Das vagas disponíveis, 85% estão reservadas para alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas ou particulares na condição de bolsistas integrais.
No ato da inscrição, cada candidato poderá optar por até dois cursos.
O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, afirmou que o Sisutec é uma oportunidade para o Brasil desenvolver o ensino técnico no Brasil. “É uma forma de oferecermos mais uma oferta na linha profissionalizante. Historicamente, o Brasil não desenvolveu o ensino profissionalizante. Nós estamos correndo atrás do tempo que nós perdemos”.
CRONOGRAMA DO SISUTEC 2013 |
---|
Início das inscrições: 06/08 |
Fim das inscrições: 12/08 (às 23h59) |
Primeira chamada: 14/08 |
Matrícula (1ª chamada): 15 e 16/08 |
Segunda chamada: 19/08 |
Matrícula (2ª chamada): 20/08 |
Fonte: MEC |
Calendário
No dia 14 de agosto o Ministério divulgará os candidatos aprovados em primeira chamada. Para esses candidatos, a matrícula será nos dias 15 e 16. Os aprovados em segunda chamada serão divulgados no dia 19, e a matrícula no dia 20. As aulas iniciam entre 22 de agosto e 21 de outubro, e os cursos terão duração de um a dois anos.
Para Mercadante, o programa é voltado para “pessoas que querem continuar estudando e não obtiveram nota para ingressar nas universidades”.
Segundo o ministro, dos quase sete milhões de inscritos para o Enem no ano passado, apenas 1,2 milhão ingressaram em universidades. “Daí a importância do Sisutec. Criar vagas para aqueles quase seis milhões de candidatos que querem estudar”.
As áreas com mais cursos disponíveis são a de Tecnologia da Informação, Saúde, Indústria e Turismo. Ainda não se sabe quanto o governo federal irá gastar com o programa, mas o ministro Mercadante estima que será “menos do que com os alunos no Pronatec”.
Cotas raciais e sociais
A seleção para cursos técnicos adotará cotas de acordo com raça, renda familiar e rede frequentada no ensino médio. De acordo com o MEC, 85% de todas as vagas oferecidas na próxima edição do Sisutec serão reservadas para estudantes que cursaram o ensino médio em escola pública ou na rede particular com bolsa integral.
Além disso, 50% de todas as vagas oferecidas nas instituições federais de ensino também serão reservadas. Nesse caso, poderão concorrer a essa cota os estudantes com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio que estudaram na rede pública ou foram bolsistas integrais na rede particular.
As cotas raciais do Sisutec estão atreladas à rede de ensino onde o candidato terminou o ensino médio, segundo o edital. Nas instituições federais, nas vagas destinadas a negros, pardos e indígenas, será reservado um percentual correspondente à porcentagem da população preta, parda e indígena no Unidade Federativa do município onde a vaga é oferecida, segundo o Censo mais recente. Por exemplo, em um município onde há 100 pessoas, e cinco são negras, pardas ou indígenas, caso haja 20 vagas para um determinado curso, quatro delas serão destinadas às cotas.
Haverá dois tipos de cotas raciais: uma é específica para estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública, ou como bolsista integral na rede particular, desde que tenham renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. A outra exige que os estudantes interessados na cota racial tenham cursado a rede pública ou tenham tido bolsa integral na rede privada, mas não atrela a participação à renda familiar.
As demais vagas que não se encaixarem nas quatro categorias de cotas serão de ampla concorrência.
FONTES: G1 e MEC.
Outras categorias, no entanto, vão aderir à paralisação em Belo Horizonte
Diversos sindicatos decidirão ao longo desta quarta-feira se as categorias que representam irão parar as atividades durante a greve geral do país, marcada para esta quinta. Em Belo Horizonte, os metroviários realizam uma assembleia às 17h para debater o tema. No entanto, eles já distribuem folhetos anunciando a paralisação.
Os rodoviários, por sua vez, já anunciou que os coletivos rodarão normalmente na capital. O presidente do sindicato, Ronaldo Batista, explicou como será a participação da categoria no dia da greve. “Em primeiro lugar, fecharemos o sindicato para funcionários e diretores aderirem ao movimento. Depois, soltaremos um material convocando os trabalhadores para participar voluntariamente do movimento. Ou seja, se reunirem às 7h na Praça Sete”, explicou Ronaldo.
Segundo o líder sindical, os rodoviários optaram pela não paralisação justamente para proporcionarem transporte aos trabalhadores que quiserem aderir ao movimento. “Não seria uma greve geral se os rodoviários parassem. Isso iria inviabilizar que outras categorias se manifestassem. Como o camarada que mora em Santa Luzia, por exemplo, chegaria ao Centro para se manifestar?”, argumentou.
Saúde pública e educação
Na área da saúde pública, de acordo com os sindicatos, será mantida a escala mínima de trabalho e apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos.
Professores das redes públicas, estadual e municipal, também devem aderir à paralisação. Na rede particular, algumas escolas optaram, por motivo de segurança, dispensar os alunos.
Já as agências bancárias localizadas no Centro de Belo Horizonte estarão com as portas fechadas.
Veja mais AQUI!
FONTE: Itatiaia.
A ideia é fazer com que o computador deixe de ser um privilégio para se tornar um direito. Todas as crianças maiores de 6 anos, quando ingressam nas escolas públicas uruguaias ganham um computador.
![](https://i0.wp.com/s02.video.glbimg.com/x240/2676081.jpg)
Jaleco branco. Laço azul no pescoço. Valentino, de 10 anos, é uma das quase 300 mil crianças que usam o mesmo uniforme do tempo de seus pais. A diferença entre as gerações é que agora os alunos descobrem o mundo em segundos, pela internet.
A ideia é fazer com que o computador deixe de ser um privilégio para se tornar um direito. Todas as crianças maiores de 6 anos, quando ingressam nas escolas públicas uruguaias ganham um computador e acesso grátis à internet.
Além de pesquisa, o computador é usado para leitura, lições de casa e, claro, nas horas de folga eles aproveitam para jogar.
“Isso é um elemento que lhes permite descobrir um mundo desconhecido e também lhes permite aprender. O professor tem que acompanhar essa mudança e as crianças, às vezes, nos ajudam muito mais rápido na aprendizagem”, afirma Naudelina Sineiro, diretora da escola.
O projeto começou há seis anos. Além dos computadores é oferecida manutenção.
As crianças não precisam andar mais que 300 metros para acessar a rede. Aliás, todas as praças, parques e prédios públicos tem internet livre e de qualidade. Um serviço que é oferecido de graça também pelo comércio.
A aula acabou e a família se reúne na praça e as crianças, ao invés de estar correndo por aí, estão no computador.
“Valentino dá pra conectar a internet aqui na praça?”, pergunta a repórter.
“Sim dá. É uma ferramenta fácil de utilizar. Me permite navegar pela internet, buscar coisas úteis e programas”, explica Valentino Zeballos.
Os computadores fazem parte dos planos para capacitar quem começa a vida no Uruguai.
No tempo de Luis Ruiz não existia essa facilidade. Ele já está aposentado, mas também faz parte de um plano. E voltou ao trabalho. Desta vez para ensinar, na prática, tudo o que sabe sobre construção civil.
“Sou jovem ainda penso, com 64 anos e quero fazer algo. E o que melhor que ensinar o que sei para capacitar a gente que entra no ramo pela primeira vez?”, diz Luis Ruiz, aposentado.
Os aposentados uruguaios ganham em torno de 15 mil pesos mensais, pouco mais de R$ 1,6 mil. Quando voltam ao trabalho, nesse projeto do governo de compartilhar experiências, quase dobram a renda: recebem 12 mil pesos por 20 horas semanais.
“Era um desperdício ter gente com experiência, os mestres de obras aposentados em suas casas, sentados, tomando mate, quando poderiam estar dividindo o seu conhecimento com outras pessoas”, conta Santiago Horjales, arquiteto.
Por enquanto, são apenas aposentados da construção civil, mas a ideia é chamar mestres de outros setores.
FONTE: G1.
![]() |
|
O funil do Enem: depois da batalha das provas, hora de brigar por uma das vagas nos cursos com entrada no segundo semestre |
Na segunda edição de 2013 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o curso de administração do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) aparece como o segundo mais concorrido do país, com 760 inscritos por vaga, perdendo apenas para o mesmo curso oferecido na Universidade do Estado da Bahia, com 1.027,8 inscritos por vaga. Na lista dos 10 cursos mais disputados, o Cefet mineiro aparece novamente, desta vez na oitava posição, com engenharia de produção civil (536,3). Apesar de a Universidade Federal de Minas Gerais ter anunciado a adesão ao sistema, o Cefet é a única instituição de ensino superior mineira a se destacar entre as mais disputadas nesta etapa do Sisu, que contou com 788.819 candidatos inscritos, segundo balanço final divulgado ontem pelo Ministério da Educação. O número de inscritos é 22,7% superior ao registrado no segundo semestre do ano passado, quando o balanço final fechou em 642.878 inscritos.
Já na lista dos 10 cursos com o maior número de candidatos inscritos, que não são os mais concorridos porque oferecem maior número de vagas, estão oito bacharelados de medicina, disparado o curso mais procurado do país. Nessa graduação, a instituição de ensino mais buscada pelos candidatos é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seguida pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pela Universidade Federal do Piauí. Na quinta posição aparece o curso de medicina oferecido pela Universidade Federal de São João del-Rei, com 11.528 candidatos disputando 30 vagas. Em sétimo lugar vem a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), com 9.467 candidatos para 40 vagas. “O que atrai, primeiro, é a excelência das faculdades no Rio de Janeiro e, em segundo, a beleza do Rio”, disse o ministro Aloizio Mercadante.
A segunda etapa do Sisu contou com 788.819 candidatos inscritos, segundo balanço final divulgado ontem pelo Ministério da Educação. O número de inscritos é 22,7% superior ao registrado no segundo semestre do ano passado, quando o balanço final fechou em 642.878 inscritos. Como cada candidato pode concorrer em até duas opções de curso, o número de inscrições ultrapassou 1,522 milhão em todo o país. Cinquenta e quatro instituições já aderiram ao sistema, com 1.179 cursos e 39.724 vagas.
Segundo o ministro Mercadante, 42,40% dos inscritos são cotistas e estudam em escolas públicas. O ministro destacou que, em média, 13% dos candidatos aceitam cursar faculdade fora de seu estado. Os gaúchos são os que menos se dispõem a mudar de região.
PROGRAME-SE
Matrícula
Os convocados nesta primeira lista devem se matricular entre 21 e 25 de junho.
Segunda chamada
Será divulgada em 1º de julho, com matrículas em 5, 8 e 9 de julho.
Lista de espera
De 1º a 12 de julho é o prazo para que os candidatos manifestem interesse em participar da lista de espera. Podem participar os estudantes não selecionados em nenhuma de suas opções nas chamadas regulares e os candidatos selecionados em sua segunda opção, independentemente de terem feito a matrícula. A participação na lista de espera somente poderá ser feita na primeira opção de vaga do candidato.
FONTE: Estado de Minas.
Nova edição do Sisu terá mais de 39 mil vagas, diz Ministério da Educação
Inscrições para a seleção acontecem a partir do próximo 10 de junho
Prazos e vagas
O edital publicado nesta segunda-feira, 3, estabelece que, ao longo do período de inscrições, a classificação parcial e a nota de corte dos candidatos serão divulgadas no portal do Sisu. O sistema que entra no ar no dia 10 ainda permitirá ao estudante localizar cursos e vagas por meio de pesquisa com a indicação do município, estado e da instituição de ensino.
É possível, ainda, saber em quais universidades estão as vagas pretendidas. Os interessados poderão se inscrever em até duas opções de vaga e especificar sua ordem de preferência. O candidato precisa especificar também se concorre a vagas destinadas a ampla concorrência ou a políticas de ações afirmativas.
A primeira chamada está marcada para o dia 17 de junho e a segunda, para 01 de julho. As matrículas da primeira chamada estão marcadas para os dias 21, 24 e 25 de junho e as da segunda chamada para os dias 5, 8 e 9 do mês seguinte.
UFMG adota Sisu
A partir deste ano, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também adotará o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) como processo seletivo padrão. O anúncio foi feito em março pelo reitor da instituição, Clélio Campolina. Com a mudança, o vestibular será extinto. A nova seleção passa a valer para os alunos que ingressarão em 2014.
FONTE: Estado de Minas.
Guilherme Fiuza*
Há uma grita injustificada no caso das provas semi-analfabetas do Enem. Não dá para entender tanta indignação. Há anos o governo popular vem preparando o Brasil para a grande revolução educacional, pela qual a norma culta se norteará pelo português falado nas assembléias do PT. Como se sabe, depois de uma blitz progressista de Dilma e Fernando Haddad, livros didáticos passaram a ensinar que é certo escrever “nós pega o peixe”, entre outras formulações revolucionárias. Alguns especialistas teriam argumentado que o certo seria “nós rouba o peixe”, mas isso já é discussão interna deles.
Numa das redações que levaram nota máxima no Enem, o candidato escreveu “enchergar” – com “ch” em vez de “x”. Não há reparo a fazer, está perfeito o critério. Depois de três anos deixando o Enem à mercê dos picaretas, pois estava muito ocupado com sua agenda eleitoreira, o ex-ministro Haddad elegeu-se prefeito de São Paulo. Um fenômeno desses jamais aconteceria num país que enxerga – só num país que encherga. Está corretíssima, portanto, a observação por parte do estudante da nova norma culta.
Os que vêem algum erro nisso não estão sabendo acompanhar as velozes mudanças da língua, comandadas pela nova elite. O relato de Dilma Rousseff sobre seu encontro com o Papa Francisco, por exemplo, também mereceria nota máxima no Enem. Contou a presidente: “Ele estava me dizeno que ele espera uma presença grande dos jovens (na Jornada da Juventude) na medida em que ele é o primeiro papa, ele é várias coisas primeiro”. Os corretores progressistas do Enem só dariam nota 1.000 a uma construção dessas porque não existe 1.001.
O novo recorde de aprovação que acaba de ser batido pelo governo e pela “presidenta” só comporta duas explicações possíveis: ou o Brasil está “enchergando” bem, ou o Brasil está “enchergano” bem. Qualquer das duas hipóteses, porém, garante imunidade total à “presidenta” (que também é várias coisas primeira). Ela pode passear de helicóptero sobre as enchentes de Petrópolis e depois pousar, como uma enviada do Vaticano, para rezar pelas vítimas. Os desabrigados de dois anos atrás na mesma região continuam sem as casas prometidas pelo governo popular. Há famílias morando em estábulos. Alguns quilômetros serra abaixo, casas oferecidas pelo governo popular para removidos de áreas de risco foram inundadas pelas últimas chuvas. Moradias do programa Minha Casa, Minha Vida oferecem como bônus minhas goteiras, minhas rachaduras na parede.
O povo deve estar “enchergano” tudo isso, porque acolhe o helicóptero de Dilma como um disco voador em missão turística e vai rezar com ela na igreja local, pedindo proteção a não se sabe quem.
A aprovação popular ao estilo governamental de Dilma é comovente. Quem distribui as verbas federais contra enchentes é o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho – aquele que mandava cerca de 80% do dinheiro para Pernambuco, por acaso seu domicílio eleitoral. As enxurradas podem levar casas e povoados inteiros, mas nada arranca Bezerra do cargo. E a cada nova intempérie é ele quem surge para rechear os comícios chorosos de Dilma com cifras voadoras, que servem basicamente para drenar as manchetes. Ainda de Roma, a chefa suprema da nação declarara que tomará “medidas drásticas” para remover os teimosos que insistem em morar em áreas de risco. O Brasil merece isso tudo.
A população culta também está “enchergano” bem. Todos chocadíssimos, batendo panela contra o pastor acusado de homofobia – nomeado para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Quem manda na Câmara? Quem fica caçando votos dos evangélicos, distribuindo vantagens aos seus líderes, como o famigerado Ministério da Pesca? “Nós pega o peixe e entrega ao pastor”, reza a norma culta do governo popular. Quanto maior o rebanho, melhor a boquinha. Comissão de Direitos Humanos é troco.
Evidentemente, uma redação do Enem que enxergasse com x que o Brasil e suas instituições estão sendo emprenhados de ignorância pela indústria do populismo levaria nota zero. A revolução petista não tolera esses arroubos elitistas. Prefere receita de miojo.
FONTE: Época.
*Guilherme Fiuza é jornalista e autor de vários livros, entre eles “Meu Nome não é Johnny”, adaptado para o cinema. Neste blog, trata de grandes temas da atualidade, com informação e muita opinião principalmente sobre política.
BPTran e BHTrans admitem que a capital perdeu a capacidade de gerenciar a circulação da frota de 1,5 milhão de veículos, devido à redução drástica de agentes
![]() |
|
Blitz parou motociclistas na Praça Tiradentes, no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Brasil |
O aumento vertiginoso da frota, que já passa de 1,5 milhão de carros, e a redução do número de agentes deixaram a fiscalização de trânsito deficiente em Belo Horizonte, admitiram ontem representantes do Batalhão de Trânsito (BPTran) e da BHTrans, empresa que gerencia o sistema, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, na manhã de ontem.
O efetivo do policiamento de trânsito caiu em 10 anos de 1.243 para 445 agentes, responsáveis pela autuação de motoristas, informou o comandante do BPTran, tenente-coronel Roberto Lemos. Segundo ele, a prioridade do batalhão são o atendimento de ocorrências e operações como a realizada ontem à tarde, no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Brasil, que parou motociclistas.
“Não temos condições de colocar policiais nos cruzamentos. Contamos com a ajuda da Guarda Municipal e da BHTrans para controlar o trânsito e garantir a fluidez. Precisamos principalmente de recursos tecnológicos, o efetivo não está adequado”, disse Lemos.
Durante a audiência, o oficial afirmou que os militares são muito cobrados para fiscalizar cruzamentos da cidade, o que seria possível se houvesse pelo menos um efetivo de 3 mil militares revezando em três turnos. O número de agentes seguiu na contramão do aumento da frota. Em 2002, BH tinha 752 mil veículos. No ano passado, entretanto, chegou a 1,53 milhão de veículos, aumento de 111%.
O comandante informou que a redução do efetivo ocorreu devido à municipalização do trânsito, quando a Guarda Municipal e a BHTrans passaram ajudar no controle, operação e fiscalização.
Já a BHTrans tem cerca de 400 agentes que monitoram e operam as vias de BH. Desde 2009, por decisão do Tribunal de Justiça, a empresa não pode multar motoristas. O diretor de operações Célio Freitas Bouzada, que participou também da audiência pública, defendeu o aumento do efetivo. “A cidade perdeu a capacidade de fiscalização. Quando se compara com o número de carros que circula pela cidade, a gente vê que o de agentes de fiscalização diminuiu ou não avançou. É necessário rever essa quantidade”, afirmou.
A audiência organizada pela Comissão de Segurança Pública contou com a participação de outras entidades responsáveis pelo trânsito na capital e na Grande BH, como DER e a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na discussão, foi apresentado um panorama sobre a situação do trânsito da capital e os problemas que prejudicam a sua fluidez.
O diretor de planejamento da BHTrans reforçou a importância da integração entre os municípios da região metropolitana e propôs uma legislação em comum. Buzano defendeu investimentos em sistemas estruturais de transporte, como o BRT e o metrô. “É preciso chamar a atenção também para a educação dos usuários, como o problema da fila dupla, de motoristas que param em faixa, o que reflete imediatamente no trânsito”, disse.
FLUIDEZ DE VEÍCULOS
Propostas do comandante do Batalhão de Trânsito de BH, tenente-coronel Roberto Lemos, para melhor o trânsito
Bicicletários próximos a estações
Pontos para locação de bicicletas no Centro da cidade
Incentivo ao deslocamento a pé em pequenos percursos
Instalação de pontos de carona solidária
Divulgação, por meio de mapas, de rotas alternativas
Criação de horários alternativos para entrada e saída dos trabalhadores das regiões mais afetadas
Estacionamentos públicos próximos a estações de ônibus e de metrô
Promoção das empresas de táxis
Incrementação da onda verde (velocidade de 60 km/h nos principais corredores sem retenção por causa do sinal vermelho)
Incentivo a campanhas de conscientização de motoristas
![]() |
|
Congestionamento no Anel Rodoviário virou rotina para os motoristas que passam pela via |
Anel congestionado
O Anel Rodoviário teve mais um dia de trânsito caótico. Um acidente sem vítimas entre dois caminhões Mercedes, na altura do km 18, perto do Bairro Caiçara, Noroeste de BH, por volta das 6h30, causou engarrafamento de oito quilômetros e de mais de três horas. Ronaldo Vítor, de 32 anos, estava dormindo na carreta branca 1934, de 2005, estragada na pista desde segunda-feira, quando foi atingido pelo outro veículo. De acordo com o carreteiro, o outro motorista perdeu o controle da 1620 sentido Vitória e acertou a traseira de seu veículo, carregado de minério. “Estava tudo sinalizado. Acordei com o estrondo. Não bastasse o acidente do km 18, serviço de verificação e manutenção de placas e muretas ajudou a provocar pontos de engarrafamentos nos dois sentidos ao longo de todo o dia.
Provas serão nos dias 26 e 27 de outubro, afirmou Aloizio Mercadante.
‘A grande mudança vai ser no maior rigor com a redação’, diz o ministro.
![O ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Inep, Luiz Claudio Costa, divulgam as regras do Enem 2013 (Foto: Vitor Matos/G1) O ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Inep, Luiz Claudio Costa, divulgam as regras do Enem 2013 (Foto: Vitor Matos/G1)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/dNoTgi_Akg8VT5qAt3y3R2F_hMo=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/05/08/foto-1_1.jpg)
Inep, Luiz Claudio Costa, divulgam as regras do
Enem 2013
As inscrições para a edição de 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão abertas na segunda-feira (13), afirmou nesta quarta-feira (8) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Segundo a pasta, o edital com todas as normas da prova deve ser publicado na edição de quinta-feira (9) do “Diário Oficial da União”.
Segundo Mercadante, as provas serão realizadas nos dias 26 e 27 de outubro. Os portões serão abertos às 12h (horário de Brasília).
O ministro afirmou que o período de inscrições vai dos dias 13 e 27 de maio, e os candidatos terão até o dia 29 de maio para pagarem a taxa de inscrição, que foi mantida no valor de R$ 35.
Neste ano, a logística do exame deve envolver 1.632 municípios brasileiros. O MEC estima que será necessária a impressão de 13,5 milhões de provas para os candidatos.
‘Maior rigor com a redação’
As regras de correção do Enem serão semelhantes às da edição de 2012. Porém, segundo Mercadante, “a grande mudança vai ser no maior rigor com a redação”. Para isso, algumas medidas foram tomadas.
Para coibir tentativas de deboche na prova, um item será acrescentado no artigo do edital que fala sobre as razões para que uma redação receba nota zero do MEC. O item 14.9.5 do edital que deve ser publicado na quinta-feira afirma que a redação “que apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o tema proposto, que será considerada ‘anulada'”.
A nova regra já estava em debate pela comissão que elabora o edital do Enem, depois que candidatos que no último Enem inseriram receita do miojo e o hino do Palmeiras no texto ganharam notas 560 e 500, respectivamente. Esse tipo de teste ao Enem, agora, será punido com a nota zero.
Além disso, uma das cinco competências exigidas pela redação será mais rígida: trata-se da quinta, que fala sobre o “domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa”. A partir deste ano, erros de português só serão desconsiderados quando forem uma “excepcionalidade” e quando “não caracterizem reincidência”. O objetivo é evitar que redações com poucos desvios gramaticais ou convenções de escrita recebam a nota máxima na prova.
A partir deste ano, caso queira dar nota 1.000 para uma redação que contenha algum desvio, o ministro afirmou que “a banca tem que justificar que aquele desvio é excepcional para justificar uma nota máxima”.
Terceiro corretor
Todas as redações do Enem são corrigidas por pelo menos duas pessoas. A necessidade de um terceiro corretor para reavaliar provas com notas discrepantes deve aumentar neste ano. Segundo o MEC, agora, todas vezes que as duas notas tiverem uma diferença de mais de 100 pontos, um terceiro avaliador corrigirá a prova para que se chegue à nota final. No ano passado, essa tolerância era de 200 pontos.
Se a nota em um das cinco competências (que vai de 0 a 200) tiver discrepância de 80 pontos, a redação também vai para o tercerio corretor.
Por causa da mudança, Mercadante afirmou que estima um aumento no número de redações que passem pela terceira correção. Em 2012, 21% das provas estiveram nessa situação. Agora, ele afirma que essa porcentagem chegue a um terço.
Para garantir uma correção mais rigorosa, Mercadante anunciou um aumento no número de corretores. Em 2012, foram contratados 5.692 corretores, 234 supervisores de avaliação, 468 auxiliares e dez subcoordenadores pedagógicos para o processo de avaliar as redações, mas mais de 300 deles foram afastados por não cumprirem os requisitos de qualidade.
Sobre o Enem
O exame do MEC é realizado uma vez por ano e tem cinco provas: quatro com questões de múltipla escolha e uma redação. Sua nota pode ser usada para processos seletivos centralizados pelo próprio ministério ou em vestibulares de instituições públicas e particulares que usam a pontuação do Enem parcial ou integralmente para selecionar seus calouros.
O Enem 2013 é obrigatório para estudantes interessados em disputar vagas em mais de 100 instituições federais e estaduais de ensino superior participantes do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Além disso, devem se inscrever para a prova vestibulandos que pretendem cursar a faculdade em uma instituição particular com bolsa de estudos parcial ou integral do Programa Universidade para Todos (Prouni).
FONTE: G1.
Professor de química do ensino médio venceu concurso do governo.
Brasileiro que representa a Flórida era um dos quatro finalistas no concurso.
![Obama discursa com os melhores professores de cada estado dos EUA ao fundo; brasileiro Alexandre Lopes (de terno cinza), que dá aulas na Flórida, foi finalista do prêmio 'Professor do Ano' (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP) Obama discursa com os melhores professores de cada estado dos EUA ao fundo; brasileiro Alexandre Lopes (de terno cinza), que dá aulas na Flórida, foi finalista do prêmio 'Professor do Ano' (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/ZNrz-prxmdeXkO95x0mTwrqmcJI=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/04/23/obama1.pjg.jpg)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, compareceu nesta terça-feira (23 de abril) a uma cerimônia na Casa Branca, em Washington, com professores de escola pública de todo o país, e entregeou o prêmio de Professor do Ano dos EUA ao professor de química e física Jeff Charbonneau. O evento faz parte de uma semana de reconhecimento ao professor realizada todos os anos pelo Departamento de Educação do governo norte-americano. Charbonneau foi eleito na segunda-feira (22) e também discursou na cerimônia.
Obama afirmou em seu discurso que é necessário encontrar uma maneira melhor de “recrutar, preparar e recompensar” os bons educadores da próxima geração. “Se há algo que não podemos dizer o suficiente para os professores da nossa nação, é ‘obrigado’. Eles fazem mais do que educar crianças. Eles as abraçam, as nutrem e realmente as amam”, afirmou o presidente norte-americano.
![O presidente dos EUA, Barack Obama, entrega prêmio de 'Professor do Ano' ao norte-americano Jeff Charbonneau (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP) O presidente dos EUA, Barack Obama, entrega prêmio de 'Professor do Ano' ao norte-americano Jeff Charbonneau (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/nDgyhu7sAYgBGdnnJcG-Pkdas_Q=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/04/23/obama2.jpg)
Brasileiro foi finalista
O professor brasileiro Alexandre Lopes, que nasceu em Petrópolis (RJ) e emigrou para os Estados Unidos em 1995, foi um dos quatro finalistas no concurso de melhor professor do país neste ano. Em julho de 2012, ele foi eleito o Professor do Ano da Flórida, estado que tem mais de 180 mil professores na sua rede pública.
![](https://i0.wp.com/s04.video.glbimg.com/x240/2529731.jpg)
Lopes foi finalista ao lado do professor Charbonneau, que dá aulas de química e física na Zillah High School, do estado de Washington, e de outras duas professoras: Rhonda Holmes-Blankenship, da Rising Sun High School (Maryland), e Heidi Welch, da Hillsboro-Deeing High School (New Hampshire).
À reportagem, Alexandre afirmou, na segunda-feira, que está “aproveitando cada momento desta semana maravilhosa”.
Além dos quatro finalistas, todos os 50 professores eleitos os melhores em seus estados no último ano estiveram presentes na cerimônia que homenageou a todos. Eles foram representados pelo professor Charbonneau em seu primeiro discurso como Professor do Ano de 2013 no país.
Pelo próximo ano, o docente será uma espécie de representantes dos professores norte-americanos. “Tenho orgulho de ser um megafone para 3,2 milhões de professores”, afirmou ele em seu discurso na Casa Branca, nesta terça-feira.
Lopes, natural de Petrópolis (RJ), Lopes emigrou do Brasil para os Estados Unidos em 1995 e, depois de alguns anos trabalhando como comissário de bordo, decidiu mudar de carreira. O brasileiro voltou à faculdade e acabou se tornando professor especializado em educação inclusiva para crianças em idade pré-escolar. Atualmente, ele vive em Hollywood, no sul da Flórida.
carioca já havia recebido o prêmio de Melhor Professor do Ano de Miami-Dade e, posteriormente, foi escolhido como Melhor Professor de Escolas Públicas da Flórida, após concorrer com 180 mil professores do estado e cinco finalistas. Ao receber o prêmio, no Hard Rock Live, ele agradeceu aos seus “pequenos sonhadores”.
“Não tenho palavras para descrever a quantidade de amor que eu tenho para com vocês e para a minha profissão”, disse ele, na ocasião.
FONTE: G1 e Gazeta News, via Antônio Carlos.
A servidora de primeiro escalão recebeu, no mês passado, o salário de R$ 7.000 e ainda ganhou a título de benefício mais R$ 109 mil. Assim, mesmo com os descontos, a servidora ganhou R$ 117 mil de rendimento líquido, o que a transformou em detentora do maior salário do funcionalismo municipal em março.
A secretária ganhou, aproximadamente, cinco vezes mais do que o prefeito, Carlin Moura (PCdoB), que tem vencimento bruto de R$ 22 mil. Considerando o subsídio líquido do chefe do Executivo, que foi de R$ 11 mil, a servidora ganhou dez vezes mais do que o que deveria ser o maior salário do município. Em janeiro, a secretária teve rendimento líquido de R$ 9.000, ou seja, 12 vezes menos do que em março. Não existem dados sobre a remuneração da servidora em fevereiro.
A segunda colocada no ranking dos maiores salários da prefeitura em março é uma técnica superior de saúde. Ela recebeu R$ 54 mil líquidos no mês passado. O montante é 16 vezes maior do que o salário recebido pela servidora nos dois primeiros meses de 2013, que foi de R$ 3.294,53.
Um inspetor de saúde de Contagem também ganhou proventos acima do teto constitucional da cidade. Mesmo com ordenado pouco superior a R$ 3.000 em janeiro e fevereiro deste ano, o servidor recebeu, em março, R$ 43 mil brutos. Com os descontos, ele ainda ficou com R$ 40 mil.
Justificativa. A Prefeitura de Contagem informou, por meio da Secretaria de Administração, que os 11 servidores estão recebendo “indenização conforme direitos previstos no Estatuto do Servidor, em virtude de aposentadoria e férias-prêmio”.
A prefeitura ainda explicou como são concedidos os benefícios. “Após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a três meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo. Será deferida a cada servidor a conversão em espécie de, no máximo, dois meses de férias-prêmio por ano, salvo no caso de aposentadoria, em que o pagamento será imediato e integral”.
Sobre a aposentadoria, a prefeitura esclarece que os servidores efetivos possuem seu Regime Próprio de Previdência (RPPS), direito garantido pela Constituição da República de 1988. “O regime visa dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos os segurados e seus dependentes e compreende um conjunto de benefícios”.
Se os valores que excederam o teto constitucional nos salários dos 11 servidores forem somados, vão totalizar cerca de R$ 250 mil. Constam na folha de pagamento de Contagem mais de 16 mil nomes de servidores.
“Ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que recebem os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal”, diz a lei.
O teto constitucional do país é fixado pelo salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, os magistrados recebem por mês R$ 28.059,29.
Nos Estados e nos municípios, o teto constitucional para os servidores públicos do Executivo tem como referência o salário dos chefes do Poder o governador e o prefeito, respectivamente. Em Minas Gerais, o teto é de R$ 24.117,62. Em Contagem, de R$ 22 mil. (GR)
Escolas particulares querem antecipar o calendário para 20 de janeiro de 2014, a fim de atender lei que estabelece recesso durante o Mundial e cumprir os 200 dias letivos exigidos pelo MEC
O CNE entende que a Lei Geral da Copa (12.663/2012) não pode se sobrepor à LDB (9.394/1996). Então, embora a primeira estabeleça as férias em julho, é preciso cumprir à risca a LDB, que determina 200 dias letivos. Mas o parecer é contraditório e ainda gera dúvidas ao estabelecer que os ajustes nos calendários escolares em locais que sediarem o Mundial devem estar em conformidade com a Lei da Copa.
O presidente do Sinep considera que a Lei da Copa extrapola ao interferir no calendário escolar. “É uma medida muito extrema para situações pontuais. Concordamos em decretar feriado nos dias de jogos importantes ou da Seleção. Mas não faz sentido fazer generalizado, sendo que na maioria das cidades nem haverá partidas”, diz. Para Emiro Barbini, o ideal é que cada município seja livre para montar seu calendário: “BH é um exemplo. No Mineirão cabem apenas 62 mil torcedores. É muito pouco para um estado inteiro. É parar tudo por poucos”.
Na rede pública, a situação ainda está indefinida. As secretarias de Estado de Educação (SEE) e Municipal de Educação (Smed) informaram que ainda vão definir o cumprimento dos 200 dias escolares em 2014.
CONFEDERAÇÕES As redes de ensino estão ajustando o calendário também por causa da Copa das Confederações, entre 15 e 30 de junho deste ano. BH vai sediar três partidas. No dia 17 entram em campo Taiti e Nigéria. No dia 22, Japão e México. O jogo mais importante é a semifinal, na qual o Brasil poderá marcar presença. Nas escolas particulares, a ordem é ter aulas normalmente. “Como são jogos inexpressivos, achamos que seria perda de tempo deixar os estudantes sem aulas. O país precisa de seriedade na área de educação. Não desqualificando os países, mas achamos que futebol não é tudo”, ressalta Emiro Barbini, do Sinep.
Na instituições estaduais e municipais, a Resolução 2.223 (da SEE) e a Portaria 162 (da Smed), ambas publicadas em dezembro do ano passado, determinam que não haverá atividades letivas nos dias 17 e 26. Esses dois dias deverão ser repostos. A secretaria municipal informou que a maioria das escolas da rede já apresentou o calendário de reposição, que normalmente vai ocorrer aos sábados.
Pais e alunos reclamam
Na saída da Escola Estadual Milton Campos, o Estadual Central, João Evangelista Júnior, de 16 anos, aluno do primeiro ano, entre amigos de sala, comenta o imbróglio provocado pela Lei da Copa. “É ruim, né, ‘véi’? Não tem nada a ver misturar os jogos com a escola. Vai pegar um pedaço das férias ou ter mais aula no sábado… não é bom”, considera. Em coro, os colegas contestam: “Que isso, ‘véi’? É bom pra poder ver o jogo”. João reafirma a opinião: “Vai ter que repor e vai ser pior”.
O estudante tenta convencer os amigos Luís e Marcelo de que perder as férias com os pais por causa da Copa não é bom negócio. O pai, João Evangelista, de 49, e a mãe, Ana Maria, de 46, já se programaram para o recesso na companhia do filho em janeiro. A propósito da Copa das Confederações, o estudante do Estadual Central diz ser “bobagem” alterar o calendário. “Nem é uma competição importante assim. E o Brasil nem está com essa bola toda”, critica.
Luís Augusto Borges, de 15, torcedor apaixonado do Atlético, acha que é válido o recesso nos dias de jogos do Brasil. “Só da Seleção. Acho bom, porque quem é que vai conseguir prestar atenção à aula?”. Contudo, o aluno do ensino médio não está disposto a perder parte do verão com os primos na casa da avó em Espera Feliz, na Zona da Mata, por causa do Mundial.
Para Lucas Saraiva, de 29, que tem um filho de 9 anos, estudante da rede particular de ensino, as duas competições não têm relevância para mudar a rotina escolar e interferir no planejamento das famílias. “Não vejo com bons olhos essas mudanças porque, independentemente de qualquer evento esportivo, o país tem que continuar”, considera.
O presidente do Sinpro, Gilson Reis, nega a antecipação do início do ano letivo em 2014. Na avaliação dele, o parecer do CNE, na verdade, esclarece a confusão que a Lei da Copa trouxe às instituições de ensino de todo o país. “Durante o Mundial, nos dias de jogos do Brasil vai ser feriado e a reposição será como sempre foi”, afirma. Para ele, não há a menor possibilidade de que as férias de janeiro sejam comprometidas pela Copa.
especialistaGeraldo Junio dos Santos, diretor do Colégio ArnaldoSituação
contraditória
“Escolas que decidirem funcionar no período da Copa não estarão erradas e têm embasamento legal para discutir isso na Justiça, pois o parecer do CNE estabelece que as redes de ensino têm autonomia para decidir e que a Lei Geral da Copa não pode se sobrepor à LDB. Mas a situação ainda é contraditória, uma vez que uma lei não revoga a outra. Do ponto de vista pedagógico, o melhor é começar o ano letivo mais cedo. Teríamos um mês de aula antes do carnaval, diferentemente de outros anos, quando começamos depois. Evitamos, assim, a fragmentação das aulas, que teriam de ser interrompidas em dias de jogos da Seleção, por exemplo, e, consequentemente, um projeto pedagógico manco. As escolas são favoráveis a essa antecipação, porque as aulas não funcionam direito na Copa do Mundo. E se não abrirmos mão das férias de janeiro, teremos reposições aos sábados, o que também não rende”